Diário De Uma Garota Meio Bipolar escrita por Cici


Capítulo 24
Maquete de historia


Notas iniciais do capítulo

Então, vocês devem estar se perguntando se eu enlouqueci ou alguma coisa, por que eu estou postando muito rápido, mas é que tipo, eu tava com ideia pro cap e com a Mariana falando no meu ouvido, eu tive que escrever.
Por sinal, esse cap é dedicado pra ela (A Mariana Bricio) que leu a minha fic e falou pras amiginhas dela lerem e que fica me enchendo o saco pra postar o tempo todo.
A todos que deixaram reviews, eu amo vocês. Um coração pra vcs ♥
Deixem mais reviews por favorzinhooooooooo eu vou chegar em 150 reviews daqui a pouco!!!!
Espero que vocês gostem do cap.
Boa leitura, amo vocês, e até lá em baixo



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-Não! –Felipe bateu o pé enquanto eu destrancava a porta da minha casa.

-Por que não?! –Choraminguei.

-Por que não! –Ele falou, enquanto eu joguei a minha mochila no sofá, contrariada, e bati o pé. –Eu não vou!

-Vai aonde? –O Vince perguntou, aparecendo do nada, com o Dan atrás dele.

-De boa, eu to começando a suspeitar que vocês fingem que estudam. Cês tão sempre aqui! –Falei, indo na direção do Daniel, abraçando ele e ganhando um beijo. A Nat saltitou, por que é um dos únicos jeitos que aquela gazela sabe andar, pro lado do Vince e lá se instalou.

-A gente chegou a dois minutos. –Vince se defendeu. –Vai aonde?

 -A gente vai patinar no gelo no meu aniversário. –Falei com a animação de uma criança.

-Vai, é? –Vince falou, curioso.

-Emy, você por acaso sabe patinar no gelo? –Dan perguntou, passando o braço em volta da minha cintura, e me puxando pra perto dele. De boa, eu me sinto uma anã perto do Dan, mas uma anã muito bonitinha.

-Ah, então, pois é.... não sei não. –Murmurei.

-Eu já disse que não vou! –Felipe resmungou.

-Eu vou por que amo patinar e vai ser hilário ver a Emy de bunda no gelo. –A Valentina falou, dando ombros.

-Poxa Valentina, brigada viu. –Resmunguei, revirando os olhos pra ela, que sorriu amigável cof falsa cof mente pra mim.

-Nada gata. –Ela piscou.

-Eu vou e vou patinar pra dar apoio moral, por que eu sei patinar tão bem quanto a Emy sabe geografia. O que é basicamente nada. –Nat falou.

-Eu vou por que tem raspadinha. –Vince murmurou, beijando a Nat no rosto.

-Tem o que? Deixa, não quero saber. Só a Nat que me ama nessa porra. –Soltei do Dan e fui abraçar a Nat. –Solta dela Vincent, é minha. –Resmunguei, dando um tapa do braço do Vince.  

-Ei! E eu?! –Dan falou com um tom exageradamente falso de mágoa.

-Você não falou nada.

-Eu vou por que a Emy quer ir. –O Dan falou. Aee, viu. Fiquei feliz agora.

-Obaa! –Falei, indo abraçar o Dan.

-E eu fico sobrando?  –A Nat perguntou, virei pra voltar pra Nat e o Dan fez um barulho irritado, e eu virei pra abraçar ele.

-Ai fiquei tonta. –Murmurei, parando no meio do caminho entre um e outro. Cansei, cabo graça. Sentei no chão de pernas e braços cruzado fazendo bico e lá estava e lá fiquei. Momento enchi o saco e vou agir como uma criança de oito anos. Foda-se a vida.

 -A gente quebrou a Emy. –O Felipe murmurou.

-Bate que volta a funcionar. –A Valentina sugeriu.

-Que violência gratuita, menina. –Nat resmungou.

 -Sabe o que a gente podia fazer? –Felipe falou. –A gente podia fazer a maldita maquete de história que a gente veio fazer.

-Alguém levanta ela do chão. –Valentina falou. Nesse momento, meu amável cachorro percebeu que a gente chegou em casa e resolveu dar sinal de vida, e veio alegremente latindo e fazendo a baderna que ele normalmente faz, que eu acho que matou a Valentina do coração, por que ela deu um grito.

-AI SOCORRO. –E pulou em cima do Felipe, escondendo o rosto no ombro dele, que não tinha a menor ideia do que fazer. –Esse bicho vai me matar!

Todos nós encaramos ela, enquanto ela se encolhia.

-Quem diria que Valentina Oakland tem medo de um cachorrinho. –Murmurei.

-Viu, ela tá funcionando. –A Nat falou, alegremente.

-Isso não é um cachorrinho!!! Isso é uma besta!!!

-Ele é pesado pra cacete também, né seu cachorrinho babão? –Falei, quando o Lobo veio brincar comigo. –Você é um babão, você é!

-Eu agradeço se você manter isso longe de mim. –Ela falou, se afastando do Felipe com uma cara envergonhada, enquanto o mesmo estava se segurando para não rir. –Para de rir, seu desgraçado.

-Eu não to rindo! –Ele se defendeu.

-Mas tá quase, e se você rir de mim, eu vou dar um lindo soco de anime no meio da sua cara, que vai ficar marcado pro resto da sua vida.

-Cadê a paz nesses jovens de hoje em dia?! –A Natacha perguntou, pra ninguém em particular.

 -Vamos fazer o trabalho de história então.

O trabalho de história consistia em fazer uma maquete de como era dividido a sociedade feudal na Europa Medieval. Tinha que fazer um castelinho e umas casinhas e uma muralha e um lugarzinho pras pessoas de massinha que a gente também tinha fazer plantarem as comidinhas deles.

Agora imagina, quatro adolescentes com a mentalidade somada de 7 anos, isopor, massinha, papel crepom, tinta e cola de isopor dentro de uma sala. Isso só pode dar merda.

Dito e feito.

-Por que tem um bonequinho no telhado? – A Nat perguntou.

-É o Ezio. –Respondi.

-É quem? –Ela me olhou com cara de perdida. –E o que ele tá da fazendo na merda do telhado?

-Deixa o cara correr pelos telhados em paz, cacete. –Resmunguei.

-Aquele cara ali tá aleijado. –Dan murmurou, apontando pra um carinha feito (que eu fiz) de massinha azul que estava em cima da área de papel crepom marrom com pedacinhos verdes que representavam a plantação. O Dan e o Vince estavam no sofá dando palpite alheio no que eles não deviam.

-Ninguém aqui sabe lidar com um pincel? Parece que uma criança de três anos pintou isso! –Vince falou, olhando as casinhas coloridas. Um coro de obrigadas, e valeu vieram de mim, da Nat, do Felipe e da Valentina. Todos os quatro com tinta até a alma, diga-se de passagem. –Cara, tudo bem que olhando pra vocês, vocês estão parecendo crianças de três anos.

Com isso, a Nat molhou o dedo num potinho de tinta verde, passando no nariz do meu irmão chato.

-Cala a boca, Vincent.  

-Aquele cara tem uma cabeça anormalmente grande. –Dan falou, apontando pro cara perto do castelinho de caixas.

-Ele é o rei, essa é a coroa dele. –Valentina respondeu.

-Tá parecendo que ele tem uma cabeça muito grande.

-Para de dar palpite onde você não foi chamado.

-Gente, isso tá muito feio.

-Olha, a ponte sobe e desce.

-Tem tinta no meu cabelo.

-A gente vai tirar zero nessa caceta.

-Valentina, dá pra parar de passar tinta em mim? Eu não sou tela de pintura!

-Tá nevando!!

-Para de jogar essas merdas dessas bolinhas de isopor pra cima criatura.

-The winter is comming!

-Eu falei pra parar, não tá nevando!

-Emy, o maluco caiu do telhado.

-Como a gente vai botar os carinhas em pé?

-Vincent, pega o palito de dente na cozinha!

-Por que esse cara tem um braço azul e o resto do corpo amarelo?

-A massinha amarela acabou antes de eu conseguir acabar o cara.

É, eu acho que dá pra entender mais ou menos a situação. No fim o trabalho ficou entendível e até bonitinho se você tiver boa vontade com os dons artísticos inexistentes das pessoas que o realizaram.

-Não tá tão feio. –Murmurei, virando a cabeça pro lado pra encarar a maquete.

-Você tá olhando pro mesmo trabalho que eu? –A Valentina perguntou, imitando o meu movimento. O cachorro latiu e ela deu um grito, quase caindo em cima da maquete.

-Valentina, vem aqui. –O Felipe puxou ela pelo braço. –Fica aqui pertinho de mim e longe de qualquer possibilidade de destruir aquilo, pelo amor de todos os deuses. Eu não vou fazer tudo de novo.

-O amor de vocês pelo nosso trabalho é uma coisa linda. –A Nat falou, muito sarcástica, por sinal.

-O nosso trabalho é uma coisa linda. –Falei, aplicando o mesmo tom de sarcasmo.

-Quem vai ficar com o trabalho? -Ai teve um momento de silencio que nem os dos filmes, que todo mundo parava e encarava o outro.

-Eu não! –Fui a primeira a falar.

-Eu venho de carona com a Emy, também não! –Nat gritou, ficando de pé num salto.

-Eu vou andando pra escola. –Felipe falou.

-Merda, sobrou pra mim. –Valentina resmungou. –Daniel, meu primo lindo, você vai carregar isso até a minha casa, cê sabe né?

-Sobrou pra mim, isso sim.

-Então, voltando ao assunto de patinar no gelo.... –Comecei.

-Eu achei que você tinha esquecido essa merda. –Felipe resmungou.

-Poxa Felipe, para de ser um nerd chato sedentário e vai com a gente. –A Valentina falou.

-Eu não sou chato e sedentário, eu só não sei patinar no gelo! –Ele jogou as mãos pra cima em exasperação.

-Eu também não! Quem liga?! –Respondi. –Por favor, por favor, por favorizinhooooooooo!!!

-Emily, eu sinto que eu vou me arrepender amargamente em dizer sim pra essa ideia suicida sua.

-Meu aniversário é sábado que vem. –Comentei, pulando no lugar. –Eu vou fazer dezessete anos.

-É bom saber que você sabe que o dezessete vem depois do dezesseis, pequena. –O Dan falou, e eu olhei pra ele de cara feia.

-Vai a merda, tá? –Falei, com um forçado sorriso amável.

-Nossa, que fofa. –Ele me abraçou, me beijando no rosto. –Meu aniversário é só no fim de dezembro.

-A gente tá em novembro Dan.

-Eu sei.

-Meu aniversário já passou. –A Valentina choramingou.

-Meu aniversário é só em maio. –Felipe falou.

-A gente podia ir no pizza hut depois de patinar, né? –Comentei.

-Finalmente uma ideia boa. –Felipe falou, jogando os braços pro alto.

-Depois não sabe por que tá gorda. –A Nat murmurou.

-Eu não to gorda. –Falei, fazendo bico, e virando pro Dan com cara de choro. –Dan, eu to gorda?

-Claro que não, linda. –Eu vou acreditar no Dan, tá? Com todo respeito a palita, eu prefiro o que ele fala.

-Mas vai ficar se continuar de gordisses.  

-As minhas gordisses não são do seu interesse! –Resmunguei, virando a cara. –Eu quero sorvete....

-Gordisse... –Nat cantarolou.

-ME DEIXA EM PAZ, PALITA! –Choraminguei

-Toma a merda do sorvete então. –Ela revirou os olhos, mas eu já estava irritada. Cruzei os braços e bati o pé.

-Agora eu não quero mais, me irritei.

-AI gzuis, como é que eu te aturo a dez anos, mulher? –Ela perguntou, balançando a cabeça.

-Gente, cadê a paz? –O Vince perguntou.

A gente acabou todo mundo sentado na sala, assistindo Piratas do Caribe 3 comendo pipoca com manteiga.

-A vida é mais emocionante com aquela musica da trilha sonora de piratas do Caribe tocando no fundo. –Comentei.- O Capitão Jack é a melhor princesa da Disney.  

-Não!!!! É o Kusco! –Valentina respondeu, jogando uma pipoca em mim.

-Não, é o Jack. Ele é um pirata!

-E o Kusco é uma lhama.

-Mas gente... –O Felipe começou, mas o Dan o interrompeu.

-Deixa elas, que uma hora elas vão se decidir, ou se matar, o que vier primeiro.

 -Ele é um pirata! –Resmunguei. –Ele é o Johnny Depp! Ele ganha!

-Ela tem razão, prima. –O Dan murmurou.

-Não acho.

-Mas eu acho.

-Hakuna matata! –A Nat gritou, e todo mundo virou pra encarar ela, e ela deu ombros. –É que os seus problemas, você deve esquecer.

-Isso é viver! –Eu não resisto a essa música.

-É aprender!! –A Nat respondeu.

-Ah, você cortou a minha onda. –A Valentina falou, cruzando os braços, quase me matando de tanto rir.

No final do dia, terminamos todos cheios de tinta e ninguém se matou. Foi um dia bem produtivo.


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Notas finais do capítulo

Não ficom muitooo grande, mas eu morri de rir escrevendo isso.
Espero mesmo que vocês tenham gostado. O próximo que tem o aniversário da Emy.
Não me abandonem. Quem quiser falar da fic pros amiginhos pode.
Quem quiser me mandar histórias engraçadas que eu possa aproveitar pra fic, por favor façam!!!!
Não esqueçam das Reviews.
Amo vcs gente. Tentarei atualizar o mais rápido possivel.
Beijocas da Cici que está feliz hoje