Diário De Uma Garota Meio Bipolar escrita por Cici


Capítulo 19
Dor de Cabeça e Jantar de Familia


Notas iniciais do capítulo

Oi minha gente linda!!! Aqui estou eu atualizando pra vocês.
Obrigada pelos reviews do ultimo cap.
Posso fazer uma chantagenzinha com vocês??? Assim que eu receber 5 reviews nesse cap, eu posto o próximo, mesmo que isso seja ainda hoje u.u #ChalengeAcepted!!
Boa leitura ai e nos vemos lá em baixo!!



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Ai minha pobre cabeça. Uma dica pra vocês, minhas caras pessoas que nunca beberam. NÃO BEBEM!! FUJAM DA BEBIDA!! A RESACA É HORRIVEL!! AI JESUS, MINHA CABEÇA TÁ DOENDO DE MAIS!!

Eu acordei no escuro, por que alguma alma caridosa (deve ter sido o Dan) fechou a cortina. Parece que alguém estava batendo com a minha cabeça na parede, repetidamente. Isso dói pra cacete.

Eu estava meio que estava usando o Dan como travesseiro por que era confortável e eu sou folgada, desculpe sociedade, e ele estava dormindo todo bonitinho, com o cabelo bagunçado como sempre, e os braços em volta de mim.

Tentei ser o mais cuidadosa possível ao levantar, pra não acordar ele, mas bem... eu sou eu, né? Eu até consegui levantar sem fazer barulho, mas tava escuro e eu não estava olhando pro chão, e eu consegui a maravilhosa proeza de tropeçar no meu sapato que tava jogando no canto e cair de cara no chão.

Já mencionei que sou muito escandalosa? Pois é, quando eu cai, e fui de encontro ao chão, eu soltei um daqueles gritos bem Emy. O coitado do Dan deu um pulo.

–Emy? –Ele perguntou, me olhando assustado, ou pelo menos tentando me enxergar no escuro que tava o quarto.

–Não, é o R2D2 Dan. –Respondi, sarcástica. Ele, ou a silhueta dele acendeu o abajur que ficava do lado da minha cama, e a luz queimou os meus olhos, e eu me encolhi numa bolinha. Bolinha... cor de rosa, ai meus deuses.... Essa era a Nat, né? –Apaga isso, por favor. –Implorei, colocando a mão sobre os olhos. Ele apagou a luz no mesmo segundo, e levantou, vindo com cuidado e sentando do meu lado, passando o braço sobre o meu ombro, e me beijando de leve.

–A cabeça tá doendo muito? –Olha, eu sou acostumada com dor de cabeça, por causa das minhas crises de alergia, mas minha cabeça nunca doeu assim. Concordei com a cabeça. –Onde tem remédio pra dor aqui?

–Na primeira prateleira do armário do espelho. –Murmurei, baixinho. Eu estava quase chorando de dor. NUNCA MAIS BEBO NA VIDA! Ele voltou com o remédio um minuto depois, e eu engoli a seco, quase engasgando. Ele sentando do meu lado de novo. Deitei a cabeça no colo dele, e ele ficou passando a mão no meu cabelo e nós ficamos assim.

–Você por favor me lembre de nunca mais beber na minha vida. –Murmurei, de olhos fechados, e ele riu baixo, ou numa tentativa de rir baixo que não funcionou, ou talvez a minha cabeça estava ampliando os sons, eu já não sei.

–Ficar de ressaca é uma merda. –Ele murmurou e eu concordei. Muito muito merda. Não gosto. Depois de uns vinte minutos, ele me cutucou. –Vamos lá pra baixo.

–Nãooo. –Choraminguei. Eu estava quase dormindo de novo.

–Pegar alguma coisa pra beber, vai ajudar. –Ele murmurou, beijando a minha bochecha. Estiquei os braços e deixei que ele me carregasse o que ele foi gentil de mais de fazer, até por que eu não ia conseguir de jeito nenhum descer a escada sozinha.

Ele me colocou sentada no sofá (Muito fofo ele né?) e a Nat veio andando da cozinha.

–Eu odeio você também. –Ela murmurou, apontando pro Daniel e se jogando do meu lado.

–Nossa, me sinto lisonjeado, obrigado. –Eu ri, levando a mão a minha cabeça depois. Cacete como isso dói !!!!

–Ela tá uma fofa hoje. –Vince murmurou sarcástico, mordendo uma maça, e se apoiando no batente da porta da cozinha.

–Eu sou uma fofa. –Nat falou, levantando a cabeça, dando um sorriso falso, e se jogando de cara no sofá de novo.

–Claro que você é, bolinha cor de rosa. –Vince falou, com um sorriso torto. Nat se contentou em levantar o braço e mostrar o dedo do meio pra ele. –Uma graça. - O Dan me entregou um copo d’água.

–Sabe que a gente tem que jantar na casa dos nossos queridos pais hoje, né? –Vince perguntou. Ugh, eu tinha esquecido. Por que eu fui beber?

–Eu não vou. –Resmunguei.

–E digo o que pra mamãe?

–Diz que eu morri. –Respondi, irritada. –Que é o que vai acontecer se essa dor de cabeça não passar rápido.

–Exagerada. –Ele resmungou, cutucando a Nat pra que ela levantasse a cabeça pra ele poder sentar no sofá, e ele estava com o controle do videogame na mão. Ela levantou a cabeça, e ele sentou, e ela deitou a cabeça no colo dele, voltando a dormir.

–É mais fácil você matar o Vince do que você morrer. –Dan falou, sentando do meu lado e me puxando pro colo dele.

–É verdade. –Murmurei, descansando a cabeça no ombro dele. O Vince ligou o PS3, que fez um barulho maldito.

–Abaixa essa merda. –Nat resmungou, cobrindo a cabeça com a almofada.

–Desculpa, linda. –Ele riu baixinho, tirando o som da TV. Ele e o Dan iam jogar um Fifa ou Pess da vida, que eu acho um saco, então aproveitei pra dormir mais um pouco.

Quando eu acordei, eu ainda estava no colo do Dan e a Nat ainda estava com a cabeça deitada no colo do Vince e os meninos ainda estavam jogando videogame, mas eles tinham mudado o jogo, pra um daqueles jogos de tiro. Já tinham passado quase três horas (Eu olhei o relógio, tá? Eu não tava chutando. TRÊS HORAS!!!).

–Cara, vocês são viciados de mais. Larga isso um pouquinho. –Resmunguei.

–Olha quem resolveu acordar. –Vince falou, sem tirar os olhos da TV. –Tem pizza na cozinha, se você quiser.

–A cabeça melhorou? –Dan perguntou, pausando o jogo. Ele me deu um selinho.

–Ei! –Vince reclamou.

–Um pouco. –Dei ombros, levantando. –Vou comer alguma coisa.

Deixei os meninos na sala e fui na cozinha, esquentando dois pedaços de pizza e colocando um copo de refrigerante pra mim, e depois subi até o meu quarto, equilibrando tudo nas mãos, tentando não deixar nada cai. Até que eu me sei bem nessa parte. Me ajeitei na cama, e comecei a passar pelos filmes do Netflix pra ver se tinha algum filme bom. Acabei escolhendo Hercules, aquele da Disney. Amo filmes da Disney, e amo as músicas dos filmes da Disney.

Depois de uns vinte minutos alguém bateu na porta. Eu murmurei um “entra”, pausando o filme, e o Dan abriu a porta.

–Achei você. –Ele falou.

–Acho! –Brinquei. –Vou ter que me esconder melhor da próxima vez.

–Você disse que ia na cozinha e não voltou, ai eu vim te procurar.

–Vocês tavam jogando, eu vim achar alguma coisa melhor pra fazer.

–E achou? –Ele perguntou, fechando a porta e sentando do meu lado na cama.

–To assistindo Hercules. –Dei ombros.

–Quer companhia?

–Você não estava jogando com o Vince? –Perguntei, virando pra encarar ele.

–Estava, por quê? Não que companhia?

–Não. Quero dizer, quero. –Ele riu da minha confusão momentânea, e se ajeitou do meu lado.

–Em que parte tá? –Ele perguntou, enquanto eu dava play no filme.

–Ele tá cantando aquela música que eu gosto.

–E qual é a música que você gosta? –Ele perguntou, me abraçando, e me deixando me recostar nele.

–Ele saiu da cidade agora por que ele estraga tudo. Eu não sei o nome da música.

–Tá, me situei. –Dei o play no filme, e acontece que o Dan sabia melhor as músicas do filme que eu. Hercules não é o meu filme favorito da Disney. Meu filme favorito da Disney é Lilo e Stitch. Eu gosto muito de Mulan também. O Stitch e o Mushu são os melhores personagens da Disney. Mas a Meg e o Hades são muito show. Adoro eles também. Eu adoro a Disney, pronto cabo.

–Você conhece mais que eu. –Resmunguei.

–É um dos meus filmes favoritos da Disney. –Ele deu ombros.

–Quais são os outros? –Ops, olha a curiosidade ai.

–Toy Story e Tarzan. –A cara dele, realmente. –Tenho certeza que adivinho os seus. –Pausei o filme, e sentei de frente pra ele.

–Estou ouvindo.

–Lilo e Stitch. –Ponto pra ele.

–Tá bom, um ponto pra você. –Murmurei, cruzando os braços. Ele pensou um pouco.

–Mulan. –Merda, eu sou tão fácil assim de se adivinhar?

–Certo.

–E você tem cara de quem gosta da Cinderella. –COMO ELE FAZ ISSO? Cruzei os braços, fechando a cara. –Acertei.

–Isso não foi uma pergunta, foi?

–Não, só pela sua cara eu já sei que acertei. –Fiz bico e virei o rosto. –Apesar de que você é o tipo de pessoa que conhece todas as músicas de todos os filmes da Disney.

–Não conheço.... Todas. –Falei, enquanto ele ria, e adivinhem a cor que ficou o meu rosto. –Só a maioria delas.

–Aposto que a sua música favorita é.... –Ele pensou um pouco.

–Você nunca vai adivinhar.

–Bom, não é da Disney, mas eu acho que é Once Upon a December. –Meu queixo caiu. UGHHH!

–Como...? –Perguntei, e ele já estava rindo da minha cara, como sempre, né?-Eu não sou tão fácil assim de adivinhar!

–É sim. –Cruzei os braços.

–O Vince te falou, não é? –Ele negou com a cabeça.

–É o seu toque de mensagem, Emy. –Droga, eu tinha esquecido desse detalhe.

–É verdade. –Senhoras e senhores, a minha lerdeza. –Eu tenho uma caixinha de música que toca essa música.

–Eu não duvido que tenha. –Ele falou, concordando com a cabeça, e eu tinha quase certeza que ele estava zoando comigo. Revirei os olhos, puxando o baú pequeno cor de rosa que ficava escondido de baixo da minha cama, e coloquei ele em cima da colcha, sentando do lado. O Dan se arrastou para o meu lado, olhando pra o que eu estava fazendo.

Abri o baú que estava entulhado de tiras de papel crepom colorido que eu guardava quando era pequena pra fazer fitas, e puxei do cantinho, de baixo de várias tiras, a caixinha de música lilás, pintada a mão com vários detalhes de flores. Eu não abria aquele baú há anos. Dentro tinha um anel um cordão, um pedaço de papel e um casal dançando. Dan fez menção de pegar o papel, mas eu dei um tapa na mão dele.

–Não meche. –Murmurei, procurando no baú a chavezinha que fazia a música tocar.

–O que tem no papel? –Acho que eu não sou a única pessoa curiosa aqui.

–Nada. –Tirei o papel e joguei pra ele. Eu nem lembrava o que tinha no papel.

–Você não tem cara de uma pessoa que fica desenhando coraçõezinhos num pedaço de papel. –Ele falou, virando a folha pra mim.

–Ah é isso. Não fui eu que desenhei. –Murmurei, achando a chave e encachando ela na caixa. –Eu achei na minha mesa da escola com o meu nome em cima. –Dan me encarou. –Eu tinha onze anos.

–Então Emily Silver tinha um admirador secreto. –Ele falou, fazendo o meu rosto ficar completamente vermelho.

–Fica quieto. –Dei uma cotovelada nele, mas é claro que ele estava rindo de novo. Ele me abraçou, me puxando para perto dele, e beijou o meu rosto.

–Por que guarda isso tão escondido? –Ele perguntou, olhando pra caixa, que eu tinha conseguido finalmente colocar pra tocar. Fechei os olhos, ouvindo a melodia doce da música.

–Eu fechei esse baú quando eu tinha doze anos. –Me achei contando. Eu normalmente não conto isso pra ninguém. Nem a Nat sabe desse baú. Não sei se era a música ou o Dan me abraçando, ou uma mistura dos dois, mas deu uma vontade de colocar isso pra fora. –Que garota grande tem uma caixinha de música que ela coloca pra tocar toda noite antes de dormir?

–Você? –Ignorei a resposta dele.

–Eu tranquei a caixinha de música, com as fitas de papel crepom no baú e escondi, por que eu não tive coragem de doar ou jogar fora. Eu dei o meu bichinho de pelúcia favorito pra minha irmã. Eu dormia com ele toda noite. –Suspirei. –Eu passei mais de uma semana sem conseguir dormir direito, chorando toda noite.

–Por que você fez isso? –Ele perguntou. Eu estava quase chorando, e nem tinha percebido.

–Por que meninas crescidas não têm coisas de crianças. –Murmurei baixinho. –Quando começaram a me zoar por causa disso, eu guardei tudo que consideravam coisa de criança.

–Sério, isso é ridículo. Você não precisava se livras das coisas que você gostava pra provar pra alguém que você cresceu. –Eu pensava assim agora, mas não quando eu era pequena, e não tinha como fazer muita coisa pra mudar o que eu fiz.

–Eu não quero falar sobre isso. –Falei, fechando os olhos de novo, me recostando no Dan e puxando os braços dele, pra que ele me abraçasse mais forte. Ele não falou mais nisso sobre o assunto.

Eu não sei quanto tempo passou até o Vince bater na porta. Eu acho que tinha uma chance de eu ter dormido, novidade, né? Eu ainda estava na mesma posição de quando eu fechei os olhos e o Dan também. Ele estava olhando para a TV, que estava terminando o filme do Hercules que a gente estava assistindo mais cedo e ele estava passando a mão no meu cabelo distraidamente.

–Emy. –Vince chamou, batendo na porta. Me sentei, esfregando os olhos. Eu definitivamente tinha dormido.

–Entra. –Murmurei. Ele colocou a cabeça pra dentro do quarto, me olhou, depois olhou pro Daniel, e depois pra mim de novo e fez uma careta. –O que você quer, criatura?

–Só avisando que a mamãe marcou o jantar as seis e meia.

–Que horas são? –Perguntei bocejando.

–Cinco.

–É melhor eu ir. –Dan falou, levantou.

–Poxa. –Resmunguei.

–É, poxa. –Ele me beijou, e o Vince olhou de cara feia. Engraçado ele. Ele pode beijar a Nat a hora que ele quiser, mas o Dan não pode me beijar que ele fica de cara feia. Palhaço.

Depois que o Daniel saiu, eu tranquei tudo de volta no baú, guardei ele de baixo da cama e fui direto pro chuveiro. Depois de uns vinte minutos, o Vince já estava batendo na porta, reclamando que a gente ia se atrasar e que a nossa querida mãe ia matar a gente, o que é uma verdade. Peguei a primeira camiseta que eu vi no armário, e uma calça Jeans com uma sandália de dedo e TUM DUM!!! Eu estava pronta.

–Podemos ir? –Vince perguntou, enquanto eu passava uma escova no cabelo.

–Você tem certeza que penteou o cabelo? –Perguntei, imitando a minha mãe.

–Eu não penteei. –Ele deu ombros.

–Suspeitava. –Murmurei. –Sabe que você vai ouvir por causa disso, né?

–Estou disposto. –Ele deu ombros enquanto a gente andava até o carro dele.

–Ugh, eu quero aprender a dirigir. –Choraminguei. A minha mãe ainda não tinha me deixado começar a aprender.

–Isso não é comigo, é com a senhora nossa mãe. –Ele falou, dando partida. Cruzei os braços, colocando o fone de ouvido. Não levamos nem dez minutos pra chegar lá, e fomos recebidos por uma criatura muito especial, que pulou em cima de mim, me jogando sentada no chão.

–Lobo! –Falei, tentando empurrar o enorme Pastor Alemão que estava lambendo o meu rosto. –Sim, eu te amo sua coisa pesada, agora sai! –Vince assobiou e o cachorro saiu de cima de mim, indo brincar com ele. O bicho maluco era enorme, e tinha seis anos. Um dia a Jia começou a encher muito o saco da minha mãe por que ela queria um coelho. Solução, ela comprou um cachorro. A minha irmã parou de reclamar de querer um coelho. Funcionou.

Ah, e sim, o nome do cachorro era Lobo. A Jia de três anos chamava ele Lobo e o nome acabou ficando.

–Bem na hora. –Minha mãe falou, me abraçando e abraçando o Vince. –Você penteou o cabelo? –Eu ri, enquanto minha mãe passava a mão pelo cabelo do Vince. –Que ideia menino, sair de casa sem pentear o cabelo.

–EU VOU PINTAR O MEU QUARTO DE LILÁS! –A Jia gritou, descendo as escadas correndo e quase caindo de cara no chão (Ai minha cabeça...). O meu pai vinha atrás despreocupado com o fato de que a qualquer minuto aquela pequena criaturinha ia cair e quebrar o nariz.

–Que bonito. –Vince falou, bagunçando o cabelo da pequena criatura que riu.

–Eu ajudei a mamãe a cozinhar. Eu cozinho melhor que a Emy. –Ela se gabou.

–Jia, qualquer um cozinha melhor que a Emy. –Eu fiz uma careta pro Vince, e ele veio me dar um abraço, levando um soco no braço.

–O Daniel cozinha melhor que a Emy. –Ela falou e meu pai olhou pra gente de forma suspeita.

–Quem seria Daniel? –Meu pai perguntou, enquanto a gente sentava na mesa. Lobo deitou de baixo da mesa, e eu tirei o sapato, fazendo carinho nele com o pé. Pois é, eu era a garotinha do papai, e ele era meio que super protetor comigo.

–É um amigo da Emy. –A Jia falou, inocente. Ai senhor...

–Ele é meu amigo da faculdade, pai. –Vince murmurou.

–Mas quando eu fui lá, ele estava lá também. Ele e a Emy estavam vendo filme abraçados. –A cara do meu pai ficou vermelha, do jeito que a minha fica quando eu fico com vergonha. Olha de quem eu herdei isso. Ele me encarou.

–Então, você estava assistindo filme, abraçada com um amigo do seu irmão? –Meu pai perguntou, tentando manter a voz nivelada. Nesse ponto eu estava rezando pra Jia não deixar “escapar” que ele tinha dormido lá em casa, se não eu estava morta.

–Aquele moreno bonito que você estava sentada no colo quando eu fui lá? –Minha mãe perguntou, colocando a lasanha no meio da mesa. –Ele é seu namorado?

–Mãe, não piora a situação!- Vince falou baixinho, olhando pra minha mãe.

–Que foi? Ele é bonito. –Minha mãe deu ombros, e eu dei um tapa na minha testa. Só me faltava essa agora.

–COMO É? – A cara do meu pai estava muito vermelha e eu acho que ele ia explodir. Se eu não estivesse em pânico agora, eu provavelmente estaria me segurando pra não rir, tipo o Vince e a Jia. –Você está namorando?

–A gente tá saindo só. –Murmurei.

–Vocês estão saindo? Tipo aqueles casais no cinema que ficam se beijando em vez de ver o filme? –A Jia perguntou, olhando com cara de nojo. MEU DEUS, SÓ TÁ PIORANDO PRO MEU LADO.

–Por que a gente não conversa sobre o fato do Vince estar namorando a Nat? -Perguntei, tentando mudar de assunto.

–Não me mete nessa não. –Vince me deu uma cotovelada.

–Você também está namorando, Vince? –Meu pai perguntou, olhando pra ele.

–Eu já sabia. –Minha mãe murmurou. Ela tá tacando gasolina pra ver o circo pegar fogo depois, só pode.

–E não me disse? –Meu pai falou irritado. A Jia estava rindo enquanto eles dois discutiam e o Lobo continuava deitado no meu pé, provavelmente dormindo, cachorro preguiçoso.

–Então, Vincent. –Virei pra ele. –Como vai a faculdade?

–Vai muito bem, obrigada, Emily. –Ele respondeu, educadamente, enquanto nossos pais ainda discutiam. Isso só fez a Jia rir mais. –E a escola.

–Chata como sempre. –Revirei os olhos. –A gente já pode comer, ou tem que esperar eles se acalmarem? –Perguntei, me servindo de um copo de Coca-Cola.

–Eu voto pra gente comer. –A Jia falou do outro lado da mesa, olhando pra lasanha. Ainda discutindo os dois, que coisa, pior que dois adolescentes.

–Eu também. –Vince falou, animado.

–Isso faz de nós quatro. –Murmurei. A Jia me olhou intrigada.

–Somos três Emy.

–O Lobo também votou que sim. –Dei ombros, começando a me servir. Uns dez minutos depois, os dois começaram a se acalmar.

–Vocês começaram a comer sem a gente? –Minha mãe perguntou, nos olhando ofendida. Ou melhor, olhando pro Vince ofendida.

–Por que você tá olhando pra mim? –Ele perguntou, assustado.

–A gente tava com fome, e vocês tavam pior que crianças. –Resmunguei.

–Ai a gente votou, e ganhou o sim. –Depois das discussões mais ou menos resolvidas, o jantar correu bem. Durante a sobremesa, enquanto eu me entupia de uma deliciosa torta de chocolate com sorvete, a minha mãe virou pra mim e pro Vince.

–Então, a gente tava pensando em fazer umas obras aqui e....

–Ih lá vem. –Vince murmurou. –Lá em casa não cabe todo mundo não.

–Não é isso, garoto, me deixa acabar! A gente precisa que vocês fiquem com o Lobo por um tempo. –Isso vai ser divertido.

–Má ideia. –Vince resmungou.

–AH Vince, deixa. –Pisque meu charme pra ele. –Ele dorme no meu quarto.

–E quem limpa a casa? –Ele me olhou por cima do ombro.

–Eu levo na rua todo o dia, eu prometo. –Falei. –Eu saio pra correr, e levo ele.

–Emy... –Eu já tinha até esquecido a dor de cabeça nessa hora.

Nós acabamos voltando pra casa com um pastor alemão no banco de trás.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam??? 5 reviews pro próximo cap hehehe
Eu sei que vocês estão esperando pra saber o que o Dan e a Emy são... Então, vocês estão a cinco reviews disso
Beijocas da Cici