Um Ano (quase) Normal escrita por Bighetto


Capítulo 3
Coração? Não, é só um órgão do corpo. Ou não.


Notas iniciais do capítulo

Pessoas, aqui estou eu, com mais um capítulo em folha, e já tenho ideia para o próximo!
Tem uma fala nesse que eu achei épica, depois me falem o que acharam.
Enjoy!



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Me direciono para a cozinha, com elogios do cheiro do macarrão e reclamos de fome.

Falei que meu macarrão era bom!

x.x.x.x

Os dias se passaram rápido. Rápido demais para meu gosto. Essa semana passou normal (dentro do possível, quando se tem dois irmãos, um tentando evitar você ao máximo, e o outro se aproximando mais do que deveria), e conheci o professor de história, o prof. Saltzman. Ele parece ser bem legal, e explica muito bem (é a primeira vez que entendo história de algum lugar, palmas para mim), mas todas as vezes que seu olhar encontrava Elena, Stefan ou Bonnie, ele ficava sério, como se estivesse incluído no grupo de pessoas preocupadas. O que me deixa intrigada também.

Minha Amanda? Também vai bem. Normal, conhecendo pessoas novas.... Tudo indo normal. Até estranhei, por que ela está mais calma.. Mas sei lá.

E então chegou o dia que todos gostam: Sexta-feira. Todo mundo relaxado (até o grupinho deu uma relaxada! Adorei!) Eu estava com Amanda falando com algumas garotas da série, quando Elena nos chamou pra perto. Fomos até lá.

– Oi garotas – fala Elena, com um sorriso no rosto. – eu queria chamar vocês para passar o fim de semana na minha casa, com a Bonnie e com a Caroline. Pode ser?

– Nossa, mas não vai ser muita gente? – pergunta Amanda, alisando seu cabelo castanho-claro.– a gente não vai atrapalhar?

– Se estou chamando é porque minha casa consegue aguentar cinco meninas – fala Elena, rindo. A gente ri também.

Olhei para Amanda, que confirmou. Eu abri a boca para falar, mas Elena reparou em uma coisa e falou primeiro:

– Hum, Julia, onde está o seu colar?

– O meu? – instantaneamente passo a mão no pescoço liso. – Em casa. Saímos com tanta pressa que esqueci ele em cima do criado-mudo.

– Ah... – Nisso Elena começou a ficar um pouco mais séria. – me prometam uma coisa, meninas. Prometam que sempre vão usar ele, em qualquer... – nisso ela para e olha para o lado, onde o Damon estava encostado em uns armários. Espera aí. Ele sempre estava ali? – ...situação. Ok?

– Por mim, tudo bem!

– Ok!

Eu e Amanda falamos juntas e rimos, enquanto Elena se despede e sai pelo corredor. O Damon ia falar com ela, mas ela nem ligou. Ele tentou de novo, pegando no braço dela, mas Stefan chegou e eles começaram a se beijar. Damon recuou alguns passos, e um bolo de gente passou pelo corredor. Quando fui achar o trio de novo, não havia mais trio. Só Stefan e Elena estavam ali. Estranho. Muito estranho.

– Ju – fala minha amiga. – eu vou ficar depois da aula para fazer o trabalho de história, ok? Não me espere.

– Ok, entao eu vou avisar minha mãe que a gente vai passar o final de semana na casa da Elena, e vou ficar vagueando pelo parque, conhecendo mais um pouco.

– “Vagabundeando” não seria a palavra certa para isso?

– Ou! Eu não tenho nada para fazer, ok?

– Eu sei, só estou enchendo a sua paciência!

– Como sempre.

Rimos, nos damos um abraço e viramos uma para cada direção.

x.x.x.x

Comento que minha mãe amou o fato de nós irmos passar o final de semana com minhas amigas? Ela falou que ia sair também.. Acho que ela está a fim de alguém. Hmm... nota mental: stalkear a vida da minha mãe. Brincadeira :P

Bom, eram 3h da tarde, e eu não tinha nada para fazer (eu fiz toda minha lição de casa na classe, #soutop), então fui andar na praça de Mystic Falls.

Estava um dia gostoso, com um sol forte, ótimo dia para andar. Andei lá e até conversei com algumas pessoas, mas tinha um lugar onde só tinha duas pessoas conversando. Me aproximei, com o vento batendo contra. Só chegando mais perto quem eu reparei quem era.

­– Elena?

Ela se vira, e eu vejo ela e Stefan conversando. Stefan cruzou os braços, mas parece que ele reparou em algo: A cara de Elena. Ele se colocou entre a gente, parecia que ela queria me... matar.

Pelo menos o cabelo dela estava bonito daquele jeito. Eu gosto de cabelos encaracolados.

Mas eu realmente comecei a ficar com medo. Os olhos dela...

– Elena, seus olhos!

Ela se virou de costas para mim, mas Stefan não fez nada, só ficou entre a gente. Estranho.. Stefan começa:

– Ka- Elena.

Ela se vira. Ele chega perto dela e sussurra algo, fazendo com que um arquear de sobrancelhas e um sorriso (meio assassino ou malicioso, escolhe aí) brotasse na cara dela. Posso dar minha opinião? Ela parecia.... Outra pessoa. Mas não dá para ter alguém igual a ela. Certo?

Os dois se afastaram, e Elena parece ter voltado aquela pessoa que eu conheci, meiga e com um sorriso.

– Oi... – nisso ela olha pro Stefan, que por sua vez não se meche. – Julia.

– Hm, eu não queria atrapalhar – paro por um pouquinho, encarando os dois / o chão. – só queria avisar que eu e Amanda vamos dormir na sua casa, ok?

– Ah. Ok.

Um silencio muito do constrangedor pairou sobre nós. Elena me encarando, como se estivesse tentando descobrir tudo sobre a minha vida (ou se soubesse tudo da minha vida. Não quero decifrar aquele olhar). Stefan, de braços cruzados, alterna o olhar para Elena e para a paisagem. Eu alterno meu olhar para Elena, receosa, para Stefan, com dúvida e para o chão, porque o chão sempre é interessante nessas horas. Uma idéia parece ter passado na cabeça de Elena, e ela avança um passo em minha direção.

– Stefan, se eu...

Ele entende o que seja lá o que for, e ele pega Elena pelo braço. Nunca pensei que ele ia agir com ela desse jeito. Ele olhou para mim.

– Julia, seu colar. Onde está?

– Ah, desculpa Stefan – passo a mão no meu pescoço novamente – a Elena já sabe, eu sai correndo e esqueci ele em casa.

– Stefan – fala Elena – ela está sem. Isso vai retardar um pouco e eu....

– Você não vai fazer nada – corta ele

– Mas é melhor para a gente! E se ela-

– Kathe...

Os dois param e ficam se olhando. Vamos deixar de fora o fato que o Stefan está chamando a Elena de algum nome que não é dela. Eu recuo uns dois passos.

– Bom, eu vou indo, ok?

Nenhum responde, eles ainda estão se olhando, Stefan com raiva, Elena com um olhar “duvida? / você vai se arrepender se você se colocar na minha frente”. Eles estão muito estranhos. Eu vou saindo de fininho, deixando os dois a sós. Não estou a fim de ficar segurando vela. Ou outra coisa.

Viro 180º e saio andando, como se nada tivesse acontecido.

Meu celular toca, e meu coração dispara. Adivinhem? Sim, eu tenho namorado. Nome? Nicolas. Por que vocês acham que eu ainda não me joguei o Damon? Haha, brincadeira. Mas sério, o Nicolas é meu namorado, começamos a namorar na minha antiga cidade. Com os... hn, acontecimentos na escola, ele e a Amanda ficaram do meu lado. Dai foi rolando, rolando, até que ele me pediu em namoro. Ele foi o único motivo que eu ainda não me desliguei totalmente da minha cidade natal. Coloquei um sorriso no rosto e atendi.

– Alô?

– Ju?

Meu coração deu uma pirueta.

– Oi Nic!

– Como você ta?

– Com saudades, né? Mas bem. E você, como está?

– eu... Ju, a gente tem que conversar.

Parei e congelei. Eu nunca gostava desse tom. Sentei num banco próximo.

– Pode falar – falo, rouca.

– eu.. odeio falar isso por telefone.. mas..

– Mas o que?

– Ju, acho que não dá mais entre nós.

Meu coração falhou uma batida.

– O quê? Como assim? – pergunto, começando a me desesperar.

– Essa distancia, não dá mais.

– Mas a gente conversou sobre isso! Quando puder eu vou até ai, eu já disse!

– Eu sei, mas...

Nisso, atrás da voz dele, eu ouço outra voz feminina. [ou, a voz atrás eu vou colocar em itálico na mesma fala dele, ok? Para evitar confusões.] O pior é que eu conheço a voz.

Niic, já terminou aí? Vem cá! Já vou. Ju, entao.

– Essa voz atrás de você. É de quem eu estou pensando?

– Não é nada que você está pensando, Ju, calma. Nic! Desliga na cara dela e vem para cá! Agora não, Mia! Agora não!

– Mia. Mia! Você está com a Mia?!

– Eu...

– Ai Meu Deus, Nicolas! Você está me traindo com minha “suposta” melhor amiga daí?

– Nicolas, dá esse telefone aqui que eu falo com ela! NAO, MIA, você não vai falar com a Julia! (~passos, e a voz da mia berrando coisas não muito apropriadas fica cada vez mais longe~) pronto. Ju, me escuta.

– Escutar o que, Nicolas? Que quando eu sai você não resistiu aos encantos da Mia? Que vocês estão namorando enquanto eu me fazia de boba? Não precisa, eu já sei de tudo, e tem coisas que eu prefiro não saber.

– Não é assim, Ju. Escuta...

– Ok, escuto. Fale o que você tem para falar!

– Hm.. eu..

Um silencio paira entre a linha, sendo cortado apenas pelo meu choro livre no banco da praça.

– Bonitas palavras, Nicolas – começo de novo, com a voz chorosa. – realmente me comoveram. Agora se me der licença, eu tenho que desligar.

– Não Ju, não faz isso. A gente pode entrar num consens-

Desliguei.

Me permiti chorar em público, ali mesmo, no banco da pracinha. Meu namorado me trai com minha amiga e eu não posso chorar? Fala sério.

Chorei, chorei, chorei. Ainda bem que não tinha muitas pessoas lá, e as que estavam não estavam se importando com uma menina de 17 anos chorando no banco da praça. Abracei os meus joelhos e abaixei a cabeça, repassando todos os momentos bons que ele tinha me ajudado, o pedido de namoro....

Sinto um mão no meu ombro.

Levanto a cabeça e olho para os lados, e encontro a pessoa que menos queria encontrar agora.

– Damon..

– O que houve?

Viro minha cabeça para o lado, segurando as lágrimas o máximo que posso. Não estou muito afim de ser um alvo das falas irônicas de Damon, coisa que eu já conhecia muito bem. Ele se sentou no meu lado no banco, e levantou meu rosto para que eu pudesse encarar os olhos azuis dele.

– Julia, o que houve? – insiste ele.

– Nada Damon, me deixa.

Viro minha cara de novo, sem sucesso. Ele pega o meu rosto, me forçando a me encarar ele de novo.

– Eu quero te ajudar, Julia. Mas se você não falar eu não consigo fazer nada. Eu tento ajudar as pessoas, mas elas não me deixam!

Entao percebo uma coisa. Um cheiro.

– Damon... Você está bêbado?

– Um pouquinho.................– encaro ele com um tom de censura.– ......hm......– arqueio as sombrancelhas – ...........muito.

– Ah, Damon. O que houve? Por que você bebeu assim?

– Nada.

– Damon. Todo mundo fica bêbado por alguma razão. E eu aposto que você não ficou bêbado por que você gosta desse jeito de bebida.

Ficou um silencio entre nós. Nós dois nos encarando. Encaro os olhos azuis e encontro dor.

– Eu falo o que aconteceu comigo e você fala depois, que tal? – falo, quebrando o silencio.

– Como você sabe que eu vou falar para você o que eu tenho? – ele olha para o lado.

– Eu confio em você.

Ele se volta para mim de novo, me olhando com um pouco de curiosidade. Ele faz um gesto para eu começar a falar.

– Meu namorado.

– Você tem namorado?

– Tinha – sinto meus olhos ficarem embaçados. – ele me traiu com minha amiga.

Damon limpa uma lágrima que passa pela minha maçã do rosto. Viro o rosto para o lado, mas sou surpreendida por um abraço. Sem ninguém falar, sem sentir, nada. Só um abraço. Ficamos um tempo daquele jeito, enquanto mais algumas lagrimas caiam do meu rosto. A gente se separa.

– não ligue para esses dois. Eles não te merecem – recomeça ele.

– Como você sabe?

– Por que não vale a pena você ficar chorando por um cara que não te merece.

– E como você sabe que eu não mereço ele?

– por que garotas como você merece coisa muito melhor que isso.

O assunto cessou.

– Ok Damon, você está bêbado. Vou te levar para sua casa.

– O que faz você pensar que eu preciso de ajuda?

– Nada. Eu só quero ajudar.

­– Eu não preciso de ajuda de ninguém.

– Como assim?

– Julia, você ainda está sem o seu colar?

Meu deus, todo mundo começou a se preocupar com o meu colar!

– Sim, Damon, ainda estou sem. Por que todo mundo começou a se preocupar com esse colar?

– Ele serve para te proteger.

– Proteger do quê?

– Você vai entender.

Mais silencio entra no lugar da conversa. Damon recomeça:

– Bom, tudo bem. Você só vai se lembrar disso.

– Disso? Disso o quê?

Ele chega mais perto.

Ele me beija.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Choraram por mim? Tiveram inveja qdo eu beijei o Damon? Eu sei que sim! :D :D :D (nem sou má)
Deixem reviews e façam uma autora feliz, que daí uma autora feliz posta mais capítulos, e mais capítulos significa cada vez mais e cada vez melhor! Viu? Como uma coisa simples se transforma numa ação que favorece a todos?
Té mais, queridos!



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