A Arma De Esther escrita por AnaTheresaC
Capítulo 29 – História curiosa
Elijah fez-lhe um chá enquanto Teresa tomava um banho. No dia seguinte teria várias nódoas negras, mas para ela, isso pouco importava. O que realmente lhe importava era como é que podia ter deixado um homem bater-lhe. E não era um qualquer, era um conhecido.
Teresa foi até à cozinha e sentou-se numa das cadeiras. Elijah colocou-lhe o chá de camomila a ferver á frente, com uma colher de sopa de mel lá dentro.
-Vai ajudar-te a acalmar.
Ela sorriu agradecida e bebeu um pouco do líquido quente, que lhe queimou os lábios, a língua e a garganta, mas pouco lhe importava. A sua mente estava cheia de perguntas que precisavam de ser respondidas.
-Teresa! – exclamou Bekah, entrando na cozinha e abraçando com força a amiga. – Oh, fiquei tão preocupada.
-Bekah… as dores…
-Oh, desculpa – disse a loira, afastando-se de Teresa e sentando-se ao lado de Elijah. – Estás muito mal? O que aquele bastardo te fez?
Teresa riu seco enquanto mexia descontraidamente a colher de mel.
-Bekah…
-Podes ser sincera connosco – disse Bekah, apertando suavemente a mão direita da amiga.
-Eu sei – disse Teresa e o nó na garganta voltou. – Só não sei se o consigo dizer em voz alta.
Rebekah acenou com a cabeça e forçou um sorriso para a amiga. Entretanto, Kol e Klaus entraram no apartamento. O irmão mais novo trazia uma expressão feroz, felina e sarcástica no rosto, enquanto Klaus trazia apenas um olhar furioso e preocupado.
-O que lhe fizeram? – indagou Teresa, mal eles entraram na cozinha.
-Demos-lhe uma tareia – respondeu Kol, com a expressão mais feliz do mundo. – Tão cedo não te chateia.
Elijah, Bekah e Klaus deitaram-lhe um olhar de repreensão.
-Mataram-no? – murmurou Teresa, olhando para o chá a fumegar.
-Não – disse Klaus. – Podem deixar-nos o resto da noite, sozinhos? Por favor.
Rebekah abraçou mais uma vez a amiga e saiu, seguida de Kol e Elijah.
Assim que ouviu a porta a bater, Klaus sentou-se pacientemente ao lado de Teresa. Tomou-lhe as mãos pequenas e obrigou-a a olhá-lo nos olhos, prendendo o seu olhar perdido e magoado.
-Estás bem?
Teresa negou com a cabeça e deixou escapar um soluço. A adrenalina já lhe tinha passado, e a dor e humilhação atingiram-na, deixando-a arrasada.
-Anda cá – Klaus puxou-a para o seu colo, abraçando a sua cintura fina. Teresa encostou a cabeça no seu peito e deixou as lágrimas escaparem livremente. – Já estás em casa, nada de mal vai voltar a acontecer-te.
-Tive tanto medo – disse ela, entre lágrimas.
-Claro que tiveste, amor – beijou o topo da cabeça dela, tentando tranquilizá-la. – Os teus ferimentos estão muito maus?
Os soluços foram mais audíveis e Teresa acenou.
-Nem queiras imaginar. Amanhã nem me conseguirei levantar da cama.
-Deixa-me ver – pediu ele.
Ela negou com a cabeça.
-Teresa, deixa-me ver. Por favor. Eu posso ajudar-te.
-Não quero que vejas. Não quero que fiques zangado.
-Não vou ficar. Não contigo, pelo menos.
-Mais interessante: como soubeste onde estava? – Teresa tinha conseguido desviar o assunto da conversa, mas sabia muito bem que mais cedo ou mais tarde ele iria ver as nódoas negras.
-História curiosa – Klaus entrou no novo tema da conversa. – Estava eu aqui a preparar as coisas para o nosso jantar italiano quando de repente senti um pânico e medo atingirem-me. Não veio de dentro de mim, veio de outro lado, mas atingiu-me como se eu estivesse com esse medo e pânico. Então percebi que só podias ser tu, já que temos o nosso sangue ligado. Chamei os meus irmãos e Rebekah disse-me onde tu tinhas ido. Então, eu, Kol e Elijah fomos até lá e depois seguimos o teu cheiro. Canja, para nós.
Teresa abraçou-o com força. Os soluços recomeçaram, apesar de saber que ali, nos seus braços, nada de mal lhe podia acontecer. Wren não voltaria a atacá-la.
-Acaba o chá – disse ele, entregando-lhe a caneca.
Teresa bebeu o chá que já estava mais frio, e assim que acabou, colocou a chávena em cima da mesa.
-E agora, cama – disse ele, pegando-a ao colo.
-Klaus! – exclamou ela, surpreendida com o gesto dele.
Entraram no quarto dele e Klaus deitou-a delicadamente na cama.
-Bons sonhos – disse ele, e erguendo-se. Teresa pegou-lhe na mão e Klaus parou.
-Fica comigo – murmurou ela, implorando com o olhar.
Klaus sorriu.
-Deixa-me só mudar de roupa.
Teresa acenou e fechou os olhos, enrolando-se nos lençóis e fechando os olhos. Quando Klaus voltou da casa de banho, ela já estava a dormir profundamente. Deitou-se delicadamente ao lado dela e apagou as luzes.
©AnaTheresaC
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Gostaram? Espero que sim! E só nesta semana recebi duas recomendações! YAY!Obrigada, sweethearts (imaginem isto com pronúncia de JoMo)
Quem gostou do capítulo desta semana em que Kol mostra o seu lado assassino? Eu amei! Kol, casa comigo! Hahaha.
Bem, ele irá aparecer muitas vezes na fic, prometo!
XOXO