All Apologies. escrita por Catarina_Rocks


Capítulo 11
Capítulo 10: Durma medo meu.


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridos!!!
Segue mais um capítulo. Perdoem a demora e sim, eu vou postar em My Faith... só me deem um pouco mais de tempo, por favor!!!! Vocês não tem noção de como aquele capítulo está me deixando louca!!! ME PERDOEM!!
ROBEIJOS E KRISSES!!! COMENTEM!!!!!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/257901/chapter/11

Capítulo 10 – Durma medo meu. 

Kurt Cobain, Janis Joplin, Jim Morrison e Amy Winehouse faziam parte da grande lista de cantores que morreram aos vinte sete anos. Talvez, por esse motivo e a maldição que envolvia essa história, a época em que mais tive medo da morte foi quando completei os meus vinte e sete.

Claro, eu não era nenhuma cantora famosa que tinha a probabilidade de morrer por overdose ou depressão, porém se aquelas pessoas que eu mesma admirava morreram tão cedo por motivos aparentemente não razoáveis, porque logo eu não seria uma regra a isso também?

Então no último dia 13 de setembro eu havia me reservado ao maior porre de minha vida, esperando apenas que o destino fizesse o que tinha que fazer.

Naquele aniversário, eu não havia mandado presente algum á Emmett mas fui surpreendida por uma coletânea especial do Nirvana chegada pelo correio, que só me fez pensar que era o sinal da minha morte chegando.

Eu posso admitir que depois da morte de Irina e minha mãe, eu já havia desenvolvido certa fobia á morte. Mas quando eu recebi a notícia que mudou minha vida e meu pai morreu alguns anos depois a palavra morte foi a um patamar muito maior do que a simples categoria medo. Eu tinha pavor e repulsa á ela. Como se qualquer outro problema fosse superfulo perto deste.

Mas a morte me seguia.

Ela estava á espreita em qualquer lugar que eu fosse; como se já tivesse decifrado meu medo á ela. Cada pensamento que eu tinha se voltava para ela e tudo o que eu havia feito nos últimos sete anos tinha sido em razão ao medo e a precaução que eu deveria ter sobre ele.

E foi exatamente em cima da morte, que eu me decidi em quais presentes dar a Rose em seu chá-bar. Cada um deles tinha um significado a mais dos quais eu jamais revelei ou revelaria em sã consciência. E naquele momento, eu não sabia como dizer a Edward que o pingente de coração havia sido dado em razão aos meus temores mais profundos, sem que ele me questionasse até a borda.

Eu saí do Billy’s Bar, assim que vi Jasper e ele se levantando e logo vi os dois sentados na calçada numa conversa muito intensa de olhares.

Eu tomei meu tempo para me aproximar, pois eu conhecia Edward muito bem e sabia que ele estava desabafando tudo o que sentia primeiro com Jasper.

Ele sempre fazia aquilo.

Em muitos momentos no passado eu me irritava com o fato de Edward sempre dar preferência a Jazz em qualquer assunto que fosse ao invés de partilhar primeiramente comigo.

Eles me ouviram me aproximando e olharam para mim imediatamente.

Edward tinha um olhar impassível. Jasper me deu um aceno com a cabeça, pedindo para que me sentasse ao lado deles.

“Acho que nós três devemos conversar.” Ele disse quando me sentei ao seu lado, ele entre mim e Edward.

Edward bufou.

“Então... acho que talvez eu deva começar e eu quero que o Edward me ouça até eu terminar.” Eu disse com cautela.

“Você sempre começa.” Ele rolou seus olhos e eu me inclinei para frente para ter uma visão melhor dele.

“Não começa e me escute, por favor.” Disse em tom de aviso. Ele me encarou seriamente por alguns segundos e Jasper pigarreou como se fazendo notar sua presença.

“Primeiro de tudo, preciso que você entenda que ele foi o presente emprestado.” Comecei respirando fundo.

“Emprestado ou não, não têm porque você dá-lo á Rose.” Ele me interrompeu irritado, inclinando-se para frente para me olhar também. “Nós combinamos que... Merda, Bella, você se lembra de tudo o que aconteceu naquela noite, apesar de tudo achei que isso ainda tivesse algum valor pra você... A nossa amizade.”

Respirei fundo e fechei meus olhos.

“Edward, você pode me deixar falar?”

“Eu... Eu tive meus motivos.” Disse baixinho. “Eu só quero que ela tenha todo o tipo de felicidade que eu tive quando nós estávamos juntos.”

 “Ela já tem todo o tipo de felicidade, afinal ela vai se casar com o namorado de toda a sua vida.” Ele teimou. “E eu não aguento mais ouvir que você tem seus motivos.”

“Edward, por favor –“

“Olha já chega, certo?” Jasper disse me interrompendo. “Eu quero que os dois respirem fundo e finjam que nada aconteceu por enquanto. Afinal, parece que Edward esqueceu que tem uma noiva completamente alheia á tudo isso e que estamos em uma festa.”

De repente, eu senti uma dor ridícula no meu peito, porque eu vi nos olhos de Edward a preocupação com Izzy e o modo em que ele passou a encarar o Billy’s Bar como se estivesse louco para entrar e falar com a maldita noiva.

Naquele momento, eu me senti como a segunda na vida dele e eu percebi que ela era muito importante para ele... Tão importante que ele a colocava na frente de seus próprios sentimentos. Essa percepção quase me fez chorar ali mesmo.

Eu engoli em seco e falei com a voz embargada, “É melhor você falar com ela.” Olhei para minhas mãos.

Edward não disse nada e eu tomei seu silêncio como uma confirmação das minhas inseguranças: Alguém já havia tomado o meu lugar e por mais que ele se importasse, ela era quem ele cuidaria agora.

Me esqueci de tudo o que eu deveria fazer ali e simplesmente me levantei.

“Jasper tem razão, conversamos depois.” Eu disse correndo para dentro, ouvindo Jasper me chamar confuso.

Eu apenas corri para o banheiro e na próxima meia hora, eu chorei como uma garotinha assustada.

Depois daquilo a noite foi completo fingimento. Do momento em que retornei, Edward já estava alheio á tudo pensando sozinho em seu próprio mundo, mas mantendo Izzy firmemente ao seu lado. O resto de minha família também pareceu querer ignorar tudo e então a mesa estava povoada de uma aura negativa e uma quantidade exagerada de sorrisos tortos, falsos e apologéticos.

O clima não melhorou até a volta para a casa Cullen e tudo o que eu pensava era em como aquela situação estava colocando todos nós para baixo. O silêncio entre todos parecia de comum acordo e ninguém realmente pareceu disposto o suficiente para dizer uma única palavra. Estava subentendido que o pingente que eu havia emprestado á Rose, trouxera todos os tabus que ninguém antes pareceu se importar.

E então sozinha em meu quarto e agarrada á Masen como uma corda salva-vidas, eu chorei mais até sentir a cabeça latejar. Eu tinha abado de descobrir que eu só poderia ter certeza absoluta de três coisas na minha vida:

Eu amava Edward com tudo dentro de mim e não sabia se era melhor manter distância ou tê-lo por perto da maneira que fosse;

Apesar de todos dizerem que nada havia mudado e agirem como se nada tivesse acontecido, era óbvio que ninguém havia se recuperado das dores que eu causei á eles;

E estava mais do que claro que era impossível reparar sete anos de distância, em sete dias;

(...)

“Jingle Bells, acorde,” Eu senti alguém sussurrando baixinho pra mim.

“Vamos,” A pessoa repetiu, dessa vez me cutucando suavemente.

“O quê droga?” Eu disse resmungando irritada por estar sendo acordada.

“Levante,” Emmett disse com um meio sorriso me olhando com cara de quem estava armando alguma.

Eu olhei para o relógio na mesinha de cabeceira e só não soquei meu irmão quando vi que eram três e quarenta da manhã, porquê eu estava realmente cansada.

Eu tive uma noite fodida do caralho e nem dormir eu consigo. Ótimo.

“Vamos pra onde, Emmett?! Tá maluco?” Eu me sentei coçando os olhos. “São três da manhã.”

“Só vem comigo.” Ele disse com uma ordem me puxando pelo braço.

Eu estava quase gritando para ele parar quando chegamos ao corredor, mas então eu vi Edward, Rose, Alice e Jasper parados com caras de sono e me perguntei que porra estava acontecendo.

“Que porra está acontecendo?” Eu perguntei em voz alta.

“Nós vamos para a clareira da casa Willow.” Jasper disse me olhando. “Vamos resolver nossas merdas.”

“Uma por uma.” Allie completou.

Eu engoli em seco naquele momento, e percebi o que estava prestes a acontecer.

O pingente parecia agora como o último clique necessário para que tudo o que eu mais temia acontecesse.

Eles queriam respostas e eu estava sendo obrigada a dá-las.

Resignada e olhando para Edward á todo momento, nós fomos juntos no carro de Emmett, completamente apertados, num silêncio um tanto quanto estranho.

Assim que chegamos na grande clareira, eu olhei para a velha casa Willow com um aperto no peito.

A casa Willow era chamada daquela forma, pois há muitos anos em Forks os Willow eram uma família muito rica que morava ali. Com o passar dos anos os Willow declararam falência, e a casa foi esquecida totalmente, já que estava velha e ninguém se incomodaria em comprá-la. Havia também o boato de que estava mal-assombrada e Forks por ser uma cidade pequena, abraçou o boato como uma realidade indiscutível. Desde então, ela havia sido usada pelos jovens da cidade para o intuito de festas secretas, uma espécie de lugar especial para chapar com maconha e, no meu caso, para fazer noites românticas com o namorado na encolha.

Ali era o lugar mais importante de meu mundo. Havia sido ali que eu tinha tido minha primeira vez com Edward; havia sido ali que ele havia me dado o pingente de diamantes; havia sido ali que eu e meus amigos tivemos nosso primeiro porre; e havia sido ali que Edward havia me pedido em casamento, na nossa ultima noite juntos.

Nos meus sonhos mais profundos e loucos, eu me casaria com Edward na clareira que havia ao seu redor e então moraria com ele ali para sempre.

Afinal, não havia lugar melhor para se estar.

Eu sabia exatamente o porquê de estarmos ali e porquê meus amigos haviam escolhido justamente aquele lugar para estarmos numa madrugada fria de sábado.

Quando eu vi Rose puxando do porta-malas inúmeros cobertores e Alice levando para dentro algumas sacolas com garrafas dentro, eu logo me perguntei se seria seguro nós nos embebedarmos como nos velhos tempos, levando em conta a situação que nosso grupo enfrentava agora.

Edward continuava distante, mas eu notei durante a viagem de carro o modo como ele não parava de olhar para mim pelo espelho retrovisor.

Acho que teremos nossa conversa na nossa clareira, ao redor de todos os nossos amigos e completamente bêbados. Alguma coisa apenas me diz que isso não dará muito certo.

Nós chegamos e invadimos a casa entreaberta, Emmett arrumou os cobertores em uma roda e Rose posicionou os seis copos cuidadosamente na frente do lugar onde nos sentamos, tudo isso sem dizermos uma única palavra.

Eu me sentei entre Rose e Edward e na minha frente estavam Jasper, Emmett e uma Alice gordinha.

Ela recheou cada copo com uma das garrafas de vodka e no seu colocou apenas água.

Nós nos olhamos e Jasper foi quem começou a falar.

“Nós vamos fazer como nos velhos tempos. Vamos começar bebendo o primeiro copo com um gole só.”

“O quê? Nós acabamos de acordar e eu nem comi nada.” Protestei um pouco mal-humorada.

“Pare de ser um grande bebê chorão, B.” Alice disse com um meio sorriso. “Nós sabemos que como sempre, quem vai capotar primeiro é a Rose.”

“Só porquê você não vai beber.” Rose retrucou, quebrando o clima.

“Você e a Alice são fracas igualmente.” Edward disse. “Nem dá pra dizer quem cederia primeiro.” Ele deu de ombros.

“Dá pra dizer quem vai durar mais,” Emmett disse com um sorriso, esfregando uma mão na outra.

“E não vai ser você,” Eu respondi. “Eu sou a mais forte daqui.”

 “Ora, ora agora você quer beber?” Jasper me olhou e então deu um sorriso malicioso, “Topa uma aposta?”

“Nem pensar!” Edward respondeu apoiando os braços sobre os joelhos dobrados. “Dá última vez, sobrou pra mim carregar o mala do Emmett até o quarto dele.”

“Nós vamos dormir aqui.” Rose informou com um dar de ombros. “Este é o nosso acerto de contas, ninguém vai sair daqui até colocarmos todos os pingos nos i’s.”

“Certo e de quem foi essa brilhante ideia afinal?” Edward perguntou olhando pra mim.

“Não fui eu.” Eu me defendi. “Na verdade, acho que não temos nada pra resolver.” Tentei me esquivar.

“Não seja hipócrita.” Alice retrucou. “E a ideia foi minha, muito obrigada.”

“E qual é o plano?” Eu perguntei. “Nós vamos falar sobre essa noite e o que aconteceu, ficando mais bêbados que gambás?”

“Não, minha querida.” Ela me respondeu com um sorriso presunçoso. “Nós vamos falar sobre tudo, da maneira que deveríamos ter feito desde que todo esse rolo começou.”

“Tudo bem,” Edward interferiu antes que eu dissesse alguma coisa. “Nós precisamos mesmo disso.”

Ele me olhou de soslaio e eu rolei meus olhos.

Era óbvio que ele estava querendo resolver as coisas agora, afinal, ele ainda estava magoado com a história do pingente.  E se eu bem conhecia Edward, apenas por isso ele resolveu que devíamos tocar na ferida, mesmo que ele tivesse dito o contrario quando resolvemos esquecer a merda toda.

“Ok, então,” Rose disse pegando em seu copo. “Quando eu falar três. Um, dois, três.” E então todos nós bebemos de uma só vez.

Eu senti o liquido descer pela minha garganta, queimando tudo por onde passava.

Quando Rose começou a tossir desesperadamente, todos nós começamos a rir provando o fato de como ela era fraca com bebidas.

Jasper limpou sua boca e pigarreou.

“Agora vamos falar sobre a noite de hoje. O que diabos foi aquilo das presilhas, Bee?”

“Como assim?” Eu me fiz de desentendida.

 “Todos nós sabemos que sua mãe deixou aquilo pra você.” Rose rolou os olhos. “Porque você deu pra mim uma herança de mãe pra filha?”

“Eu só...” Eu comecei sentindo o par de olhos verdes mais intensos me olhando atentamente. “Eu deveria usar no meu casamento e dar pros meus filhos. Eu sei que eu não vou me casar ou ter filhos e achei que a melhor opção era dá-las á você.”

“Porquê você não vai se casar?” Emmett me olhou franzindo o cenho.

Eu ri jocosamente.

“É mais do que óbvio vocês não acham?”

Edward estalou a língua.

“Porque seria mais que óbvio? Você disse que usaria no nosso casamento.” Ele me olhou um tanto bravo. “Mas então você foi embora, você terminou comigo. E se você iria casar comigo, porque não pode casar com outro?”

 “Você está se comparando com qualquer outro cara?” Eu bati meus olhos pra ele. “Eu me casaria com você, porquê você é você. Eu não vou me casar a menos que eu queira isso. E eu não quero isso, não mais.”

“Foi por isso que você foi embora, então?” Alice perguntou arregalando seus grandes olhos pra mim. “Você resolveu que não queria casar?”

“Olha...” Eu suspirei. “Eu não vou contar porquê eu fui embora. Eu não posso e eu amo vocês todos, mas eu tinha-“

“Os seus motivos. Nós sabemos.” Eles disseram em um uníssono tedioso.

“Nós entendemos, Bells.” Emmett disse. “Mas mesmo que nós entendamos, nós precisamos de respostas. Porquê as suas atitudes só nos deixam mais e mais confusos.”

“Você foi embora e deixou uma vida inteira pra trás e então você volta e parece que perdeu toda a sua fé no mundo. É apenas... muito estranho pra digerir.” Rose disse amavelmente.

“Eu entendo,” Eu disse exasperada. “Mas vocês têm que entender. Eu só... eu não posso, eu não consigo contar.”

“Ás vezes parece que você não deu a mínima pra nós em todo esse tempo.” Alice me olhou acusatoriamente.

“Eu dou. Eu sempre dei. Vocês são a coisa mais importante da minha vida. Isso é todo o meu mundo.”

 “Você podia partilhar você sabe,” Jasper murchou os ombros. “Você não precisa lidar com isso sozinha, seja lá o que seja.”

“O papai sabia, não sabia? E o Carlisle e a Sue também sabem, não é? O real motivo?” Emmett perguntou.

“A Sue sabe em partes,” Eu dei de ombros. “E sim, o papai sabia e é óbvio que o padrinho também sabe, mas isso não significa que eu não posso poupar vocês disso.”

“Poupar? Qual é Bella?” Edward me olhou balançando a cabeça. “As coisas que você têm feito não estão poupando ninguém. Você deu o presente que jurou nunca tirar do pulso pra outra pessoa, só provando como você não dá mais a merda pra nós.”

“Não fala assim, Edward.” Retruquei. “Eu já expliquei. Foi o presente emprestado. Era só uma simbologia de como eu gostaria que Rose fosse feliz. A felicidade pra mim se resume ao meu pingente.”

“Edward, a Bella pode não ter pensado em como isso magoaria você. Até porquê você reagiu de um jeito inesperado quando ela voltou, de um jeito que eu juro que não pensei que você reagiria. Mas de todas as coisas pra te deixarem desse jeito, ela ter tirado por algum tempo o seu pingente parece ser a última coisa a se pensar.” Alice me defendeu de repente.

“Só...” Ele olhou para o chão. “Eu posso lidar com o fato de você ter me deixado. Eu tive que aprender a lidar,” Seus olhos subiram para os meus, tornando minha respiração errática. “Mas quando você dá algo que representava a nossa amizade, mostra que você não só me deixou como homem, mas que você se esqueceu de tudo.”

“Você precisa entender que eu não fui embora porquê queria terminar com você.” Eu insisti em desespero. “Vocês precisam entender que ir embora não dependeu de mim e que eu não deixei minha vida pra trás. Eu precisei ir. Se eu tivesse tido uma escolha, eu teria uma vida totalmente diferente agora. Eu fui embora por medo,” Eu respirei fundo. “Medo de tudo o que poderia acontecer. Não foi uma escolha foder com a minha vida e foder com a de vocês. Esse assunto é só... é tudo muito doloroso pra contar. Eu entendo a necessidade de vocês em saber, mas eu não posso contar. Você só precisam saber que ninguém se arrepende mais de tudo o que aconteceu do que eu, ninguém sofre mais com isso do que eu. Mas de alguma forma, não foi em vão. Foi necessário.”

“Nós estamos nos esforçando pra não te empurrar até isso, mas se coloque por um segundo no nosso lugar, Bella.” Alice mordeu os lábios nervosamente.

“Eu me coloco todo o tempo.” Eu me justifiquei. “Mas... isso está além de mim. Eu só posso dizer que eu nunca quis magoar ninguém e eu nunca quis fazer nada daquilo. Me perdoem, porque eu não posso fazer ou dizer mais nada além das coisas que eu já disse. Apenas... me perdoem.”

“Ninguém aqui tem o direito de te perdoar.” Rose me reconfortou. “Todo mundo erra, mas como o Jasper mesmo disse, você não tem que fazer ou lidar com esses problemas sozinha.”

“Eu posso aguentar isso sozinha,” Eu engoli em seco sentindo uma vontade imensa de chorar mais uma vez. “Eu só não quero nem pensar em nenhum de vocês tendo que conviver com isso.”

“Desde sempre pra sempre, envolve compartilhar os problemas.” Jasper contestou. “Você sempre teve a maldita mania de achar que ter problemas ou deixar as pessoas se sacrificarem por você, era algo ruim. O amor não é só de partes boas; as partes ruins também o fortalece.”

Eu me encolhi quando ele disse aquilo. Eu sabia que ele tinha razão, mas saber que eu podia evitar uma dor maior ao deixá-los me dava certeza de que eu não poderia pensar daquela forma.

Eu apenas me calei e Edward passou a me encarar seriamente.

“O que poderia ser pior do que a dor que eu senti quando te perdi, Bella?” Ele me questionou de repente. Seus olhos lançando-me uma onda verdadeiramente assustadora de sinceridade. “Não passou pela sua cabeça que nós dois pertencíamos um ao outro e que eu suportaria o que quer que fosse por você? Se você não foi embora porque não me queria mais, você não acha que nós dois não poderíamos resolver isso juntos? Que se fosse pra nós sofrermos, pelo menos que fosse tendo a certeza de que teríamos um ao outro?” Eu parei praticamente humilhada em meio a sua enxurrada, porque eu vi em seus olhos a dor que eu havia causado e como ele provavelmente havia se segurado durante esse tempo para não ter que jogar na minha cara a dura verdade.

Não bastava pra eu sentir por mim mesma, afinal a dor dele era a minha dor.

Senti um bolo na garganta e minha voz saiu completamente quebradiça quando eu tive coragem de responder, muitos segundos depois.

“Você me contaria? Se fosse algo que você soubesse que me faria sofrer mais que tudo no mundo?” Eu olhei bem no fundo de seus olhos. Percebi nossos amigos silenciados, esperando que Edward e eu tivéssemos aquela conversa. No momento, eu só queria que ele soubesse que tudo o que eu havia feito era por amá-lo demais. “Se você soubesse que eu poderia ter uma centelha de felicidade algum dia se você me deixasse livre, você não o faria? Eu estive disposta a abrir mão de você, porque eu coloquei a merda da sua felicidade na frente da minha e não por falta de consideração. Eu preferi um corte que poderia cicatrizar um dia, do que algo que você nunca se recuperaria.”

“Só porque eu encontrei outra pessoa, não significa que as marcas que você deixou se curaram.” Ele me respondeu de pronto. “Não há como esquecer que um dia a sua essência preferiu deixar de existir em sua vida.”

Meu coração agora batia como asas de um colibri. Por um segundo, eu não conseguia respirar. Porque quando Edward me dizia coisas daquele tipo, meu peito queimava e ardia com a intensidade dos meus sentimentos por ele.

Ninguém disse nada.

O silêncio reinava e tudo o que eu podia ver agora, era o rosto perturbado do homem da minha vida.

“Me desculpe.” Eu disse em um murmuro.

“Eu entendo que nada disso foi culpa sua.” Ele sussurrou. “Mas também não foi minha. Eu tenho o direito de me magoar com certas coisas e de me sentir um bosta quando você age como se nada que existiu entre nós importasse.”

Eu mordi meu lábio com força. “Importa, acredite.”

Seus olhos me fitaram buscando algo em minhas palavras, mas eu não consegui decifrar o quê.

“Nós precisamos beber mais.” Rosalie disse de repente, enchendo nossos copos novamente. Eu agradeci internamente a mudança no assunto. Eu já tinha suportado demais por uma noite.  “Acho que é a minha vez de dizer uma verdade.”

Todos nós olhamos pra ela, enquanto ela virava de uma só vez o segundo copo.

“Eu estou sonhando de novo com a minha mãe.” Ela olhou para todos nós. “Toda santa noite.” Enfatizou.

“Você nunca me contou isso,” Emmett observou, olhando-a com amor.

Eu respirei fundo, sentindo um vazio grande dentro de mim. Eu me lembrava nitidamente das noites passadas em claro que tivemos, logo após a morte de Irina. Era completamente assustador o modo como Rosalie acordava no meio da noite gritando. Nós todos olhamos preocupados para nossa amiga e eu fiquei tentando imaginar se já fazia muito tempo que ela havia voltado a sonhar com a mãe e nunca considerou em contar á alguém até esse momento.

Eu senti o que provavelmente todos os meus amigos sentiam em relação á mim, mas também, por mais que fosse doloroso eu saber que Rose não tinha coragem de contar aquilo á algum de nós, eu a entendia. Ela era independente e orgulhosa demais para deixar os outros se importunarem com os problemas dela.

“Eles tinham acabado...” Ela confessou engolindo em seco. “Acho que com o casamento, eles resolveram me atormentar de novo.” Ela suspirou. “Dessa vez não é tão ruim como antes, eu sonho com ela no casamento, nos olhando com um sorriso no rosto. É só que... algumas vezes parece muito errado fazer isso sem ela. Me casar com o homem da minha vida, sem ter a presença dela ali. Sem a presença do Charlie ou da Renée.”

“Eu também sinto como se faltasse uma parte de mim,” Jasper apertou a mão da irmã, com um olhar cúmplice.

“Acho que todos nós sentimos, não é?” Alice suspirou. “Eu sinto falta dos gorros de lã que a Irina fazia pra gente.” Ela sorriu nostálgica e todos nós rimos levemente. “Ou dos cookies horríveis que a Renée preparava no final da tarde, enquanto o Charlie ficava assistindo o basquete sem piscar o olho.”

Emmett pigarreou.

“Eu me arrependo de ter brigado tanto com o papai antes dele morrer.” Ele disse me olhando com culpa. “Com a morte da mamãe, eu me tornei um filho problemático e acho que eu não ajudei ele quando a Bells foi embora. Ás vezes eu imploro pelo perdão dele, porque talvez ele merecesse um pouco mais de apoio.”

Aquele assunto me deixava com medo. Eu não gostava de tocar no nome de meus pais, ou de como eu fora negligente com Charlie na pior época de nossas vidas.

“Eu ainda não consegui ir no cemitério.” Eu confessei de repente. “E eu não acho que tenho forças pra ir lá ainda.”

“Nós devíamos ir, sabe.” Rose comentou dando de ombros. “Nós seis.”

“Eu não consigo ir.” Edward disse ao meu lado. “Eu só... eu não acho que eu vá reagir de alguma forma boa quando eu ver o Charlie enterrado. Pra mim ele era tão alto e inalcançável que se eu chegar algum dia a vê-lo vulnerável, apenas encarando aquela lápide com o nome dele, nada mais vai fazer sentido pra mim.” Ele confessou e me olhou esperando que eu o entendesse.  

Era claro que eu o entenderia. Afinal, eu pensava da mesma forma a respeito.

Nós dois havíamos sido os únicos que nunca visitaram o cemitério onde minha mãe, meu pai e Irina estavam enterrados juntos. Eu tinha tanto medo de vê-los, que eu não apareci nem mesmo nos enterros. Eu me tranquei num quarto durante dias nas mortes de minha mãe e de Irina e não consegui comparecer, mesmo que as pessoas falassem muito á respeito na época. E na morte de Charlie, eu jurei á mim mesma que só apareceria por alguns instantes e iria embora sem me preocupar em ver o corpo ou o caixão e eu sabia que Edward era exatamente igual.

Não era como se eu não desse o devido respeito á morte de algumas das pessoas que eu mais amava no mundo, mas se eu fosse no cemitério, se eu levasse flores e lamentasse a falta que eles me faziam, a coisa ficaria muito mais real.

“Eu acho que é muito cedo ainda.” Eu apoiei Edward e Rose me olhou com os olhos lacrimejados.

“Nós temos que ir, vocês sabem disso, não é?” Ela disse com intensidade. “Um dia, nós seis precisamos ir nos despedir apropriadamente.”

“Eu sei.” Eu disse apenas em um murmúrio.

E então nós ficamos alguns segundos em silêncio absoluto, até Jasper puxar seu copo e tomá-lo de uma só vez.

“Eu estou com um medo fodido de ser um péssimo pai, como o meu e o da Rose.” Ele disse depois de chacoalhar a cabeça por causa do álcool. “Sua vez.” Ele apontou para Alice que franziu o cenho.

“Vamos falar as verdades um de cada vez, é?” Ela colocou as mãos sobre a barriga, arqueando a sobrancelha para Jasper. “Eu acho um saco estar grávida.” Ela confessou ganhando um tom vermelho em suas bochechas. “Não me levem á mal, eu amo meu filho.” Ela suspirou. “Mas todo mundo diz como esse é o momento mais belo da vida de uma mulher e eu só me sinto como merda. Eu preciso usar tamanho 36 novamente. Eu tenho que beber vodka com vocês, porquê meu Deus, faz séculos que eu não tomo vodka. E café, eu quero café. Só quero voltar a ser como antes.” Ela resmungou com um bico.

“Eu também quero que você pare de peidar toda hora.” Emmett disse bebendo o copo dele e nós demos risada.

“Imbecil,” Alice deu um tapa em sua cabeça.

“Eu falo agora,” Eu disse mordendo os lábios e então bebi o meu segundo copo. Eu já podia sentir minhas mãos formigando e uma tontura gostosa tomando conta de mim. “Eu acho que a Alice está agindo como uma vaca afetada desde que eu voltei, porquê não consegue aguentar os hormônios da gravidez.” Eu olhei para Edward com um sorriso torto.

“Ameeei!” Rose exclamou levantando o braço para bater com a minha mão.

“Eu acho que a Bella têm perdido a noção do perigo agora que eu sou duas vezes mais forte comendo por dois.” Alice fechou os olhos pra mim. “Eu ainda me sinto irritada com o fato de você ter perdido o meu casamento e agora vem para o da Rose.”

“Isso não significa nada.” Eu balancei a cabeça. “Eu vim dessa vez porquê... porquê eu tenho percebido todas as falhas que dei em vocês nesses anos todos. Não porque eu acho que o casamento da Rose é mais importante. Eu amo vocês igualmente.” Estalei a língua.

“Eu sei disso, mas eu saber não significa que eu vou ficar menos magoada.” Ela me respondeu. “Eu ainda preciso de um tempo pra voltar ao normal com relação á você.”

“Eu não sei como ter uma relação normal com a Bella agora.” Edward intercalou-se na conversa, tomando seu copo, mostrando que aquela seria sua confissão. “Eu sinto que deveria ter raiva e magoa de você, ao mesmo tempo que eu sinto saudades de estar com a Bella-Bee que cresceu comigo. Eu não sei se eu consigo ser apenas seu amigo, ou se nós dois podemos fazer isso de esquecer as merdas, quando tudo o que acontece nos relembra o passado. Eu não sei o que dizer, ou como agir ao seu redor. Imagino que Alice sinta o mesmo.”

“Eu também não sei, mas ela tem agido como uma vaca só porque quer me punir,” Olhei para Alice “E você não precisa disso.”

“Eu apenas não sei fingir que estou confortável com essa situação.” Alice se justificou.

“Mas sou eu, você não precisa fingir nada. É só dizer e me tratar como sempre me tratou.” Eu expliquei. “Isso não deve acontecer entre nós. Esse tipo de atitude só é aceitável quando está relacionado á outra coisa e não á família. Eu não sei fingir que eu gosto da Izzy, por exemplo.”

“Eu também não gosto dela e o Edward sabe disso.” Rosalie me informou, mostrando que já estava um pouco mais alta que o resto de nós.

“Eu sei, Rose.” Edward suspirou tedioso. “Mas eu evito forçar ela á você. Eu amo vocês e respeito as opiniões de vocês, mas ela me faz bem e é com ela que eu vou me casar. Você só tem que... aceitar.”

“Nós sabemos mano,” Emmett disse com um aceno compreensivo.

E então Edward me olhou no momento em que me encolhi em meio ás suas palavras. “E quanto á você,” Eu prendi a respiração. “O pior de tudo é que eu sinto alivio por você não gostar dela. Eu acho que eu sentiria raiva de você se você gostasse e me incomoda a ideia de você não sentir mais...”

“Ciúmes.” Eu completei e ele acenou com a cabeça um tanto desconfortável. “Você também tem ciúmes de mim.” Eu observei lembrando-me de como ele reagiu quando Rosalie sugeriu que eu saísse com Jacob Black.

“É eu tenho.” Ele apenas concordou e nós voltamos a preencher nossos copos.

Entre várias rodadas de copos cheios e vazios depois, eu já não podia dizer claramente em que horário fomos dormir. Foi a DR mais longa que já havia tido em toda a minha vida, mas serviu para que nós pudéssemos voltar a ser honestos uns com os outros como éramos antigamente. E mesmo que eu houvesse me recusado á contar o real motivo da minha partida, dessa vez, eles pareceram aceitar um pouco melhor.

Eu me sentia ainda bêbada quando acordei com uma dor de cabeça latente e vi que o Sol ainda estava nascendo na manhã seguinte.

Estávamos em cinco, deitados em um emaranhado de cobertores jogados pelo chão da casa Willow.

Eu não havia visto nenhum sinal de Edward e me perguntei se ele havia voltado para sua noiva. Por um segundo minhas orelhas se esquentaram de raiva ao pensar naquela possibilidade, mas eu logo me acalmei quando o vi fumando escondido no banheiro velho da casa, no segundo andar, sentado na banheira suja de lodo.

Eu não precisei dizer nada quando ele estendeu um maço de cigarros e um isqueiro para mim, apontando para que me sentasse dentro da banheira com ele, na sua frente.

Juntei minhas pernas ao peito e o encarei.

Nós fumamos juntos em silêncio por alguns minutos.

“Edward...” Eu chamei finalmente.

Ele me olhou dizendo tudo o que sentia, apenas com o olhar.

Se eu pudesse explicar a forma como eu me sentia absorta a cada vez que ficávamos daquele jeito, talvez eu pudesse descobrir o quê aquele dois dias estavam significando para nós e porque eu me sentia como uma confusão por dentro.

“Eu acho que eu quero poder sentir raiva de coisas que envolvem a nossa separação e ao fato de você não ser mais... meu.” Eu disse á ele com um suspiro. “Eu quero ser sua amiga, mas eu não posso ignorar o que você representa pra mim.”

“Talvez,” Sua voz saiu um tanto rouca de sono. “talvez nós possamos ser amigos, mas isso não precisa significar que nada vai nos trazer de volta ao passado. Só vamos evitar situações como a de ontem e se elas acontecerem, nós nos sentirmos no direito de nos sentir mal.”

“Não é errado nos sentirmos assim?” Eu perguntei olhando-o com a necessidade real daquela resposta. “Isso não deveria nos incomodar mais. Não na situação em que estamos.”

“Eu me sentiria assim mesmo que se passassem um bilhão de anos.” Ele murmurou de volta, me encarando com seus olhos verdes-mar tão doces. “Você é minha Bella.”

Eu concordei apenas. Eu entendia. Ele era assim pra mim também, mesmo que os resquícios do que fomos fossem bem mais vivos em mim, do que nele.

“Edward,” Eu chamei novamente.

“Hm?”

“Você tem medo do quê?”

“Eu?” Ele franziu o cenho, estranhando a pergunta, mas então suspirou com pesar. “Eu tenho medo de perder.”

“Perder?”

“É,” Ele contraiu o maxilar e olhou para a pia pequena e quebrada no seu lado esquerdo. “Eu já perdi coisas demais, pessoas demais na minha vida. Só de pensar em perder mais alguém, eu me sinto em pânico novamente. Como se os dias escuros de quando você foi embora, fossem voltar.”

Engoli em seco.

“Eu tenho medo de morrer.” Eu disse olhando para minhas mãos.

“O quê?”

“Eu tenho medo de morrer mais que tudo nesse mundo.” Eu contei á ele. “Se eu pudesse, eu seria imortal. A ideia de morrer e deixar as pessoas aqui nesse mundo me assusta.” Olhei para seu rosto novamente. “Acho que... eu prefiro que todos antes de mim morram, assim ninguém sofreria com a minha morte, sabe.”

“Você preferiria ver todos ao seu redor morrendo?” Ele me questionou fechando seus olhos pra mim.

“Sim,” Dei de ombros. “Somente eu quem sofreria.”

“Você quer que eu morra antes de você? Você espera isso?” Ele me perguntou com um brilho de curiosidade no olhar.

“Não,” Eu neguei sussurrando. “Eu não sei á respeito de você.” Mordi meu lábio inferior. “Se você morresse, eu morreria junto porque então nada mais faria sentido. E... não sei, se eu morrer... Te deixar aqui nesse mundo, sem saber sua reação, sua dor, acaba comigo.”

“Eu acho que não seria capaz de viver, em um mundo em que você não exista.” Ele sorriu apologético. “Mesmo você em Chicago, eu me conforto com ideia de que você ainda está por aí... Com a ideia de que você pode ser feliz, mesmo sem mim.”

“Eu sei como é.” Concordei, pois foi exatamente aquilo o que eu havia pensado quando o deixei. “Mas pra você, isso não é certo.” Eu discordei e ele me olhou questionador. “Eu não consegui, Edward.” Bufei. “Você já conseguiu isso; seguir em frente, ser feliz... Eu sei que não vou ser mais capaz disso, mas se você tem alguma chance, se você continuar pensando assim, você está jogando ela fora.”

“Seguir em frente é aceitar. E aceitar não é uma escolha... Você aceita porquê não tem mais jeito.” Ele retrucou se aproximando de mim, para ficar cara a cara comigo. “Sem você nesse mundo, aceitar não seria uma opção.”

“Mas por enquanto é, certo?” Eu perguntei.

“Por enquanto é a única opção.” Ele deu de ombros com o olhar triste. “E nada já não é mais tão simples como seria á sete anos atrás.”

“Eu sei, mas ainda dói.” Eu confessei exasperada.

“Dói.” Ele concordou. “Mas pelo menos eu sei que você ainda está aqui e você sabe que eu estou aqui. Isso basta por enquanto.”

“E então, o que acontece quando um de nós não estiver mais?”

“Os dois deixam de existir. De um jeito ou de outro.” Ele me respondeu apenas, e aquilo bastou para eu sentir como se tivesse mil facas atravessando o meu peito.

Se antes contar parecia loucura, agora eu sentia como uma obrigação manter aquele segredo até o fim.

Porque ele não podia deixar de existir. Não por mim.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

SEM NOTAS HOJE!! HAHAHA
SOU MÁ!
ROBEIJOS E KRISSES!