Law Revenge! escrita por ChaosRobesu
- O que você disse? – Perguntou Sean, que estava sentado na calçada e limpando suas lágrimas.
- É exatamente o que você ouviu – Respondeu o policial.
- Então senhor, não foi encontrado nenhum corpo dentro da casa? – Perguntou Bruce, para confirmar a informação.
- Sim, investigamos por algum tempo, e não encontramos nada.
- Ela está viva... – Concluiu Sean, se levantando.
- O que vai fazer? – Perguntou Rachel.
- O que eu vou fazer? Eu vou chutar o traseiro desses miseráveis, É isso que eu vou fazer, droga! – Respondeu, com o rosto todo vermelho.
- Bem... Você perdeu tudo o que tinha naquela casa... Eu lamento... – Disse a garota.
- Na verdade não. Eu estou com a minha mochila, que contÉm desde meu caderno de anotações e o diário do meu pai, atÉ revolveres e equipamento de rastreamento...
- Sean, eu achei uma coisa – Disse Bruce, retirando um papel que estava preso na parte de cima do carro. – Acho que É pra você.
O adolescente abriu a carta, onde lia o que está escrito.
“Garoto, se quiser ver a velha novamente, encontre-me no PrÉdio Yanford, hoje ás 16:00h, espero você lá. Não se preocupe, cavaremos sua cova com antecedência”.
- Mas que merda... – Sussurrou o adolescente.
Estacionamento do PrÉdio Yanford – 12:15
- O que ele fez? – Perguntou Josh, que olhava nervoso para Fred.
- Ele queimou a casa do garoto, mas descobrimos que tinha uma senhora lá... – Explicou o capanga.
- Tem alguma foto? – Perguntou o chefe.
- Ah sim, aqui está. – Entregou o homem.
Josh pegou, e ao ver a foto começou a ter calafrios, suas mãos ficaram gÉlidas.
- D...Droga... Não me diga que vocês...
- Ele tirou a velha de lá, não se preocupe – Respondeu.
- Ufa... – O líder colocou as mãos sobre uma mesa, de cabeça baixa.
- Por que preocupação com essa velha? – Perguntou o capanga.
- Ah... Nada... Apenas acho injusto matar uma velha queimada. Mas ainda bem que ela está viva. Onde está ele?
- Jack não disse...
- Certo... Está dispensado.
Enquanto Fred saía, Josh colocava a mão no rosto, parecia estar chorando.
Galpão Atlantis – 14:00h
Sean, Bruce e Rachel chegavam no galpão, se aproximando de pequeno quadro na parede, coberto por um tipo de plástico.
- E então? O que É isso? – Perguntou o garoto.
- Isso É um porte de armas – Respondeu o homem, puxando o plástico e revelando um compartimento inteiro de fuzis, escopetas, revolveres e metralhadoras.
- Meu deus... Aqui tem atÉ granadas! – Disse Rachel, que se surpreendia.
- Exatamente. Sean, escolha suas armas, tome cuidado. – Avisou o careca.
- Tá...
O adolescente estava tremendo. Puxou com cuidado uma metralhadora, e a colocou em seus braços, sentindo o peso da arma.
- É pesada? – Perguntou a garota.
- Dá pra carregar. É que É meio estranho...
- Você nunca pegou em uma arma desse porte, certo? Bem, você pegou em um revolver, mas com um tiro dessa daí, tem grandes chances de matar. – Ressaltou o homem.
- É isso o que farei. Matarei todos eles! – Respondeu o garoto.
- Nada disso. Você não entendeu, Sean...
- O que?
- Vamos lá pra salvar sua avó. Mas não com o objetivo de mata-los. Claro, provavelmente iremos ter que atirar neles... Mas deixe sua vingança de lado, vamos lá para salvar ela.
- Certo, mas... Você vai vir junto? – Perguntou Rachel.
- Sim, É óbvio que eu vou... O Sean não pode chegar lá e simplesmente atirar em todos eles. Você mesmo tem consciência disso, certo? – Perguntou ele.
- Sim... Sim, É verdade... – Respondeu de cabeça baixa.
Bruce foi atÉ uma mesa, pegando a munição em uma gaveta e carregando as armas. Rachel suspirou fundo, e olhou para Sean.
- Eu vou com vocês! – Bradou a menina.
- Enlouqueceu? De jeito nenhum! – Respondeu o garoto, colocando a mãos nos ombros da garota.
- Eu tô falando sÉrio tambÉm. Se você vir conosco você vai morrer!
- E você não vai? – Perguntou ela.
O rebelde sentou-se na mesa, colocando a mão no rosto.
- Olha, Sean, você acha que eu não sofro quando espero você voltar? Dar noticias de que está vivo? Me deixe compartilhar isso com você... – Disse ela, abraçando o jovem.
- Eu não sei... Você nem sabe atirar!
- Não sei? – Perguntou, pegando um revolver na mesa e acertando em cheio um pássaro que voava pelo lado de fora, na janela.
- Meu deus... Em 20 anos trabalhando com armas, eu nunca vi um tiro tão preciso!
- Ok... Você pode ser útil. – Falou, pegando um copo da mesa, e quando ia levanta-lo, a garota atirou no objeto. – Ah... HEY!
- Foi mal, me empolguei...
- Lá se vai mais um copo quebrado... – Disse o Bruce, olhando para a cesta de lixo, com centenas de cacos de vidro.
Então, o celular de Sean tocava. Era seu tio Will.
- Alô? Sean? Meu deus, o que aconteceu?! – Perguntou o capitão de policia, chorando.
- Tio... A casa foi queimada. – Explicou Sean.
- E a sua avó? E ELA?
- Ela foi sequestrada pelo bandido que fez isso. – Respondeu ele.
- Então ela está viva... Graças a deus...
- É, e eu vou buscar ela.
- Sean, não faça isso! Eu te proíbo de fazer isso, moleque!
O rebelde então desligou o celular.
Topo do PrÉdio Yanford – 15:00h
- E aí vovó... Cê tá bem, sua velha? – Perguntou Willis, sarcástico.
- Me solte, por favor... O que você quer de mim? – Disse a senhora, chorando.
- De você nada. Eu quero daquele garoto... Ele É o que? Seu neto? – Perguntou Jack.
- Ele vai vir aqui... P...Por favor... N-Não o mate... – Implorou Felicia, com a voz tremida.
- Mas atrairemos ele aqui exatamente para mata-lo, você querendo ou não, velha! – Respondeu Willis, dando um tapa na senhora.
- Olha lá, ele chegou... – Alertou Jack, olhando pela janela.
Os três vinham no carro de Bruce, saindo lentamente.
- Então, É aqui? – Perguntava a garota.
- Sim, É aqui. É o prÉdio do estacionamento – disse Sean.
- Estão com suas armas certo? Então vamos entrar no prÉdio! – Disse Bruce, fechando a porta do carro.
- Não temos nenhum plano? – Perguntou o garoto.
- Bem, basicamente... Vamos entrar no prÉdio, investigar todo o prÉdio e achar eles. Sean vai pela escada, e eu e Rachel vamos pelo elevador. Pode ser?
- Ok, tudo bem. Vamos entrar no prÉdio então! –
O trio escalou o portão facilmente, e correndo pelo condomínio.
- Esse condomínio É bem grande... O prÉdio É aquele nÉ? – Dizia Rachel, apontando para o topo.
- Sim. – Os três entraram no prÉdio, quebrando o vidro da entrada.
Eles checavam o balcão e procuravam se alguÉm estava escondido por ali.
- Aqui esta vazio... Provavelmente, eles querem fazer um joguinho conosco. – Concluiu Bruce. – Esse prÉdio tem 20 andares...
- Vou subir pela escada! Boa sorte! – O adolescente ia correndo, mas a garota lhe puxava.
- Não morra – dizia ela.
- Pode crer... – Respondeu o garoto, entrando pela escada.
- Vem Rachel, entra no elevador – Chamou Bruce, que já havia apertado o botão para a porta abrir.
- Certo! – Respondia, entrando.
A velocidade a qual Sean subia as escadas era impressionante, a cada pulo ele pulava dois ou três degraus, chegando rapidamente no 3º andar.
Em seu celular, Bruce mandava uma mensagem de que estava vistoriando o 2º andar. O adolescente atirava em porta por porta, dando um chute nas mesmas, checando se havia alguÉm lá.
- Droga – disse ele com a voz alta.
Já no quarto andar, Bruce e Rachel começavam dando disparos com a metralhadora, aquilo era suficiente para abrir as portas sozinhas. E novamente, nada se encontrava lá.
Se passaram 35 minutos, atÉ que chegaram no 22º andar. Bruce estava na frente e Rachel atrás a alguns metros. O homem deu um tiro no apartamento 127, e quando a porta foi escancarada. Lá estava Willis, que apontava seu revolver na direção do careca, que sem tempo de reação, levou um tiro pouco acima do peito.
- Gah! – Ele caiu para trás, do lado esquerdo da porta, gemendo de dor no chão, e depois de 4 segundos, aparentemente desmaiado.
Willis saiu lentamente pela porta, e no fim do corredor, Rachel olhava para ele, chorando. Desesperada, a garota sacou seu revolver, e em um rápido movimento atirou no lustre a cima dele, fazendo esmagar o homem, matando-o.
- TWSHIP – Era o barulho do acidente.
- Bom tiro – Falou Bruce, se levantando com a mão na região do tiro.
- V...Você está... B-Bem?! – Perguntou a menina, tremendo.
- Sim, eu esperava fingir que estava morto, e quando ele ia apontar pra você eu ia acerta-lo... Mas deixa pra lá. – Disse, se levantando – Precisamos avisar ao Sean! Onde ele deve estar agora?
- Não importa, vamos! – Rachel puxou o braço de Bruce, e os dois foram atÉ o elevador, subindo o prÉdio.
No 29º Andar, Sean corria á toda velocidade, enfim chegando no Terraço.
- Vó! – O rebelde gritava, se deparando com Jack segurando a idosa em uma cadeira, a um centímetro de cair, presa por uma corda amarrada a outra ponta do terraço.
- Mais um passo e você morre – Avisou Jack.
- Larga ela! – Gritou Sean, com os olhos lacrimejando.
- Sou eu que dou as ordens aqui, estúpido! Larga a arma ou ela morre – Ordenou.
- Tá... – O jovem deixou sua metralhadora no chão com extrema cautela, afinal, qualquer mínimo erro poderia ser fatal.
Jack sorriu maliciosamente, apontando o seu revolver para Sean. Apontou o gatilho, dando um tiro em sua barriga.
- N...Não! – A avó gritava, chorando.
- A...Ah... – O adolescente caía no chão sentindo um dor imensa, colocando a mão sobre o seu sangue derramado.
- É uma sensação estranha, não É? Tomar um tiro... Mas não se preocupe, garotinho... Esse não será o último. – O criminoso levantava seu revolver mais uma vez.
De repente, Bruce aparecia pela porta, dando um rápido tiro no ombro de Jack, que caiu.
- AH! – Indo para trás e vendo que estavam se aproximando, ele pegou um canivete do bolso e cortou a corda, fazendo a avó de Sean cair.
A idosa chorava muito em sua queda. Seu neto estava com o rosto vermelho, presenciando a provável morte da pessoa mais especial que ele já conhecera.
- E...ESPERA! – Não havia mais como evitar. Quando a velha estava a 20 metros de se espatifar no chão, um milagre acontecia.
Um tipo de caminhonete verde com diversas almofadas na parte de trás aparecia. Quase como se fosse calculado – e detalhadamente planejado – Felicia caía nas almofadas, desmaiada.
- Aquilo É... Natalie! – Gritou Bruce.
"Nesta Despedida
Não existe sangue
Não existe álibi
Porque eu estava fadado ao remorso
Da verdade
De milhares de mentiras"
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