Nina, ou a doce punição de Loki escrita por Puella


Capítulo 5
Julgamento


Notas iniciais do capítulo

Depois de um tempo eu consegui! Me perdoem pelo atraso, mas a faculdade me ocupa bastante....
Espero que gostem...



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Em uma parte um tanto obscura do castelo real de Odin, mas precisamente no calabouço do castelo, encontrava-se, aquele considerado o traidor da casa do pai de todos. Loki. Um dia fora chamado de astuto, de trapaceiro, agora era o cidadão mais odiado de toda Asgard.

Encontrava-se preso, amordaçado, para que não proferisse nenhum encantamento ou mentira, nos últimos dias mal dormira ou comera alguma coisa, quem o visse diria que a juventude havia se extinguido de seu rosto, parecia mais velho, mais acabado para quem ainda era um tanto jovem. Loki já não tinha certeza de mais nada, se a execução viesse, para ele seria a sua liberdade, já que a vida não lhe importava mais, não mais esta vida que para ele não se passou de uma mera...

Mentira.

Tudo que lhe disseram, que ele achava ser, nada era verdade. Ele nem ao menos era um aesir, não era filho de sangue de Odin, não era nobre ou querido como Thor, sempre fora tratado de um jeito diferente do irmão. No final das contas ele não passava de um... jotun, um monstro, o vilão, o cara mal das historias que os pais contam aos seus filhos a noite. Uma alma frustrada e mergulhada numa escuridão sem fim.

Esse era ele. E agora estava ali, aguardando sua sentença, o julgamento seria em poucos dias. Não, ele nem estava ansioso para isso, já se conformava com o seu destino, porém a única coisa que lhe atormentava era uma pequena pergunta:

“Por que tinha ser assim?”

Alguns dias se passaram e finalmente o dia do julgamento havia chegado. A sala principal do palácio estava repleta de varias pessoas da corte asgardiana, uns cochichavam entre si, outras apenas queriam logo sair dali para comer. Odin surgiu, seguido da esposa e do filho Thor, ele bateu sua lança, Gungnir, causando um enorme eco por todo o salão, e todos se calaram. Após um breve silencio Odin fez um breve discurso, seu olhar era severo. Nina estava ao lado de Lady Sif e os três guerreiros.

- Que entre o acusado! – anunciou um dos guardas.

Nina rapidamente voltou sua cabeça para trás, seria a primeira vez que o veria depois de anos. A atenção de todos então se voltou para a magra silhueta que vinha acorrentada entre dois guardas. Nina não pode deixar de formar um breve “o” em sua boca, nunca pensou que o veria daquela forma. Loki acorrentado e com uma mordaça de ferro presa a sua boca, seu semblante era indecifrável, estava mais pálido do que costume e com profundas olheiras.

Eles o levaram para ficar diante do pai de todos, Odin embora não demonstrasse sentiu profundo pesar ao ver seu filho mais novo tão acabado e sem juventude. Mas, ainda se mantinha o rosto serio sem demonstrar nenhuma pena. Frigga tinha em seu rosto um visível sofrimento, algumas lágrimas teimavam em cair de seu rosto. Loki evitou fita-la, pois querendo ou não era vergonhoso que sua “mãe” o visse daquela maneira. A voz branda de Odin fez com que ele novamente despertasse de seu estado de torpor.

- Loki, filho de Odin...

“Não sou seu filho, nunca o fui”.

- Tu cometeste os mais cruéis crimes que envergonham esta casa, causaste dor com tuas atitudes desmedidas, e agora pagarás por todos os teus erros. Tu violaste o mais alto grau de conduta desta casa.

Era possível ouvir alguns breves murmúrios, e Nina percebeu que algumas pessoas falavam do condenado, com palavras cheias de ódio e deboche.

- Por isso serás punido por mim, Odin. Tu serás destituído do titulo de príncipe...

“Como se eu precisasse disso”.

- E.. –Odin deu uma pausa breve, Loki achou estranho e olhou para o pai de todos – como punição tu serás enviado a Alfheim como serviçal, sem poderes ou quaisquer direitos e regalias até que se prove digno e bom novamente.

“O que?!”

Loki arregalou os olhos diante de sua sentença, esperava ser decapitado ou algo parecido, no entanto ocorreu exatamente o contrario, e pior, ele iria para Alfheim, logo Alfheim como aqueles elfos metidos a bons e virtuosos. A ira e a frustração eram visíveis na face do moreno.

Odin pegou sua lança dourada e apontou para o trapaceiro. Loki começou a ganhar um brilho esverdeado e seu corpo começou a se contorcer de dor, a magia aos poucos o abandonava, era como se uma parte sua estivesse “morrendo”. O semideus caiu de joelhos, ainda sentido o corpo dolorido e logo em seguida se enchendo de uma terrível e desconfortável dormência. Entretanto, a única coisa que Odin não lhe tirara foi a sua habilidade de mentir, porque era de certa forma impossível.

Todos olhavam espantados para aquilo, mas com um ar de “ah, bem feito, ele merecia”, exceto Nina que se sentia completamente desconfortável. Ela olhava ao redor e pensava consigo mesma que ninguém tinha o direito de julgar ninguém, mesmo que as atitudes de uma pessoa tenham sido graves, afinal todos erram.

Após o julgamento, Loki fora levado para uma câmara onde se encontravam apenas ele, Odin, Thor e alguns guardas. O rei de Asgard via claramente que o caçula esta ainda em estado de torpor – era segurado pelos guardas por não conseguir se manter em pé -  pois havia perdido seu poder e de certa forma, parte de sua força física.

- Antes de manda-lo para Alfheim, tenho algumas orientações das quais deverá ficar ciente agora.

Loki olha para Odin, com olhos cegos pela raiva.

- E não adianta me olhar assim, você mais do que nunca sabe que se não mudares este seu comportamento caótico e destrutivo, eu terei que tomar uma medida da qual eu realmente não quero me sujeitar... por isso, Loki, eu quero meu “filho” volte para casa, para a família que o criou.

“Para ser a sombra do seu filhinho preferido?” o gigante mestiço pensou desdenhoso.

- Do contrario eu mandarei para Hel, para que  faça com você o que ela bem quiser.

Por um lado, Loki não podia negar que a ideia de passar a eternidade em Nilfheim era deveras desagradável.

- Mas você não estará sozinho em Alfheim – falou Odin  - pois eu colocarei uma pessoa de total confiança para acompanha-lo. Pode achegares – Odin acenou para o lado, e na sala surgiu uma figura com um capuz escarlate.

Nina tirou o capuz revelando o seu rosto, para a surpresa de Thor. Loki também não pode evitar em contemplar a beleza da jovem de cabelos afogueados. Era a primeira vez que Nina ficava frente a frente com o deus da trapaça em tantos anos, suas mãos suavam.

- Esta é Nina, de Vanaheim, ela irá com você para Alfheim.

“Odin, Odin. Você deve se considerar muito esperto, só porque esse truque funcionou com Thor, tu achas que o mesmo vai acontecer comigo? Afinal o que queres com tudo isso?”


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Notas finais do capítulo

Em breve a saga de Loki em Alfheim....