Nina, ou a doce punição de Loki escrita por Puella


Capítulo 4
O plano


Notas iniciais do capítulo

Olá! Queria primeiramente agradecer pelos comentários que recebi, eu sei que eu demorei mais aqui está mais uma parte da fic! Boa leitura!



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 O Plano

Nina acordou sentindo os primeiros raios do dia atravessarem os olhos, levantou um pouco o corpo, analisando a cama macia, com lençóis dourados, assim como todo o ambiente do quarto. Espreguiçou-se, e foi até a janela admirar a linda vista da janela. Asgard era a morada dos deuses, era realmente um lindo lugar, mas em seu intimo ainda preferia os bosques verdejantes de Vanaheim. Sentiu um sobressalto ao ouvir a porta se abrindo, mas era apenas uma jovem da criadagem:

- Desculpe se a assustei, mas só vim lhe comunicar que o pai de todos a convida para cear com a família dele no café da manhã!

- Ah, sim. Obrigada, já estarei indo.

Logo que a moça saiu do quarto Nina foi até a sua bolsa, procurando um traje apropriado para a ocasião. Utilizou um vestido rosa, com alguns detalhes em branco nas mangas, simples, mas bonito. E o cabelo preferiu deixar numa trança de lado. Pronto.

Saiu do quarto e se dirigiu para a sala de jantar, que era ampla e assim como na noite anterior estava farta de muita comida, Odin, Frigga, Thor, Lady Sif e os três guerreiros se encontravam lá.

- Bom dia Nina! – Thor lhe cumprimentou com seu sorriso pontual.

- Bom dia! Espero não ter atrasado o café – a jovem respondeu graciosamente.

- De maneira alguma minha jovem – falou Odin – sente-se e coma a vontade.

A refeição transcorreu tranquilamente, logo depois Nina estava com os demais na sala de estar, enquanto Odin se reunia com alguns conselheiros do reino. Nina reparou que a rotina parecia realmente tediosa, exatamente como Thor lhe havia falado na noite anterior.

- Ás vezes fico pensando se eu não tivesse tido Loki como irmão, eu certamente me sentiria mais entediado do que estou agora. Ele sempre nos metia em encrencas, mas era divertido. Não me conformo de ele ter ficado tão revoltado e perverso !

-Voce tem muito carinho por ele não é?

- Claro! Ele é o meu irmão,mesmo que ele me negue isso...

- Negar? Como assim negar? – Nina perguntou confusa.

Thor viu que havia falado demais, e tentou mudar de assunto.

- Olha, eu não sei, tudo o que quero acreditar é que ele andou batendo a cabeça e diz coisas sem sentido algum – responde o trovejante com um sorriso triste.

Nina de certa forma não era boba, sabia que Thor havia deixado escapar algo no ar, e talvez não quisesse contar a ela, mas a jovem vanir sabia em breve poderia ter algumas respostas ao conversar com Odin. Concentrada em seus pensamentos, não percebeu quando um guarda adentrou na sala para anunciar:

- O pai de todos Odin exige a presença da jovem Nina.

Nina se levantou, sentiu o coração acelerar um pouco, Thor foi logo ao lado dela, mas o guarda barrou a passagem do filho de Odin.

- Sinto muito alteza, mas o pai de todos só pediu a presença da menina – o guarda de forma inexpressiva.

Thor bufou um pouco, o que seu pai teria a lhe esconder para chamar apenas a jovem ao seu lado?

- Entendo perfeitamente guarda, mas não se preocupe eu apenas acompanharei a jovem.

- Foi para isso que ele me mandou senhor.

Nina pode notar uma leve irritação no semblante do louro, não havia muito que fazer.

- Thor, acho melhor você não desobedecer ao seu pai – foi a vez de lady Sif intervir, puxando o louro pelo braço – deixe-a ir.

- Me conte os detalhes depois – disse Thor olhando para Nina, esta apenas lhe sorriu de volta.

Nina caminhou junto com o guarda até a sala do trono, em um longo corredor que levava a uma enorme porta dourada. A grande porta se abriu mostrando a grande sala dourada, Odin se encontrava em seu enorme trono, de onde ele podia observar tudo o que se passava nos nove mundos.

- Cá estais, jovem Nina – disse Odin, finalmente a fitando.

- Pai de todos – ela lhe fez uma rápida referencia.

O ancião saiu de seu trono descendo alguns degraus, aproximando-se da moça.

- Cara Nina, sei que estás aqui por respostas acerca de Loki – ele prosseguiu – mas, o que vem ao caso é que não pude deixar de ouvir as coisas que disse ao meu filho Thor ontem.

Vendo que a jovem estava completamente atenta a ele, Odin continuou.

- Pude ver que tens uma admiração interessante por meu filho Loki, mesmo como sabendo como ele se encontra atualmente, estou certo?

- Sim, pai de todos, eu tenho. Ele foi o meu salvador, e, eu sempre me senti em débito para com ele. Mas, ainda sim não entendo aonde queres chegar...

- Irei ser direto minha jovem, Loki cometeu atos gravíssimos, sua alma está repleta de ódio, e em breve ele será julgado por mim, muitos esperam que ele seja morto, executado – ao ouvir isso Nina não pode conter a expressão triste em seu rosto.

- Oh! Isso não! – ela caiu de joelhos – Pobre Loki! – logo voltou seus olhos azulados para Odin – Não há um meio... uma forma de evitar isso...

- Eu bem que queria... – falou Odin com certo pesar – Mas não há ninguém entre os meus súditos que padeça dele, nem mesmo nos outros mundos, entretanto... – Odin olha para menina com ternura, se abaixando na altura dela – eis que tenho aqui você, minha criança.  Tão pura e complacente é vossa alma, talvez por meio de sua ajuda Loki encontre uma luz para o seu destino.  Portanto Loki não será morto.

- Então há um meio – disse Nina esperançosa.

- Sim, de fato há – Odin prosseguiu – mas para isso eu precisaria de sua ajuda. Estaria disposta?

- Sim! Me diga o que preciso fazer?

- Ao contrário do que muitos imaginam, eu mandarei Loki para Alfheim, para trabalhar com servo do rei Freyr, e para que ele aprenda as boas virtudes que ele perdeu. E você, minha jovem Nina, com sua bondade, ira acompanha-lo, para o ajudar. Mas já lhe digo que não será algo fácil, você poderá se machucar muito.

- E por que eu? – Nina perguntou ainda em meio ao turbilhão que fervilhava em sua mente.

- Pois você é doce, amável, paciente e, sobretudo bela. És capaz de amolecer o mais duro dos corações.

Nina ficou levemente corada.

- Compreendes? – Odin falou a ela – Loki é desse tipo de coração. Então, aceitaria esta missão, Nina?

- Sim – ela disse decidida, embora suas mãos suassem a frio – mas contanto que o senhor me libere das minhas obrigações com as valquírias, eu aceito sua oferta, farei o que estiver ao meu alcance.

- Então assim será – disse Odin.

- Pai de todos?

- Sim?

- Antes de terminarmos, não acha que seria melhor para mim que o senhor contasse a verdade sobre Loki. O motivo pelo qual o senhor se diz culpado?

Odin arqueou as sobrancelhas surpreso.

- Por favor, é muito importante para mim – Nina inquiriu, e mais uma vez a sua áurea persuasiva ganhou a favor da jovem.

- Tem certeza de que quer saber o motivo do ódio de Loki?

- Sim.

- Loki não é meu filho de sangue, ele não é de Asgard, Loki é um jotun.

- Como?! – Nina falou incrédula – mas como isso é possível?

- Eu sei, ele mesmo se sentiu confuso, Loki era um dos filhos do falecido rei Laufey – Odin continuou – durante a ultima guerra que tivemos há muitos anos em Jotunheim, eu entrei num templo e ouvi um choro de uma criança, um bebê, muito pequeno para um filho de um gigante, aquela criança indefesa era Loki, tive pena e o trouxe para cá como um filho meu, entretanto, esconde a verdade dele desde o inicio, e, quando ele descobriu, aí ele deu inicio a todos crimes que cometeu.

- Então foi por isso – falou Nina para se mesma, “ele apenas se sentiu injustiçado desde o inicio, pobre alma”.

- Agora que sabes disso -disse Odin agora sério – prometa-me que nada disso será dito a mais ninguém. Os argardianos não sabem disso.

- Sim pai de todos, desta boca não sairá nada do que foi dito aqui, tem minha palavra.

- Ótimo, no mais pode retirar-se.

- Como queira – a jovem fez uma referencia e saiu da sala do trono.

O coração de Nina estava aos pulos, ela seguiu diretamente para o quarto e lá ficou praticamente o dia todo. Deitada na cama segurava o seu cordão forte contra o peito. “Loki era um gigante de gelo”, era difícil de acreditar, que ele pertencesse aquela raça de monstros a qual as pessoas se referiam com tanto horror. Sim, ela o entendia perfeitamente, de certa forma, como ele se sentia, mas não entendia porque fazer tanto mal. Odin talvez não tivesse lhe contado toda  a história, mas isso não vinha ao caso agora. Agora Nina tinha uma importante missão a cumprir e assim retribuir o favor que tanto almeja dar ao deus da trapaça, e quem sabe em Alfheim, ouvir o outro lado da história, o lado dele.   


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Notas finais do capítulo

Ainda não consegui botar o Loki nesse capítulo, mas nó proximo ele aparece com certeza.
No próximo cap: O julgamento e a senteça