One Step Closer To Your Love escrita por Piper


Capítulo 6
Capítulo 6 As surpresas de Hogsmeade


Notas iniciais do capítulo

Dedicado ao aniversário de uma amiga muito importante e especial, parabéns Reyna ♥



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Sábado chegou trazendo um novo animo a mesa da Grifinória e Sonserina, talvez fosse o passeio para Hogsmeade que estava se aproximando ou o fato de um certo loiro sonserino e uma certa ruiva grifinoria não conseguissem parar de sorrir.

– E ai Scor acordou bem hoje hein? – Alvo disse se aproximando onde o amigo estava sentado e sentou-se ao seu lado, era normal ver o moreno ali naquela mesa.

– Melhor impossível! – O loiro abriu um sorriso maior do que já tinha no rosto.

– E eu posso saber o porquê dessa felicidade toda? Ou melhor, posso saber o nome e o sobrenome dessa felicidade toda? – O moreno disse sugestivo enquanto pegava torradas e colocava no seu prato.

– E quem disse que tem garota no meio?

– Ué, é um garoto? Mudou de time amigão? Só espero que não seja eu porque ai terei que te confessar a minha paixão por você.

– Saí para lá Alvo, desculpa te decepcionar, mas continuamos amigos, certo?

– Tudo bem, agradeço pela sinceridade, vou juntar os cacos do meu coração e colar com cola quente para que assim eu já possa aquecê-lo. – Alvo fez uma cara de tristeza enquanto Scorpius o encarava segurando o riso o que não conseguiu por muito tempo, logo os dois amigos explodiram em uma gargalhada que fez até pessoas da mesa da Corvinal olharem entre elas estava Allan que encarava Alvo.

– Mas que droga... – Alvo parou de rir no mesmo momento fazendo com que o amigo olhasse para frente e visse o rapaz da Corvinal encarando os dois.

– Qual o problema do Monteith? – Scorpius virou na direção que o amigo olhava e encontrou o goleiro da Corvinal encarando Alvo.

– O problema dele sou eu.

– Você? Por quê?

– Vou ao passeio com a Lia e ele tinha a pedido em namoro.

– Como é? Me explica essa história direito, afinal você gosta da Cecília ou não?

– Não, quer dizer sim, quer dizer ela é minha amiga, é linda, inteligente, agradável, mas é só uma amiga, quando Allan a pediu em namoro não deixou nem ela responder, entendeu tudo errado e acha que eu e ela estamos juntos agora.

– Ele é meio ciumento não? Hahaha, bem, mas você acha que a melhor maneira de resolver isso é ir até Hogsmeade com ela? Porque me parece que assim vocês estão confirmando...

– É eu sei... Assim como sei que serei perseguido por diversos balaços no jogo contra Corvinal.

– Até onde eu sei o Monteith é o goleiro, não o batedor.

– É, mas ele vai falar que sou uma ameaça muito grande e se derem bobeira eu pego o pomo antes mesmo que eles possam soletrar “quadribol”.

– Fico impressionado com a sua modéstia.

– Anos de convivência com você, Malfoy.

Enquanto isso na mesa da Grifinória Cecília tentava de qualquer jeito descobrir o que tinha acontecido para deixar Rose com um sorriso bobo no canto dos lábios.

– Já disse que não foi nada Lia, pelo amor de Merlin deixe-me tomar o café da manhã em paz! – Rose pediu pela milésima vez.

– Não até você me contar o que a fez chegar flutuando ontem no dormitório. – Cecília disse firme enquanto arrancava a maçã da mão da amiga.

– Não vai me deixar comer? É sério? Pelas barbas de Merlin isso é ridículo Cecília! – Rose reclamou tentando pegar a fruta de volta.

– Ridículo é você não me contar o que aconteceu isso sim é uma atitude ridícula, mas quer saber? Já que não confia mais em mim, deixa... Aqui sua preciosa maçã. – Cecília disse fazendo drama enquanto devolvia a maçã para a ruiva.

– Sem drama, por favor. Não vai comer mais não é? – Rose ria da cara de cachorrinho que caiu da mudança que a morena fazia.

– Perdi a fome que tinha como a minha melhor amiga perdeu a confiança em mim.

– Por tudo que era mais sagrado a Merlin você não pode estar falando sério... Eu vou te falar o que aconteceu Lia, é que é apenas difícil...

– Por que difícil? – A morena perguntou se aproximando mais da ruiva.

– É que quando estava fazendo a ronda ontem fui até a torre de Astronomia... E tinha alguém lá. – Rose falava tão baixo que nem Hugo que estava na sua frente poderia ser capaz de ouvi-la não que ele estivesse prestando atenção, pois posso garantir que o café parecia muito mais interessante para ele.

– Você não ficou com medo né? Quer dizer não poderia ser Voldemort seu tio e pais o derrotaram a mais de 20 anos. – Cecília estava séria quem não a conhecesse diria que ela realmente estava falando a sério e que era algo de extrema importância, porém Rose sabia que não passava de uma brincadeira da amiga.

– Pra quem queria tanto saber não está tão interessada assim já que esta fazendo até piada né? – Rose tentava segurar a risada assim como a amiga.

– Tudo bem, prometo não tocar mais no nome do antigo Lorde das trevas, ainda mas no café da manhã que não quero ter indigestão. Por favor, pare de rir e se concentre na sua história, quem estava na torre?

– Você faz a palhaçada e eu não posso rir? Ok, Scorpius estava lá. – Quando Rose disse o nome do rapaz o rosto ficou tão vermelho quanto os cabelos, enquanto Cecília ficava entre surpresa e curiosidade.

– Você e Scorpius depois do horário na torre de Astronomia em uma noite estrelada como aquela? Um momento bastante romântico eu diria... Rose o que vocês fizeram...?

– A noite realmente estava linda ontem... Pare de pensar besteira não aconteceu nada entre nós quer dizer não esse tipo de coisa que você está pensando! – A cada palavra a ruiva ficava mais vermelha o que deixava a amiga mais curiosa.

– O que eu estou pensando? Uma declaração? Talvez... Um beijo inocente? Provavelmente, um convite? PINGO!

– Ok pode falar mais baixo agora! É ele me convidou para ir com ele à Hogsmeade.

– E você aceitou né? Rose por favor, me diz que você aceitou! – Cecília pegou nas mãos da amiga e a olhou de forma suplicante se a situação não fosse um tanto quanto constrangedora para a ruiva, ela tinha certeza de que teria rido.

– É...

– É? Aceitou ou não?

– Aceitei. – Rose disse virando para frente.

– EU SABIA MEU MERLIN, EU S-A-B-IA! – Cecília estava tão animada que nem percebeu que estava gritando e todos no salão olhavam para as duas amigas até mesmo Alvo e Scorpius ambos rindo dos gritos da morena e da vergonha explicita que estava estampada no rosto da ruiva.

– Para de gritar... AGORA! – Rose estava tão embaraçada que não percebeu que o seu “agora” saiu tão ou mais alto que os gritos da amiga.

– Ops, desculpa furacão ruivo! Vish, estão todos olhando para a gente.

– Ah jura? Eu nem tinha percebido.

– Não, quero dizer, ainda estão olhando tenha santa paciência... PODEM VOLTAR A COMER! NÃO SE PODE MAIS COMEMORAR NADA NESSA ESCOLA? – Cecília gritou mais uma vez, mas dessa vez para todos no salão pararem de prestar atenção nelas. – Ok, parei de gritar agora, acabou?

– Sim acabei e vamos sair logo daqui antes que você chame atenção de novo. – A ruiva se levantou juntamente com a amiga e foram em direção aos jardins.

– Mas eu estou feliz por você poxa, você gosta dele não é? – Cecília ria feito boba enquanto andava de braços dados com a amiga pelos terrenos da escola.

– Eu também estou, vamos fazer o seguinte depois do meu “encontro” eu te respondo isso.

– Não é “encontro” é um ENCONTRO, trate o como tal se ele a chamou para sair é porque gosta de você.

– É quem sabe...

– Rô!

– Chega de falar de mim, o que você vai fazer sobre o Allan? – Nesse momento, ambas se sentaram debaixo de uma árvore e o sorriso que Cecília tinha no rosto logo sumiu dando o lugar para uma expressão triste e cansada, enquanto a mesma deitava a cabeça no colo da amiga.

– Hey, eu tô aqui. – Rose disse enquanto fazia cafuné nos cabelos da morena.

– É só que... Minha história com ele não foi fácil, um dia éramos amigos rindo e no outro... Lembra como eu cheguei naquele dia quando ele disse que gostava de mim?

– Lembro você não conseguia parar de rir e toda vez que eu te perguntava o que tinha acontecido era meio que assim “EU... HAHAHAHAHAHAHAHA E O ALLAN HAHAHAHAHAHAHA ESTUDAND-O-O-O HAHAHAHAHAHA E. MERLIN HAHAHAHAHAHAHAHAHA” eu simplesmente não conseguia entender o que tinha de tão engraçado. – Rose fez uma péssima imitação da voz da amiga enquanto a mesma cai na gargalhada.

– As coisas simplesmente foram tão fáceis nos primeiros meses, os únicos que foram de verdade... Allan conseguia fazer meu coração bater tão rápido, mas tão rápido que...

– Parecia que ia saltar do seu peito, só para poder ficar mais perto do dele. – Rose disse completando a frase da morena que levantou e encarou a amiga com um sorriso descrente.

– Isso mesmo...

– Não, o assunto é você, nem adianta me olhar assim, o assunto é sobre você!

– Mas... O Allan foi tão idiota, por que ele disse que eu tô com o Al?

– Será que é por que você vive com ele? Eu não vejo problema nenhum, mas para ele parece uma ameaça.

– É o Al é lindo né? Qualquer garota tiraria a sorte grande se ele a chamasse para sair, falando nisso eu vou com ele no passeio à Hogsmeade. – A morena contou para a amiga como se estivesse contando uma amenidade.

– Pera, muito rápido, você e o Al? Será que tem algum motivo real para o Allan ter ficado com ciúmes?

– Lógico que não, vamos como amigos, só. – Cecília deitou novamente no colo da amiga não poderia contar que o principal motivo dela ir com Alvo no passeio era para garantir que nada desse errado no encontro da amiga, isso fez com que seu pensamento voltasse para a imagem daquele moreno e se deixou transportar para momentos do passado

Flashback

– Tem alguém ai? – Allan e Cecília estavam abraçados em um das estufas assistindo o por do sol através das claraboias, a menina estava com a cabeça encostada no peito do moreno que lhe abraçava. – Lia? Amor? – Allan tentou mais uma vez, mas ao ver que a morena estava com os olhos fechados e sorrindo bobamente, parou de chama-la para observa-la.

– Sabe que isso parece um sonho... – Allan estava tão concentrado a olhando que não percebeu que a menina havia falado.

– O que você disse?

– Disse que isso tudo parece um sonho. – Cecília então abriu os olhos e ficou de frente para o “namorado”.

– Você é o meu sonho. – Allan respondeu colocando uma mexa do cabelo da menina atrás da orelha dela e fazendo um carinho em seu rosto.

– E se você acordar e perceber que eu não sou o seu sonho? – Cecília segurou a mão dele em seu rosto enquanto ele passava o braço envolto da cintura da mesma e a trazia para mais perto.

– Desse sonho eu nunca vou querer acordar, nunca. – E dizendo isso ele a puxou para mais um beijo...

As amigas passaram o sábado todo sentadas no jardim conversando e só voltaram para dentro do castelo quando já estava quase anoitecendo, assim que entraram foram para o salão comunal esperar a hora do jantar e ficaram jogando xadrez bruxo com Alvo e Hugo, enquanto Lily assistia já que a mesma não era tão boa quanto os outros o resto do final de semana não teve tantas novidades. Já estava no meio da semana e Rose sempre estava arrumando um jeito de fugir de Lysander que a cada dia mais que se aproximava o sábado cercava mais a ruiva. Cecília e Rose acabavam de voltar da aula de defesa contra as artes das trevas quando os gêmeos Scamander foram em direção a elas.

– Tem tanto tempo que eu não te vejo que senão fosse por ver o Lysander dando em cima da Rose a cada vez que a visse eu pensaria que você se transferiu para outra escola. – A morena se precipitou para abraçar Lorcan enquanto Lysander sorria para uma Rose embaraçada.

– É ando estudando muito, treinando muito e ajudando um amigo. Allan está mal... – Cecília imediatamente se soltou do abraço e encarou o amigo que a olhava suplicante. – Por que você não conversa com ele?

– Para ele falar que eu estou de caso com o Al de novo? Não, mas obrigada.

– Bem, foi mancada do Alvo dar em cima de você quando sabia que o Allan é apaixonado por você. – Lysander parecia apoiar Allan e sentir remorsos em relação ao Alvo esquecendo que o mesmo era um amigo de infância.

– Pensei que o Alvo fosse um amigo para você. – Rose acusou Lysander pela forma rude na qual citava o nome do primo.

– Pode até ser que era, mas eu acho que não o conhecia, Allan é como um irmão e Cecília era a garota dele e o Alvo chegou como se pudesse toma-la dele.

– Cara, você não deveria... – Lorcan começou, mas foi interrompido por uma Cecília furiosa.

– Como é? Garota dele? Alvo simplesmente me pegou? Espera ai até onde eu sei eu tenho sentimentos e EU, somente EU escolho com quem fico, namoro, tanto faz a escolha é somente MINHA . – Depois disso a morena saiu com passos apressados pelo corredor e sumiu de vista.

– Nossa que estressada. – Lysander riu e virou-se para uma ruiva pasma com toda a situação. – Então Rose, sobre sábado hein? Eu e você? O que acha?

– Eu acho que você é um idiota, e quer saber? Eu já tenho alguém para me acompanhar ao passeio de sábado e sei que será muitíssimo agradável a companhia dele, já da sua eu não tenho tanta certeza. Depois nos falamos Lorcan. – Após falar isso a ruiva saiu com passos apressados indo em direção onde a amiga tinha sumido minutos antes.

– Quem será o babaca que vai com ela? – Lysander estava revoltado enquanto o irmão o olhava de forma de censura.

– Mais babaca que você eu não sei se é capaz, assim ela nunca vai sair com você. – Lorcan então começou a caminhar deixando o irmão para trás que logo correu para ficar novamente ao seu lado.

– Diz o especialista em garotas, sabe quantas garotas se jogaram em cima de mim para eu leva-las ao passeio?

– Não sei e também não faço questão, são garotas sem cérebro, fúteis e isso a Rose não é você não tem chances com ela, caia logo na real. Tenho certeza de que ela gosta de quem vai com ela ao passeio sábado. – Lorcan disse como quem encerrava o assunto.

– Não por muito tempo. – Lysander disse baixinho o que fez o irmão questionar se tinha ouvido ou não.

– O que você disse?

– Nada, só não vou ficar parado vendo a garota que eu gosto com outro, vou falar com o Allan afinal ele assim como eu não fica parado só olhando como pessoas que eu conheço. – Lysander sabia que tinha sido maldoso no comentário, mas o irmão havia lhe ferido o ego, assim como Rose. Lorcan simplesmente o olhou e entrou na aula de feitiços e sentou-se com Alvo e Scorpius ao invés de sentar com o irmão e Allan.

– Vocês se importam que eu me sente aqui ? – Apesar da amizade de Lorcan com Alvo e da boa relação com Scorpius sentiu-se tímido.

– Sempre bem vindo cara. – Alvo sorriu enquanto o loiro ao seu lado assentia também com um sorriso. – Mas o que devemos a sua ilustre presença?

– Não tão ilustre como eu gostaria devo admitir. – Lorcan riu acompanhado dos outros dois. – Vamos dizer que o encontro com Rose e Cecília no corredor não foi o melhor que já tivemos.

– O que aconteceu? - Scorpius virou-se curioso, o que fez Lorcan ficar desconfiado, nunca viu o sonserino curioso com algo que envolvesse as amigas.

– Bem, eu e Lysander fomos falar com elas e eu comentei que o Allan está mal sobre o ocorrido com a Lia, mas aquela baixinha é nervosa e disse que não queria conversar com ele, que ele só a acusaria de estar em um relacionamento com você. – Lorcan disse olhando para Alvo que ficou meio sem graça com a situação. – Então Lysander disse que foi mancada sua dar em cima da “garota do Allan”, Cecília ficou nervosa e disse um monte de coisas na cara do meu irmão que só riu e depois ainda chamou a Rose para sair, acho que esse foi o primeiro fora de fato que ele recebeu dela, porque das outras vezes ela tentava ser gentil, dessa vez... – Lorcan deixou a frase morrer enquanto os outros dois assimilavam o que tinha acontecido.

– Isso tudo está uma droga, eu queria poder ajudar o Allan embora ache que ele não mereça a Lia.

– Isso não tem importância, Allan está sendo um babaca e é bom que sofra um pouco para aprender. – Scorpius disse enquanto um sorriso se formava. – Mas o que exatamente Rose disse para o seu irmão?

– E isso é importante por quê? – Se antes o loiro estava desconfiado de quem acompanharia a ruiva ao passeio, agora ele tinha certeza de que era o sonserino a sua frente.

– Bem, não é todo dia que vemos a ruiva dando um fora e não sendo eu o alvo. – Apesar de ficar por um breve segundo embaraçado, Scorpius logo incorporou o seu melhor lado sonserino como se o fato apenas o divertisse.

– Ela disse que ele era idiota, que tinha um acompanhante e que tinha certeza que a companhia do mesmo seria agradável diferente da do Lysander. Acho que ela gosta do cara. – Lorcan de fato jogou verde para colher maduro e ao ver que o sorriso do colega aumentava, tinha acertado em cheio em quem era a companhia agradável da amiga.

– Ela gosta é? Interessante.

– Interessante é esse seu interesse todo pela minha prima. – Alvo percebeu o que o amigo estava fazendo e decidiu encurralar o sonserino.

– Ora, cale a boca Potter.

– É ela não é? – A vontade de Alvo era de explodir em uma gargalhada, mas achava que isso não era nada adequado para aula de feitiços.

– Não sei do que você está falando. – Scorpius tentando disfarçar pegou a sua varinha e começou a fazer as instruções que estavam escritas no quadro.

– Tudo bem, você tem minha benção para sair com a minha prima, por enquanto isso basta. – Alvo então ria juntamente com Lorcan, mas antes que mais algum comentário pudesse ser feito o professor chamou atenção dos dois para fazer o mesmo que Scorpius e começarem a treinar os feitiços.



Era a manhã do sábado mais bonito desde que as aulas começaram o sol brilhavam, o azul era claro com poucas nuvens e em curtos períodos de tempo o vento agraciava com brisas frescas, um excelente dia para um passeio. Rose estava em frente ao espelho e passava as mãos nervosamente pelo vestido que havia escolhido para o passeio.

– Você está linda Rô. Acalme-se não sabia que o Malfoy era capaz de te deixar assim, deixe que ele lhe mostre que te conhece. – Cecília tinha acabado de sair do banheiro pronta e se dirigiu em frente ao espelho em que a amiga estava e olhou para a imagem refletida das duas. – Estamos lindas. – Cecília sentenciou enquanto puxava Rose pelos ombros e ambas desciam para o salão comunal.

– Onde ele disse que iria te encontrar?

– Na entrada do salão principal. – Rose ia colocar a mão no cabelo e puxar um dos cachos, quando Lia bateu na mão dela, nesse mesmo instante Alvo desceu do dormitório dos garotos e assoviou para as duas meninas a sua frente.

– Vejam só senão são as duas meninas mais lindas de Hogwarts. – Alvo ofereceu um braço para a morena e o outro para a ruiva e se dirigiram para o salão principal.

– Não acha que tem uma acompanhante a mais Potter? – Scorpius estava parado na porta do salão de braços cruzados com um sorriso de canto que fez com que o coração de Rose falhasse uma batida.

– Você acha isso? Bem, eu não sabia como escolher, meu lance com a ruiva aqui é antigo desde que usávamos fraldas sabe como é difícil terminar um relacionamento assim e essa morena aqui, nossa arrebatadora! O que posso fazer? Fico com as duas. – Alvo ria abertamente junto com Cecília e Scorpius já o riso de Rose era um tanto quanto tímido.

– Devo infelizmente lhe informar que sua acompanhante desde os tempos de fralda, tem um novo acompanhante, sinto muito cara. – Scorpius disse se aproximando de Rose que o encarava sem praticamente piscar.

– E quem foi o canalha que a roubou de mim?

– Eu sou o canalha e não pretendo devolver afinal que tipo de ladrão eu seria? – Scorpius ofereceu o braço para a ruiva que um tanto tremula se soltou do primo e aceitou o braço estendido, Alvo e Cecília se distanciaram e foram para fila onde pegavam as permissões dos pais para o passeio e os liberavam.

– Você está linda Rose. – Scorpius a elogiou a olhando de cima a baixo.

– Obrigada, você também. – Apesar de constrangida e um tanto quanto confusa com toda essa situação ela deixou de reparar que o loiro estava incrivelmente bonito, lindo, não que não estivesse sempre mas vê-lo sorrindo daquele jeito e para ela o deixava ainda mais encantador.

– Parece que atraímos a atenção sem nem ao menos sair do castelo. – Scorpius chegou perto do ouvido da ruiva e sussurrou para que só a mesma pudesse ouvi-lo, mas quando ele o fez um tremor percorreu o corpo da ruiva o que o fez rir baixinho, Rose olhou para os outros estudantes e percebeu que todos olhavam um tanto quanto confusos por os dois estarem juntos, logo a vez deles chegaram e eles foram liberados para o passeio o primeiro lugar que eles foram foi a Dedosdemel

– Já na loja de doce? – Rose sorriu essa era sempre a primeira parada dela quando visitava o vilarejo, sempre comprava o seu chocolate preferido com recheio de morango.

– É sua primeira parada não é? – Scorpius sorriu para a cara de surpresa da ruiva enquanto abria a porta para a mesma. – Não se esqueça de que eu disse que ia te provar que conheço mais sobre você do que você sobre mim, então eu escolho os doces.

– Tudo bem, só quero ver o que o senhor-sei-tudo-sobre-a-Rose-sem-que-ela-saiba-disso vai escolher. – Rose seguia o loiro pela loja enquanto via o mesmo pegando sapos de chocolate, certo ela pensou quem não gosta de sapos de chocolate? Mas ele ignorou o feijãozinho de todos os sabores o que era estranho porque todos gostavam do doce, menos Rose que depois de ter comido um de vômito quando pequena passou a rejeitar o doce.

– Não vai pegar feijãozinho?

– Bem, estou pegando coisas que você gosta e feijãozinhos de todos os sabores não é uma delas. – Scorpius parecia estar se divertindo muito com as surpresas da ruiva, porque o sorriso não deixou o sorriso dele desde que a viu na entrada do salão principal.

– E como você sabe disso?

– Nunca te vi comendo. – Ele simplesmente respondeu e continuou andando e pegando alguma coisa o outra que Rose gostava, mas nada da barra de chocolate com recheio de morango, Rose já estava se divertindo em pensar que poderia falar que ele não sabia o chocolate preferido dela quando viu o mesmo colocar duas barras na cesta que carregava e se dirigia ao caixa da loja. Após sair da loja Rose o parou antes que ele pudesse a levar a outro lugar e esfregasse na cara dela o quanto ele a conhecia.

– Isso não é justo, chocolate com recheio de morango? Sério?

– São os seus preferidos, que mal a nisso?

– Sim são meus preferidos, o mal é você saber disso. – Não que fosse realmente um mal, Rose estava mais do que encantada por ele saber essas coisas sobre ela apesar de não estar junto dele nem há uma hora ainda.

– Achei que esse era o proposito eu te mostrar que te conheço.

– Você é inacreditável. – Rose sorria bobamente, ainda sentia-se nervosa na presença do rapaz, mas agora estava ficando mais fácil ficar ao lado dele, fácil demais, parecia até que eles já tinham feito isso várias vezes.

– Que bom que eu surpreendo você. – Scorpius aproximou sua mão do rosto da ruiva tirando uma mecha que lhe caia em cima dos olhos e estendeu o braço mais uma vez, séria um longo passeio e cheio de agradáveis surpresas.

– O que você quer fazer agora? – Scorpius perguntou enquanto caminhavam, algumas cabeças viravam quando eles passavam, mas eles não percebiam estavam concentrados demais na presença um do outro para repararem em qualquer outra coisa.

– Bem, você não diz saber tudo sobre mim? Continue a me surpreender senhor Malfoy.

– Acho que eu merecia algum tipo de recompensa por isso, estou fazendo suas vontades, veja comprei doces para você. – Ele ria enquanto mostrava a sacola cheia de doces que carregava.

– Comprou porque quis. – Rose também ria. – Mas que tipo de recompensa gostaria?

– Quem sabe no final do dia você não descobre?

– Estou ansiosa então, afinal agora quem quer saber mais sobre você sou eu.

O rosto de Scorpius se iluminou em mais um sorriso de tirar o fôlego de Rose, enquanto eles entravam na loja de penas e saiam com mais uma sacola também carregada pelo loiro.

– Você só pode estar brincando comigo! Pare com isso garoto! – Rose saia da loja rindo e batia de leve no braço do loiro que também ria não se lembrava de rir tanto em um encontro como ria com ele.

– O que? Ai ruiva deixe de bobeira que mal faz alguns presentes? Para ficarmos de bem, que tal? – Scorpius sugeriu então a ruiva acenou com a cabeça ainda rindo juntou os braços dos dois antes que ele o estendesse para ela. – Que tal comermos alguma coisa? Não sei você, mas eu estou faminto.

– Estava esperando que você dissesse isso, vamos aos três vassouras, por favor, antes que você pense que eu queira ir à casa de chá da Madame Puddifoot como a maioria das outras garotas.

– Eu já sabia que você era diferente, se bem que não me incomodaria de ir à casa de chá da Madame Puddifoot em sua companhia.

– Bom saber disso.

Rose e Scorpius adentaram no pub e se sentaram um pouco distantes das outras mesas, sabiam que algum colega de Hogwarts estava doido para saber o porquê dos dois estarem juntos em Hogsmeade. Quando um garçom veio perguntar o que eles queriam, Scorpius fez o pedido respondeu por ele e por Rose.

– Duas cervejas amanteigadas, só que com gengibre na da senhorita. – Quando o garçom se afastou ele voltou seu olhar para a menina a sua frente e abriu um sorriso de canto. – Então, acertei?

– Como se você tivesse errado alguma coisa hoje, não conhecia esse seu lado Scorpius.

– Eu disse que você não me conhecia como pensava, então está gostando de descobrir como é o verdadeiro Scorpius Malfoy?

– Que tal eu te responder no final do dia? E você diz se valeu a pena ter me convidado. – Rose sorriu provocativa.

– Mas essa pergunta eu poderia te responder agora. – Scorpius disse se inclinando na mesa em direção da ruiva que ficou com os olhos cravados na íris azul acinzentado do loiro que estendeu a mão e tocou o rosto da ruiva, mas antes que algum dos dois pudessem se aproximar mais o pedido deles chegou fazendo com que Scorpius voltasse a encostar-se à cadeira e Rose olhar para o chão completamente vermelha. Eles comeram em silêncio por um tempo até que as coisas voltassem a se normalizar entre eles. Depois de almoçarem, saíram para caminhar um pouco, se afastaram da movimentação de pessoas e lojas e sentaram-se em uma pedra. Rose pegou o saco de doce e não foi surpresa nenhuma quando ela pegou uma das barras de chocolate com morango.

– Que tal eu dividir com você, uma boa recompensa? – Rose abria a embalagem e dava uma boa mordida enquanto oferecia a barra ao loiro para tirar um pedaço.

– Quase. – Ele disse pegando um pedaço do chocolate. – É mais divertido ver sua felicidade comendo o chocolate, hoje os seus olhos estão da cor certa, como o céu. – Ele olhou para o céu e depois novamente para ela que o olhava encantada.

– Eu não sabia que você podia ser assim, gentil, encantador, você me perguntou se eu estava gostando de descobrir como é o verdadeiro Scorpius, acho que você deveria ter me apresentado a ele há mais tempo. – Rose já havia deixado o chocolate de lado em cima da pedra enquanto chegava mais perto do loiro.

– É eu também acho, mas agora que ele foi apresentado ele pode ficar não é? – Scorpius passou um braço pela cintura da ruiva e a puxou o que fez que o espaço que existia entre eles acabasse.

– Deve. – Rose sussurrou já com os olhos fechados, então aconteceu primeiro só um roçar de lábios, depois uma pequena pressão o que fez os dois suspirarem e iniciarem um beijo de verdade, a mão da ruiva bagunçavam os cabelos do loiro enquanto uma das mãos dele estava passeando pela cintura da ruiva e a outra em seus cabelos, eles não saberiam dizer quanto tempo aquele beijo durou, porque toda vez que era preciso ar, eles só se encaravam por poucos segundos e voltavam a se beijar. Quando eles realmente terminaram o beijo ambos ficaram de olhos fechados com as testas juntas e arfando.

– Você me perguntou se valeu a pena eu ter te convidado, foi a melhor decisão que já tomei. – Scorpius sussurrou o que fez Rose abrir um sorriso e se afastar abrindo os olhos assim como Scorpius.

– Parece afinal que a tempestade deu uma trégua. – Rose passou uma mão pelos cabelos loiros.

– Rendeu-se aos encantos de um dia de sol. – Scorpius respondeu antes de puxa-la para mais um beijo.



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Notas finais do capítulo

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