Ayesha Loveless escrita por Lua


Capítulo 7
Capítulo 6 Minha avó é pedófila


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo fresquinho que acabou de sair do forno!



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– O quê?! - gritei descrente.

– Isso foi um... - Daniels disse timido.

– Acho que sim. Her, sei lá... - ele me proibe de continuar a falar me dando um selinho. Um selinho e só! Nada mais que um selinho. E por conta deste maldito selinho, não conseguia dormir naquela noite.

Tentei repassar tudo que acontecera na saida da escola em minha mente.

Segundo dia de aula. Que lindo. Passei as aulas lendo um livro que no momento estava viciada. Acho que o sinal do recreio tocou por que a Danry caminhou até onde eu sentava e me despertou do mundo dos livros.

– Terra chamando Ayesha! - Danry disse com a voz abafada como se saisse de algum walk talk.

– Ayesha ignorando Terra. - disse ainda lendo.

– Hoje eu trouxe dinheiro... - Danry disse com voz de suborno.

– COMIDA! - a obesa que eu sou gritou e então sai em disparada com a Danry quicando atrás até a cantina.

As outras aulas passaram rapido (pelo menos para mim que já estava terminando o livro) e então a Danry disse que já tnha que ir e se afastou. Fui conversar com o Franck, Guto, Nicholas e Jonathan, mas assim que cheguei fui barrada.

– Macabra, melhor você ficar sozinha. - disse Guto com o apelido que carinhosamente me dera há um ano. Um amor.

– Mas por que? - minha habitual cara de bunda apareceu.

Potter e Nicholas riam maliciosamente. Jonathan apenas suspirou e respondeu:

– Alguém quer falar com você. Só. - ele deu de ombros e disse com uma voz fofa forçada enquanto me dava uma leve cabeçada. Esse era o Jonathan calmo e meigo de sempre.

– Quem é esse ser? - disse fazendo careta para Jonathan. Gostava dele, mas meiguice não batia comigo.

– Nada. Quer ir comprar uns Pringles? Cebola e salsa. Eu pago! - disse Franck desesperadamente. Apesar de que comer fosse algo indispensavel na minha vida, o Franck se encontrava muito nervoso e sempre reclamva quando eu ganhava a discursão de quem ia pagar - ele - e de que sabor seria - cebola e salsa.

– O que tá rolando, véi?

Potter me respondeu mechendo a cabeça em direção de um Daniels vermelho e tímido (de que eu não sabia) que andava em nossa direção. Ele me perguntara se poderia falar comigo a sós. Franck gritou um "Não!" e por esse motivo eu aceitei: adoro irritar os outros. Acompanhei o Dan até nos afastarmos dos outros. Sentia os olhares dos outros garotos sobre minhas costas. Não gostava de ser observada e aquilo me incomodava. Fiquei com medo de não gostar do que ía acontecer.

– Ayesha Loveless, quer namorar comigo? - Daniels perguntou depois de respirar e expirar repetidas vezes. Não sabia se ria da contradição de pedir em namoro aguém que tinha o sobrenome de sem amor ou se eu pirava por eu ser esse tal alguém. Fiz a segunda opição.

– O quê?!

– Isso foi um... - Daniels fez uma pergunta indiretamente. O que eu tinha que fazer, meu Pai?

– Acho que sim. Her, sei lá... - me enrolava a tentar falar ou explicar o que sentia. Então ele me pegou de surpresa: me dera um selinho.

– Amanhã começamos oficialmente. - dizendo isso ele saiu.

Só queria ir para casa. Fui até a sala de minha avó na esperança de que ela não estivesse trabalhando, para que ela pudesse me levar até em casa. No meio do caminho, passei pelos outros garotos. Guto, Potter, Jonathan e Nicholas apenas sorriram para mim. Franck me olhou suplicoso. Ignorei e me joguei no sofá encontrado na sala de minha avó.

Estava deitada na minha cama. Danry ligou para mim e perguntara tudo o que tinha acontecido. Pelo jeito eu era a unica desinformada. Depois de lhe contar tudo, eu ainda exigi sua explicão do motivo dela ter aparecido naquele bar otaku no meio da noite acompanha de Reddon. Ela prometeu que contaria tudo, mas tinha que desligar por que sua mãe bipolar deu outro ataque por cima dela. Desejei-lhe boa sorte e desliguei o celular.

Olhei o relógio. 21:06. Não acredito que perdi a minha tarde deitada na cama pensando naquele pequeno - e maldito - selinho. Me toquei então que aquele fora o meu primeiro selinho. Com 16 anos. Depois bati em minha própria cara. Aquela não fora meu primeiro selinho, mas creio que o primeiro que vivenciei não é extamente considerado um 'beijo'.

Tinha 4 anos. Novamente a amiga de mãe estava a nos visitar. E numa mera brincadeira de criança, um de seus filhos caiu acima de mim, cara a cara. Claro que o outro irmão teve que rir e soltar um "Tão namorando!", o que fez o garoto que havia estado em cima de mim sair correndo e chorando.

Mas agora eu sabia. Eles não eram imãos. Eram primos. Então, se o que saiu correndo chorando gritando mãe era o "brasileiro" e o rindo da cara dele o americano... Fora o Reddon que me dera o selinho?

Não sabia qual seria pior: dizer que meu primeiro beijo foi aos 16 anos ou dizer que foi aos meus 4, com um chorão chamado Reddon.

Tentei dormir, seria um longo dia de reclamações de professores por dever não feito o seguinte...

_-_-_-_-_-_

As aulas foi um saco. Anotação aqui, reclamação lá. Daniels me encarando a todo momento. Franck encarando o Dan. Potter e Nicholas rindo do Franck. Guto apenas fingia que sabia do ria, mas sabia de bulhufas. Eu fingindo que não ligava pra tudo isso.

No recreio apenas passei correndo pela porta deixando qualquer ser vivo que me procurava atrás. Não queria saber de niguém. Só de dormir. E de dois mil cones de Pringles de cebola e salsa.

Fui até a sala de minha avó na esperança de encontrar a sala vazia. Não queria uvir nenhum encrenqueiro. Não estava com saco suficiente. Ou sono suficiente. Ou barriga cheia suficiente.

– Ayesha Schulz Loveless. - tremi ao ouvir meu nome inteiro. - Que bom te encontrar por aqui!

– Bom dia, senhora Jhonson. Quanto tempo, não?- tentei ser educada ao virar para conversar com a mãe do Reddon - O que faz aqui?

– Bem, o Sun está sobre minha custódia e quiz ver como ele tava indo por que ele está fazendo um tal de tratamento psiquico aqui na escola e... - ignorei completamente o "blá blá Sun blá blá" seguido. - Está na sala dos meus garotos?

– Sim. - Infelizmente, completei mentalmente.

– Sun contou que você estava na sala deles.

Sun? Para quê ele contaria sobre mim? Eu ia perguntar isso a ela, mas minha avó passou por mim indo em direção a sua sala. Corri até ela e tentei acompanhar seu passo. Mesmo com uma bota preta de salto a danada conseguia correr mais que eu!

– Ufff... Vó, calma aê. Tá com medo de quê?

– Do diretor me despedir. - dito isso, Miluse Schulz (mais conhecida como minha avó ou orientadora da escola) entrou correndo em sua sala fazendo com que seu vestido curto e preto levante um pouco a aba. Tentei fazer cara de reprovação sobre seu vestido curto, quando ela quase bateu a porta na minha cara.

– Não valeu. Quero meu nariz inteiro - disse segurando a porta enquanto entrava e me jogava no sofá.

Minha avo correu até seu computador e começou a digitar freneticamente.

– Tenho novidades sobre o mais novo aluno que torturo. - ela comentou ainda olhando para a tela e sem parar de digitar.

– Aquele que veio no primeiro dia de aula no recreio? - perguntei sem muito interresse. - Qual é o nome dele?

– Desculpe, esse eu não posso falar.

– Por quê... - mexi a mão freneticamente. Esse mistério despertou meu lado curioso. E olha que sou muito curiosa.

– Ele já sofreu abusos. E já fez parte de guangues.

Fiquei calada. Então perguntei;

– Por que todo essa preucupação? - perguntei. Nunca a vira assim com um aluno antes.

– Ele é especial. Consegue me... contagiar. - miha vó disse com o olhar distante apos cessar os dedos nervosos no computador.

– Vó, pedofilia é crime!

Um livro com o titulo "Drogas na adolescencia" acertou minha testa.

– Ai.



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Notas finais do capítulo

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