Ayesha Loveless escrita por Lua


Capítulo 6
Capítulo 5 Anel sabor laranja


Notas iniciais do capítulo

Oi!
*aceno*



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– Conte agora o que vem escondendo. - Disse Danry - Qual o motivo de você não gostar do Reddon?

– Você vai achar o motivo ridiculo.

– Eu já te acho ridicula. - aquela havia me pegado. Danry me conhecia muito bem.

– Eu tinha 4 anos. 5 talvez? Não sei como consigo me lembrar de tudo isso tão bem... Enfim, havia feito um ano da morte da minha mãe. E ela era amiga de uma mulher simpática que sempe levava seus filhos até minha casa. Seus dois filhos tinham a minha idade e sempre ficava brincando comigo. Mas teve um dia que eu chorava muito. Saudades de minha mãe. Naquele dia, a amiga de minha mãe fora nos visitar para consolar o meu pai e minha avó; apesar de meu pai nem necessitar de consolo. Ela havia levado apenas um filho. E aquele filho sozinho foi até mim já me chamando para brincar de lutinha, minha brincadeira preferida já que eu sempre ganhava.

Danry havia sentado na calçada da frente de minha casa e olhava para mim. Sentei na escada de um degrau em frente da porta de minha casa e, me sentindo dentro do livro Coração de Tinta, continuei a história.

– Mas não estava ansiosa para brincar. E ele havia percebido isso. Por incrivel que pareça, ele caminhou até mim e me abraçou. Disse para mim não chorar que aquilo era coisa de bebê e depois correu até a mãe. Pediu para ela que o desse algo. Logo depois ele voltou com dois aneis pirulitos. Sabe, aquele anel que tem a pedra feita de caramelo. Então ele perguntou qual era o meu sabor favorito. Disse laranja. E ele respondeu: "Ei! Esse é o meu sabor favorito! Pensava que só eu gostava de pirulito de laranja. O meu primo só gosta de morango. Odeia laranja. Então só tenho um de laranja e outro de morango." Ele havia me entregado o pirulito de laranja. Mas como ele havia dito que era o seu sabor preferido, dei meu pirulito para ele. Lembro que ele sorriu e disse: "Certo então. Já que eu vou ficar com o de laranja vamos combinar de quando a gente estiver grande vamos nos casar. Aí compro um montão de pirulito de laranja para nós dois!" Ele pôs o anel de morango em meu dedo e o de laranja em seu próprio. Ele deu uma lambida em seu pirulito e disse: "Esse vai ser o nosso anel até o casamento!" Eu ainda fungava um pouco, então ele completou: "Quando nos casarmos, você nunca vai chorar, não vou deixar!". E nisso foi embora para a casa com o seu anel no dedo e ao mesmo tempo na boca.

– Essa história á fofinha. Mas ainda não entendi o que essa história tem conexão com o Reddon. - Danry disse.

– Aí é que tá. Já fazia umas semanas que ele não aparecia e eu havia guardado o meu pirulito no meu esconderijo secreto esperando por ele. Então resolvi perguntar a minha avó sobre ele. Ela havia me informado que eles não eram irmãos assim como eu havia pensado. Eram primos. Mas eles eram identicos. Perguntei o motivo de naquele dia só havia um garoto. Parecia que o primo era dos Estados Unidos e só tinha ficado 3 anos no Brasil para se acostumar com a cultura da raiz de sua familia. Ele já havia voltado até sua mãe no estrangeiro. Minha avó ainda falou que assim que as férias acabassem eu iria estudar com o filho legítimo da amiga da minha mãe. Fiquei muito feliz. Estava louca para que as férias acabassem.- suspirei. Não gostava de contar essa história. - E elas acabaram. No primeiro dia de aula, fui até o garoto com um pirulito de laranja que tinha pegado no arsenal da minha avó e dei para ele. Disse que meu nome era Ayesha e seu comentário foi: "Que nome feio!". Perguntei qual era o seu nome e ele respondeu: Reddon.

Danry me encarou. Não sabia se por supresa ou pelo fato de que o garoto que ela gosta já havia dito que iria casar comigo.

– Perguntei se ele tinha gostado do piulito e ele abriu o pacote e pos o pirulito na boca. Tinha ficado feliz com isso até ele cuspir o pirulito no chão e gritar: "Eca! Odeio laranja!". Então comecei a chorar e perguntei por que ele então queria casar comigo. Quando eu disse isso, ele comeou a rir da minha cara. Passei o resto do ano sofrendo bulling graças ao Reddon e seus amiguinhos. Foi aí que comecei a odiar a escola. E aprender a ter cuidado quando se faz um amigo. - por mais que eu não quissese eu não conseguia parar de chorar. - Por isso tome cuidado com Reddon. Ele pode te prometer varias coisas e depois te magoar. E mentir que seu sbor prefrido era o de laranja. - dei uma ultima fungada e olhei para Danry.

Ela ria. Vaca.

– Tá rindo de quê, Ô, coisa? - disse nervosa.

Então algo inesperado aconteceu: ela me abraçou.

– Sei que essa história pode ser importante para você. Mas vocês eram apenas crianças. Ele não teve culpa de nada. - ela me soltou do abraço e disse: - Ainda tem quardado o anel-pirulito?

– Não.- menti.

– Me mostra. - ela me conhecia ao ponto de saber quando eu minto. Minha Danry. Minha maldita e doce Danry.

Suspirei e me levantei. Quando ía abrir a porta de casa um carroestacionou em frente de nós.

– Sun. - deduziu Danry. Orei para que estivesse errada. Tinha orado tarde demais.

– Fala aí meninas. Vejo que não se mataram. Boa noticia. - Reddon disse indo até a Danry e só então me toquei: Por que ela tinha ido naquele bar? E com o Reddon? O Reddon nem se lembrava da existencia dela naquele mesmo dia de manhã. Encarei Danry. Ela tinha histórias a me contar. Ela respondeu com um olhar que no dia seguinte ela explicaria tudo.

– Pelo jeito você seguiu minha dica, não é, Loveless? - voz rouca de Sun as minhas costas me fizeram arrepiar.

Me afastei do veneno do Solzinho e retruquei:

– Pelo jeito você não seguiu a minha dica de não poder me tocar.

– Como é que é?

Como resposta eu dei um tapa em sua face.

– Nunca mais chegue próximo a mim menos que um metro de distancia! - virei de costa e marchei até a porta. A abri, fechei-a com cadeado e subi até o meu quarto, de onde a janela podia ver a parte da frente de minha casa.

Da janela, obeservei a cena lá fora: Reddon e Danry conversando, o que deixava Danry com um sorriso enorme no rosto e Sun, olhando para a casa com uma cara intrigada, como se estivesse se lembrando de algo.

Torci para que ele não se lembrasse que há anos, quando ele era novinho, já viera me visitar nessa casa. Torci para que Reddon nunca tenha contado a ele o que tinha acontecido um pouco antes dele voltar para os Estados Unidos.

Só eu, Reddon - e agora Danry - poderiam saber daquela história. Só.



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