Três meses depois...

– Danry, por favor me escute! - eu gritava apesar da minha rouquisse.

– Nunca mais fale comigo, Ayesha! - Danry sai correndo as prantos sem deixar eu esplicar aquela situação.

Sabia que minha vida tinha ficado boa demais. Algo tinha que estragar. Sempre algo tem que estragar. Estou começando achar que é macumba (ou sei lá o que) jogada no meu lindo nome.

Três mesmes antes...

– Daniels!!!

Corre, corre, corre... Respira. Corre, corre, corre... Respira, meu pensamento compassado e minha diversas paradas pela falta de ar (sendentarismo maldito) já haviam me desorientado qual era meu verdadeiro foco anterior. Até que lembrei: Daniels chorando saindo correndo do bar de otakus safados. E eu estava correndo atrás dele.

Numa das minhas paradas "respiratórias", Potter pegou em meu braço e me puxou para completar meu arsenal de marcas no braço. Agora não estava mais feliz por não ser pelos meus desastres. Eu que ia fazer um desastre na cara do novato.

– Potter!! Me larga! Preciso saber o que rolou com o Dan! - enterrei minhas unhas em seu braço até ele gritar de dor e soltar-me.

– Ayesha! Sua... - palavras obsenas antes não conhecidas por mim foram ditas enquanto Potter observava as cinco marcas de unhas em sangue em seu ante-braço. Não pude de deixar de soltar um sorrizinho de orgulho.

–Foi mal, tá na hora, tchau! - disse tudo mais parecendo uma palavra só e comecei a correr. Ou pelo menos tentei. Guto e Jonathan se jogaram aos meus pés e, me derrudando, não deixaram eu continuar a minha corrida tão sicronizada.

– Calma lá, Loveless. - disse Franck.

Nicholas chegou com um copo cheio de um liquido não indentificado e com seu mangá em baixo do braço. Com a mão livre ajudou a me levantar e então disse apenas:

– Ele gosta de você.

– Quê? - fiz a melhor cara de bunda que uma Ayesha Loveless da vida (ou seja, já nasceu com cara de bunda) pode fazer.

– Ele gosta de você. - disse os outros em coro. Nicholas já estava absorto em seu mangá suspeito.

Enquanto eu fazia um pequeno plano mentalmente para descobrir o motivo do Nicholas nunca soltar seu mangá - apesar de eu já ter boas justificativas - vi Sun chegar acompanhado de Reddon e... Danry!

– Entendeu, ô, cisco de gente? - disse Potter.

– Entendeu o quê? - perguntei automaticamente.

– Ela é sempre tão absorta assim?

– Não viu nada. Tem horas que ela dá uma viajada legal. - Franck responde ao novato. E quem perguntou não foi o Potter.

– O Daniels gosta de você, Loveless. Ironico, não? - disse Sun e Reddon em uma só voz.

Atrás de Reddon, que nem uma ratinha fugindo de uma gata má, estava Danry atrás de Nicholas tentava evitar contato visual comigo. Nota mental: perguntar o conteudo do mangá à Danry. Fiz um gesto com a mão mandando todo mundo se calar e pedi calmamente que alguém me explicasse tudo o que tava rolando, fingindo que não vira a Danry. Jonathan me explicara tudo. Daniels gostava de mim e não gostou da cena que vira. Deixei escapar um sonoro "Ah..." naquele tom de agora tudo faz sentido.

– Agora tudo faz sentido. Quero dizer... Mais ou menos. Ele precisava dar todo aquele chilique? - a cara de bunda voltou (voltou? Não me faça rir) ao meu rosto.

– Ele ia te fazer um pedido hoje. - disse Jonathan.

– Um pedido super especial, se é que você me entende... - disse Guto olhando do rabo do olho para Franck que de repente ficara cabisbaxo.

Aproveitei a situação para dar uma indireta a certa ratinha com medo de mim. Sentada em perna de indio no chão, olhei para todos os outros em pé olhando diretamente para mim e em seguida olhei para Nicholas sentado ao meu lado lendo com um certo alguém atrás.

– Um pedido especial, né? - soltei. - Igual à aquele que a Danry sonha em receber do R- - Danry pôs sua mão em minha boca. Mordei-a e com a boca livre disse: - Danry? Você por aqui? - o sacarsmo em minha voz era tão pesada que dava para apanhar no ar. Ou isso que eu pensei com orgulho no momomento.

– Oi, Ayesha. - Danry disse limpando a mão recentemente mordida. - Como vai? - sua voz também estava carregada de sarcarmos. Minha menina. Crescera tão rapido.

– Então, por que está aqui? Apreciando a vista?

– Sim. Linda, não? E você?

Os meninos, percerbendo o veneno pingando de nossos caninos (cena bizarra... Amei!), cortaram o acontecimento. Sun disse que levaria nós duas para casa depois voltaria para buscar os outros (afinal Daniels pegara o carro do Potter. O pai dele não iria gostar muito da noticia).

No carro, o caminho todo foi um sinistro silêncio de enterro. Sun deixara Danry em minha casa e disse com sua voz sedutora para perto de mim. Néscio. Ignóbil.

– Posso deixa-la aqui em sua casa, não posso Loveless? Ela está sob minha responsabilidade e não quero que ela morra até está na porta de casa, então... Vou deixá-la aqui e tentem não se matarem, ok?

– Ok... - apesar da sua voz rouca não dar certo comigo e apesar de que já está claro que eu não cairia numa bobeira daquela, concordei sem objeções.

Após um tempo da partida de Sun, acordo do meu momento de loucura, solto uma praga pra mim mesma por ter caido naquela daquele Sol de uma viga. Viro para Danry e pergunto:

– Pode me explicar o porque de você estar na responsabilidade do Solzinho? E por que foi naquele maldito lugar acompanhada com o Reddon?

– Eu gosto do Reddon, Ayesha. - isso não era bem a resposta que esperava. Foi pior.

– Reddon? Tá de zoa, né?! Tanta pessoa melhor no mundo... Ou melhor... Tanta pessoa nesse mundo! Devia escolher logo o animal tingido?

– Ayesha, se alguém aqui te conhece como ninguém sou eu. Tem alguma coisa por trás deste ódio, um motiv qu vocênunca me contou! Desembucha, menina! Por que você não gosta do Reddon?

Sentei-me no chão e desatei a chorar. Teria que contar cedo ou tarde.