Ayesha Loveless escrita por Lua


Capítulo 4
Capítulo 3 Bar para otakus roqueiros safados


Notas iniciais do capítulo

EU NÃO MORRI! E trouxe mais um novo capítulo para vocês! Aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/253287/chapter/4

– Estou com fome! - eu gritava no carro.

– Que fome é essa, Ayesha? - Jonathan perguntou ao ouvir o ronco que saiu de minha barriga. - Você comeu hoje não?

– Tirando um pote inteiro de balinhas baratas, três cones da Pringgles e metade de uma maçã? Não!

Todos suspiraram. Eu pensava como um gordo, ok?

– Certo. Quando chegarmos lá, você come. - Nicholas disse e então me toquei de uma coisa.

– Peraí. Vocês se conheceram hoje na aula e já sairam juntos até a minha casa e estamos indo com um novato após o primeiro dia de aula para sei lá onde e provavelmente só voltemos meia-noite. Isso é vida real, gente! - gritei com os braços para cima e batendo no teto do carro - Como o Potter conseguiu essa façanha? - comecei a encara-lo com uma cara de "Que buxaria é essa?".

Potter riu.

– Sei lá. Sou lindo o suficiente? - depois desse "metimento", resolvi me calar.

O resto da viagem eterna, já que parecia que nunca estavamos perto do lugar, seguiu-se com o Daniels fazendo palhaçada e eu tendo ataques de risos. Já estava com a barriga doendo de tanto me contocer de rir, quando resolvi pergunta pela milézima vez, entre risos, já que não conseguia parar de rir:

– Já chegamos?

– NÃO! - todos gritaram pela milézima vez no carro. Eu tava só querendo saber, ué!

Quando vi a cara de todos os seis garotos presentes me encarando - incluindo o motorista irresponsavel, Potter - com raiva, eu não aguentei. Ri muito mais. Meninos com raiva em sintonia é algo beeem cômico.

– Ótimo, abriu o risador... - Guto praguejou certas palavras imcompreendiveis.

Eu tentava parar de rir, mas sempre que pegava ar, Daniels fazia alguma graçinha para fazer eu rir novamente. Acho que ri por uns 40 minutos. Isso não é legal.

– Isso é tortura, coitada. - disse Potter olhando para meu rosto vermelho.

– Que nada, ela fica linda rindo. - comentou Dan.

Silêncio. Dava para ouvir um alfinete cair no chão que se localizava em Alaska. Franck corta o clima frio:

– Hum, safadinhos! - ele falou com uma cara maliciosa para Dan e Potter. Eu não estava entendendo nada, como sempre em que os garotos faziam estes tipos de comentários. Eu era bem ingênua, falou?

Guto, Jonathan e Franck riam com toda a sua força. Nicholas apenas sorriu pelo canto da boca e voltou a ler seu mangá. Potter sorria vitorioso. Daniels, vermelho, escondia o rosto. Eu olhava para todos pedindo resposta.

– Já chegamos? - resolvi perguntar quando percebi que ninguém me daria resposta do que tinha acontecido naquele momento no carro pequeno e branco do pai do Potter.

– Agora, sim, Ay. - disse Potter que teve a cara de pau de me chamar de Ay. Me segurei para não dar um soco no novato.

Descemos do carro e encontramos uma linda casa abandonada. Estava caindo ao pedaços. Abandonada. Olhei para o Potter não crente:

– Cumé que é? - perguntei com a maior interrogação desenhado no meu rosto.

Ninguém me respondeu. Odiava ficar no vacuo. Dei um soco na porta do carro, enraivecida. Ficava nervosa facilmente.

Todos andaram até mais proximo da casa e percebi que de lá dentro saia uma musica de rock pesado tocando em uma batida forte. Potter abriu a porta da casa mal assombrada - que por dentro de assombração tinha nada.

As paredes eram de um tom azul marinho, no teto brilhavam luzes coloridas que se balançavam e brincavam de fazer desenhos nas paredes. No fundo, após as 16 pessoas dançando na boate, havia um pequeno palco e ao lado um balcão com dois barmans. Acima do balcão estava havia uma placa preta com dizeres em azul escuro neon "Metal Otaku Bar" com um círculo oval roxo em volta, também neon. Pelas paredes podia se ver fotos de animes, mangás - alguns ecchi e outros hentai ou yaoi - e varias bandas de rock.

Santo Deus, onde eu fui parar?, eu pensei. Um bar para roqueiros otakus safados! Para que existia um bar desse estilo... No meio do matagal?

– Em que vocês me empurraram? - sussurrei na orelha do Guto, que se arrepiou com minha fala. Ri com aquilo.

– Não te empurramos. Você veio por conta própria! - Guto resondeu me encarando, desfazendo meu riso.

Nicholas foi na frente de todos, acompanhado de Potter, até o balcão com os barmans. Eu seguia lentamente observando as paredes, que então me fizeram entender o porque de Nicholas nunca lagar seu mangá. Safado.

– Olha por onde anda, va- - o homem parou no meio da fala.

Olhei para o homem/armário que tinha esbarrado. Ele era negro, mas não tanto quanto o Franck, e parrudo. Vestia jeans rasgados e jaqueta - ambos pequenos demais para seu tamanho. Olhei para seu rosto. Ótimo, uma cicatriz., reparei mentalmente carregado de sacarsmo mesmo em pensamento. Aquilo não podia uma coisa boa. Seus olhos me analizavam de cima a baixo e deu uma paradinha no meu shorts quase imperceptivel pela enorme blusa que usava.

– Her... Tenho que ir ali e eu... Não volto. Fui. - disse apressadamente e tentei correr até os meninos que já estavam bem na frente, mas ainda não chegaram ao balcão.

Eu tinha me enganado. Aquele bar era bem fundo e tinha muito mais de 16 pessoas naquele lugar. Para - naquele momento - minha tristeza.

O homem me segurou fortemente pelo braço, não deixando eu dar mais um passo. Sentia que meu braço iria explodir. Rapidamente não sentia mais meu braço - que antes pardo, estava branco. Seus dedos eram longos, grossos e fortes. Sem duvidas, voltaria para casa com mais marcas para a minha coleção. E aquela era especial! Não seria meus proprios atos de desastre que causaram aquela hematoma. Mas não conseguia ver isso como uma vitória, por mais que tentasse.

– Ta indo aonde, lindinha? - porque será que não considerei aquilo como um elogio?

– Her, meus amigos estão me esperando... - disse com voz fraca, suportando a dor.

– A gatinha está acompanhada? - ele soltou uma risada fanha.

– Né-nécio! - sussurrei com o resto de voz que me restava. Pela cara confusa que ele fez, não conhecia a palavra, mas deve ter percebido que era um insulto.

Ele ia me bater. Sei que ia! Mas alguém chegou bem na hora para afasta-lo de mim. Senti um par de mãos pegar em minha cintura, aperta-la e levar-me para longe do monstro. Enquanto isso via Danry e Reddon - sim, eu também não sabia de onde eles sairam - encrando o cara de armário. E por mais inacreditavel que seja, estavam ganhando.

Giro para trás para observar quem segurava minha cintura.

– Sun?!

– De nada por te salvar, Loveless. - ele respondeu em tom de deboche.

– Vá se lascar! - então percebi que ele ainda estava segurando minha cintura e que eu estava com o rosto a centimetros do dele.

Quando eu ia me soltar das mãos do Solzinho, uma voz me chama de forma chorosa:

– Ayesha? O que você está fazen... - Daniels sai correndo e passa pela porta do tão estranho bar.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quem entender o motivo dessa frase base do capítulo ter sido essa, explique nos comentários, quem acertar vai virar personagem de Ayesha Loveless!
><' Até o próximo capítulo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ayesha Loveless" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.