Ayesha Loveless escrita por Lua


Capítulo 24
Capítulo 21 Manchas de sangue


Notas iniciais do capítulo

GENTEEEEEM
Voltei again
Não achem que desisti dessa história, desisti coisa alguma.
"Lua, tem ninguém lendo sua história, você tá falando com fantasmas!"
Tudo bem, mas MESMO ASSIM não vou desistir dessa história. Um dia eu vou marcar ela como "terminada", você vão ver.


Sem mais delongas, AO CAPITULO ^^



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A viagem foi até rápida, por que eu dormi a maior parte dela possível. Na verdade, a única coisa que fiz no avião foi comer, dormir, ver filme de criança naquela mini-TV que tinha para cada assento e ouvindo a história do Sun. Ele já participara de uma gangue e aquela não foi a primeira vez que ele matou alguém. Pois é.

Ele me explicou tudo. Como entrou na The 69 e como teve que voltar para o Brasil. Como me achou e o significado de sua tatuagem. Ah, e por que ele dissera “minha doce e assassina Marcy”: ele encontrara um senhor no banheiro do aeroporto e ele pelo jeito era um doido. Mas confesso que achei bonitinho a história dele com a sua fugitiva. Na verdade, me fez lembrar da conversa com a portuguesa que tive, dizendo que eu seria recompensada. Então o Sun encontraria sua assassina e eu minha recompensa.

E algo estralou na minha cabeça, como uma lâmpada sendo ligada: ele, Sun, era o menino misterioso que ia conversar com a minha avó nas segundas sobre o seu “passado sombrio”. Cara, que nojo, minha avó tinha uma queda pelo Sun.

— Estamos pousando! – Sun avisou, sorrindo para mim.

Já fora do avião, chamei um táxi e disse o endereço da minha casa, o Sun fazendo questão de me acompanhar até lá. No caminho, liguei para Jarely, que gritava desesperada.

— Calma, eu estou bem. – eu informei pelo celular de Sun. – Sim, eu sei que fiquei desaparecida por quase 4 dias. Calma, vai lá em casa que eu e o Sun explicamos tudo.

O Sun tá envolvido nisso? — Jarely perguntou, maliciosa. Até depois de eu ser sequestrada a Jarely via malícia nas coisas. Imagina quando eu falar em que situação eu me encontrava quando ele me achou?

— Tchau, Jarely. – desliguei.

Quando o táxi estacionou na frente da minha casa, pedi ao motorista esperar um pouco. Entrei na casa que não estava trancada – na verdade, a maçaneta estava meio que pendurada na porta – e procurei o dinheiro numa caixinha que ficava em cima da TV. Do aeroporto até minha casa era muito chão, então a corrida foi cara. Antes de sair de casa, reparei que tinha um buraco na parede, sangue no meu sofá e em alguns outros pontos.

É, eu teria que arrumar tudo aquilo antes do meu pai chegar.

Não, eu não ia falar para o meu pai que quase fui estuprada no Estados Unidos, obrigada.

Paguei o taxista e então eu e o Sun entramos em minha casa.

— A Jarely já deve está vindo. – informei, caminhando até minha cozinha que também tinha várias marcas ensanguentadas (uma até parecia uma pegada) e vários pratos e copos quebrados pelo chão.

— E o Daniels e o Reddon devem vir com ela. – ele confirmou.

Comecei a lembrar da sensação horrível do corpo ensanguentado de Reddon sobre mim. Balancei a cabeça espantando os pensamentos e sem dizer nada, comecei a limpar o chão da cozinha, logo depois Sun me ajudando. Estava esfregando a mancha em forma de pegada de sangue no chão quando Jarely entra, e como Sun havia dito, Reddon e Daniels com ela.

Jarely correu e me abraçou, eu percebendo que ela estava com gesso em uma das mãos.

— Oque aconteceu com você? – perguntei preocupada.

— Não importa o que aconteceu comigo e sim COM VOCÊ.- ela me puxou até a sala, acho que para sentar no sofá, mas quando vimos a poça seca de sangue, acabamos sentando no chão, onde aparentemente não foi atingido.

Daniels nos seguia e se sentou ao lado de Jarely, passando o braço pela cintura dela. Arqueei a sobrancelha inquisitiva.

— Estamos namorando. – Daniels informou, ficando um pouco vermelho.

—Parabéns. – sorri, sincera.

Assim que Reddon e Sun se sentaram, cada um em um lado meu, formando uma espécie de roda, Jarely pergunta:

— O que a Sophie fez com você?

— A Sophie nada... – mexia as mãos, meio nervosa. – Mas uns caras... – reparei que tanto Reddon quanto Sun ficaram tensos. – Eu fui sedada. Acordei dentro de um avião, as mãos algemadas. Fui arrastada até um local sujo e precário onde fiquei sob os cuidados de um grandalhão. – fechei os olhos, tentando não chorar com a lembrança do pesadelo. – Tiraram fotos minhas, deixaram-me sem roupa alguma e me jogaram numa sala com mais três meninas que também devem ter sofrido o que eu sofri... E o que quase sofri.

Fiquei calada por um tempo, encarando todos a minha volta.

— Se quiser, não precisa continuar... – começou Jarely.

Fiz com a mão para que se calasse. Eu ia dizer tudo.

— Fui levada para uma sala onde tinha um cara que tentou me estuprar. Na verdade, acho que ele pagou pela “minha virgindade”. – desenhei aspas no ar, contando tudo de um jeito mais conciso possível. – Mas ele não conseguiu...chegar lá. Sun me achou logo depois e voltamos para o Brasil. – resolvi que não valia a pena contar a parte que ambos, eu e Sun, matamos alguém.

— Como você a encontrou? – Reddon perguntou para Sun.

— Isso não vem ao caso. – Sun encarou Reddon como quem diz “conversamos sobre isso em casa depois”.

Jarely engatinhou até mim, me abraçando, falando que sentia muito por mim, que queria poder fazer algo para melhorar essa situação.

— Calma, tudo bem, eu estou bem agora... – olhei de relance para o Sun, esperando que ele entendesse que eu o agradecia mais uma vez pelo meu olhar.

Todos tinham saído de minha casa, menos Jarely, alegando que não me deixaria sozinha coisa nenhuma.

— O que eu faço com essa mancha no sofá? – encarei para o sofá como se estivesse olhando para uma questão de matemática impossível. – Isso sai?

— Deve sair. – Jarely também olhava a mancha. Era a ultima coisa que faltava para deixar a casa arrumada de novo. – Vem cá, tu não vai contar pro seu pai sobre tudo que aconteceu com você nesses últimos dias, não?

Quando eu ia responder que não, escuto uma voz saindo da porta.

— Ayesha Schulz Loveless, não vai me contar o quê? – meu pai parecia bem furioso.


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Notas finais do capítulo

Então gente, o que tão achando?
Se eu receber UM review, eu posto o próximo assim que ler esse review, uma outra promessa :3
Beijinhos de luz



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