Ayesha Loveless escrita por Lua


Capítulo 23
Capítulo 20 Minha Doce Assassina


Notas iniciais do capítulo

OIE
Então, gostaria de dizer duas coisas:
1) Eu amo a Uma Filha de Atena
2) Eu não postei no sábado, mas postei :3
Boa leitura o/



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O Sun correu até mim, parando bruscamente a dois passos de mim, talvez percebendo minha nudez.
  - Sun? - eu perguntei com medo de que eu estivesse tendo um tipo de alucinação maluca.
  - É o Asher? - ele olhou para o homem ensanguentado atrás dele. Como resposta, olhei para o sangue sobre meu tronco. 
Sun se agachou perto de mim.
  - Ayesha, tudo bem com você? - ele sussurrou procurando os meus olhos que já se enchiam de água. 
Abracei-o, meus braços em volta do seu pescoço, lágrimas escorrendo no seu ombro. Não tenho certeza, mas acho que estava sussurrando algo como "foi horrível, foi horrível" entre as lágrimas e soluços. Ele meio agachado, eu meio em pé. A posição não tava muito confortável, então ele se sentou no chão, mas com esse movimento, fui levada pra baixo junto com ele, ainda enroscada em seu pescoço. Num impulso, me aconcheguei em seu colo, enlaçando minhas pernas em sua cintura, ainda me debulhando em lágrimas em seu ombro. Senti que o Sun ficou tenso, não sei se porque eu chorava  copiosamente ou porque estava completamente nua em seu colo.
Não sei quanto tempo ficamos naquela posição, mas o suficiente para eu começar a me acalmar. Quando as últimas lágrimas caíram, me afastei o suficiente para olhar sua blusa, agora com a manga direita molhada e a frente suja de sangue do loiro que ainda não acordara. Será que ele morreu?
  - Desculpa. - sussurei, traçando com o dedo o risco de sangue em sua blusa. - Te sujei um pouco. 
Ele percorreu o olhos rapidamente pelo meu tronco nu em seu colo e virou o rosto, olhando para o homem jogado no chão.
  - Você o matou? 
Sai de seu colo e fiquei em pé, observando o homem, procurando algum movimento que indicasse um resquício de vida.
  - Quer a verdade? - olhei pra seu rosto. - Espero que sim.
  - Eu também. - disse simplesmente, se levantando. Notei um resquício de olhar sombrio em seu rosto. - Eu também.
  - Devemos arrumar um jeito de sair daqui, onde quer que estejamos... - eu mesma cortei minha linha de raciocínio. Apontei pro seu nariz. - Como você chegou aqui? 
  - Isso não importa. Temos que sair daqui. - Sun respondeu, tirando a camiseta que vestia. - Coloque isso.
  - Chega de exposições de pandas, não é? - acabei soltando, enquanto colocava a camiseta nem tão folgada em mim.
  - Chega. - ele sorriu de lado. 
De mãos dadas, corremos pelos corredores.
Fui deixada ser guiada pelo Sun, se ele conseguiu chegar ali, conseguiria sair, não é?
Não é.
  - A gente já passou por aqui, Sun. - informei, puxando o braço dele para pará-lo. - Você não tem a mínima ideia de como sair daqui, não é?
  - Não. - ele admitiu. - Cheguei na sua sala por sorte. Depois da décima tentativa. E já esqueci como volta. 
  - Então deixa eu tentar. 
Peguei a mão dele e o arrastei comigo. Fui identificando as portas pelos acontecimentos. "Onde conheci a portuguesa, onde tiraram minha roupa... Ah, ali onde tiraram minha foto. Devemos estar perto" Seguimos o corredor e o Sun indicou uma porta.
  - É aqui. 
Ficamos perto da porta e abrimos com calma, devagar, com medo de ter alguém no outro lado.
A sala tinha uma mesa e uma cadeira, onde se sentava o mesmo homem que me arrastou até o tal de "Asher", e tinha uma porta do lado oposto da gente. Eu soltei o braço do Sun, e dando um passo a frente, mostrando para quem quer que seja aquele cara, que eu não tinha medo. Mas o Sun me puxou de volta pra si e sussurrou no meu ouvido:
  - Quando eu mandar,corre até a saída. Ouviu bem? – assenti, imaginando que a porta do outro lado é a saída. 
Ele fez um movimento com a mão, passando-a pra dentro da cueca.

— Agora!

Sai correndo adoidada até a saída e antes que o homem armário pudesse colocar suas mãos em mim, ele cai, urrando de dor. Quando estou na porta, prestes a abrí-la, olho para trás, encontrando o homem no chão, as duas pernas brotando sangue e Sun, com um rosto fechado caminhando até ficar perto do rosto dele, uma arma em mãos.

— Isso é por você ter um estabelecimento horrível como esse... – dito isso, Sun mirou entre os olhos do homem e atirou.

Eu vi o Sun matar alguém.

Sun levantou o olhar e olhou para mim, parecendo envergonhado, mas não culpado.

— Você já deveria estar lá fora...

— Você matou ele... – sussurrei, caminhando lentamente até o Sun, que balbuciava algo sobre não ter medo dele, não contar para ninguém, mas eu ignorava. Eu sorria, radiante.

— Você está sorrindo? – ele olhou para meu rosto, agora a centímetros do dele, confuso.

Abracei-o e dizia chorando, mas agora lágrimas de felicidade pelo pesadelo ter acabado.

— Obrigada.Você me salvou. Muito obrigada.

— Minha doce e assassina Marcy. – ele respondeu de volta, com uma voz distante, mas aparentemente feliz.

— O quê? – me afastei para ele poder olhar em meu rosto o quanto eu tinha entendido nada nessa frase.

— Ah, é que eu conheci um velho no aeroporto e... – ele sorriu. – Esquece. Vamos, tem um carro nos esperando.

Lá fora tinha um homem aparentemente de 30 e poucos anos encostado em um carro. Ele e Sun se saudaram e conversaram rapidamente em inglês, mas não ousei traduzir dessa vez, estava traumatizada depois do “o seio pequeno cabe inteiro na boca”.

Sun me levou para dentro do carro falando que aquele era um amigo, um tal de Adam, e que ele nos levaria para o aeroporto mais próximo, para podermos voltar para o Brasil.

— Mas meu passaporte? Deve está lá no Brasil. E minhas roupas? E dinheiro?

— Deixa comigo. – Sun respondeu confiante. – Mas é verdade, temos que arrumar roupas para você.

— Meus pandas agradecem.

*

Já devidamente vestida com uma calcinha, uma calça, uma regata e uma sapatilha (o Sun disse que não era preciso comprar um sutiã, agora que ele tem certeza do tamanho – muito pequeno – e tinha que guardar o dinheiro para as passagens), estávamos dentro do Aeroporto, Adam conversando com um cara que parecia trabalhar ali um pouco afastados.

— O que ele está fazendo?

— Arrumando nossa viagem.  – Sun respondeu, também vestindo uma camisa nova (mas fazendo questão de guardar a velha, toda suja de sangue, para si). – Vem. – ele me puxou depois do Adam fazer um símbolo com a mão para gente.

O cara que aparentemente trabalhava ali, nos levou por um caminho no aeroporto que aparentemente ninguém utilizava e entramos dentro de um avião vazio por uma escada, pela porta de trás.

Nós sentamos em duas cadeiras que nos foram indicadas, ao fundo, e o cara saiu, ficando só nós dois ali dentro.

— Pois é, agora você poderia me explicar por que você tem uma arma e um capataz que te compra roupas e passagens de aviões ilegais.- disse pro Sun, que arregalou os olhos ao ouvir minha fala.

— Tá, é uma longa história... – ele disse depois de um longo tempo me encarando, talvez pensando o quanto que ele deveria me contar ou não.

E aí ele contou tudo.


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Notas finais do capítulo

GENTEM
O que estão achando? :3
ESTAMOS EM RETA FINAL
É sério, eu já acabei a história, tipo, escrevi tudo. Só estou postando os capítulos com certo espaço de tempo paraver se UMA ALMA VIVA APARECE AQUI e também por que aí me da tempo para trabalhar no começo da minha nova fic, para quando eu postar o ULTIMO de Ayesha postar o Prólogo da nova ashuashuashua :3
Estou animada, mas ninguém liga, pois é.
Triste.
Até, meus fantasminhas *-*