Sonho Imortal escrita por Isabelle Carvalho


Capítulo 4
De volta a casa de praia


Notas iniciais do capítulo

De volta a casa de praia *------*



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Ah meu Deus, ele tinha me beijado. Foi isso que eu pensei durante toda a semana, até voltarmos à casa de praia. Ah, é. Nós viemos pra casa porque o tempo lá tava horrível, com muita tempestade. Agora minha mãe tinha resolvido voltar pra casa de praia já que não estávamos tendo aula por causa de uma greve idiota. Eu estava gostando dele, na verdade eu o amava, mas em silêncio, claro. Eu não tinha coragem o suficiente pra dizer em alto e bom tom: eu te amo. Estava esperando o momento certo, apesar dele já ter repetido essa frase pra mim umas três vezes. Sim, estávamos na casa de praia, mas especificamente eu e o Markin estávamos na praia e minha mãe e minha irmã ficaram em casa. Eu tirei a saída de praia, ficando com meu biquíni preto com bolinhas azuis. Deixei as sandálias ao lado da pedra que o Markin estava sentado e entrei na água. Fiquei um bom tempo brincando com os peixinhos a minha volta até que me virei e não encontrei mais o Markin. Encontrei-me espirrando água por todos os lados, batia meus baços e minhas pernas freneticamente, até perceber que ela estava presa por algo, ou melhor, os dedos de alguém. Minha cabeça subia e descia até que afundei e ainda de olhod abertos umvulto preto passou por dentro d’água. Apaguei completamente e quando despertei tossia a água engolida. Minha mãe, minha irmã e Markin estavam ao meu redor.

-Você está bem filha?
-Estou melhor.
-Mas o que aconteceu?
-Olhe as marcas no meu tornozelo, alguém estava me puxando para o fundo.
-É impossível, só havia você e o Markin lá.
-EXATAMENTE!
-Onde você está querendo cegar? – Disse Markin.
-Vem Taylor, vamos deixar eles conversarem. – Minha mãe falou.
-Foi você não foi?!
-Eu?! Porque eu faria isso com você?! Eu gosto de você, fui eu quem te pegou quando tinha afundado.
-Disse certo, esperou eu afundar pra me pegar, eu poderia estar morta agora. Acho que foi você sim, porque eu não retribui os seus sentimentos.
-Isso é besteira, eu sei que você gosta de mim de qualquer jeito. Só acho que deveria para pra pensar antes de sair por aí julgando o que eu “não fiz”, ok ?! Que isso fique bem claro pra você, se fosse qualquer outro cara, você poderia desconfiar, mas eu sou diferente deles, eu realmente gosto de você. Você está insinuando eu quis te matar, mas eu não sou nenhum assassino e isso magoa muita, tá bem?! Eu não sabia que eles viriam até aqui...
-Ah tá bom, me obrigue a acreditar em você. Me mostre que você é diferente de todos os outros. Garotos são todos iguais. E acaba de confessar que sabia que quem quer seja estaria lá pra tentar me matar e mesmo assim não fez nada.
-Eu já disse que não sabia que chegariam até aqui. Se você não quer acreditar em mim, eu não posso fazer nada que mude a sua opinião Leslie, eu só quero que você para de cuspir essas palavras em mim, como se eu fosse o culpado, como se de repente eu fosse um problema em sua vida.·.
-Já fez o seu discurso patético?! Agora sai do meu quarto.

Ele saiu e eu fiquei lá agarrada a um travesseiro, até que minha mãe bateu na porta do quarto e eu disse pra ela entrar...

-Discutiram não foi?
-Tenho quase certeza que foi ele.
-Disse certo, tem quase certeza, mas não pode julgá-lo dessa maneira. Não viu como ele saiu daqui magoado? Está lá embaixo e tá chorando se você quer saber. Leslie para pra pensar, dá uma chance ao garoto....Peça desculpas.
-Ele tem mesmo que ficar aqui?
-Tem Leslie e eu não quero mais falar sobre esse assunto, você o acusou de uma coisa grave.
-Mãe, me desculpa.
-Não é a mim que você tem que pedir desculpas, é a ele.
-Eu preciso ficar sozinha.

Minha mãe saiu do quarto e eu agarrei um dos travesseiros e deixei meu corpo escorregar pela lateral da cama, sentando no chão e deixando as lágrimas caírem. Passei o resto da tarde, toda a noite e toda uma manhã lá, trancada, sem comer, sem conseguir dormir e sem falar com ninguém. Já estávamos na noite do dia seguinte a briga quando eu sai do quarto. Markin estava no quarto dele e eu empurrei a porta devagar. Peguei um pufe e sentei em frente a janela, olhando o céu estrelado, até que eu o ouvi fungar.

-Markin?
-Pensei que não estivesse falando comigo.
-Agora eu to. Vim te ver, vim pedir desculpas.
-Eu to bem. Na verdade eu já havia lhe perdoado, em silêncio. Estava esperando você vim até a mim, mas o que você disse me magoou de verdade, mas eu sabia que era momentâneo,que iria se arrepender.
-Me desculpa, não era a minha intenção. Era só que eu estava desesperada.
-Eu te entendo, mas da próxima vez vê lá que você fala.
-Eu prometo que isso não vai se repetir.
-Tá, mas não precisa chorar não. Você tem que comer alguma coisa, passou o dia todo sem comer e ontem à noite também.·.
-Sabe, eu fui muito idiota em ter lhe tratado daquela maneira e ao mesmo tempo sou uma sortuda em ter você aqui comigo.
-Ah minha pequenina, vem cá. Deita aqui comigo!
-Posso passar a noite aqui?
-Claro, mas dorme aí em cima que eu durmo aqui em baixo.
-Markin, não. Dorme aqui comigo, pelo menos hoje. Tudo que eu preciso é de alguém aqui comigo e tem que ser você.
-Então tá bem.

Ele me deu um beijo na bochecha e nós dois nos enrolamos debaixo do edredom quentinho. Não tínhamos nenhum tipo de relacionamento, só havia aquele beijo. Na verdade nada que eu demonstrasse, mas eu precisava de alguém ao meu lado, não iria fazer mal eu dormir com ele. Então ele grudou as nossas mãos e eu apoiei a cabeça em seu ombro. Ele começou a mexer nos cachos do meu cabelo. Eu olhei pra ele e sorrir graciosamente, era agora, tinha que ser agora.

-Markin, você não sabe como eu te amo!


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Notas finais do capítulo

4ª capítulo depooois '-'



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