Maybe Who Knows escrita por Cici


Capítulo 7
E agora?


Notas iniciais do capítulo

Deixem reviews.
Cici



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Eu dormi feito uma pedra. Obviamente acordei com dor de cabeça, por causa das tequilas ontem. O número do Guilherme ainda estava escrito no meu braço. Eu sorri, mas meu sorriso se desfez quando eu lembrei que eu tinha que ir ao medico descobrir se eu ia morrer. Triste isso, preferia ficar em casa dormindo, mas não tinha jeito.

Tomei um banho longo, bem longo, com direito a turnê musical no banheiro. A Becca não estava em casa, provavelmente ela estava na academia que fica no fim da rua. Ela tenha uma obseção por ginástica.

As 10:30 eu estava no consultório do médico. Inconscientemente eu mexia no meu anel de cobrinha, que era o que eu fazia quando eu estava nervosa. A secretaria me mandou entrar, e o Dr. Marcello estava sentado na mesa dele olhando uns papeis.

-Meus exames? – Eu perguntei nervosa.

-Sim, sente-se. – Ele falou apontando para a cadeira.

-Sem formalidades Doutor. Eu não gostei da sua cara olhando isso daí. – Falei apontando para o exame.

-Realmente, o que eu vou te dizer não é bom. – Ele falou num tom calmo.

-Fudeu. – Eu sussurre colocando as mãos na cabeça – Eu to com câncer. Ok isso não é legal. Não gostei. Eu SABIA que era melhor eu ficar em casa dormindo.

-Calma por favor. – Ele falou pegando um copo de água que tinha em cima da mesa e me entregando, virei tudo em um gole. –A gente não sabe a extensão, então pode ainda ter cura. – Ele falou com uma voz tranquila, o que ajudou um pouco.

-Eu não quero morrer não. – Eu falei com uma voz de choro e ele riu.

-Eu farei meu melhor pra isso. – Ele disse segurando minha mão. Eu estava tremendo. –Vamos fazer mais alguns exames para ver em que nível a doença está ok? Esfria a cabeça e a mais tarde a minha secretaria te liga pra marcar com você. – Eu concordei com a cabeça.

Sai andando meio sem rumo pela rua. O número do Guilherme ainda estava escrito de leve no meu braço. Eu mandei uma mensagem pra ele.

“Preciso de alguém pra conversar, tem como me encontrar no parque daqui a 15 minutos? Ninah“  

Eu não sei onde eu estava com a cabeça para mandar uma mensagem pra alguém que eu mal conheço. Eu devia ter ligado pra Rebecca e conversado com ela.  Mas de novo, ela só ia me deixar mais desesperada. Era melhor conversar com outra pessoa.Sorry Becs. Em dois minutos eu já tinha uma resposta.

“Já estou indo pra lá. Guilherme” Segui o caminho que levava até o parque e sentei perto na beira do rio que eu costumava brincar quando eu era criança. Tirei os sapatos e coloquei os pés na água molhando a minha meia-calça. As lagrimas começaram a escorrer pelo meu rosto. Eu tentei me controlar mas não consegui. Por que isso tinha que acontecer logo comigo? Tanta pessoa no mundo e logo eu? Tá, pensamento super egoísta, mas foi o que me veio a cabeça naquela hora. Alguém tirou os sapatos e sentou do meu lado com os pés no rio.

-Tudo bem? – Guilherme perguntou. O cabelo estava desarrumado , e ele usava uma de manga longa branca e uma bermuda. Eu sacudi a cabeça negativamente.

-Eu vou morrer. – Eu falei olhando para a minha meia-calça. Eu mexia os meus pés dentro d’água.

-Que pensamento positivo. – Ele disse, e eu ri. –Como você vai morrer?- Ele perguntou me olhando.

-Lembra que eu te falei ontem que eu podia ter câncer… Então. – Ele não disse nada. Simplesmente segurou a minha mão. – Eu não quero morrer. – Eu disse baixinho.

-Eu sei que não. Acho que ninguém quer. – Ele disse, me puxando pra perto dele e passando o braço por cima do meu ombro de uma forma super inocente. -Então. Já vi que você precisa se distrair. Que tal a gente tomar um sorvete e planejar como eu me livro da minha ex-namorada chata? – Ele perguntou.

Eu aceitei. Ele levantou e me ajudou a levantar. Nós seguimos para a sorveteria.


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