Capítulo 3

Rose’s POV (Point Of View)

Eu e a agente Romanoff entramos em um jatinho, que ela me disse que pertencia a tal S.H.I.E.L.D. Dentro era extremamente confortável, sentei-me em uma poltrona e Romanoff sentou em outra na minha frente, entre nós havia uma pequena mesinha. Em meia hora já estávamos saindo de Essex e foi então que comecei a pensar em tudo no que havia ocorrido nessa última hora. Recebi uma carta de minha mãe e descubro que ela está morta, descubro quem é meu pai e saio do orfanato, onde vivi todos os anos de minha vida. Meu pai... Tony Stark... Gênio bilionário conhecido pelo mundo todo. Como eu poderia ser filha dele?

Sempre gostei de física, matemática, tudo o que se relaciona com as matérias de exatas e quando conseguia, pesquisava nos computadores da biblioteca do orfanato todos os atuais gênios da área. E o meu favorito sempre foi Tony Stark. Será que ele está mesmo interessado em mim? Ou apenas mandou me procurar para testar se era verdade que possuía uma filha? Sempre ouvi dizer que ele é irônico, sarcástico, convencido... E eu duvido que seja atencioso, principalmente com uma filha. Essas minhas dúvidas estavam me deixando cada vez mais confusa, até que não aguentei e chamei a atenção da agente.

-Agente Romanoff? – disse e assim que ela se virou para mim, continuei – Como você acha que Tony vai lidar com isso?

-Sinceramente? Não sei... – ela me respondeu – Ele é uma caixinha de surpresas, literalmente.

-Acha que ele vai gostar de mim?

-Tenho certeza disso – ela sorriu e eu retribuí.

-Obrigada, agente – disse.

-Por favor, me chame de Natasha.

-Ok, Natasha. – ambas sorrimos e eu virei o rosto para observar a vista da janela. Comecei a imaginar como seria minha vida agora: eu teria um pai, uma das coisas que eu mais queria na minha vida e se tudo desse certo moraria com ele. Quando eu poderia imaginar que algo assim aconteceria comigo? Deixei minha mente formar possibilidades sobre minha nova vida e acabei adormecendo.

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-Rose? – ouvia uma voz me chamar de longe, mas não conseguia abrir os olhos para ver quem era – Rose, acorde! Tony está nos esperando e se demorarmos mais um pouco capaz que ele venha te buscar pessoalmente! – Ao ouvir o nome de meu recém-descoberto pai, meus olhos abriram instantaneamente.

-Já chegamos? – perguntei com a voz rouca e os olhos apertados por causa do incomodo da luz forte.

-Sim, acabamos de chegar. Você dormiu as 10 horas de voo (N/A: Eu não sei quanto tempo leva de Essex até NY, portanto coloquei 10 horas mesmo. Deve ser isso...). – Natasha me respondeu com um sorriso.

-Nossa! Sério?

-Sim, acho que a notícia teve muito impacto para você. – ela se afastou um pouco de mim para me espaço para levantar, o que eu fiz rapidamente. – Agora vamos antes que o Stark tenha um ataque!

Peguei minhas coisas e segui Natasha para fora do jato. Depois que saímos, encontramos um carro preto parado com um homem de terno preto encostado nas portas dianteiras. Avistei outros dois homens pegando minhas malas do bagageiro e colocando-as dentro do carro. Quando estávamos nos aproximando do veículo, o homem de terno sorriu.

-Rose – Natasha chamou minha atenção – este é o Happy, o motorista de Tony e agora seu também.

-É um prazer conhecê-la, Srta. Stark! – Happy disse.

-O prazer é todo meu, Happy. E por favor, me chame de Rose – respondi sorrindo e ele prontamente retribuiu.

Entramos no carro e Happy deu partida. Percebi que estávamos em um tipo de aeroporto para jatos particulares, já que enquanto saíamos do lugar, avistei apenas aviões pequenos, nenhum muito grande. Durante a viagem, Happy foi me mostrando alguns pontos marcantes da cidade, como, por exemplo, a estátua da liberdade. E é claro que eu olhava tudo admirada. Aquela era uma cidade grande, e eu estava acostumada com uma cidade litorânea como Essex. (N/A: meus amores cometi um erro fatal! Descobri que Essex não é uma cidade e sim um condado... Como eu já havia colocado que era uma cidade, não vou mudar, vamos fingir que é uma cidade. Afinal, isso é uma ficção, não é?!).Tinha tantos prédios e carros que comecei a imaginar como seria quando tivesse que andar sozinha pela cidade. Eu definitivamente teria que andar com um mapa na bolsa.

O trajeto não durou muito tempo, quando percebi já parávamos na frente de um prédio enorme com um “Stark” no topo. Aquela era a Torre Stark, a mais nova criação se Tony Stark pelo mundo. Se por foto ela já era linda, de perto era muito mais. Eu estava tão feliz, pois de alguma maneira eu iria conhecer aquele que eu sempre admirei, mas por outro lado eu estava nervosa, essa mesma pessoa, era meu pai. Eu não sabia como agir quando o encontrasse, não sabia como me portar, o que falar... Minha cabeça estava uma confusão.

- Seja bem vinda, Srta. Stark, à... – Happy disse enquanto abria a minha porta do carro e eu acabei cortando sua fala.

-Torre Stark – disse e sai do carro. Tenho certeza que meus olhos brilhavam de emoção.

-Venha, Rose. Vamos conhecer seu pai – Natasha me guiou para dentro do prédio. Então era agora, não tinha como escapar, já era tarde. Entramos no elevador e a agente apertou o último andar. Um tempo depois, a porta do elevador se abriu e demos de cara com uma enorme sala de estar, onde se encontrava um homem que parecia ser muito calmo, outro homem com um tapa olho no olho direto, uma mulher com cabelos loiros ou ruivos, dependendo da luz, e sentado ao seu lado estava Tony. Seus olhos estavam brilhantes e fixos em mim, porém tanto ele como eu não nos movemos em direção ao outro. Ficamos parados aonde estávamos, olhando um para o outro. A mulher sentada disse algo no ouvido dele, que apenas concordou com a cabeça, e andou em minha direção.

-Você deve ser a Rose, certo? – ela perguntou sorrindo simpática e eu apenas assenti. – Sou Pepper Potts, ainda, de algum modo, secretária de Tony e presidente da Stark Industries.

-Muito prazer, Srta. Potts. Já ouvi falar de você. – respondi retribuindo o sorriso.

-O prazer é todo meu, querida. Mas me chame de Pepper. – ela disse e depois se virou para Tony. – Venha, Tony. – ele se levantou devagar e veio caminhando em nossa direção.

-Oi – ele disse.

-Oi - respondi baixinho, olhando para baixo. Ainda não tinha coragem de olhar-lhe nos olhos.

-Então, você é a Rose.

-Sim.

Ficamos em silêncio, sem saber o que falar e o que fazer. Não parecíamos pai e filha, como nos filmes, que assim que se olham, já se abraçam, sorrindo e chorando de emoção. É nessas horas, que gostaria de não ser tão tímida, talvez tudo seria mais fácil. Ou então, ser do tipo revoltada, que não perdoa os pais porque a abandonou em um orfanato e nunca a procurou. Mas, eu não era assim, felizmente ou infelizmente. Para acabar com a tensão que tinha se instalado, Pepper chamou nossas atenções.

-Por que não nos sentamos no sofá para conversar melhor? – ela disse e todos concordaram. Assim que todos estavam acomodados. Pepper me apresentou à todos que ainda não conhecia. – Rose, este é Bruce Banner, você pode conhecê-lo como Hulk.

-Não apenas pelo Hulk, mas por seus trabalhos. É um prazer conhecê-lo, Dr. Banner. – respondi sorrindo para o cientista. Depois de Anthony Stark, ele era o meu cientista preferido.

-O prazer é todo meu. – ele respondeu sorrindo.

-E este é Nick Fury, diretor da S.H.I.E.L.D. – Pepper continuou.

-É um grande prazer conhecê-lo, diretor Fury.

-O prazer é meu, senhorita. – ele me respondeu sério e depois se virou para sua funcionária – Agente Romanoff, tem certeza que é ela?

-Ora, Fury! Pare um pouco e pense, ou melhor, repare. Ela tem as feições dele, principalmente os olhos. – Pepper disse me analisando com os olhos e me fazendo abaixar a cabeça envergonhada.

-E não é só isso. – Natasha começou a falar, pegando em sua pasta algumas folhas de papel e entregando à Pepper. – Consegui os históricos escolares dela com a diretora do orfanato. Aparentemente, ela é uma gênio.

-Dez em física?  - ela arregalou os olhos e me olhou surpresa, mas sorrindo. – Definitivamente Tony, ela é sua filha. – não pude deixar de reparar um pequeno sorriso no rosto de Tony. Acho que o fato de eu ser superinteligente o agradava. Novamente um silêncio pairou sobre nós enquanto Pepper analisava todos os outros papéis. Tony continuava me olhando, mas era um olhar curioso, o mesmo que eu tinha sobre ele.

-Mesmo assim, ainda acho melhor fazer um exame de DNA. – Fury continuou.

-E ela fará, amanhã. Creio eu que agora ela deva descansar. A viagem foi longa. – Pepper disse. – Venha querida, vou lhe mostrar seu quarto.

-Boa noite. – disse à todos e me levantei para seguir Pepper.

-Boa noite.- todos me responderam uníssonos.

-Boa noite. – finalmente ouvi a voz dele. Tony havia se levantado também e dirigiu a palavra a mim, dando-me um enorme sorriso. Aquele pequeno ato de afeto me fez ficar com as bochechas vermelhas, mas acendeu um calor dentro de mim. Um calor que nunca havia sentido antes dentro de meu coração. Eu retribuí, mas não sabia o que fazer e o que dizer então me virei novamente para Pepper, que também tinha um enorme sorriso em seu rosto. Ela passou um braço pelos meus ombros e me conduziu pela escada. Até agora, aquele tinha sido o melhor dia da minha vida, finalmente algo bom havia acontecido comigo.