Revenge escrita por Shiroyuki, teffy-chan


Capítulo 40
Capítulo XL




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Yaya andava de um lado para o outro, impaciente. No corredor dos quartos onde estavam hospedados os guardiões, ela já devia ter gastado todo o carpete, de tanto caminhar. Ikuto, sentado na janela e olhando para fora, não denotava nada além de tédio, mas ele também devia estar, pelo menos um pouco, preocupado com aquela situação. Rima não demonstrava emoção alguma, mas seu olhar parecia meio perdido enquanto ela fingia ler uma revista, desinteressada. Kukai, de pé ao lado dele, estava anormalmente sério, e uma ruga se formava entre suas sobrancelhas, deixando-o ainda mais estranho. Aquele clima pesado deveria se adequar melhor a um hospital, e não em um hotel na beira da praia, durante as férias de verão.

Os estrangeiros estavam desacordados ainda, pelo que ela sabia. Depois de limparem bem os ferimentos, e colocarem roupas neles, não havia muito mais o que podiam fazer. Peach, Setsuna e Grace estavam trancados em seus ovos, extenuados depois da dura batalha. E não havia nenhuma pista de Matthew, que sumira completamente depois de ter sido derrotado pela primeira vez, apesar de ter conseguido fazer um grande estrago aos guardiões.


— Aaaah, já chega!!! A Yaya quer ver como todos estão!!!! – ela gritou de repente, não aguentando mais esperar.

— Não, Yaya, eles mandaram você ficar aqui! Você só faz barulho, e ia atrapalhar… - Kukai tentou argumentar, mas já era tarde, e a garota havia corrido em direção ao primeiro quarto.


Parando em frente à porta do quarto que Stéffanie e Anna dividiam, ela abriu uma frestinha da porta, apenas para espiar. Quem estava lá era apenas a espanhola, e ela ainda estava desacordada, sobre a cama. Utau estava ali para ajudar, mas Nagihiko fez questão de fazer sozinho todos os curativos, enfaixando e imobilizando o seu tornozelo torcido, e o lado da cabeça que ela havia batido. Agora, ele estava sentado na beirada da cama, com o olhar fixado somente nela, e nem pareceu notar quando Utau saiu do quarto, e empurrou Yaya para fora junto com ela.

— Foi por minha causa, não foi? – ele murmurou contidamente, para a garota desacordada – Aquela parede de areia, eu sei que você fez ela… e se não tivesse feito, seria eu quem estaria nessa cama, agora… - Nagihiko se aproximou um pouco, segurando entre as mãos, a mão cálida da garota. Passou os dedos pelos arranhões que marcavam o braço, decorrentes da colisão com a pedra.

Stéffanie havia, contrariando todas as expectativas, se descuidado da sua própria proteção para defendê-lo. Que garota mais imprevisível! Nagihiko nunca sabia o que ela estava planejando, e então, ele percebia o quanto isso podia ser perigoso, para os outros e para ela própria. Ela realmente sabia como deixá-lo sem ação.

Logo quando ele finalmente podia agir como um garoto de verdade, Stéffanie agia daquela forma absurda, e ele ficava para trás, sendo protegido como uma garota indefesa. Não, isso não estava certo! Era ele quem devia cuidar dela, e não o contrário. Seria melhor se ele estivesse machucado daquela forma, ele daria tudo apenas para não vê-la naquelas condições. Se ao menos ela não fosse tão cabeça-dura… isso poderia ter sido evitado.

O valete ergueu uma das mãos, direcionando-a para o rosto da garota, e deslizou a ponta dos dedos pelas bochechas dela, delicadamente. Ela teria um ataque, se visse o que ele estava fazendo, com certeza. Intimamente, Nagihiko desejou que ela acordasse, e o mandasse parar com aquilo aos gritos, enquanto o xingava em espanhol, e possivelmente, o agredisse fisicamente também. Deveria estar ficando louco, ao querer que algo assim acontecesse… mas tudo o que queria, era que ela ficasse bem logo…

— Eu agradeço por ter me ajudado… - sussurrou, tirando uma mecha de cabelo azulado que caia sobre os olhos dela - … mas, por favor… nunca mais faça isso de novo…


~

Enquanto isso, Yaya havia sido informada da condição da sua Onee-chan por Utau, e agora, já havia pulado para o quarto seguinte, que era o que Amu e Rima dividiam, mas que nesse momento servia de descanso para Anna. Ela estava deitada sobre a cama, desacordada, com seus óculos repousados na mesa ao lado.

Tadase segurava cuidadosamente a franja dela acima da cabeça, para que Amu terminasse de colocar o curativo. O corte em sua testa havia sido bem maior dessa vez. Havia também alguns arranhões superficiais pelo seu rosto e nos braços, que lembravam um pouco cortes feitos com papel, e que deveriam ser resultado do esforço dela em manter sua criação por mais tempo.

Yaya entrou no quarto dessa vez, mas ninguém pareceu notá-la. Amu fez sinal com o dedo, para que ela fizesse silêncio, enquanto Tadase, que não percebia nenhuma das outras duas garotas, ajeitava o cabelo curto de volta ao lugar, acomodando o travesseiro, e o lençol ao redor dela, delicadamente.

— Lewis-san… por favor… acorde… - ele murmurava, segurando a mão da garota suavemente – Abra seus olhos… onegai… - ele cerrou os olhos, inclinando-se na direção da menina. Tudo o que queria, era poder acordá-la de alguma forma, como havia feito quando ela se afogou. Mas não havia nada que pudesse fazer por ela agora. Se ao menos tivesse a impedido de se colocar a frente dele naquele hora… Ele começou a acariciar as pontas do cabelo dela, que estavam todas bagunçadas sobre o travesseiro, e nem reparou em quando Amu, depois de informar sobre Yaya do estado da inglesa, a conduziu para fora do quarto - É tudo minha culpa… Eu que deveria proteger você, e não o contrário. Que tipo de Rei deixa a sua princesa em perigo dessa forma? Gomenasai, Lewis-san, eu falhei novamente com você… Acho que não posso ser seu Príncipe Encantado de verdade, no final das contas…

It’s not true…– A voz fraca da garota sobressaltou Tadase. Ele ergueu os olhos, surpreso, tempo de vê-la erguer a mão, com alguma dificuldade, e tocá-lo no rosto – You… y-you may still be… my P-prince Charming, always…

— Lewis-san… - Tadase ainda estava um pouco atordoado, e não conseguia raciocinar direito. Ainda segurando a mão de Anna, ele corou ligeiramente, sentindo a mão dela cair novamente no lençol.

— I'm feeling good, seriously... Don’t worry about me! – ela murmurou, fechando os olhos um pouco – I’m just a little tired…

— Então descanse, Lewis-san! É melhor você dormir, e se recuperar… afinal, estamos de férias, certo? Você ainda tem que se divertir muito aqui… - ele tentou sorrir, e então, passou o dedo pelos cortes que se evidenciavam nos braços dela – Ainda dói?

Just a bit. But, I think… I need sleep, só isso. Acho que estou com mais sono do que dor, actually. – ela tentou abrir os olhos de novo, mesmo que só conseguisse enxergar tudo embaçado sem os seus óculos – Eh… P-prince charming…?

— Hai? Precisa de alguma coisa?

Just… you can stay… with me, só mais um pouquinho? Até eu pegar no sono… I m-mean… - ela corou furiosamente, encarando a mão que Tadase ainda segurava com carinho – Will have problem if you stay here?

— Claro que não! Eu ficarei aqui com você, até você dormir, Lewis-san! É o mínimo que eu posso fazer… d-depois de… etto… acho que tenho que te agradecer por ter me salvado naquela hora, não é?

No! I just did that… because não queria que você se machucasse. Não pensei muito at the time, so…– ela olhou para baixo, corada – T-this is retribution for everything que você já fez for me, Prince…– sorriu, forçando os olhos para enxergar melhor.

— Wakarimashita… então, deixe ao menos eu comprar alguma coisa para você, como retribuição… tem algo que você queira? Algo de comer, ou um mangá, talvez? – ele riu, ao ver os olhos da garota brilhando quando mencionou isso, e nem precisou de resposta para entender. – Certo… então, durma agora, Lewis-san… eu acordo você quando for hora de jantar…

Okay, then I go to sleep…– ela fechou os olhos, se acomodando na cama. Os cortes ainda doíam, e sua cabeça estava latejando… mas ela não se importou, por que ainda sentia a mão de Tadase segurando a sua, mesmo depois de dormir.


~

Do lado de fora, Yaya, Amu e Utau espiavam deliberadamente, contendo as risadinhas que poderiam denunciá-las.

— Waaa~ Tadase é tão fofo!! Ele está fazendo um ótimo trabalho, logo a Yaya nem vai precisar se meter mais, vai poder só assistir…

— Dessa vez eu tenho que concordar… - Amu, relutante, admitiu.

— Aaaah, acho que vou continuar espiando! Isso aqui é material para escrever minhas músicas, sem dúvida!! – Utau disse, empolgada, sem querer deixar sua voz ficar alta demais.

— A Yaya vai partir para o destino final, Quarto do Micchan e do Shunsuke~ Aposto como as coisas estão bem mais animadas por lá! – ela bradou, tomando o rumo pelo corredor.

— Será? Micchan parecia muito mais machucado… eu estou preocupada com ele… - Amu ponderou, ficando séria.

— Nós só temos que esperar, e ver o que vai acontecer… - Utau suspirou, vendo a ruivinha saltitar corredor adentro.

Yaya continuou até o quarto dos dois garotos, e tentou abrir a porta devagar, mas ela estava fechada. Restou a ás olhar pelo buraco da fechadura, pois o fato de estar fechada só a deixou ainda mais curiosa do que já estava. Ela não conseguia ouvir direito o que eles falavam, mas podia ver que Shunsuke estava do outro lado da cama, inclinado sobre ela, e olhando fixamente para Miguel, que ainda estava dormindo. Sufocou um gritinho, ao ver que Shunsuke estava terminando de enfaixar o braço de Miguel, e agora, acariciava lentamente a testa dele, enquanto suspirava pesadamente.

— O que está fazendo aí, Ás? – uma voz cortante fez Yaya sobressaltar. Ela pulou para longe da porta, alarmada, ao ver Kairi, com seu semblante rígido de sempre, encarando-a com furor – Está bisbilhotando novamente? Eu já disse que isso é errado, principalmente na situação atual!

— Pare com isso, Iinchou! A Yaya só estava checando tudo!! – ela argumentou, defendendo-se – E o Iinchou, hein, o que está fazendo aqui? Seu quarto fica no início do corredor que eu sei!!

— Eu vim para chamar todos para o jantar – ele ajeitou os óculos, ofendido com aquela insinuação de que suas intenções poderiam ser comparadas com as de alguém como Yaya – É melhor você ir logo também. – disse, se virando sem esperar pela resposta dela. Bateu na porta, educadamente, e então ouviu uma resposta murmurada – Estamos esperando para ir jantar no restaurante do hotel… – Kairi falou apenas, para Shunsuke do outro lado.

— Eu vou depois – Foi a resposta de Shunsuke. Ele nem mesmo saiu de perto de Miguel para responder. Yaya seguiu Kairi para longe da porta, ainda com vontade de ficar e espiar mais, mas era óbvio até para ela que Kairi jamais a deixaria. Passaram a frente do quarto onde Anna estava, a tempo de ver Tadase voltando para lá com uma bandeja com comida. E passaram pelo quarto de Stéffanie, de onde parecia que Nagihiko não havia saído ainda.


De fato, ele ainda estava lá. Havia pegado no sono, sentado na cadeira ao lado da garota, e sua cabeça repousava ao lado do corpo dela, ao alcance da sua mão, que ele ainda segurava entre a sua. Quando finalmente abriu os olhos, minutos depois, a primeira visão de Stéffanie foi do rosto adormecido do garoto, com os cabelos violeta espalhados pelo cobertor. Ela se assustou, com o impulso inicial de gritar e empurrá-lo para longe. Mas ao sentir o aperto dele em sua mão, e o semblante preocupado que ele trazia, mesmo enquanto dormia, ela não sentiu nenhuma vontade de fazer isso…

Seu coração bateu mais rápido, e ela não sabia bem o que pensar. Sua cabeça ainda doía, mas ela não se importou. Ele havia mesmo ficado ali esse tempo todo? Ao seu lado, enquanto ela dormia… segurando sua mão…

U-usted es demasiado estúpido mismo ... – ela resmungou, mordendo os lábios. Relutava em admitir, mas aquilo… havia deixado ela um pouco… só um pouquinho… feliz. Enquanto ele ainda não acordava, ela esticou um pouco a outra mão, e afagou devagar a cabeça dele, passando os dedos pelos cabelos macios – Muito, muito estúpido mismo

— Eeeei, Nagi, você vai vir jantar?

Com aquele grito, Stéffanie afastou a mão da cabeça de Nagihiko tão rápido que chegou a arrancar alguns fios. Fechou os olhos, como se não tivesse acordado, bem na hora que Yaya abriu a porta em um rompante.

— Ah… Yaya… - Nagihiko despertou, esfregando os olhos. Suas costas protestaram, por ter ficado naquela posição desconfortável tanto tempo.

— Uuh… vocês estavam de mãos dadas, que romântico… - Yaya disfarçou uma risadinha maldosa, e Nagihiko soltou a mão de Stéffanie, corando ligeiramente. Stéffanie se remexeu, incomodada, sem querer demonstrar nada sem querer, enquanto ainda fingia dormir.

— Tá, para com isso, diz logo o que você quer…

— Nós estamos indo jantar lá em baixo, você vem? – ela cantarolou, animada.

— Eu não posso, tenho que ficar aqui com a Blanca-san, se ela acordar…

— Ah, você não pode deixar o lado dela não é?? – Yaya riu ainda mais alto, querendo deixar Nagihiko constrangido. Stéffanie cerrou um punho, irritada.

— É, não posso. – Nagihiko respondeu, surpreendendo a ruivinha, e também a garota desacordada com sua resposta direta – Agora que você entendeu, seja gentil e traga alguma coisa para eu comer mais tarde, certo?

— Aaaah, o Tadase já não vai comer com a gente, nem o Shun-chan, e o Ikuto já sumiu de novo!!! Vai ser muito chato assim!! – Ela protestou, mas mesmo assim, se encaminhou novamente para fora, enquanto Nagihiko voltava para a sua cadeira, dessa vez pegando um mangá qualquer por ali, que deveria pertencer à Anna, para matar o tempo enquanto cuidava de Stéffanie. Ela, nervosa demais para abrir os olhos, apenas se virou na cama. Seu coração ainda estava irritantemente acelerado.




Alguns quartos mais a frente, Miguel ainda dormia. Shunsuke não saia do lado dele.

Depois de terminar com os curativos, ele passava a mão cuidadosamente por todo o braço enfaixado, com os olhos meio parados, parecendo uma das crianças de quem ele já havia roubado, tantas vezes antes, os ovos do coração. Isso parecia até meio irônico.

— Seu tolo… - Shunsuke murmurou, para Miguel, e para ele mesmo. Estava sem os óculos, e seus olhos verdes fitavam diretamente o rosto desacordado do português. – Por que você tinha que se aproximar tanto de mim? Estaria tudo bem agora, se eu apenas os espiasse de longe, como havia planejado desde o início. Mas você tinha que ser tão… cativante… a ponto de me fazer esquecer meu objetivo… Eu odeio você, Miguel… odeio, odeio muito… por me fazer sentir dessa maneira… - ele ergueu os olhos para o rosto desacordado. Na verdade, odiava muito mais a si mesmo, por ter causado tudo aquilo à Miguel. Odiava o seu eu que só sabia causar dor as pessoas. E odiava o fato de não poder deixar de ser assim, de qualquer maneira.

— Arranhar um rosto tão bonito… - ele ergueu a mão, passando o polegar por um dos cortes que riscava a pele do português – Imperdoável… A culpa é toda sua, se não fosse tão impetuoso, se não tivesse me desafiado… nada disso teria acontecido. Era só me deixar ter o Embryo, Micchan, e estaria tudo bem… Eu sumiria da sua vida… e seria como se nunca tivéssemos nos encontrado…

Ele inclinou o rosto, deitando-o perto do corpo de Miguel, ainda o fitando de canto. Podia sentir as batidas fracas do coração dele, em seu ouvido, e aquele som despertou algum outro sentimento, de alívio e de angústia, tão perturbador que Shunsuke mal podia aguentar. Passou a ponta dos dedos pelos olhos cerrados, pela pele arranhada, até os cabelos castanhos, que se ondulavam pelo travesseiro. Aquele sentimento sufocante crescia a cada segundo, parecendo prestes a transbordar.

— Será que se tivéssemos nos encontrado em alguma situação diferente… algo teria mudado? – Ele continuou a falar sozinho, enrolando as pontas bagunçadas do cabelo do português nos seus dedos – Acho que não. Mas seria muito bom se eu fosse apenas Shunsuke… Se eu tivesse te conhecido bem antes de me meter nessa história, acho que estaria bem melhor do que agora, não é? Eu não queria ter que te machucar… Não dessa forma, eu não queria causar toda essa dor, em você. Eu não sou seu amigo de verdade… mas também não consigo fazer o meu trabalho direito, por sua causa… Acho que você me tornou um inútil. - ele riu fracamente, melancólico – Mas eu não posso desistir, não depois de ter ido tão longe. Me desculpa, Miguel… - mordeu os lábios, enquanto ajeitava os braços ao redor do corpo desmaiado, e se inclinava sobre ele em uma espécie de abraço desajeitado – Eu sempre faço tudo errado… espero que algum dia, quando tudo isso acabar, você possa me perdoar. Mas não é bom ficar perto demais de mim, você vê… eu não sou uma boa influência…

Se afastando um pouco, Shunsuke sentou na beirada da cama, e continuou a acariciar lentamente o rosto de Miguel, fitando-o com expectativa. Queria que ele acordasse logo, e sorrisse para ele. Que ele sorrisse para “Shunsuke”, como se ele fosse a sua pessoa favorita em todo mundo. Era uma mentira, claro que era. Mas era uma mentira tão feliz, que Matthew desejava poder aproveitar ela por mais um tempinho. Só mais um pouco.

— Me desculpe - ele sussurrou com voz rouca mais uma vez, inclinando-se sobre Miguel, com um braço de apoio, e a outra mão entrelaçada aos cabelos rebeldes do garoto – My sweet Micchan… Me desculpe, mas eu não posso ser seu amigo de verdade… Eu nunca fui capaz. – ele fechou os olhos, e aproximou-se ainda mais. Os lábios de Miguel eram tão macios, e convidativos… Shunsuke roçou os seus nos dele, tão levemente que mal podia sentir. Quando finalmente percebeu o que estava fazendo, afastou-se, em um pulo. Miguel não acordara, por sorte. — O que eu estou fazendo? – o loiro escondeu os próprios lábios com a mão, a respiração ofegante.

Levantou-se, andando pelo quarto de um lado para o outro, recolocando os óculos de lentes grossas e penteando os cabelos com a mão. Precisava reordenar os pensamentos, e decidir as suas prioridades. E Miguel era apenas um empecilho, uma distração que o mantinha longe dos seus objetivos. Não, ele tinha que voltar ao normal, tinha que parar de ser tão fraco. Precisava planejar o seu próximo passo, com cuidado. E agir o quanto antes. Ou… acabaria fraquejando novamente, e se tornando incapaz de reagir… e isso era o que ele mais temia.


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Notas finais do capítulo

Yaahoo, minna-san o/ Shiroyuki desu yoo~

Como vão de frio? Aqui está horrível .-. mas eu gosto *w* Entãaaao, o que acharam do capítulo? Tenho que confessar, esse é um dos meus faavoritos! E eu nem preciso dizer por que, não é? Shun X Micchan forever ♥ ~~ hehehe, autoras também podem shippar XD

Ceeerto, por favor, deixem seus recados após o sinal o// beep.......



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