Revenge escrita por Shiroyuki, teffy-chan


Capítulo 25
Capítulo XXV




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/248873/chapter/25

Nenhum dos guardiões estava preparado para aquilo. Assim que eles encontraram o ninho de batsu tamas no oco de uma árvore, foram atacados, sem nem mesmo ter tido chance de se defender. Os ovos não paravam de sair de dentro do local, que estava impregnado de energia negativa, e rodearam o grupo de guardiões.

O primeiro a reagir foi Ikuto, que fez Chara Nari com Yoru e pulou por cima do paredão de ovos, chamando a atenção deles, e atacou-os com suas garras, tentando de alguma forma pará-los. Nesse meio tempo, Miguel e Stéffanie se levantaram, e Yaya engoliu o choro, sabendo que não era uma boa hora para fazer um escândalo por causa do joelho ralado. Anna ajudou Tadase a se levantar, e os dois se colocaram em posição de ataque.

Todos fizeram Chara Nari ao mesmo tempo, e a floresta se tornou um show de luzes coloridas enquanto eles se transformavam. Isso não amedrontou os ovos, que Ikuto não conseguiu conter por muito mais tempo, e avançaram aleatoriamente para cima dos outros. Tadase tentou revidar com o Holy Crown, e afastou alguns deles, mas a quantidade era mesmo absurda, e eles continuaram atacando sem folga. Nagihiko deu um pulo no ar, tentando alcançar os ovos que voavam mais baixo, Kukai fez o Golden Victory Shoot, mas os ovos desviaram rapidamente, e quando Miguel tentou acertá-los com seu chicote, eles revoaram acima das árvores. Anna desenhou um personagem ninja, que tentou persegui-los, mas eles foram mais rápidos. Os guardiões não perderam tempo e correram atrás da horda de batsu-tamas que avançava através da floresta, gritando estridentemente “nuri, nuri, nuri”.

— Vamos cercá-los! – Tadase bradou, avançando com o cetro em punho. Ikuto, Kukai e Nagi, que eram mais rápidos, avançaram na frente, tentando fechar o cerco ao redor dos ovos negros, assim como o ninja desenhado por Anna.

Ellos son demasiado rápidos! – Stéffanie gritou, quase sem fôlego, enquanto tentava escrever em seu livro algo que pudesse ajudar os outros. No exato momento em que ela conseguiu escrever que os ovos ficariam mais lentos, porém, todos os guardiões caíram em uma clareira, no topo de uma colina, que não estava especificada em nenhum dos mapas que eles possuíam. Os ovos pareceram evaporar naquele ponto, ou quem sabe haviam voado para muito mais acima das copas das árvores, de modo que nenhum mais era visto, e nem mesmo seu choro insistente foi ouvido.

Na clareira havia uma barraca, uma fogueira apagada e mais inúmeros vestígios de que alguém estava acampando. Também havia binóculos, e outros objetos de espionagem, como rádios-comunicadores e captadores de som. A comida deixada de lado deixava evidente que, quem quer que fosse que estava ali, havia deixado o lugar recentemente. Miguel pensou reconhecer a capa que estava pendurada para secar logo à frente.

— Que lugar é esse? – Nagihiko olhou ao redor, tentando encontrar quem acampava no local.

This camp is abandoned? – Anna indagou, recolhendo o seu desenho ao constatar que os ovos não estavam em nenhum lugar por perto.

Os outros estavam quase desistindo, pensando em retornar ao acampamento e voltar ao local onde os ovos se escondiam mais tarde, quando o barulho de passos logo atrás chamou a atenção.

Well, well, o que temos aqui… Os Guardians vieram diretamente para meus braços, eu nem precisei atacar… - uma figura encoberta por um sobretudo negro, com capuz escondendo seu rosto surgiu da floresta, rodeada de ovos negros. Era Matthew, o garoto responsável pelos ataques em massa de batsu-tamas. Ninguém conseguiu se surpreender ao vê-lo ali.

Usted! – Stéffanie apontou, com a lembrança vívida da última vez em que foi atacada – Lo que quieres?

— Pra falar a verdade, eu vim apenas dar uma olhadinha em vocês, conseguir informações… mas já que vocês apareceram aqui, por livre e espontânea vontade… - ele deu de ombros, como se não houvesse outra opção para ele. Os ovos se agitaram, entusiasmados com a proximidade de uma luta.

Miguel não hesitou em atacar primeiro, correndo até onde Matt estava, e atacou com o Multicolor Whip, lançando raios brilhantes através do chicote, paralisando-o ao amarrá-lo. Matthew riu alto, e com a energia dos batsu-tamas se soltou, jogando Miguel para longe com a força do seu ataque.

Nagihiko e Ikuto foram os próximos a tentar, avançando ofensivamente para cima de Matt, mas ele foi mais rápido, e ordenou os batsu-tamas a protegê-lo. Ikuto acertava-os sem piedade com suas garras, avançando cada vez mais através do forte maciço que aquele monte de X-tamas se tornou, enquanto Nagihiko corria ao redor, tentando encontrar uma abertura. Assim que encontrou uma falha na formação, ele se preparou para dar um pulo. Normalmente não teria conseguido, pois o muro formado pela energia negativa era realmente alto, mas Stéffanie compreendeu seu plano muito antes de todos, e escreveu um parágrafo sobre como os saltos de Nagihiko eram incríveis, os que os tornou muito mais efetivos. Nagihiko saltou sobre a formação e penetrou no espaço que Matthew julgava seguro, acertando-o com o “Blaze shoot” em uma espécie de enterrada.

Matthew cambaleou para trás com o ataque inesperado, e a parede de batsu-tamas que o protegiam se dispersou, dando aos outros a oportunidade para se aproximarem. Ikuto, que estava mais perto, segurou-o pelo colarinho, encarando-o ameaçadoramente. Nenhuma palavra precisou ser dita, pois o vilão já tremia dos pés à cabeça. Matt nunca foi o tipo que ganharia em um combate corpo a corpo, e tinha plena consciência disso.

— O que você quer com a gente, menino!? – Yaya, que afugentava os batsu-tamas com seu chocalho, berrou lá de trás antes de qualquer um.

Matthew não respondeu, muito mais ocupado em manter seu rosto na penumbra, enquanto Ikuto o jogava de volta ao chão, decidido a acabar com tudo ali mesmo. Bastaria um golpe certeiro, e bem dado, e aquele Matthew não saberia nem como havia parado ali.

— Não, espera, Ikuto! – Miguel foi mais rápido, segurando o braço que Ikuto preparava o Slash Claw para acertá-lo – Não faça isso! Nós precisamos dele acordado para interrogá-lo… - argumentou, embora nem mesmo soubesse a razão pela qual estava intercedendo ao favor do inimigo.

— Hey… parece que o Português lindinho se apaixonou por mim, hein? – não era possível ver sua expressão, mas pelo tom de voz dava para ter a certeza de que estaria rindo sarcasticamente por baixo daquele capuz. Miguel soltou Ikuto, indignado, inflando de irritação.

— Chega de brincadeiras, Matthew-san – Tadase rebateu, antes que Miguel tivesse a chance de responder. Com um movimento rápido, aprisionou Matthew dentro do Holy Crown, mas ele não se moveu da sua posição jogada no chão.

— Ah, se vocês vão brincar com eles antes, eu vou tentar pegar um daqueles trocinhos! – Ikuto pulou para longe, em direção à floresta. Às vezes, aquele senso apurado de justiça ou seja lá o que fosse que os pirralhos conservam o deixava irritado.

— Espera, eu vou também! – Kukai pulou em cima do seu skate, sobrevoando o local para alcançar Ikuto e os ovos, que deviam ter retornado ao seu esconderijo. Depois de ver os dois garotos sumirem pela floresta, Anna se aproximou cautelosamente da prisão criada por Tadase, com ar de curiosidade.

Hey… esse sotaque…– ela ponderou, hesitante – You speak English too, isn’t?

— Não fique tão perto dele, Lewis-san! – Tadase alertou, segurando Anna pelo cotovelo para impedi-la de avançar.

— Isso mesmo, ouça o que o seu Little Prince diz, honey, não deveria ficar perto de mim… – Matthew riu, divertindo-se mais do que devia com as reações dos guardiões em geral – But… yeah, you are right… i’m american. Na verdade… eu sou mestiço. Well, era isso o que você queria saber, my sweet baby? – ele riu mais uma vez, e provavelmente estaria piscando um olho para ela agora, se estivesse sem o manto que o cobria.

— Oh, entendo… - Anna assentiu, compreendendo a situação do vilão, e Tadase a colocou para trás de si, em uma posição defensiva.

— Pare de falar com ela! – ele sibilou, já cansado daquele tom de voz arrastado e dos apelidos que Matt dispensava tão facilmente – Diga, por que está nos perseguindo? Nós já sabemos que não trabalha para a Easter… então conte-nos logo, por que está aqui?

— Huu… vocês andaram fazendo o dever de casa, não é? – ele riu ironicamente, e sua voz soou deslocada por estar dentro daquela redoma dourada - Yeah, eu nem sei o que é essa tal de Easter que vocês tanto falam… eu sou só um stalker que estava passando por aí, só isso…

— No tenemos tiempo para tus juegos. – Stéffanie perder a pouca paciência que lhe restava – Deje de enrolação y diga sólo lo que quieres! – ela gritou, agitando a caneta que usava para escrever no ar. – Ou… yo posso fazer usted pasar por el peor tipo de tortura psicológica, revivir sus peores pesadelos, quer testar?– ela ameaçou sombriamente, com a caneta a postos para escrever no livro.

— Aah… A Queen está nervosinha, não está? O que foi? Não consegue mais parar de pensar nos beijos do seu valete? – Matthew mediu bem as palavras, usando o tom certo de voz.

Aquela frase acertou a espanhola em cheio, assim como ele esperava, e ela engasgou por alguns segundos. Nagihiko também entrou em choque, e parecia dividido entre esconder-se ou partir para cima daquele cara-de-pau e fazê-lo calar a boca de uma vez. Todos se entreolharam, alguns curiosos por saber como seria a reação dos dois envolvidos, e outros temerosos sobre o que mais Matthew teria espionado durante sua estadia.

N-no sé lo que quieres decir! – Stéffanie gaguejou, completamente vulnerável. Seu rosto estava queimando, e ela nem mesmo tinha firmeza para segurar os objetos em suas mãos.

— Ah, sabe sim, todos sabem… ou quem sabe ainda não, não é? Você já contou para os seus amigos da cena inesperada e ousada que protagonizou na beira do lago ontem? – Ele indagou facilmente, como se fosse algum amigo íntimo dela.

— Nee, do que você está falando? – Yaya foi a primeira a se aproximar, sentando bem ao lado da redoma de ouro regida pelo cetro de Tadase com visível interesse.

Él no está hablando de nada! – Stéffanie disse rapidamente, como se conseguisse camuflar seu nervosismo.

— Pare de ser enxerida Yaya!! – Nagihiko disse em uníssono com ela, numa tentativa inútil de fazer a ás se afastar.

Ah, my dear… são tantas as coisas que aconteceram nesse acampamento, eu nem saberia por onde começar a contar à você… - Matt disse displicentemente, gesticulando teatralmente com as mãos enquanto falava.

— Conte, conte logo para a Yaya!! – ela sentou bem perto do cárcere brilhante, olhando interessada para Matt.

— Pare de confraternizar com o inimigo, Yaya!! – Tadase a repreendeu, rigidamente.

Little Prince, Little Prince… - Matt balançou a cabeça, como se censurasse o comportamento do outro – Você não deveria fingir ser tão sério assim, não mesmo… não depois do que fez durante a noite, correto? Ah, e eu aqui pensando que você era o mais puro dentre todos, uma joia rara, a pérola perdida… Pelo jeito, você é ainda mais ousado do que o nosso Sir Ikuto…

What you are talking about? – Anna interviu, pronta para defender seu Prince Charming de quaisquer acusações. Matthew riu da inocência apresentada pela garota, e por um breve momento, hesitou antes de começar a contar o que queria.

— Ele não deve estar falando sobre nada, não dê ouvidos a ele, Lewis-san!! – Tadase clamou, sem poder sair de seu lugar, e nem mover o cetro que formava a prisão de Matt. Sabia que o que ele queria era desestabilizá-lo para se ver livre, e por isso mesmo, se manteve firme, não importando o quanto queria correr até Anna.

— Ora, ora, Little Prince… para que tanta preocupação! Você nem sabe o que a pequena Anna aqui pensa sobre isso! Talvez ela concorde com o que você quer, e da próxima vez, consinta…

— Não fale assim dela, seu covarde!!! – Tadase gritou, à beira da irritação. Anna se assustou, não acostumada a esse tipo de descontrole por parte do loiro, que era sempre tão brando e tranquilo.

— Sshh… você vai assustar ela! – Matt sussurrou, desaprovando Tadase, e então se voltou para Anna, que se encolhia logo á frente da redoma – O fato, An-chan… é que o seu tão adorado Prince Charming invadiu a barraca das meninas durante a noite! Sim, inacreditável, não é mesmo? E como se não bastasse isso, ele ainda tentou atacá-la!! – ele levou a mão ao rosto, encenando uma reação de pura surpresa – Eu realmente não acreditei quando vi isso… quem diria, o honrado e valoroso Hotori Tadase também tem seus momentos obscuros…

Prince Charming… - Anna baixou a voz, vacilante e um tanto amedrontada. Custava a acreditar nas palavras de Matthew, realmente não queria pensar daquela forma sobre Tadase, mas… ela realmente havia tido um sonho estranho enquanto dormia, e ele se encaixava perfeitamente com aquela história. – This is true?

— Não, Lewis-san! – Tadase a encarou diretamente, com aqueles olhos carmim que transbordavam sinceridade, e também um pouco de desespero nesse momento – Eu nunca faria isso com você! Eu realmente entrei na barraca, mas… f-foi por que eu pensei que você estava… me chamando… - ele corou levemente, mas continuou a se explicar, como se sua vida dependesse disso – E então, aconteceram um monte de coisas, eu acabei caindo e-em ci-cima de v-você… e… e... Foi tudo um mal-entendido!

— Mal-entendido nada, a Yaya tava lá e viu tud… - Yaya foi impedida de continuar seu discurso por Miguel, que tampou a boca da mais nova bem à tempo.

Really? – Anna ergueu os olhos, ajeitando os óculos na fonte do nariz. Claro que ela acreditaria em qualquer palavra que Tadase dissesse.

— Owwnn… agora ela vai dizer “Se for o Prince Charming, eu não me importaria…” – Matt fez o que ele julgava ser uma boa imitação da voz de Anna, enquanto juntava as mãos no peito de uma maneira sonhadora, e quase crível.

— Ei, por que você fica fazendo essas coisas?! – Miguel bradou, irritando-se com aquela pose debochada de Matt. Pessoas que não levavam nada a sério realmente o deixavam a beira de um ataque de nervos – Venha até aqui e lute como um homem, ao invés de ficar tentando vencer as pessoas usando contra elas os seus pontos fracos dessa forma covarde!

— Olha só, quem está falando sobre agir “como um homem”. Logo você… Micchan… tsc, eu não esperava ouvir esse discurso de alguém como você… - Matt arrastou ainda mais a sua voz rouca, dando especial ênfase ao apelido de Miguel – Mas devo admitir… você ficou uma gracinha com o vestido naquela noite! Quase invadi o acampamento só para te sequestrar… - Matthew riu alto, e sua gargalhada ecoou no espaço fechado que era a prisão do Holy Crown. Miguel deixou Yaya escapar de seus braços, enquanto encarava o outro garoto com incredulidade, raiva e vergonha misturados. – Realmente, eu bem desconfiava desse seu Chara Nari, tão provocante… - ele disse, e Miguel escondeu-se atrás da sua capa vermelha, tirando da visão a roupa apertada de couro que usava por baixo – Só não esperava que sua personalidade real fosse tãaaaao… espontânea… hahahahahahahahahahahah

— Ele realmente conseguiu atingir todo mundo mesmo… - Yaya exclamou, pasma, ao ver que Matthew sabia muito mais sobre todo mundo do que eles próprios, e ainda sabia usar essa informação individualmente sobre cada um. Como era possível que ele soubesse tanto?

— Chega de enrolação… - ele enfim se levantou de pé dentro do seu isolamento. Todos acompanharam seus movimentos com os olhos, e Tadase forçou ainda mais poder através do cetro, redobrando a camada dourada ao redor do garoto – My babies!! – Matt gritou, para ninguém em específico, mirando algum ponto do céu longínquo – Coming on! Vamos lutar!!! – assim que ele gritou isso, com seus braços abertos, uma nuvem negra se aproximou da clareira, vinda de longe, e fazendo sombra sobre o acampamento.

A nuvem se aproximava cada vez mais, até o ponto em que se podia distinguir cada uma das suas formas. Ela era inteiramente formada de batsu-tamas, é claro. Eles gritavam ainda mais estridentemente do que antes, avançando em alta velocidade para cima dos guardiões. Todos – com exceção de Yaya – estavam ainda perturbados com as revelações de Matthew, e Kukai e Ikuto ainda não haviam retornado da floresta. Os ovos os acertaram em cheio, com seus raios negros, mas não foi o bastante para fazê-los se machucarem. Tadase manteve firme a prisão ao redor de Matthew, apesar de ter caído de joelhos.

Yaya tentava atacar os ovos com seus patinhos de borracha, enquanto Stéffanie os paralisava com apenas algumas palavras escritas. Nagihiko desviava dos ataques aos pulos, driblando os ovos para dar tempo de Stéffanie os parar, e Anna desenhou uma personagem arqueira, que acertava alguns dos ovos com suas flechas. Eles estavam mantendo o controle, mas Matthew disse alguma coisa que fez a energia dos ovos dobrar de tamanho. Nesse momento, Kukai e Ikuto retornaram, e foram logo nocauteados, sem chance de resposta. Ikuto se ergueu, revidando os ataques com suas garras, e Kukai subiu novamente no skate, revoando o local até onde os outros estavam.

Os ovos progrediram, encurralando cada um dos guardiões. Ikuto estava lidando bem com os seus, mantendo-os afastados, e Nagihiko saltava sobre eles. Stéffanie fez aqueles que a rodeavam dormir, e então correu até Nagihiko, tentando ajuda-lo de alguma forma. Miguel os mantinha afastados com chicotadas bem postas, e tentava encurralá-los entre a clareira e o fim da colina. Yaya pulou para cima do skate voador de Kukai, subindo sobre as costas dele como um filhote de coala, ficando longe do alcance dos batsu-tamas. Anna tentou correr para longe do grupo particularmente grande de batsu-tamas que a cercavam. O seu desenho de ninja já havia se ido há tempos, e o de arqueira estava sendo amassado pelos ovos que davam investidas violentas, tentavam alcançar a desenhista. Anna tentou então desenhar uma colegial com uma katana, assim que a arqueira sumiu. Ela correu para cima dos ovos, atacando-os com intensidade, mas eles eram mais fortes, e a desmancharam, fazendo Anna cair no chão.

Tadase viu que os batsu-tamas alcançaram Anna, e a estavam atacando impiedosamente, enquanto ela estava no chão. Ele não aguentou ver aquilo, e Matt deixou escapar um sorriso de canto, quando o Rei desviou o cetro que vinha mantendo a prisão ativa para formar um escudo protetor ao redor da inglesa.

Depois disso, como se tivessem sido chamados por algum som inaudível, os ovos se dispersaram. Eles saíram voando pelo céu, entoando sua canção lamuriosa até sumirem no horizonte. Todos os que lutavam caíram de joelhos, exaustos. Tadase desfez o Holy Crown, correndo até Anna e ajudou-a a se levantar.

— Você está bem, Lewis-san?

Yes, i’ll be fine – ela respondeu, aceitando a mão que Tadase gentilmente oferecia, enquanto espanava a poeira da saia.

— Heeeeeiii, a Yaya tá machucada aqui!!! – a ás berrou, descendo das costas de Kukai – E o Tadase só fez Holy Crown para a Anna-tan, isso foi injusto!!!

Deja de quejarse, Yaya, al menos los huevos se ha ido! – Stéffanie replicou, cruzando os braços.

— Você se machucou aqui, Stéffanie… - Nagihiko notou, mostrando o cotovelo ralado e o corte na costela da Rainha – Vamos voltar para o acampamento e fazer um curativo…

N-no! No voy a dejar que me toques, idiota! – Stéffanie se desvencilhou do toque cuidadoso de Nagihiko, mas isso só fez seus machucados doerem mais ainda.

— Ei… vocês deveriam parar de brigar… ou namorar, ou o que seja… e olhar isso! – Ikuto apontou. O lugar onde antes Matthew estava preso, ficou completamente vazio, é claro.

— Gomenasai, minna-san… - Tadase se curvou ligeiramente – Eu desfiz o Holy Crown para poder ajudar a Lewis-san, então… a culpa é toda minha!

No, Prince Charming… It's my fault too, por não saber como defend myself... I’m so sorry… - Anna lamentou, em um tom choroso.

— Não importa de quem é a culpa, afinal – Miguel disse, ceticamente, com um semblante sério que não combinava em nada com aquela sua roupa chamativa do Chara Nari – O gajo conseguiu fugir, paciência… nós deveríamos dar uma olhada no acampamento dele, para tentar descobrir alguma coisa!

— Micchan tem razão! – Yaya bradou, mais ansiosa pela investigação do que por qualquer outra coisa. Ela adorava futricar nas coisas dos outros.

Eles se dividiram, procurando por coisas que pudessem colocar alguma luz naquele caso aparentemente sem solução. Ikuto, Tadase e Stéffanie foram juntando as filmagens e gravações que Matthew juntou sobre eles, enquanto Anna desenhou um cão farejador, para procurar por pistas que pudessem estar ocultas. Kukai sobrevoou a clareira, tentando ver para onde Matt e os batsu-tamas tinham fugido, e Miguel e Yaya entraram na barraca, procurando por mais coisas.

— Ei, vocês precisam ver isso! – Miguel chamou, depois de quase meia hora de procura.

— Olha só o que a Yaya encontrou!! – ela gritou, orgulhosa de si mesma, embora tivesse sido Miguel o único a procurar realmente alguma coisa ali dentro, já que ela ficava apenas revirando tudo.

Todos se colocaram na entrada da barraca, e viram Miguel mostrar uma pequena caixa negra. Ele abriu a caixa, e dentro dela havia um batsu-tama, completamente enfraquecido, envolto em energia negra.

Por qué ele ia querer guardar un solo huevo-X, con todos los demás a luchar? – Stéffanie intrigou-se, aproximando-se mais para observar o ovo de perto.

Deve ser the egg of his heart, does not it? – Anna sugeriu, sentindo pena do pequenino ovo negro, que parecia ter dificuldades de respirar naquele momento, embora ninguém soubesse se X-tamas realmente respirassem ou qualquer coisa assim.

— Bom… vamos apreendê-lo por enquanto… - Tadase anunciou, finalmente vendo algum resultado naquele acampamento. Miguel voltou a fechar a caixa, guardando-a, enquanto preparava-se para sair da barraca. Mas antes de se esgueirar para fora, seu joelho pinicou em alguma coisa ríspida. Ele se abaixou, tentando ver o que era, e encontrou um medalhão velho, desgastado pelo tempo. Tentou abrí-lo, mas ele parecia emperrado.

— Ei, Micchan, nós estamos voltando, você não vem? – ouviu o chamado agudo de Yaya.

— Sim, estou indo! – respondeu, correndo para fora. Guardou o medalhão seguro na sua mão, decidido a mantê-lo para si. Estava curioso sobre isso, e sobre muitas outras coisas que envolviam aquele Matthew. E não conseguiria dormir sossegado até que descobrisse o que era esse sentimento de inquietação que sempre o envolvia quando se tratava dele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Shiroyuki deeesu~~~
Acho que não tenho muito o que comentar... Eu adorei escrever as cenas de luta hohohooh~ foi divertido *u* E ainda mais lutas estão para vir, somente aguardem~ espero que tenham gostado dessa parte de ação, por que eu sou completamente ameba nessas coisas...
Bom, acho que era isso... onegai, deixem reviews dizendo o que acharam *--*
bye byye o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Revenge" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.