POV ROSALIE

What doesn't kill you makes you...

Haviam se passado duas semanas desde o nosso retorno a Forks. Não havíamos conseguido ficar a sós com os Cullens – o que havia sim me irritado bastante – por causa das vadiazinhas das Denali, mas, tirando isso o plano corria super bem. Katherine estava terminando com os preparativos para uma bomba que, segundo ela, iria prejudicar a cidade toda.

Os alunos de Forks High estavam receosos, temiam que algo de ruim lhes acontecesse e eu estava adorando isso. Afinal, é com tiros pela culatra que a história fica boa. Não é mesmo? É igual jogar boliche; não basta derrubar um pino, tem que derrubar os demais também! 

Sorri com tal pensamento. Estava sozinha na sala de aula, terminando de arrumar minhas coisas quando eleapareceu.

– Rosalie... – isso ia ser divertido. Decididamente.

Virei-me para encarar o cretino. Tinha um sorriso malicioso estampado nos lábios. Retribui o sorriso e fiquei a ponderar sobre o próximo passo. Atacá-lo seria uma má ideia, definitivamente. Melhor... Bem, melhor seria fingir jogar o jogo dele.

– Emmett... – exclamei, exibindo um sorriso que de tão artificial que era, chegava a ser verdadeiro.

Acha que você me deixou machucada
Acha que eu voltaria correndo
Querido, você não me conhece, porque você está absolutamente errado.

– Você mudou – dissera ele, aproximando-se de mim a passos cautelosos. Para minha alegria, eu não podia dizer o mesmo.

– E você ficou mais bonito – exclamei, sentando-me na mesa do professor. Ele desviara os olhos para minhas pernas... É definitivamente isso vai ser mais fácil do que eu pensei.

Homens!

Ele suspirou fundo; os olhos ainda em minhas pernas.

– Você também – ele estava rouco de desejo e eu completamente impaciente. Que furada, Rosalie! Eu deveria tê-lo atacado, não o contrário. Mas, dane-se... Isso aqui é ping-pong; um bate de um lado e o outro tende revidar. É isso – Vai ao baile de boas-vindas? – perguntou, com a sobrancelha arqueada. 

Não é que o atrevido teve a cara de pau de colocar uma de suas mãos, em cima da minha perna cruzada? Sorri falsamente.

– Não sei... Por que a pergunta? – indaguei, mexendo em meus cabelos. 

– Ah, não sei... Eu pensei que talvez... – o interrompi fria.

– Que eu iria querer ir com você? – eu ri debochada – Por favor, né Cullen! – pulei da mesa – Eu tenho um pretendente melhor que você – dei uma piscadinha e em seguida saí da sala, deixando-o completamente só.

Pude ouvi-lo socar a mesa com força. Eu ri. Ah, sim, agora os jogos começam.

[...]

Quando cheguei em casa, para minha surpresa, minhas irmãs e Kath já estavam se arrumando. Joguei minha mochila no sofá e fui em direção à cozinha, onde encontrava-se Dorota.

– Hey, Dorota-san! – sorri docilmente. Dorota era um amor de pessoa. Ela trabalhava para os meus pais desde quando éramos pobres e, ela nunca nos abandonou tampouco nos feriu. Ela era como uma tia para mim e minhas irmãs; querida, protetora e sarcástica (como não podia deixar de ser) – Tudo bem? – perguntei enquanto procurava por algo de comestível na geladeira.

Ela suspirou.

– Ah, bem, na medida do possível – respondera ela desconfiada – E por que esse bom-humor, hein Rosalie? Até ontem você estava quase morta e... – eu a interrompi, sorridente.

– É que o universo está conspirando ao meu favor! – sorri – E depois a vida é curta demais para se deixar levar por sentimentos negativos... Bem – disse enquanto mordia um pedaço de maçã – Tenho que me trocar. Até mais tarde! – exclamei enquanto dava-lhe as costas e andava em direção as escadas.

– Isso está muito estranho – pude escutá-la murmurar.

Eu não sou uma pessoa
com alguma simpatia
Veja...
O que vai, volta.

 O baile começaria as nove e, agora já eram oito e meia. Katherine, como já era de se esperar, estava impaciente com nossa demora.

– Nós vamos chegar atrasadas! – exclamou, aborrecida.

– E daí? – Bella arqueou a sobrancelha e sorriu – Que graça tem chegar cedo numa festa? O lance é – pigarreou – chegar atrasada e causar reações nas pessoas...

– Tipo – continuou Alice – que graça tem chegar cedo antes de todo mundo? A festa só começa, quando as Bads chegam!

Nós quatro rimos e em seguida começamos a nos arrumar. Modéstia a parte, estávamos deliciosamente perfeitas. De tal modo que irá fazer deste baile, algo inesquecível.

– Só uma perguntinha... – começou Katherine, num tom carregado de malicia – E quanto ao stripper? – perguntou, com uma sobrancelha arqueada.

Eu e minhas irmãs rimos.

Fim do Capítulo.