Procuro Um Namorado! escrita por StardustWink


Capítulo 2
Tentativa 2: Nova mensagem!


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa~ Primeiro de tudo, gostaria de agradecer aos lindos que comentaram, seguiram, favoritaram, tudo isso. *-* E logo tantos no primeiro capítulo,me deixaram super feliz! Tão feliz, que me empolguei e terminei logo esse capítulo.
Bom, assim como o primeiro, esse capítulo tá mais voltado para apresentação de personagens e o início da trama. Mesmo assim, eu consegui colocar umas coisas fofinhas nele. :3 Sem mais espera, aqui vai o cap.



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É engraçado como as coincidências acontecem na vida. Você começa mais um dia normal como todos os outros quando de repente... Algo tão incrível e inesperado acontece que seu dia vira de cabeça para baixo.

Foi exatamente isso o que Juvia Loxar sentiu ao descobrir que seu novo parceiro de trabalho era o antigo amor de sua vida, Gray Fullbuster.

Tinha começado como uma manhã comum. Passara no café de sempre para comer alguma coisa, comprara algumas flores para o vaso da sala dos funcionários, e se dirigira em seguida para a costa.

Ela sempre sonhara em trabalhar na água. Lá, sentia-se livre; como um mundo inteiramente novo daquele em que ela vivia. Se pudesse, compraria uma casa em frente ao mar e não sairia de lá nunca.

Mas, por enquanto, só um emprego no Aquário da cidade era suficiente para ela. Como bióloga marinha, podia cuidar dos animais e ficar perto da água ao mesmo tempo, como queria. Ver o sorriso das pessoas que visitavam o lugar era o que a deixava mais contente.

E sua vida sempre fora normal... Até aquele dia.

Então, ao ver aquele rosto estranhamente familiar, três reações convenientemente se seguiram.

Corar até as orelhas e abrir e fechar a boca várias vezes? Checado. Tentar falar algo, mas apenas gaguejar palavras incompreensíveis? Checado. Correr que nem uma desesperada até o toalete mais próximo e se trancar lá dentro? Checado!

...Pensando bem, ela não deveria ter feito a última.

Rapidamente, enfiou a mão na bolsa que usava, procurando algo em especial... Ahá! Pegou o celular e discou um número que já sabia de cor. De uma pessoa que poderia contar a todas as horas, um amigo verdadeiro!

- O que você quer?

Tá bom, ele era um pouco rude.

- Gajeel! - Ela exclamou, interrompendo-o. - Ele está aqui! No meu trabalho, com o mesmo uniforme que eu!

- Ele quem? - A voz perguntou, impaciente. - O cara que foi consertar seu encanamento semana passada?

- Gray! - Juvia pigarreou. -O-o garoto que eu amava desde o oitavo ano, lembra? Eu ia me declarar para ele no dia da formatura, mas aí...

- Você caiu em cima do ponche e pagou o maior mico da sua vida, já entendi. - O homem bufou, encarando o relógio da cabeceira da cama. - Você me acordou às oito da manhã para me contar isso?

- Mas...! - Ela estava frenética, já com uma escova nas suas cascatas azuis tentando ajeitá-las. - O que eu faço? Falo com ele? Pretendo não conhecê-lo? Juvia está confusa!

- Só não fale em terceira pessoa outra vez, por favor. - O moreno resmungou, afundando a cabeça no travesseiro. Passou uma das mãos pela testa. - Fica calma, mulher. Você não iria encontrar ele do mesmo jeito na reunião de turma?

- Eu sei, mas... - A bióloga choramingou, saindo da cabine e se olhando no espelho. - Eu pretendia me arrumar tanto! Essa cor de verde petróleo do uniforme é horrível...

- Juvia. - A voz grave soou pelo aparelho. - Eu vou voltar a dormir agora. Não me ligue por algo estúpido outra vez, ouviu?

- Gajeel, espera-

O som repetido do celular indicava a uma ligação finalizada. A azulada arfou, guardando-o dentro da bolsa e se olhando outra vez. Ótimo. Com outro suspiro, destrancou a porta do banheiro e deu um passo.

Vamos lá, controle-se. Vai ficar tudo bem! Repetiu isso em sua mente, forçando um sorriso largo e dirigindo-se pelo lugar que ia antes. Encontrou Gray na mesma posição, conversando com sua chefa e mais um funcionário, que ela também reconheceu na hora.

- Ah, Juvia! - O rapaz de mechas brancas chamou-a, parecendo preocupado. - O que houve? Você saiu correndo sem mais nem menos...  

- E-eu tive um... Problema. É, um problema. - Esforçando-se para manter a calma, ela tomou passadas largas até onde eles estavam. - Mas, err... Onde é que estávamos?  

- Ah, claro. - A mulher, Sherry, respondeu por ele. - Este aqui será seu novo assistente.

- Quê? - Sua mente tinha ficado como um turbilhão, seus pensamentos esparramados para todos os lados. O que estava acontecendo, afinal?

- Bom, você disse que estava precisando de ajuda para alimentar os animais, então eu deixei um pedido lá na frente. - A mulher, com uma gota, continuou. - E ele se apresentou ontem, logo depois que você saiu.

- Ah... - Isso fazia sentido. Mas ainda era confuso demais para a pobre cabeça dela. O moreno, antes calado, achou que esse era o momento certo para se pronunciar. Juvia voltou-se para ele no mesmo instante, seu rosto corando num tom leve de rosa quando seus olhares se cruzaram.

- É um prazer. - O moreno estendeu uma mão, sorrindo. - Meu nome é Gray Fullbuster. Qual é o seu?

- J-juvia. Juvia Loxar. - Murmurou, envergonhada. Fitou-o por um momento, enquanto a expressão dele variava de dúvida para reconhecimento.

- Ah! Nós já estudamos juntos! - Seu rosto se iluminou, e o dela também. Ele se lembrava dela? De todas as suas tentativas de falar com ele, de quando entregou uma toalha para ele depois da partida de basquete no 1º ano?

Juvia assentiu, os olhos brilhando.

Talvez ele também gostasse dela, e fosse tímido demais para se declarar? E ambos poderiam recomeçar do zero, juntos sob a luz do fim de tarde com golfinhos pulando ao fundo e as distâncias diminuindo, só restando milímetros até seus lábios se tocarem-

- Você é a garota da chuva! A que tomou chuva de ponche na festa da formatura, né? - Gray riu, lembrando-se daquela cena.

Ela corou escarlate, e seus olhos marejaram. E, pela segunda vez no mesmo dia, sua vida fez um loop de 360 graus antes de despencar com tudo no chão.

- JUVIA ESTÁ COM VERGONHAAAAA! - Dito isso, saiu correndo para o banheiro novamente aos olhares de todos os funcionários.

Nada podia ser pior do que aquilo.

---- x ----

Uma aspirante à escritora andava apressada pela rua, com as maçãs do rosto num tom leve de vermelho. Vestia uma calça jeans preta colada ao corpo e uma blusa vermelha com bordas largas que caía pelos seus ombros. Também usava um pingente dourado de chave, presente antigo de sua mãe.

Mas nada disso era importante agora. Na verdade, a obrigação do momento era saber por que exatamente ela estava assim tão alterada. E foi o que Levy tentou descobrir, assim que a viu chegando até a porta da biblioteca.

- Lucy? Que houve? - Perguntou, notando a expressão da outra.

Não dando resposta alguma, a loira puxou-a pela porta do estabelecimento já fechado e voltou-se para ela, um pouco aflita.

- O que você fez comigo, Levy? - Ela choramingou, colocando a mão no rosto.

- Fiz o que? Do que você tá falando, garota? - A bibliotecária não estava entendendo bulhufas. Para explicar melhor, Lucy apontou para o seu rosto.

- Eu fiquei completamente maluca por causa das suas implicâncias de ontem. - Repetiu as palavras com força, bufando.

- ...Aconteceu alguma coisa ontem?

- Não, não aconteceu nada! Mas... - Ela balbuciou, corando novamente. - Foi estranho. Eu passei a noite inteira vendo filmes normalmente com o Natsu, mas hoje quando fomos nos despedir...

Estavam parados em frente à porta da casa, numa conversa sobre coisas idiotas. Se Lucy lembrava direito, era algo sobre a diferença entre dinossauros e lagartos gigantes. A loira olhou novamente para o relógio, percebendo faltar apenas uma hora até o passeio marcado com a amiga.

- Acho que já vou indo. - Comentou, sorrindo.

- Já? - Ele fez uma carinha desapontada, o que a fez rir um pouco. Aquele garoto não mudava nunca.

- Já. Marquei de sair com a Levy hoje. E você sabe como ela é, odeia quando eu me atraso. - Lucy deu de ombros, ajeitando as mechas loiras.

-...Tudo bem, então. - Ele disse, retribuindo por fim o sorriso dela e mostrando os caninos pontudos. - Sexta que vem nos encontramos, né?

- Sim! Mas sem filmes de terror dessa vez, entendido? - Bufou, cruzando os braços. Tivera de se esconder debaixo dos cobertores e acabou sendo arranhada por Happy - gato e melhor amigo de Natsu - por tê-lo apertado muito durante uma das cenas.

- Tá bom, estranha. - Ele deu uma risada baixa, e se aproximou. A loira se assustou um pouco com a pouca distância, segurando a respiração. O que estava acontecendo? Ele chegou mais perto ainda, enlaçando-a pela cintura...

Para envolvê-la num abraço. Claro, o que ela estava esperando? Não tinha nada de especial, se abraçavam bastante por serem melhores amigos, mas aquele tinha algo de estranho. Tanto que suas bochechas coraram e pôde sentir o coração dar saltos e piruetas quando o sentiu se aproximar de seu ouvido.

- Até mais, Lucy. - Ele despediu-se, brincando. Ao invés de ganhar uma resposta usual e talvez um soco nos ombros pela proximidade exagerada - Natsu parecia não saber o significado de espaço pessoal -, a loira o encarou estupefata por uns dois minutos.

Depois disso, ela correu como uma louca pela rua deixando o pobre jovem parado na calçada. E o pior nisso tudo é que eles eram vizinhos, e Lucy teria certeza que ele se infiltraria em seu quarto mais tarde para perguntar o que diabos fora aquilo.

A bibliotecária a encarou, não evitando a risada que soltou em seguida. Lucy a metralhou com os olhos, arfando.

- Não é engraçado! Como isso foi acontecer logo comigo? - Ela cruzou os braços. - Será que eu tô doente ou coisa assim?

- Srta Heartfillia, acho que o nome dessa doença é paixonite aguda. - A azulada provocou, com um sorriso malicioso. A loira corou com isso, desviando o olhar.

- Tá mais para burrice, mesmo. - Deu um suspiro longo, e abriu um sorriso. - Mudando de assunto... Podemos ir?

- Estava só te esperando. - Levy riu, puxando a bolsa do balcão. Ambas saíram então da biblioteca, a azulada não se esquecendo de trancar a porta.

- Táxi ou ônibus?

- Táxi, o ponto tá longe. - E assim foi. As duas se acomodaram dentro do veículo, já planejando o que comprariam quando chegassem ao tal lugar. Entre as conversas, Lucy acabou tocando no assunto Magnolia.

- Deu uma olhada lá, pelo menos? - A escritora encarou-a, curiosa.

- Sim, Lu. Não achei nada de interessante. - Respondeu, erguendo as sobrancelhas. - Aliás, qual foi de colocar o meu nome como ‘scriptfairy’? Não uso isso a, sei lá, uns cinco anos?

- Ora, vamos, Levy! - Heartfillia sorriu de volta. - É um nick tão fofinho. Lembra quando o usava no colegial para-

- Tá, eu me lembro disso. - Bufou, se ajeitando na cadeira. - O que eu quis dizer foi: Por que usar algo assim num site de relacionamentos? Já parou para pensar o quão embaraçoso seria se alguém do colegial me reconhecesse por ele lá?

- Qual o problema, garota? - Lucy perguntou.

- Não quero que achem que estou desesperada!

- De novo com essa? - A loira continuaria a falar, se não percebesse que estavam na porta do shopping. - Ah, é aqui! Vamos, tenho muita coisa para comprar hoje.

Saltaram do veículo, pagaram e puseram-se a passear pelo lugar, entrando em praticamente todas as lojas. Lucy já estava com umas três sacolas diferentes quando chegaram na Heart Kreux, loja favorita de uma tal Heartfillia.

- Aah! Dá uma olhada nesses cintos novos! - A loira tinha brilhos nos olhos, cheia de roupas nas mãos para experimentar. Levy estava checando algumas blusas quando sentiu um tecido alojar-se na sua cabeça.

- Quê? - Pegou-o. Era um vestidinho curto, dos quais ela normalmente nunca usaria, de um tom de roxo com preto. Olhou para trás e encarou sua amiga, que sorria.

- Prova esse, Levy! - Ela pediu, sorrindo. Só faltou a azulada soltar faísca pelos olhos.

- Lu, esse vestido nunca! -A pequena arfou. - Você viu o comprimento dessa coisa? Não, nunca que eu uso isso!

- Ora, vamos. - Lucy fez bico. - Você tem pernas lindas, e uma cintura ainda melhor! Do que adianta ficar se escondendo?

- Mas eu...

- E além disso, - Ela interveio, apontando o dedo indicador para o rosto da azulada. - Você pode usar isso no re-en-con-tro~

Levy a encarou. E encarou. E franziu a testa, encarando mais.

- Não.

- Por quê? - Quis saber a loira.

- Do que adianta usar isso? Não é o meu estilo!

- Tem certeza? Eu acho que essas cores ficariam ótimas em você, garota. - Lucy protestou, aborrecida. Ter uma amiga como aquela ainda seria a perdição de Levy... Ou pelo menos de seu amado dinheirinho. - Pelo menos prove o vestido, depois conversamos.

- Tudo bem. - Ela cedeu, o que resultou em pulinhos de alegria vindos de Lucy. Relutante, levou o vestido para o provador e entrou, sendo seguida pela loira e por uma funcionária da loja que as duas já conheciam muito bem.

Peça de roupa vestida, ela encarou-se no espelho do provador. Ela estava... Diferente. Mais adulta, talvez. A parte justa um pouco acima da cintura realçava suas curvas, e a alça única do vestido disfarçava a falta de busto.

Tinha ficado... Perfeito!

- E então, Levy? - Pôde ouvir a voz de Lucy abafada pelas cortinas do provador. Hesitante, saiu do cubículo, sendo recebida por arquejos das mulheres ali presentes.

- Garota, você está... - A escritora começou, com a mão na boca. - Ficou incrível! Por favor, diga que você vai levar.

- ... Pode ser. - Sorriu, se olhando novamente. Até que o vestido não era tão ruim. Podia usá-lo ao seu favor na tal reunião.

- Agora que já se decidiram nesse... - A atendente, uma mulher de mechas verdes, comentou. - Que tal provar os que tem aí, Lucy?

- Vou sim, Bisca! - Ela riu, entrando pelo provador ao lado do da azulada. Levy sorriu, indo trocar de roupa novamente. Aquela garota não mudava mesmo, não é...

Terminadas as compras - e Levy jurava que sua melhor amiga tinha comprado a metade daquele shopping só em coisas -, as duas decidiram passar por um café ali perto, lugar já familiar para aquelas duas tanto como os outros que conheciam.

Ambas não sabiam direito o que tinha de tão especial naquele singelo lugar que tanto adoravam. Talvez fossem os bolos, feitos com perfeição e que te deixavam com água na boca só de pensar. Talvez fosse a decoração, digna de uma casinha de fada.

Provavelmente, era por causa da garçonete ruiva e seu noivo cozinheiro, donos daquela confeitaria.

Não fora muita surpresa a notícia do noivado. Lucy duvidara que aqueles dois resistissem à tentação de ficar ainda mais unidos do que já estavam. Porém, demoraram a se acostumar com a ideia de Erza e Jellal construindo um café juntos e, além disso, um que fizesse sucesso.

Mas como a vida é uma caixinha de surpresas, lá estavam elas sentadas numa das mesas do lugar lotado, procurando por um borrão de vermelho dentre os outros funcionários do lugar.

- Erza! - Levy a achou primeiro. E lá estava ela, deslizando pelo piso com uma graciosidade que nunca teria antigamente, quando era presidente do conselho estudantil e conhecida como Titania, a rainha das fadas.

Que era só apelido, por sinal. De fada mesmo, ela não tinha nada.

- Boa tarde. - A ruiva cumprimentou-as sorrindo, contente por vê-las ali. - Faz tempo que não me visitam por aqui. Estavam fazendo compras?

- É, a nova coleção da Heart Kreux está maravilhosa! Você já foi lá, não é Erza? - Lucy uniu as mãos, animada.

- Claro! Jellal até brigou comigo por gastar tanto dinheiro depois. - Ela fez bico, um pouco emburrada. Ela não se importaria de ser criticada por outros, mas sempre se aborrecia quando o assunto era ele. - Mas o que eu posso fazer? As roupas de lá são perfeitas.

Se existia alguém que amasse mais aquela loja do que a Lucy, definitivamente era ela.

- Eu posso imaginar isso. - A pequena azulada comentou, com uma gota. - Mas e aí? Vejo que tem muito mais clientes por aqui agora!

- E mais pessoas trabalhando também. Está ficando bem animado por aqui. - Ela respondeu, orgulhosa. - Só não está melhor porque Jellal discordou para a minha ideia de uniforme. Mas orelhas de gato cairiam tão bem nele...

Scarlet também tinha umas ideias estranhas para visuais. Tinham descoberto isso na véspera do primeiro encontro dela com o futuro noivo, em que a garota apareceu do provador com um macacão gigante preto super justo e uma camélia no cabelo “para combinar”.

Levy jurava que ainda tinha pesadelos com isso às vezes.

- Enfim, o que vão querer? - A ruiva perguntou, retirando o caderninho de notas do bolso do avental. - Eu recomendo a torta de morango. Ou o crepe com morango e chocolate, também temos o mousse de morango, ou talvez...

- Eu só quero um capuccino. - A bibliotecária interrompeu-a, com uma gota. - E... Acho que um daqueles croissants de queijo que eu tanto amo. Pode ser?

A ruiva anotou o pedido sem falar nada, e virou para a loira esperançosa. Lucy suspirou.

- Tá, eu quero essa torta de morango. E me traz também um copo de suco de maracujá, por favor.

- É para já! - Scarlet, agora sorridente, dirigiu-se à cozinha num piscar de olhos. As duas a encararam, já sabendo o que ia acontecer em seguida.

- Você sabe que não vai comer essa torta, certo? - A bibliotecária a informou, olhando para a o balcão da confeitaria.

- Sei. - Foi a resposta que teve.

Realmente, não demorou muito para a garota voltar, pedidos na bandeja e um pedaço gigante de torta. Seguido após por uma voz já familiar para as duas moças há bastante tempo, também.

- Erza, você roubou torta daqui outra vez?

É, o vício daquela mulher por morango não acabaria assim tão cedo.

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Já tinham terminado o lanche, apenas conversando por um tempo enquanto sua amiga de escola atendia outros clientes. Lucy digitava algo no celular enquanto a azulada comentava distraidamente sobre um livro que terminara de ler há uns dias atrás. Tudo normal, até que...

- Levy! - Ela levantou os olhos. - Você recebeu uma mensagem!

- Eh? - Arqueou uma sobrancelha, não entendendo. - Onde? Do que você tá falando, Lu?

- Aqui, ó! - Estendeu a tela do celular para a outra, que tentou ver do que se tratava. A imagem era do tal site que ela tinha se inscrito ontem e, surpreendentemente, um ponto de exclamação anteposto por um “1” seguia-se ao lado de um ícone de envelope.

- Quem é? - Chegou perto, pegando o aparelho nas mãos e, curiosa, clicando na opção. Uma janela de chat se abriu, em que um usuário um tanto estranho digitara alguma coisa.

Ironfist♥cats:

Olá! Vi que você e eu temos coisas em comum, então queria saber se aceita conversar comigo?

- Quem... Coloca um nick assim num site de relacionamentos? - Lucy perguntou, espiando pela tela pequena do aparelho.

- Não sei. - Levy arqueou uma sobrancelha. - Será que eu posso apagar?

- Não, espera! - A escritora roubou o celular das mãos da outra, futucando as teclas a abrindo um sorriso. - Olha! Esse cara tem vinte e três anos, tá terminando a faculdade de engenharia, toca guitarra... Ele até gosta da sua banda favorita!

- Gosta? - Dessa vez até Levy se surpreendeu um pouco. - Mas eu pensei que ninguém a conhecia, é rock alternativo e-

- E ele também ama gatos. - Adicionou. - É perfeito! Vamos, Levy, conversa um pouco com ele, não tem nada de mais...

- Não sei... - Olhou para a foto de perfil: Um gatinho preto encarando a câmera. Devia ser o que ele dizia ter? Não sabia direito. - Mas... Vou pensar sobre isso.

- Ok! Quero saber as novidades depois! - Lucy pareceu satisfeita, sorrindo antes de guardar novamente o celular. - E então, vamos? Já escureceu, até.

- Claro. - A garota concordou, se levantando. Não sabia direito quem seria o estranho, mas teve a leve impressão de que algo grande aconteceria no futuro. Algo que a mudaria... Ou talvez, mudaria a alguém.

Mal sabia ela que estava terrivelmente certa.

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Notas finais do capítulo

Acho que já perceberam a minha necessidade de colocar finais dramáticos. Prometo que pararei de fazer isso ;w; Enfim, tenho poucas coisas a apontar no capítulo. A flor que eu mencionei, camélia, significa virtude despretensiosa e beleza perfeita na linguagem das flores. Achei que combinaria bastante com a Erza, então a usei.
Outra coisa que quero deixar aqui: Eu meio que tenho um headcanon do Gajeel se dar bem com a Juvia. Tipo, muito bem. Não só por terem sido da mesma gangue, mas por ela o ter chamado para entrar. Então eu coloquei eles cmo bons amigos na fic. :3 O que acharam?
Bom, vejo vocês no próximo! Deixem reviews, por favor? ♥