The Worst Thing escrita por Unna Laufeyson


Capítulo 3
Bem-vindo ao lar


Notas iniciais do capítulo

Continuando...



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Os médicos não souberam explicar a ausência de sua memória, mas receitaram a Tom alguns medicamentos para as dores físicas que estava a sentir e recomendaram que ele descansasse bastante, já que não precisava ser especialista para notar seu estado de exaustão.

Rose não o deixou. Quando ele lhe indagou sobre isso, ela apenas sorriu e disse que era domingo e não tinha mais nada de bom para fazer, na verdade, e quando ele recebeu alta do hospital, ela o chamou para ficar em sua própria casa, já que aparentemente ele não tinha nenhuma no momento.

-Por que está fazendo isso por mim? - questionou ele, sinceramente, enquanto ela dirigia pelo caminho que os levaria até sua casa num dos subúrbios londrinos. - As pessoas que vivem com você não irão se incomodar com minha presença?

- Relaxa, Tom. Tenho um quarto vazio em casa e você pode ficar nele. Além do mais, não acho que você vá tentar fazer alguma coisa comigo, sabe. E se você tentar, meu irmão mede quase dois metros e é halterofilista profissional, só para constar.

Tom realmente não entendeu o que ela quis dizer com isso, então encolheu os ombros e concordou.

Quando ela estacionou na frente de uma casa branca de dois andares, ele soube que haviam chegado.

Na frente do imóvel, apenas pela rápida descrição que Rose lhe dera, ele reconheceu seu irmão. Ele era realmente alto, como ela dissera. O cabelo curto ao estilo dos soldados era tão louro quanto o dela. Só que ele era uma montanha de músculos, e eles estavam ameaçadoramente visíveis na camisa muito colada que usava enquanto estava na varanda.

- Rose – cumprimentou-a o grandalhão. – Quem é ele?

- Esse é o Tom, Heath. Espero que não se importe que ele passe um tempo com a gente. Ele não tem para onde ir e, bem, eu quase o atropelei enquanto voltava para casa.

- Como é que é? Você está trazendo um estranho para dentro de casa? Ficou louca?

- Hey, calma ai, grandão. Eu me responsabilizo, está bem? Não tenho culpa se o cara não sabe nem quem ele é...

Tom observava a cena inquieto.

- Eu não quero atrapalhar – disse ele. – Rose, eu estou indo embora. Obrigada pela ajuda.

- Não, não. Fique ai mesmo. Quero dizer, pode entrar. Fique à vontade. Eu lido com o Heath.

- Não fale de mim como se eu não estivesse aqui! – O irmão grandão dela exclamou.

Tom apenas a obedeceu e entrou.

Por dentro, a casa era bem organizada e espaçosa. Sem saber o que fazer, Tom ficou de pé ao lado da grande lareira apagada, que um dos poucos móveis familiares no ambiente limpo. Muitos objetos estavam espalhados pelo lugar, coisas que ele não sabia nem ao menos identificar o que era. Seria isso um efeito de sua falta de lembranças? O médico no hospital dissera que era possível que a memória lhe retornasse pouco a pouco com o tempo...

Depois do que pareceu muito tempo, Rose adentrou na casa, seguida por um Heath de cara fechada, que olhou ameaçadoramente para Tom e subiu a escada, desapareceu de vista.

- Não ligue para ele – disse ela a Tom. – Vem, vou mostrar seu quarto.

Ela o puxou pela mão e o conduziu escada à cima, depois para o último quarto do corredor, completamente mobiliado. Um quarto para hóspedes.

- Você pode ficar aqui por enquanto. Heath concordou que você pode ficar se não se mostrar um psicopata.

Ela riu e Tom se perguntou o que o termo queria dizer.

- Mas ele quer que você seja útil – acrescentou Rose -, então acho que amanhã vou levá-lo até meu trabalho, estamos precisando de gente lá, e acho que podem aceitar você.

- Obrigada, Rose. Você é muito boa.

Era corou. Seu rosto branco ficou tingido de vermelho.

- É bom saber que estou ajudando, apenas isso. – Apontou para o relógio na parece ao lado da cama. – Quando forem oito horas, desça que o jantar estará pronto. Enquanto isso descanse.

Ele assentiu ao olhar para o estranho objeto que ela apontara. Tinha quase certeza que nunca vira uma coisa como aquela antes, mas como podia saber?

- Bem-vindo ao lar – ela disse. E então o deixou sozinho, fechando a porta ao sair.

Tom sentou-se na cama macia. Depois se deitou, não resistindo à maciez do móvel. Tentou se lembrar, mas era a mesma coisa de tentar enxergar num lugar desprovido de toda e qualquer luz.


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Notas finais do capítulo

Será que vai ou não vai conseguir o emprego com Rose???



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