Por Trás Do Amor De Uma Fã escrita por JulianaDramaQueen
Notas iniciais do capítulo
mais um capitulo........pelo titulo vcs teram a noção sobre o qe é o capitulo.....algumas leitoras minhas são bem espertinhas kkkk....tem o primeiro POV da Julie na fic...espero q gostem......boa leitura
POV Narradora
Daniel e Julie estavam finalmente frente a frente. Daniel esperava ansiosamente para que Julie começasse falar. Algo dentro dele tinha certeza que ainda podia confiar nela. Ele ainda estava apaixonado por ela e ela por ele... Mas isso ele ainda não sabia. E ela também não sabia que ele estava apaixonado.
Julie não sabia o que falar e ficava olhando para qualquer coisa a sua volta naquele pequeno escritório, enquanto brincava com algumas folhas em cima da mesa. Daniel respirou fundo e contou mentalmente até 10. Ele não queria se irritar com a garota que ele gosta e ele esperaria para ouvir a explicação dela o tempo que precisasse.
- E então? Eu estou esperando você falar. Não vai falar nada. – Daniel disse.
- Ééé... Então... Você lembra da história que eu te contei? Naquele dia no seu quarto do hotel?
Daniel franziu as sobrancelhas parecendo pensar e se lembrar de algo.
- Lembro sim. Por quê?
- Então... Porque aquela história é quase verdadeira. Não totalmente verdadeira.
- Entendo. – Daniel pausou. Ajeitou-se meio desconfortável na cadeira. – O que os seus pais te fizeram? E por que te obrigam a fazer o que você não quer?
Julie respirou e sorriu tristemente. – Éé... Isso é uma das partes da história que não é totalmente verdadeira.
- Como assim? – Daniel perguntou com uma expressão confusa.
- É que os meus pais... Não são meus pais. – pausou e Daniel a olhou, ainda mais confuso. – Eles se chamam Demétrius e Leona. Eles eram amigos desde a época da escola. Acabaram se apaixonando e começaram a namorar. E eu achando que monstros não tinham sentimentos... Enfim, deixa pra lá... – sussurrou as últimas palavras e Daniel arqueou as sobrancelhas ainda confuso. Julie continuou. – Anos mais tarde, eles se casaram e pretendiam ter filhos. Mas eles descobriram, depois de várias consultas no médico, que não poderiam ter filhos. Aí, eles optaram pela adoção.
Daniel a interrompe. – Peraí. Quer dizer, que...
- Me deixa terminar, por favor. Depois você fala. – ele assentiu. – Sim... Eles me adotaram quando eu tinha menos de dois anos. Eu tinha 1 ano e 4 meses, eu acho. E isso para a Leona foi ótimo porque evitaria que ela cuidasse de bebê pequeno. Eu a conheço e sei que ela odeia isso. Trocar fralda, acordar de madrugada. Como eu era um pouco maior, pouparia trabalho. – Julie disse visivelmente indignada e Daniel riu. – Pelo o que eu sei meus pais biológicos não me queriam e me deixaram no orfanato. Meus pais, Demétrius e Leona me adotaram e me deram o amor que eu não tive dos pais biológicos. Desde bem pequena tive uma vida boa, vivi bem, comi do bom e do melhor, tinha tudo o que eu sempre queria como as melhores festas de aniversário, os melhores brinquedos, as melhores roupas. Graças à vida que eles sempre levaram, eu tive de tudo e nunca passei por nenhuma dificuldade. – pausou. – Apesar de tudo, eu devo gratidão a eles. Às vezes eles não eram os melhores pais do mundo, mas eu sempre tinha um ombro pra chorar, um abraço quente para me consolar.
- E você? Ama os seus “pais”?
- Amor... Não sei ao certo o que eu sinto.
- Mas você ainda não me disse o que exatamente os seus pais fazem.
- Eles vivem unicamente na base do suborno. Eles “seqüestram” artistas, tiram fotos comprometedoras deles. Aí, eles pedem dinheiro para libertá-los ou não divulgar as fotos ou até para “ficar de bico calado”. É isso que eles fazem. Subornam os outros. – pausou para soltar um suspiro triste. – Acho que o maior valor que conseguiram foi do último cara que eles pegaram. Eles pediram R$ 600.000,00 para ele.
- Caramba. Eu me pergunto como você conseguiu viver no meio desse mundo... – pausou. – É muito triste. – pausou outra vez. – Ah... E a babá? Existe mesmo? – ele perguntou num leve tom de riso contido.
- É lógico. Eu jamais mentiria sobre a Dora. Sempre foi uma segunda mãe pra mim, como eu tinha te dito. Sempre foi minha única amiga, porque o meu "pai” nunca permitiu que eu tivesse amigas. A Dora é muito especial pra mim.
- Que bom. – pausou. – E você sempre soube que era adotada?
- Não... Eu só soube disso com 13 anos, quando ele me obrigou a entrar nesse mundo louco dele e da minha "mãe”. Hoje eu tenho 16. Eu achava que eu era mesmo filha legitima deles. Nossa... Você não sabe como eu me revoltei naquela época.
- E você não tem vontade de descobrir quem são seus pais de sangue?
- Não. Eles não me queriam... Também não os quero. – Julie deu de ombros.
- Mas você disse que seus pais adotivos não eram os melhores pais do mundo. Eles já te fizeram muito mal?
POV Julie
- Mas você disse que seus pais adotivos não eram os melhores pais do mundo. Eles já te fizeram muito mal? – ele me olhou curioso.
- Só às vezes. Às vezes eram maus, às vezes eram bons. Vou te contar o que aconteceu uma vez.
~flashback on~
Meu “pai” Demétrius estava frente a mim. Andava de um lado para o outro sem parar. Sua expressão não era nada contente. Ele sempre me deu medo, mas eu precisava me mostrar forte frente a ele e não poderia demonstrar medos, fraquezas. Eu precisava ser fria, assim como ele era comigo. Ele me ensinou a ser assim. Essa má educação que tive me servia para alguma coisa.
- Julie. Você precisa seguir o negocio da família.
- E você chama isso de “negocio da família”? Isso é uma doença. Uma loucura, sem nexo, sem cabimento. Não dá nem pra dizer que isso é um tipo de trabalho. É indigno.
- Não me interessa o que você acha. Você deve obediência a seu pai. Deve seguir a regras que eu ditar.
- Haha... Que irônico. Não fui eu quem descobriu a pouco tempo que sou adotada e que só fui mais uma criança que foi renegada pelos pais. Você nem é digno de se chamar de pai. – foi tudo o que consegui dizer antes de receber um tabefe dado com o dorso da mão de “meu pai”.
- Cala essa sua boca. Olha só como fala comigo. Perdeu a noção do perigo.
De fato eu tinha perdido. Eu o xinguei com nomes feios e lhe mostrei o dedo do meio. Isso só foi o estopim do barril de pólvora. Eu vi sua expressão de raiva de segundos atrás se transformar em outra totalmente enfurecida, ainda pior que a anterior. Ele agarrou meu cabelo com força e me arrastou por toda a casa até chegar a uma espécie de porão. Eu senti que a partir dali, eu jamais seria a mesma.
~flashback off~
CONTINUA...
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se gostaram e se não gostaram deixem reviews pf.........até o proximo capitulo, q é continuação desse