Por Trás Do Amor De Uma Fã escrita por JulianaDramaQueen


Capítulo 18
Capítulo 18 - O passado de Julie – Parte 2


Notas iniciais do capítulo

mais um capitulo......espero que gostem.........esse capitulo ainda não é Juliel, mas eu prometo que o proximo será bastante Juliel.........boa leitura.......



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POV Julie

            - Quer que eu te sirva um copo d’água? Você está tremendo muito, está branca.

            - Por favor, se não for incomodo. – pausei. – É que lembrar disso tudo não me faz bem. Não costumo conversar com ninguém sobre isso. Nem com a Dora, que é a minha maior confidente.

            - Entendo. – pausou. – Vou buscar a sua água e já voltou. – ele se levantou e saiu.

            Respirei fundo por umas três vezes. Realmente eu sentia que se não bebesse um pouco de água eu cairia dura ali mesmo. Eu sabia que estava me sentindo mal cada vez que dizia mais e mais palavras. Minha pressão deveria estar baixíssima.

            Um tempo depois Daniel chegou com a água.

            - Aqui. – ele me entregou e se sentou frente a mim outra vez. – Consegue terminar de contar?

            - Hunrum. – murmurei depois de tomar algumas goladas da água. – Eu termino de contar.

~flashback on~

            Ele continuava a me arrastar pelos cabelos. E aquilo já estava me machucando e eu só não gemia de dor para continuar a me mostrar forte pra ele. Entramos no porão e ele me jogou com violência no chão. Senti uma dor dilacerante no rosto. Levei uma mão até meu rosto e percebi, em minha mão, que ele sangrava. Só então percebi ser minha boca.

            Tentei me levantar, inutilmente, do chão. Conseguir me apoiar em meus cotovelos e ergui um pouco o meu tronco. Como se já não bastasse a dor em minha face, meu “pai” ainda chutou minha barriga e pisou fortemente nas minhas costas, fazendo-me com que eu deitasse com toda força no chão outra vez. Na hora, eu senti que o chute e o pisão me fizeram cuspi um pouco de sangue.

            Ainda no chão, eu não tinha força para me levantar. Ele me olhava e parecia ter prazer em me ver sofrer. Ele era assim. Um sádico. Virei um pouco o rosto e vi-o tirar seu cinto. O dobrou e com ele acertou com toda a brutalidade que tinha em minhas costas. Eu dei um primeiro grito, alto o suficiente para ecoar por toda a casa. Eu vi-o sorrir com isso. Então ele me acertou outra vez, desta vez no bumbum. Dei um grito um pouco mais baixo. Ele sorria mais ainda. Eu pensei: “Era isso que ele queria. Ver-me sentir dor.”. Mas eu não deixaria ele me ver por baixo. Eu iria suportar a dor, até que ele se cansasse. Ele deu mais outra cintada em minhas coisas, mas desta vez não gritei. Vi seu sorriso sádico sumir. Ele me deu outras três cintadas e eu permaneci firme e forte sem soltar um único gemidinho sequer.

            - Você vai ter que me bater mais forte se quiser me matar. Você está muito fraco. – eu sussurrei com dificuldade e ele ouviu, pois bufou enraivecido.

            Mesmo eu tendo o desafiado ele não quis continuar com as cintadas. Pegou-me pelo braço e me fez sentar numa cadeira. Meu bumbum ainda doía com a cintada que levei, então tive que disfarçar a careta de dor ao me sentar. Ele me encarou e deu vários tapas por meu rosto. Eu senti meus olhos arderem pelas lágrimas, que eu não deixaria cair jamais. Pelo menos não na frente dele. Ele segurou meu rosto me fazendo encará-lo. Seus olhos estavam cheios de raiva. Fechei meus por poucos segundos e as lágrimas finalmente caíram. Nem com as lágrimas em meu rosto pareceu o comover. Ele continuava com mesma expressão.

            - Isso é pra você aprender a obedecer ao seu pai.

            - N-não m-me ba-bata-a... P-por fav-favor...  Eu gaguejava com as lágrimas caindo cada vez mais.

            - Então prometa que me obedecerá e que fará tudo o que eu dizer.

            - E-eu... Eu pro-prometo-o.

            Mesmo tendo prometido, a contragosto, que o ajudaria no seu “negócio” doentio, ele continuou me violentando. Ele me amarrou na cadeira, prendendo meus pés aos pés da cadeira, amarrando minha cintura e prendendo minhas mãos para trás. Pegou seu cinto e acertou minhas pernas.

            - Isso é por toda a grosseria que você me disse. – ele disse. E me deu outra cintada nas pernas e outra nas coxas. – Isso é pelo soco que você me deu mais cedo. Não pense que eu esqueci. – me deu outra cintada que acertou minha barriga. – Eu vou te deixar aqui, de castigo. – ele disse e saiu me deixando ali sozinha, na sujeira, na bagunça, no escuro.

            Não era totalmente escuro. Tinha uma pequena janela que fazia entrar um pouco de luz. Mas não era o suficiente para mim. Eu me olhei e reparei alguns arranhões e finas linhas de sangue nos arranhões, nas minhas pernas e coxas. Eu imaginei que, já que essas partes estavam assim, minhas costas não estariam muito diferentes, pois levei muitas cintadas nas costas e eles doíam muito. Aproveitei que ele tinha saído e me permiti chorar. A dor que eu sentia no meu corpo não era nem metade da dor que eu sentia dentro de mim, no meu coração.

            O dia se passava vagarosamente. Meu “pai” apareceu novamente no porão e mil coisas passaram por minha cabeça. “Será que ele vai me bater de novo?”, “Será que ele veio me soltar?”, “Será que ele se arrependeu e vai se desculpar comigo?”. Isso e outras muitas perguntas, até então sem resposta. Ele arrastou uma mesa pra frente de mim, mas ela estava a mais ou menos 1 metro e meio de distância. Fiz uma careta por não entender o que ele pretendia fazer. Ele saiu novamente e voltou com um apetitoso prato de comida. Arroz, feijão, peito de frango grelhado, salada de tomate e alface e batata palito frita. Ele colocou o prato sobre a mesa e saiu sorrindo sádico. Voltei a ficar sem entender nada. Passou um segundo e meu estômago roncou. Só então fui entender. Ele queria que eu passasse fome e ainda colocou um prato na minha frente para me deixar ainda mais tentada a comer.

            Passou o que eu diria ser algumas horas e eu ainda olhava o prato. Eu podia vê-lo piscando pra mim e o ouvia chamar meu nome. A fome já me consumia. Eu sentia babar de fome e, no entanto não podia comer, mesmo estando frente a uma saborosa refeição. Aquilo já estava me matando e eu sentia que iria morrer se não comesse nada. Meu estômago estava completamente vazio desde manhã. O dia se passou e logo era manhã do outro dia. Ainda não tinha comido nada e quando acordei vi três ratões em cima do MEU prato de comida, saboreando a MINHA refeição. Pouco tempo depois eu vi que já não havia quase nada no prato e os ratos cretinos ainda deixaram a salada quase toda de lado.

            Quando eu julguei ser o período da tarde, minha “mãe” Leona apareceu no porão e viu meu estado. Devia estar deplorável, pois ela arregalou os olhos e levou a mão na boca em expressão de surpresa. Ela me soltou das cordas, cuidou de meus ferimentos e pediu que Dora me fizesse comida.

~flashback off~

            - Nossa... Não dá pra acreditar que ele foi capaz de fazer isso com você. Te machucar e ainda deixar você sem comida por mais de um dia. – Daniel balançou a cabeça.

            - Daniel... Tem uma mulher aí procurando pela Julie. – Félix apareceu no escritório e me olhou. – O que houve? Por que chora?

            - Depois de explico. – pausou. – Mas quem está procurando a Julie?

            - Deve ser a Dora. – eu disse. – Só ela seria louca de vir atrás de mim. Eu vou lá ver.

            Saí e Daniel veio atrás de mim. Cheguei até a sala e a vi sentada. Quando me viu correu até mim.

            - Julie. Ainda bem que você está bem. O “seu” pai está louco atrás de você.

            - Eu posso imaginar mesmo. – eu disse e me soltei do abraço. Virei para Daniel. – Daniel. Essa aqui é a Dora que eu lhe falei.

            - Prazer. – ele a cumprimentou. – Se quiser ficar aqui por um tempo... Fique a vontade.

            - Eu agradeço.

            Ficamos conversando por um tempo e quando deu a noite, fomos todos dormir.


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Notas finais do capítulo

se gostaram e se não gostaram deixem reviews.......deixem reviews lindos pra vcs terem o tão esperado capitulo Juliel, q é o proximo............até o proximo então.........