A Princesa Da Neve escrita por Jenix


Capítulo 11
O que todas as donzelas são...


Notas iniciais do capítulo

Eu avisei que agora demoraria a atualizar. E só consegui hoje por que nao tive aula. O que me deixa feliz é que pelo menos o problema nao é falta de criatividade e sim a falta de tempo. Capítulo tava pronto na cabeça a uma semana já.



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As duas se curvaram assim que o soberano do castelo entrou na sala. Embora não se pudesse perceber pelas feições quase sempre inabaláveis sabia que estava furioso. Entreolharam-se nervosas. Certamente seriam demitidas, isso na melhor das hipóteses. Sabiam que necessário se fazia tomar cuidado com os comentários perto da princesa. E por um descuido a mesma tomou como conselho uma brincadeira e faltou aula. Uma coisa imperdoável.

–Agora me digam onde ela está.

–sua alteza, nós... Nós não sabemos.

–Por favor, não nos bane.

–Kemy, não dê ideias ao rei.

–Quieta Mika, temos que tentar.

–Silêncio. Saibam vocês que estou descontente com isso. Não as banirei, afinal Rukia já não é mais nenhuma criança, mas pensarei numa punição mais adequada.

–Obrigada pela clemencia meu rei.

–Sentimos muito.

–Seremos mais cautelosas da próxima vez.

–Sim. Não deixarei que a Kemi seja irresponsável outra vez.

–Eu? Mika, você também teve culpa.

–Como ousa? Tudo foi sua ideia.

–Mas quem abriu a boca? Sua tagarela.

–Tagarela? Você que é uma cabeça de vento.

A discursão das serviçais começara a tirar o rei da sua habitual calma, o que só não aconteceu porque uma entrada dramática da princesa fez com que o tirasse a atenção das criadas.

–Rukia, onde você estava? – falou Byakuya com o seu tom sério de sempre. Só não esperava receber como resposta um olhar repleto de lágrimas. Já se esquecera de que isso era possível. Tanto tempo que sua preciosa irmã não chorava. A preocupação o tomou por dois motivos, primeiro, por ser seu irmão e segundo, as consequências de um coração Kuchiki entristecido.

–Majestade, eu estava a passear pelos arredores do castelo.

Ele sabia que era mentira. Mandou que todos rondassem a sua procura, mas como nuvens negras se formavam no céu julgou apropriado deixar a irmã em paz. Assim que se acalmasse falaria com ela.

–Se não se importa retornarei aos meus aposentos. Creio que não haja mais tempo para o colégio. Perdoe-me por isso.

–Depois conversaremos a respeito. Vocês duas. Subam e preparem o ofurô da princesa.

–sim, Majestade.

Um dos motivos para Byakuya manter Miko e Kemi no castelo, mesmo sendo desajeitadas ao extremo para damas de companhia real era que as duas faziam a sua irmã se sentir melhor. Por mais que fizessem as maiores burradas, teriam sempre um lugar no castelo, mas logicamente elas não precisavam saber disso.

–Rukia-sama, o que ouve? Por que está triste?

–Estava. Já passou. E bom, eu não sei direito o motivo.

–conte-nos, Kia-sama onde estavas?

–isso eu não posso dizer é um segredo. Mas não te preocupes. Não faria nada que me pusesse em risco. Sei que tenho que viver não só por mim, mas por todo o meu reino.

Kemi e Mika sentiram um pesar nas palavras da princesa, mas ambas sabiam que era a verdade o que ela lhes dizia e que não havia outro caminho se não esse para a princesa com nome de diamante. Rukia olhou pela janela e viu o tempo escurecer. Isso não era bom, não podia deixar-se levar. Respirou fundo – afinal, por que estava triste? Eu só ouvi uma canção... Que tocada por ele ficou linda e, chega Rukia. O que são essas coisas? - Apertou o coração e dai saiu um sorriso pela confusão mental.

–Então meninas, como conseguiram sobreviver ao nii-sama? – dessa vez com um sorriso largo. As serviçais se entreolharam aliviadas. A tristeza já passara e isso era muito bom.

Da sala real Byakyua notou as nuvens negras esvaindo-se e sentiu-se aliviado. No final das contas, manter aquelas duas nunca fora um erro. Embora estivesse mais tranquilo ainda pairava a dúvida: porque ela estava chorando? – Levantou-se e pegou um comunicado deixado em sua mesa. Um pequeno papiro enrolado grafado com o símbolo da Cidade satélite de Akimoua. Não demorou a abrir. Depois de ler o que continha as linhas ordenou fez um gesto chamando a atenção de umas das governantas.

–Majestade? – com uma reverência.

–Prepare um banquete.

–Talheres de prata ou de ouro?

–Diamantes. – Ficou clara a surpresa da governanta. De certo, alguém muito especial se acomodaria no castelo. –


(...)


–Então, como foi o dia?

–Normal.

–Vocês estão como uma cara estranha.

–Essas duas ai não quiseram me contar onde estiveram o dia todo.

–Ichi-nii é muito ciumento.

–De fato. Olha que nem temos vizinhos.

–E é por isso. Fico preocupado com vocês – falou meio envergonhado.

–Não se preocupe tanto, Ichigo. Aqui é afastado, mas estamos num lugar bem seguro. Se bem que você ciumento é tão Kawaii de ver. A mamãe ia adorar ver que embora a idade que tenha seu filho continua um menininho.

–Cala a boca, velho!

–Mas respeito com o seu pai, Ichigo Kurosaki,

–Blábláblá...

Karin e Yuzu sentiram um peso sair das costas ao constatar que as coisas voltaram ao normal. A tristeza do irmão fora deixado de lado e isso as deixava muito feliz. Claro que estavam loucas para contar que a princesa esteve ali, mas era um segredo que tinham que preservar.


(...)


–Asano-kun, você não vai comprar nada?

–Eu to em dúvida.

–Mas você já está aqui faz três horas.

–Você nem irá ler mesmo, Keigo.

–Tatsuki, quem te perguntou? Orihime-cham, por acaso eu estou te atrapalhando?

–Na verdade, nós já estamos fechando.

–Mas já? É cedo ainda.

–Sim, mas as minhas primas não viram para casa hoje, então estou responsável de cuidar da vovó.

–Imagino o quão linda devem ser as suas primas Orihime.

–Elas são lindas por fora e por dentro.

–Elas estão viajando?

–Não, não. Nas sextas nenhuma das serviçais podem deixar o castelo.

–Quê? Não me diga que suas primas são servas da princesa?

–Sim.

–E por que nunca nos contou isso antes?

–Hehe vocês nunca perguntaram.

–Aff, faça me um favor, Inoue!

–Tá explicado o porquê de você e a princesa parecerem tão próximas. Já se conheciam não é mesmo?

–Na verdade não. Ela não sabe.

–Mas como não? E por quê?

Quando ia responder o sino que fica na porta da livraria soo anunciando que mais um cliente chegara. De todos os presentes o que mais se enfureceu com o sujeito foi Keigo que nutria um forte ressentimento pelo moreno a sua frente.

–O que você faz aqui?

–Keigo, não seja rude com o Isshida-san.

–San? Não enche Tatsuki. A loja já vai fechar?

–Desculpe-me o incomodo. Mas, Inoue-chan minha encomenda chegou?

–Ainda não Ishida-kun, mas segunda tenho certeza que estará disponível.

–Entendo. Avisa-me assim que chegar, por favor.

–Sim.

Virou-se dando os últimos comprimentos aos presentes antes da saída, mas fora rechaçado por Keigo que virou o rosto.

–Francamente Keigo. Não entendo a sua implicância com o Isshida.

–Tenho os meus motivos.

–Isso está mais para ciúmes.

–Ciúmes de quê?

–Bom, ele é bonito, simpático, atraente, educado e não esqueçamos o inteligente.

–Não me diga que está apaixonada?

–Bem que eu poderia, mas é a pura verdade, não é mesmo Orihime?

–Q-q-q-q-q que que o Ishi-Ishida Ishida-kun é inteligente... Sim, sim ele é. Muito e ele também, ele também é é... Ele também é... Gente, olha a hora. Tenho mesmo que fechar a loja. Tchau, Tchau . Nos vemos. – empurrando os amigos porta a fora.

–O que deu nela?

–Vai saber...

Recostada na porta Orihime repousava as mãos sobre o colo tentando acalmar os batimentos cardíacos.

–“Isshida-Kun realmente é lindo – suspirava já com face avermelhada”.


(...)


Não muito longe da livraria uma sombra estava a espreitar o jovem, que percebendo a perseguição entrou numa rua sem saída.

–Agora não tem como se esconder. Mostre-se de uma vez.

–Sinto que te ensinei muito bem, meu pequeno Quincy.

–Não fale isso em voz alta. Sabe o que aconteceria caso descobrissem que faço parte da guarda real?

–Meu querido, ninguém mais lembra dos quincy desde que a Rainha Masaki faleceu.

–Você não é inocente ao ponto de acreditar nisso, não é,Youruichi-sam?

–Hum, astucioso como sempre, Uryuu.

–Então, a que devo a sua ilustríssima presença?

–Eles estão agindo. Parece que o plano Fênix vive.

–Ora ora isso não é bom.

–Não mesmo. O meu contato no comando dos trezes pilares de guarda está atento, mas suspeito que alguns sejam inimigos.

–Isso complica as coisas.

–Sim... Complica.

–Ei Youruichi, não vai perguntar sobre ele?

–Não preciso. Tenho certeza que Isshin cuidou muito bem das coisas.

–O melhor jeito de esconder as coisas é mostrando. Mal posso acreditar que eles viveram tanto tempo em Mystigan.

–Kurosaki não é um nome tão incomum não é Isshida? Você deve saber disso muito bem já que usa a mesma estratégia.


(...)


–Quê? Kemy, Mika, por que nunca me contaram?

–você nunca perguntou.

–Quer dizer então que Orihime Inoue é a prima de que vocês tanto falam?

–Sim.

–Nossa, o mundo é mesmo pequeno. Tive uma ideia. Quando voltarem para casa tragam-na junto.

–Mesmo Rukia?

–Mas e vossa alteza?

–Meu irmão deve entender que eu preciso que me passem a matéria.

Nesse exato instante a porta se abre e o Rei faz-se presente.

–Rukia, tenho uma notícia para você.

–Nii-sama?



(...)


–Mestre, tem certeza que vai dispensar o descanso da noite?

–Sim. Assim chegarem mais rápido em Karakura.

–Não estava tão disposto assim pela manhã. Tudo isso devido à foto que lhe mostrei?

–Eu sei que já havia conhecido anos antes, mas era muito novo ou muito tolo para não perceber a beleza rara da minha noiva. O nome do diamante caiu muito apropriado.

–Fico contente com esta notícia.

–Eu mais que você. Agora sei que meu casamento não será apenas uma negociação. Com uma esposa tão bela serei muito feliz.

–Sim, o mestre é um homem de muita sorte. “e um rei muito rico para a nossa sorte...”.


(...)


–Senhores, Noite finalmente começou a agir.

–Tão cedo?

–Quantos antes melhor não é mesmo, Rex.

–Cobra, há quanto tempo está ai.

–Não muito tempo.

–Está atrasado.

–Reunião de família... Você deve entende isso Anawami.

–Não me chame assim.

–Eu esqueci... Tem que usar os codinomes...

–Noite foi muito feliz em se meter com os da casa Abarai.

–Isso com certeza, foi muito bom para os nossos planos.

–o que me parece o jovem mestre confia muito nele.

–Crianças... Cismam em por crianças pare reinar.

–Em breve Akimoua assim como Karakura será nosso.

–Sim, a Fenix se reerguerá.


(...)

–Mas isso é tão repentino. Vossa majestade não pensa em apressar as coisas não é memso?

–Não entendo o sua reação. Qual o problema de seu noivo vir te visitar?

–Nenhum, mas...

–Sem nada demais!

–Sim-sim majestade. – falou cabisbaixa

–Rukia, não se preocupe. Não irei antecipar o seu casamento. – a morena libera o ar mostrando o seu alívio. – mas o casamento é um fato e disso você não pode fugir. – o rei finalmente se retirou deixando uma princesa muito frustrada.

–Rukia, você está bem?

–Sim. Estou.

–Você sempre soube do seu destino.

–Eu sei Mika, mas é diferente. Agora o meu “destino” está muito próximo. É que no fundo eu ainda sou uma tola que sonha com um casamento com amor verdadeiro.

–não Rukia. Isso não é ser tola.

–Concordo com a Mika. Se isso é ser tola, todas as donzelas o são.

–Meninas, eu eu realmente adoro vocês. – as serviçais correram para abraçar a princesa.

–Pode chorar se quiser.

–Não quero chorar. “e na verdade, ela nem podia”.



Ainda que os seus sonhos não se tornem realidade você deve manter sua cabeça de pé. Isso não é para qualquer um, mas não se esqueça: você é a realeza...



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Notas finais do capítulo

Ok, Já revelei mais uma das figuras. Noite é um dos servos "fieis" do Renji, que eu prometo dar um nome no próximo capitulo. Só to escolhendo que personagem fica melhor com ele.
Alguém percebeu que é a terceira vez que eu uso essa frase na história? (a sublinhada) pois é eu amo essa frase.
PS to demorando para atualizar, mas não desisti da fic e nem morri ok