A Princesa Da Neve escrita por Jenix


Capítulo 10
Sentimentos em notas


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que essa fic demora a ser atualizada. Mas to boazinha e quero fazer a minha Xará feliz. É você mesmo Srª Kuchiki
(povo, aconselho a copiar e colar o link do video em outra janela se nao sai da história e a ideia é ler com a musica tocando. Carregou o video em outra aba? ótimo, agora volte para história e comece na linha abaixo do link Acho que vai valer a pena e eu tentei ao máximo tentar encaixar o tempo da música com a história. Bom to com sono. Entao, perdoem-me se não ficar 100%



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Estático olhando a pessoa a sua frente. Dois anos. Era esse o tempo em que o pai ficou fora. Mas o que ele estava fazendo ali em seu colégio?

–Porque essa cara?

–Não sabia que você vinha.

–Tenho negócios a tratar aqui.

–No meu colégio?

–Sim algum problema?

–Não nada é que estranho te ver.

–Não vejo o porquê é estranho, Junior.

–Não me chame assim.

–Ingratidão. Dei-te meu nome e o recusa.

–A quem quer enganar? É só uma forma de mostrar que sou sua propriedade.

–Não seja idiota, moleque. Com o sem meu nome você é minha propriedade, sou seu pai e deve obediência.

–Ora seu...

–Senhor, que bom que já chegou. O diretor quer ter contigo agora. Grimmjow o que faz fora da sala? Ainda não estão no intervalo. Sei que deve está querendo falar com o seu pai, mas retorne imediatamente.

–“Como se eu realmente quisesse falar algo com esse cara”.

–Realmente vocês são muito parecidos. É como se eu estivesse vendo você mais novo. Esse sim merece carregar o seu nome. Soube que o outro não parecia em nada com você e sim com a Ma...

–Então o que você quer falar comigo? – interrompendo a fala da secretária.

–“Parece que não gosta de falar de assuntos do passado num é?” A princesa está estudando aqui agora. Vamos precisar dos seus serviços. Finalmente o plano Fênix entrará em ação.


(...)


As irmãs abaixaram-se na esperança de não serem vistas. A pessoa usava um capuz que cobria todo o rosto e usava roupas pesadas. Realmente era alguém muito suspeito.

–Karin, vamos embora.

–vamos ver o que ele vai fazer.

–Deixa disso. Nós nem deverias está aqui por sinal.

–Está com medo, Yuzu?

–Claro que estou. E a gente também não avisou a Ichigo-niisam.

–Ok, vamos esperar só mais um pouco e nós vamos embora.

–Vamos agora.

–Shiii!!! Fala baixo Yuzu. E se ele nos escuta?

Enquanto isso o encapuzado sentou-se sobre o lago congelado e retirou da bolsa um objeto. Ficou clara a surpresa das irmãs Kurosaki ao perceberem que objeto era. Com muita delicadeza o estranho pôs os patins e sem demora começou o seu show. Eram movimentos leves e ao mesmo tempo firmes. Tratava-se de alguém com estrema maestria naquilo.

–Que lindo!

–É sim. Será que um dia nós faremos igual?

–Se nos esforçamos muito e treinarmos todo dia não nós chegaremos nem a metade do que ela faz.

–você é tão cruel Karin-neechan.

–Sou realista. Bom, já que o lugar está ocupado vamos embora.

Entretanto, quando iam se levantar Yuzu acabou escorregando na relva congelada e levou consigo Karin até o chão fazendo barulho suficiente para chamar atenção daquele que patina despreocupadamente.

–Droga, eles nos viu.

–Está vindo para cá. O que faremos?


(...)


Cansado de olhar para o nada decidiu se levantar. Já estava acordado faz tempo e até estranhou o fato de não ter sido chamado para o desjejum. Não reclamou disso. Estava afim mesmo de ficar sozinho. Todavia a fome falara mais alto e desceu para saciar o estômago. A casa estava silenciosa. Provavelmente o pai fez o favor de levar as irmãs à escola. Não gostou muito disso, afinal era responsabilidade dele e gostava de ter esses momentos com as irmãs.

Quando tudo fica vazio é mais fácil de si perder em pensamentos. Um grande quadro da mãe em cima da lareira trazia nostalgia. Ela parecia muito feliz naquela época. Já aparentava seus quatro meses de gravidez ainda sentada. Ele lembrava daquele dia como nunca. Ela tocava aquela música... Qual era mesmo o nome? Mas era uma melodia bem triste. Ainda assim ele se sentia bem quando ela cantava. Não queria mais ter que pensar. Havia muita coisa para fazer. Ao passar pela sala viu o instrumento favorito da mãe quando foi que o puseram ali? Já não estava mais encoberto pela poeira. Tanto tempo. Talvez não pudesse contar. Mas seria uma oportunidade de se mergulhar nas lembranças. Esticou os dedos e começou.

(http://www.youtube.com/watch?v=bUpaJqyfVjk&feature=related)


(...)


–Vocês se machucaram? – falou o encapuzado enquanto tentava ajudar as garotas a se levantar.

–Voz de mulher – falou Yuzu aliviada.

Enquanto abaixava-se para ajudar o capuz acabou saindo e pode-se revelar o rosto, e mais do que antes elas estavam surpresas.

–Prin-princesa?

–Podem me chamar de Rukia.

–O que vocês fazem aqui sozinhas?

–Nós moramos aqui perto.

A princesa se surpreendeu. Afinal ninguém morava perto daquele lugar. Quer dizer havia alguém...

–Por acaso vocês... Diga-me como se chamam?

–Sou Karin Kurosaki

–eu sou Yuzu Kurosaki

–Então são irmãs dele?

–Ah sim, você estuda com o Ichi-nii não é mesmo?

–Karin, modos. Não a chame de você.

–Não, não se preocupe não tem problemas.


(...)


Ela não sabia como, mas depois de um pouco de conversa foi convencida a ir até a casa das meninas, estava mesmo com fome e era mais perto que o castelo, mas ela sentia que não deveria ir a casa daquele que nitidamente não a suporta. Não era de se sentir acuada, mas ele tinha esse dom. Claro que jamais ela admitiria. Ficou surpresa ao saber que ele também estava em casa e mais surpresa ainda ao ouvir a melodia que soava por todo ambiente. Ela conhecia aquela música muito bem. A ouvia todos os dias. Era algo que também remetia ao seu passado mais feliz. Mas saber que o ruivo marrento era tão sensível ao ponto de tocar daquele jeito foi um baque principalmente ao ver que lágrimas escorriam do seu rosto. Seria a emoção do pianista ou ele estava recordando coisas tristes? Seu coração se apertou à medida que as lágrimas saiam em soluços. Não imaginava que ele fosse assim. Não pode evitar e também deixou rolar uma lágrima. O mesmo sentimento tomava as irmãs, nem mesmo elas sabiam que o irmão tocava tão bem. Tantas coisas que elas desconheciam. Ichigo era outra pessoa antes delas nascerem e sabiam disso. Tudo era comprovado pelos grandes sorrisos nas fotos. Isso as machucava e às vezes se culpavam sem saber o motivo.

Embora estivessem ali algum tempo ele não as percebeu estava em outro mundo e isso foi bom, porque se ele soubesse que o viram tão fragilizado ele ficaria muito mal. A princesa decidiu que não deveria mais ficar ali.

–meninas, eu vou retornar ao castelo. Por favor, guarde nosso encontro em segredo. Prometo que outro dia eu apareço para ensiná-las a patinar.

Elas assentiram. Não iriam aparecer na sala tão cedo. Era o momento de desafogo do irmão. Esperariam algumas horas e inventariam uma desculpa qualquer de onde estavam. Era o melhor a se fazer.

Enquanto fazia o caminho de volta do castelo a melodia que ele tocava ia ecoando em sua cabeça.


Como pode olhar dentro dos meus olhos como portas abertas?

Guiando você até o meu interior

Onde me tornei tão insensível?

Sem uma alma, meu espírito está dormindo em algum lugar frio

Até você encontrá-lo ali e guiá-lo de volta pra casa

(Acorde-me)

Acorde-me por dentro

(Eu não consigo acordar)

Acorde-me por dentro

(Salve-me)

Chame o meu nome e salve-me da escuridão


Não pode mais conter o sentimento que crescia no peito. Era tão forte que parecia que ia explodir caso não botasse para fora. Tanto tempo que não chorava. Lembrou, lembrou de todos os momentos, lembrou quando o irmão ainda sorria, lembrou da época em que a rainha Hisana era viva. Já ouviu essa melodia outras vezes, mas por quê? Mas porque ele tocando a vez se sentir tão desequilibrada?


(...)


Depois de discutir os detalhes para realização do plano Fênix teve uma surpresa desagradável quando viu a lista de chamada em cima da mesa. Ele não estava errado. Esse nome era inconfundível e a coincidência nem sempre é uma coisa boa. Ichigo Kurosaki... Então ele estava em Karakura e na mesma sala que seu filho? Talvez isso complique as coisas... Espero que o Awanami não descubra.


(...)


Ele já não aguentava mais. Era um sentimento desesperador. Ela não conseguia respirar, perdeu totalmente o compasso. Uma musica não deveria fazer tanto estrago ou não era a música? O coração dele estava totalmente despedaçado não havia esperanças de concertá-lo. Ela ia perdendo as forças a cada passada. Eram sugadas pelas notas. Já bastava daquilo, no final da musica ele apoiou os braços nas teclas e descansou a cabeça liberando as ultimas dores enquanto ela ajoelhou-se no chão congelado aos prantos levando as mãos ao peito. Embora distantes eles conseguiram liberar a tristeza ao mesmo tempo como se estivessem ligados.


(Acorde-me)

Faça o meu sangue correr

(Eu não consigo acordar)

Antes que eu me desfaça

(Salve-me)

Salve-me do nada que eu me tornei

Agora que eu sei o que me falta

Você não pode simplesmente me deixar

Dê-me fôlego e me faça real

Traga-me para a vida

(Acorde-me)

Acorde-me por dentro

(Eu não consigo acordar)

Acorde-me por dentro

(Salve-me)

Chame o meu nome e salve-me da escuridão

E uma ultima lágrima rolou encerrando aquela sensação de vazio.



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Notas finais do capítulo

Valeu a pena ouvir a música?
Ta explicado agora porque temos Grimmjow como cobra atacando a Masaki e Grimmjow pertubando no colégio em Karakura.
Dei mais uma dica no texto sobre o laço do Grim-Pai com a Masaki. Ta na cara, né.
A letra é de "Bring me to life, Evanescence. (eu amo)