A Princesa Da Neve escrita por Jenix


Capítulo 12
Importam mais do que imagina...


Notas iniciais do capítulo

Olá! Quanto tempo não é mesmo? Posta-la-ia ontem, mas estava sem internet. A oi é uma benção.
Sem mais delongas vamos a história.
Gente fiz um final fofo dessa vez...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/247438/chapter/12

Já era dia, porém ainda estava bem escuro. O sol demorava a surgir naquela vastidão vazia. Não era à distância o que lhe incomodava, mas a sensação térmica. Suas irmãs, todavia, já davam sinal de estarem acostumadas com o clima difícil, mas o irmão tremia enquanto caminha a caminho do Colégio Principal. Mas não reclamaria do novo lar com o pai. Pela primeira vez o velho fez um bom trabalho escolhendo; o reino era seguro e ficar longe dos olhares reprovadores não era ruim. A única coisa que o desagradava era a bendita neve.

O silêncio da caminhada só foi interrompido minutos depois de chegarem à estrada principal, o som do trotar dos cavalos anunciava a presença de mais alguém e por já conhecerem a movimentação daquele lugar e levando em consideração as horas, a carruagem que se aproximava não podia ser se não a dela, da futura rainha, a herdeira de todo reino: Rukia Kuchiki, a princesa com nome de diamante.

Não demorou muito para que chegasse e como já esperado o transporte parou e a voz, que hoje estava um pouco tremula, sugestionou quem entrássemos. Não era do feitio de Ichigo Kurosaki aceitar os favores da realeza, mas devido ao frio, não fez menção de reclamar a gentileza de Rukia.

Desta vez, houve mais tempo para analisar a carruagem. Inúmeros detalhes dourados davam forma a figuras no aveludado cor-de-rosa. Ficou surpreso pelo comportamento tão íntimo das irmãs para com a princesa. Mal entraram e já foram abraçando-a, para logo em seguida, sentarem-se ao lado dela. Ficou de fronte para as garotas que sorriam animadamente pela ilustre companhia enquanto mantinha seu trivial cenho fechado. Estava agradecido por não está do lado de fora sentindo o gelar dos ossos. Todavia, notou que havia alguma coisa diferente. Certo brilho não estava cintilando nos olhos da herdeira do trono e pelo ultimo encontro sabia que estava quieta por demais.

Depois de um tempo a ausência do silêncio prevaleceu, coisa normal para aqueles que não se conhecem. Entretanto, a primeira vista, parecia às garotas terem mais coisas em comum do que o explorado naquela tímida conversa. Se já não houvesse feito o mesmo trajeto antes na companhia da mesma, diria que era comum o silêncio, mas o que se verificava era que Rukia não estava a fim de falar. Karin e Yuzu sempre foram meninas muito compreensivas e elas não forçariam nada contra a vontade da princesa. Ele não faria nada, até porque as crises da “pobre” realeza em nada lhe interessavam.

Ichigo estava certo. Rukia não se encontra nos seus dias mais alegre. A notícia da visita do noivo a abalou, mas não existia nada o que se fazer quanto a isso. Deixaria o sentimento de lado e seria feliz o quanto a sua liberdade poder-lhe-ia permitir. Quando em fim despertou notou o clima que se instituíra e percebeu, também, que foi por sua culpa. Era hora de acabar com o silêncio e puxou o primeiro assunto que veio a mente, o mais desapropriado possível.

–Então, Ichigo já está melhor? – a pergunta não só surpreendeu o rapaz bem como as irmãs. Como ela pôde ter esquecer o combinado? Se Ichigo soubesse que elas presenciaram-no daquela forma seria o fim.

–Estou melhor do que? – só agora tenha se dado conta do garfe e notou os olhares peraltas das irmãs, mas pôde concertar as coisas a tempo – sabe, como você não foi à aula ontem achei que estive doente – deu um meio sorriso falso tentando parecer o mais natural possível. O ruivo a encarou por alguns segundo enquanto ela mantinha a compostura e uma leve tensão reinava e só rompeu-se quando o rapaz pronunciou-se:

–Estou melhor sim, obrigado. – ainda meio desconfiado da repentina preocupação da princesa. As irmãs entreolharam-se e quando os seus olhares foram de encontro com o de Rukia subidamente caíram na gargalhada. Atitude que despertara ainda mais os sentidos desconfiados do rapaz, que nada disse, já que as pessoas com que mais se importava que eram as suas irmãs, nitidamente estavam contende depois da pergunta inesperada. Depois disso a viagem seguiu sem mais problemas e ele ignorava o máximo a conversa, apesar de sentir-se observado por alguns instantes, coisa que muito o incomodou.

Chegando ao centro terminaram o trajeto a pé. Primeiro, deixaram as mais novas no prédio secundário e por ultimo, seguiram em silêncio até o principal. Vez ou outra, ele sentia os olhos da morena fita-lo, tal como, ela fizera na carruagem.

–Tem alguma coisa no meu rosto?

–Hnm?

–Você ficou me encarando desde cedo. Isso me incomoda.

–Eu estava fazendo isso? – a pergunta não foi irônica. Realmente não tinha se dado conta de o seu comportamento. – Perdoe-me. Não há nada em seu rosto.

Dois dias. Nesse curto espaço de tempo ele sabia que não era característica da herdeira dos Kuchiki desculpar-se tão facilmente. Sendo ela de a realeza deveria está cravado em seu sangue o orgulho e segundo, por simplesmente ela ser ela. Mas nada falaria a despeito. Afinal, os problemas da realeza não o lhe interessavam.

–Ichigo, nós temos que preparar a nossa apresentação para o festival.

–Eu sei. Quando poderemos começar? Hoje se assim desejar.

–Meio em cima da hora, mas o quanto antes melhor porque tenho que vencer isso.

–Disse algo parecido da outra vez. Diga-me por que é tão importante para você essa vitória?

–Coisas de família, que certamente não te interessaria.

O que ele não sabia era que estava enganado. Após ouvi-lo tocando tão divinamente e o os gestos sofridos e frágeis fez despertar novamente o interesse por ele, o mesmo que tivera quando o viu pela primeira vez e logo foi adormecido pelos comentários rudes dele e Anawami.

Avistando o portão podiam ver que vários alunos já haviam chegado. Uma delas, Inoue Orihime que acenava alegremente para a princesa. Sado e Ishida mantinham-se mais reservados ao lado da ruiva, a turma de Senna também estava presente com a ausência somente de Grimmjow.

–Senna minha linda, o que será que isso significa? Aquela quem chegou com a sua nova presa não seria a princesinha né?

–Por que de a pergunta Matsumoto? Você sabe muito bem que é a Rukia.

–Por que será que estão chegando juntos? Será que está rolando algum romance entre eles?

–Não seja tola. Mal faz dois dias que se conhecem.

–É mais hoje chegaram juntos e ontem ambos faltaram. Isso não é coincidência demais?

Embora não fosse admitir abertamente a chegada de Ichigo com Rukia em nada a agradou. Claro que não chegaria tão longe ao pensar em romance, tendo em vista a situação, e o fato que em breve a baixinha insuportável se casaria. Mesmo assim, não gostava da cena que vira.

–Vamos embora Ran o ambiente baixou o nível de repente. – Segurou o pulso do braço direito da Ruiva levando-a para dentro do prédio. - E onde será que o Grimmjow se meteu? – a pergunta foi retórica. Era estranho ele ainda não ter chegado e era rara as vezes que não a buscava pessoalmente em casa. – Idiota nem me dá satisfação. – Matsumoto riu com o comentário. Senna só o menosprezava quando estavam juntos e na ausência sentia a sua falta. Talvez, o fato de não ter um cãozinho seguindo-a sempre a incomodava.

–Bom dia.

–Bom dia Rukia. Bom dia Kurosaki.

–E ai.

–Inoue, eu descobri que você é a prima mais nova das minhas serviçais Mika e Kemi. Por que não me disse antes?

–Nossa! Então era mesmo verdade a história de que vocês não se conheciam?

–Keigo? De onde você saiu?

–Como assim eu estava aqui o tempo todo. E ai Ichigo, tudo de boa?

–Sim.

–Homem de muitas palavras... Estou vendo porque já se dá tão bem com o nosso Sado aqui.

–Asano-kun, você não tinha acreditado em mim?

–Bem... É que... Bom mentir eu sei que você não mentiria, mas quem sabe poderia ter esquecido que já a conhecia...

–Calado. Quem esquece que conheceu um membro da família real não seja idiota.

–Calada você Tatsuki! Mulher metida... Ichigo como você faltou ontem eu te empresto as minhas anotações.

–Eu pediria isso mesmo. Obrigado Keigo.

–É mesmo. Rukia-sam, gostaria das minhas anotações emprestadas também já que você também não veio à aula? Estava se sentindo mal?

Sentiu os músculos retesarem, não pela pergunta mais pelo o olhar inquisidor que sentia sobre os ombros. Não era uma boa hora para mencionar aquilo.

–Er er não, não. Só tinha que preparar umas coisinhas e não deu para vir.

–Ainda bem. Seria ruim ficar doente logo no início das preparações para o festival.

Soou o sinal de chamada e imediatamente todos foram para suas salas para dar-se inicio a aula. A princesa agradecera mentalmente por isso, entretanto, não se safara totalmente já que a aula toda ela sentiu-se vigiada.

–Kurosaki, se continuar assim vai desintegra-la.

–Como?

–Você não parou de olhar para a princesa nenhum minuto. Ao menos disfarce um pouco e sem contar que isso é muito rude.

–É você tá certo, Ishida. – Decidiu seguir o conselho do colega de classe.

–“eu não vi isso...” Senna minha amiga acho que essa voc...

–Cala a boca!

–Ai nossa! Estressadinha.

Quando deu a hora do intervalo Inoue praticamente sequestrou a princesa levando-a para um lugar sossegado para que pudesse copiar a matéria logo de vez. Não que não confiasse na princesa com suas anotações, mas não desejava que ela perdesse mais nada da aula. Rukia compreendeu os sentimentos da amiga, já a considerava assim, e saberia que não era uma má escolha. Tanto que a convidou para um passeio no castelo. Quando ouviu o convite Hime se paralisou. Não podia acreditar em tamanha honra ser convidada pessoalmente pela princesa para uma visita ao castelo.

–Sim Sim Sim! – Gritava de agitação. – Rukia apenas sorriu com a alegria pura e ingênua de Inoue, tanto que chegou a esquecer da outra visita que dentre breve receberia, os Abarai.

Em outro ponto do pátio estavam Senna e Ichigo. Este havia distanciado do grupo propositalmente, mas não esperava ser abordado por Anawami.

–Ei Ichigo, você estava doente? – ela falava próxima demais. Uma distancia nada aconselhável de uma garota para um rapaz.

–Na verdade não. Só não senti vontade de vir ontem.

–Um rebelde. Isso é tão sexy.

–Não foi minha intensão parecer assim.

–Mas é isso que te faz tão atraente. Você não força, você é naturalmente.

–Anawmi

–Senna. É Senna. Não precisa ser formal comigo.

–Sim, entendo. Senna eu tenho que ir agora.

–Já? Que pena... Ichigo, você e a princesa chegaram juntos não foi?

–Sim. Eu moro num lugar um pouco distante e que é caminho da princesa. Eu não aceitaria, mas é uma distancia considerável para minhas irmãs.

–“era isso então?” – ficou aliviada em saber que não era desejo dele vir em a companhia de ela.

–Mas alguma coisa?

–Não, nada.

Ichigo foi por um lado e Anawami por outro, mas logo ela parou no meio do caminho ao receber uma ligação.

–Grimmjow, idiota. Onde você se enfiou?

–Senna, eu preciso de você agora. – A garota revirou os olhos com o pedido. Quem ele achava que era para dar-lhe uma ordem? – Por favor! – o pedido saiu com a voz tremida o que a espantou. – Estou indo. – Foi apenas o que disse antes de desligar o telefone. Para qualquer outro não era certeza conseguir livrar-se das aulas, mas Anawami sempre conseguia. Eram os benefícios das suas chantagens para com os professores e funcionários.

–Grimmjow idiota. Espero que não faça perder meu tempo atoa.

Inoue não entendia bem o comportamento da princesa. Evitava todos os corredores costumeiros.

–Rukia-sam, por aqui nós vamos nos atrasar.

–Mas por aqui é melhor.

–Mas é que ontem eu já levei uma bronca da professora desse tempo. Se acontecer outra vez, terei anotações no meu currículo. Sou bolsista e não é aconselhável mais de três anotações. E eu já tenho uma.

–Tudo bem Hime, desculpa-me o egoísmo. Pode ir, eu apenas quero explorar o colégio.

–Tem certeza? Parece que está se escondendo de alguma coisa.

–Não que isso. Claro que não estou me escondendo. Agora vá. Ficarei bem.

–Então, até mais tarde Rukia-sam. – saiu correndo para não se atrasar.

–Claro que não estou me escondendo... – deu três passos e encontrou um cruzamento. Quando começaria a pensar qual direção tomar sentiu o braço ser segurado e foi puxada para o corredor da direita. Sendo repentinamente recostada a um dos armários.

–Então você não está se escondendo de nada? – agora era ele quem mantinha uma distancia inapropriada de um rapaz para uma garota.

–Não. De nada. – Rukia se concentrava no detalhe da sua sapatilha. Não se arriscaria a olhar para aqueles olhos que representavam o fogo, todavia eram frios.

–Então olhe para mim. – Ela não queria ouvir essa frase, e recursou-se a fazê-lo. Mas Ichigo ainda tinha o domínio de seu braço e a repuxou para que o olhasse. – os olhos dela eram azuis, que se encaixavam perfeitamente com o clima do Reino, mas havia tanto fogo neles que se sentiu fraco por um breve momento afrouxando a mão que a segurava. – Vai-me dizer agora como sabia que eu faltara se você mesmo faltou, também?

–Eu... Eu – sentia-se nervosa. Como princesa não podia sair mentindo descaradamente por ai, mas também, não podia quebrar a promessa feita às irmãs do ruivo. Os olhos aos poucos ficaram marejados e uma lágrima escorreu pela face. Notando a lágrima ichigo a Soltou de vez e no impulso a abraçou.

–Não precisa contar se não quiser. Só não chore na minha frente. – Jamais poderia esperar esta atitude dele. O corpo era tão aconchegante, era tão quente. – Não havia bem motivos para isso, mas sentiu-se tão confortável que vieram todas as lágrimas reprimidas de uma só vez. Depois de um tempo os soluços vieram e no final as lágrimas cessaram. Foi um alivio porque o choro estava corrompendo o seu coração e talvez não fosse capaz de se segurar.

–Me desculpa. Acabei molhando a sua camisa. – Falou ainda com o rosto enterrado no peito dele. Por que me consolou?

–Eu não sei. – a única coisa que ele sabia era que os problemas da realeza não lhe interessavam. Realmente em nada lhe interessava.

Rukia afastou-se um pouco para olhá-lo finalmente nos olhos e depois de um fundo suspiro agradeceu. – Ichigo, Muito obrigada. - Sorriu de um jeito terno e doce. Jamais houvera visto sorriso tão bonito. – Sinto tê-lo feito presenciar isso. Os problemas da realeza em nada lhe interessam não é? - algo dentro dele queimou.

–Não. – disse curvando-se – Realmente os problemas da realeza – estava a centímetros da boca dela - não me interessam. – A beijou. A princesa não teve reação no primeiro instante, mas depois de sentir o hálito quente rendeu-se ao beijo e naquele momento já não havia mais distância inapropriada entre um jovem e uma garota, porque já não existia a própria distancia.










Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Entao? Gostaram?
Agora estou pensando se faço um capitulo especial de natal. Se bem que ando sem tempo para isso.
Desculpem a demora. mas tb já havia avisado que demoraria. E nem foi tanto né... Tem fic que eu leio que demora 3 meses para ser atualiasada (sei que nao é desculpa.)
Bessos By