Sesshomaru - Luz E Escuridão escrita por Mirytie


Capítulo 43
Capítulo 42 - O jogo continua


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Rin tinha razão. Chronos e Aion apareceram. Mas não foi para retificar o que Hikari tinha feito nem tinham ido ter com Rin.

Para começar, eles nunca tinham esperado que Rin acreditasse naquilo que eles lhe tinham dito, mas tinha e eles tinham ficado contentes por poder assistir àquele pequeno joguinho porque, no fim de tudo, eles só estavam aborrecidos por não terem nada para manipularem durante centenas de anos. Por isso, agora estavam a desfrutar o tempo que ainda lhes restava naquela realidade. Porque tinham a certeza que alguém os ia enviar para a dimensão de onde eles tinham vindo mais cedo ou mais tarde.

Tinham quase a certeza de quem iria mandá-los ou matá-los, mas não queriam pensar nisso.

Por isso, decidiram continuar o jogo e foram ter com Sesshomaru que ainda estava sentado à beira do poço.

— Sesshomaru-sama. – chamou Aion, em tom de gozo – Porque é que está à espera de pessoas de quem não se lembra?

— Quem são vocês? – perguntou Sesshomaru calmamente, enquanto se levantava devagar.

Chronos sorriu, aproximou-se e pousou um dedo na testa de Sesshomaru, recuando imediatamente quando este tentou ataca-lo.

Sesshomaru franziu as sobrancelhas, enquanto as memórias que Chronos e Aion tinham trancado dentro da sua mente apareciam diante dos seus olhos.

— Vocês…

— Ah, e tu trataste a tua esposa de uma maneira tão má. Quase que a mataste, enquanto ela sofria… - disse Chronos, com um sorriso – Porque ela decidiu manter as memórias dela.

Quando Sesshomaru deu um passo em frente, Chronos levantou as mãos, como que a render-se.

— Vá lá. Nós não somos assim tão cruéis. – disse Chronos, enquanto Sesshomaru semicerrava os olhos – Uma vez que a Rin sofreu tanto até agora, é só justo que sejas tu a sofrer agora, não achas?

— O quê? – perguntou Sesshomaru, confuso.

— Aion, vai tratar dos outros. – disse Chronos, antes de partir – Tem cuidado com o demónio.

E sem dizer mais nada, os dois desapareceram. No entanto, Sesshomaru percebeu quando Chronos disse a Aion para ir tratar dos outros. Estava a referir-se a Yoru e a Jaken.

Quando as gotas de chuva pararam de cair Rin sentou-se na cama. Mesmo sem o ver, já sabia quem era. Finalmente, Chronos tinha chegado.

— Rin. – disse Chronos, aproximando-se com uma cara penosa – Lamento imenso pelo que aconteceu. Posso fazer alguma coisa por ti?

Rin baixou a cabeça e abanou-a, mesmo a tempo de perder o sorriso que Chronos lhe apontou. Quando ela olhou para ele outra vez, ele tinha a expressão pesada na cara outra vez.

— Vamos retificar tudo. Quando acabarmos, vais estar na aldeia, mais saudável do que nunca. – anunciou Chronos – No entanto, Rin, não é melhor apagarmos as tuas memórias também, desta vez? Pareces estar a sofrer. Não era isso que queríamos.

Ela anuiu com a cabeça, enquanto engolia as lágrimas. – Não quero lembrar-me do Sesshomaru-sama. Nunca nos devíamos ter encontrado para começar.

Chronos aproximou-se e tocou-lhe na testa. – Agora, dorme.

Depois de Rin cair na cama, inconsciente, ele suspirou rolou os ombros e saltou outra vez no tempo para a casa de Kagome. Antes de entrar, parou o tempo. Não ia cometer o mesmo erro duas vezes. Tinha de retificar a memória das duas personalidades.

No entanto, quando chegou ao quarto de Kagome, Hikari, que estava sentada na cama, olhou para ele, com um sorriso.

— Os demónios com dupla personalidade são mesmo imprevisíveis, não são? – perguntou Hikari, suspirando – Apesar de toda a gente ter ficado parada no tempo, eu consigo falar. No entanto, parece que ainda tenho pouco controlo sobre este corpo, uma vez que só consigo mexer a cabeça.

— Sua criatura bizarra! – exclamou Chronos, farto daquela personalidade – Desta vez vou certificar-me que faço tudo bem!

— Mas o teu plano não é fazer com que a minha outra personalidade volte a lembrar-se da nossa família? – perguntou Hikari – Eu não tenho nenhum problema com isso.

Chronos sorriu, aproximou-se e tocou-lhe na testa.

— Já está? – perguntou Hikari.

Chronos anuiu com a cabeça. – Mas sabes, agora é a vossa mãe que não se lembra de vocês.

Hikari arregalou os olhos, mas quando se tentou mexer não conseguiu, tal como Chronos tinha previsto. Era divertido arreliar aquela criatura nojenta.

— Volta para o teu lugar! – exclamou Chronos, tocando novamente na testa de Hikari, fazendo-a perder a consciência e cair na cama quando ele voltou a pôr o tempo a andar.

Satisfeito com o trabalho que tinha feito ali, Chronos voltou para a Era Feudal para se encontrar com Aion, que também já tinha feito o seu trabalho. Voltaram à aldeia onde Rin ia morar e trouxeram-na do tempo de Kagome de um segundo para o outro.

Chronos parou o tempo na aldeia e, já completamente curada, Aion foi colocar Rin – que continuava inconsciente – no Templo, no seu quarto. Chronos voltou a pôr o tempo a andar, olhou para o “irmão” e sorriu.

— Vamos ver como é que o jogo acaba. – disse Chronos.

Aion sorriu, mas nenhum dos dois estava a sorrir com vontade. Sim, ia ser divertido assistir. Mas agora que já toda a família – menos Rin – tinham as memórias de volta, um dos filhos iria atrás deles. E quando os encontrasse, seria o seu fim.

Quando Hikari acordou, voltou imediatamente para a Era Feudal, onde encontrou o pai ainda à espera.

— Hikari, onde é que está a tua mãe? – perguntou Sesshomaru.

— Eu não sei. – disse Hikari com as lágrimas nos olhos – Eu telefonei para o hospital antes de voltar, mas eles disseram que não se lembram de a mãe ter estado lá nos últimos dias.

— O Chronos e o Aion… - murmurou Sesshomaru – Devem ter levado a Rin de volta para a aldeia.

Hikari olhou para o chão, hesitando antes de continuar a conversa. Com medo de estar errada.

— A voz dentro da minha cabeça… - começou Hikari, obtendo a atenção do pai – Disse que a mãe não se lembra de nós.

— Pelo  que o Chronos me disse, parece que a voz dentro da tua cabeça tem razão. – murmurou Sesshomaru, sem saber o que fazer.

— Então, a mãe tem medo de nós, agora? – perguntou Hikari – Ou vai tentar caçar-nos…porque somos demónios?

— A segunda opção, Hikari. – respondeu Sesshomaru, sem hesitar – Ela é, afinal, uma sacerdotisa poderosa.

— E o que é que fazemos, agora? – perguntou Hikari.

Silêncio. Depois Sesshomaru lembrou-se.

— Para começar, temos de parar o casamento. – disse Sesshomaru – Se as minhas memórias estão corretas, quando ela estava na aldeia, disse-me que estava prometida a um monge…quando eu estava a lutar contra ela.

Sesshomaru olhou para as suas mãos. Quase que tinha matado Rin. Porque é que Chronos não tinha apagado aquela memória?

— Também temos de encontrar o teu irmão. – Sesshomaru olhou para a família que parecia extremamente preocupada – Não te preocupes. Mesmo sem aqueles dois, tenho a certeza que a Rin vai-se lembrar de nós.

Mas não se lembrava.

Por outro lado, Yoru lembrava-se agora e, como era o mais perto da aldeia, decidiu passar por lá antes de ir ter com o pai. Era a altura perfeita para consumir a mãe. Uma coisa que já devia ter feito há muitos anos atrás e que o pai e a irmã o tinham impedido de fazer.

Tal como tinha previsto, a mãe estava à espera dele, à entrada da aldeia, com um arco e uma flecha apontadas à cabeça dele.

— O que é que queres daqui, demónio? – perguntou Rin, numa voz fria e distante, como se nunca tivesse visto Yoru na sua vida.

A sua mãe não se lembrava dele, pensou Yoru com um sorriso. Qual era a diversão de ataca-la se ela nem se lembrava dele?

Seria muito mais fácil matá-la se ela se lembrasse dele e não o conseguisse atacar, porque tinha aqueles inúteis sentimentos humanos.

Então, porque é que aquela mulher não se lembrava dele!?

Rin baixou o arco e flecha lentamente quando viu lágrimas a escorrerem pela cara de Yoru.

— Desculpa. – pediu Rin, com um aperto no peito.

— Eu vim aqui para te matar! – exclamou Yoru, enquanto limpava as lágrimas – Porque é que estás a pedir desculpa!?

— Não sei. – murmurou Rin. Mas sentia que era obrigação dela, consular aquele pequeno demónio.

— Bem…se te sentes culpada… - gaguejou Yoru – Porque é que não começas por te lembrares dos teus filhos!? Depois podes sentir-te culpada por nos esqueres! E depois eu posso matar-te!!!

— Eu…não estou a perceber. – disse Rin, confusa.

— Tu és a minha…

— Yoru!

Yoru olhou para o lado e viu Hikari.

— Ela não se lembra de nada. – disse Hikari, vendo a mãe a olhar para ela chocada e com um pouco de medo nos olhos. Doía – Vamos embora. O pai está à espera.

— Depois de tudo que ela fez para unir a família!? – continuou Yoru, enquanto a irmã se aproximava – Porque é que ela não se lembra!?

— Para com isso. – pediu Hikari, parando ao lado do irmão. Se ele não parasse ela também ia começar a chorar – Para começar, tu nunca gostaste dela.

— Mas…

— Estão com mais alguém!? – exclamou Rin, interrompendo Yoru – A rapariga disse alguma coisa sobre um pai. Onde é que ele está!?

Hikari baixou a cara, para não ver a expressão na cara da mãe.

— Se não se afastarem desta aldeia dentro de dez segundos, eu vou matar-vos! – avisou Rin, levantando o arco e a flecha outra vez – Deixem-nos em paz!

Sesshomaru, que estava a uma distancia segura, de modo a que Rin não o conseguisse sentir, também virou a cara para baixo. Aquilo era pior do que quando a Midoriko tinha-se apoderado do corpo de Rin. Nesse caso, pelo menos, ainda podia estar ao lado e conversar com ela.

O que podia fazer agora, era aproximar-se aos poucos para tentar destrancar as memórias que Chronos tinha trancado e parar a cerimónia entre Rin e o tal monge. Mesmo que fosse para dar continuidade à linhagem da Midoriko, Sesshomaru não permitiria que Rin tivesse um filho com outra pessoa a não ser ele.

Viu os filhos a afastarem-se da aldeia e suspirou.

A cerimónia iria decorrer na manhã seguinte.

O que é que ele iria fazer?


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Notas finais do capítulo

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