Sesshomaru - Luz E Escuridão escrita por Mirytie


Capítulo 32
Capítulo 31 - Derrotados?


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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– Então, já percebeu? – perguntou o doutor, depois de explicar a Sesshoumaru os sintomas que a filha podia ter – As personalidades podem ser, desde muito parecidas até muito diferentes. Lamento, mas acho que os comprimidos podem ajudar.

Sesshoumaru aceitou os comprimidos porque o médico começava a chateá-los, mas Kagome já lhe tinha avisado que medicamentos normais não funcionavam em demónios ou em hanyous. Podia até piorar a situação.

Por isso, antes de entrar na casa de Kagome, onde estavam até Rin estar completamente recuperada, deitou os comprimidos no lixo e cumprimentou Hikari quando entrou. Não a queria no hospital com Rin e, em vez disso, deixava Yoru com Rin quando ele não estava lá. Como Chronos e Aion não queriam lutar contra Yoru, estava tudo resolvido.

Deviam estar a tentar descobrir o que tinha acontecido entre Aion e Hikari. Sesshomaru perguntava-se quanto tempo é que demoraria até eles descobrirem, ou se iriam descobrir.

– Provávelmente não. – respondeu Kagome, quando Sesshomaru lhe perguntou – Como disseste, um demónio com personalidade dupla é uma coisa que só existe na nossa dimensão e, mesmo que eles pesquisem, há poucos que sabem. Se tivesse que advinhar, diria que estão a observar a Hikari-chan neste preciso momento para tentar encontrar uma fraqueza. Parece-me que eles estão mais interessados no Yoru e na Rin do que em ti e na Hikari.

Claro que estavam, pensou Sesshomaru. O Yoru era um ponto de interrogação sombrio e a Rin era a descendente da miku mais poderosa que já tinha existido. Queriam destruí-los? Queriam “recrutá-los”?

Não sabia, mas não ia decidir que nenhuma das hipóteses acontecesse.

A mãe e os guardas que ela tinha trazido com ela estavam a dormir no Templo, por ordem de Kagome, que não os queria ter perto de Hikari nem de Inuyasha.

Sesshomaru achava que, às vezes, aquela humana conseguia ser mais assustadora de um demónio. Tal como a Rin, Kagome era uma miku. A única diferença era que Kagome já tinha aprendido a controlar os seus poderes. Sesshomaru planeava ficar ali até Kagome decidir partir para que ela pudesse ajudar Rin a habituar-se aos seus poderes.

Apesar dos poderes de Rin estar a um nível completamente diferente, Kagome também era descente de uma miku considerávelmente forte. Por isso, Rin estaria em boas mãos quando saísse do hospital.

Presentemente, Sesshomaru dormia no quarto onde Hikari dormia, só para ver que personalidade acordaria. Ele achava um completo absurdo. Até ali, Hikari acordara radiante como o sol. Porque é que agora ele tinha de verificar se ela ia acordar com a personalidade do Yoru?

Era um disparate, mas ele não conseguia deixar de pensar nisso e era por isso que dormia todos os dias perto de Hikari. Ela perguntava às vezes, porque é que ele fazia aquilo se não era aquela altura do mês.

Sesshomaru não respondia e a conversa ficava por ali.

Um mês e meio depois, Rin teve alta do hospital e foi escoltada por Kagome, Inuyasha e Yoru. Sesshomaru ficára com Hikari, apesar da filha ter implorado para ir com os tios e Yoru. Sesshomaru não tinha a certeza que os deuses fossem aparecer. Não terem mostrado a cara até ali já era bastante estranho. Mas tinha a certeza que não iam aparecer em frente a Rin quando ela estava a ser escoltada por Yoru, uma miku e…um hanyou.

– Não pensaste na possíbilidade de nós estarmos à espera que os outros saíssem para vos ter sozinhos?

Inuyasha, que estava no quarto com a filha, olhou para trás e viu Aion e Chronos. Aion tinha a mãe de Kagome presa, à sua frente, uma mão na garganta dela e a outra à volta da cintura, para que ela não fugisse.

– Para o caso que a pequena tentar fazer alguma coisa. – explicou Aion, apertando um pouco a garganta da mãe de Kagome – Apesar de não parecer tão violenta, hoje.

– Os outros devem estar a chegar. – avisou Sesshomaru, pondo-se em frente a Hikari.

– Sim, eu sei. – disse Aion, lembrando Sesshomaru que ele era o deus do espaço – O Chronos pode sempre parar o tempo até descobrirmos porque é que estás a proteger a pequena.

– É verdade. – concordou Chronos – Ele parece muito protector em relação à pequena. O que é que ela tem? É só meia demónio.

– Se sabem disso, porque é que estão aqui? – perguntou Sesshomaru.

– Eliminar os mais fracos primeiro. – disse Chronos – Não quero ofender-te Sesshomaru, mas os outros dois são muito mais interessantes do que um simples daiyoukai.

– Se eu vos dissesse como aviso, vocês iriam? – perguntou Sesshomaru, vendo a filha confusa.

– Aviso? – Chronos riu-se – Do que é que estás a falar daiyoukai? Achas que temos de ter medo de vocês?

Sesshomaru não respondeu já que a resposta que lhes ia dar ira parecer-lhes ridicula e Hikari perceberia que alguma coisa estava errada. No entanto, o facto de Aion estar a magoar um ente querido de Hikari já era um grande risco.

– Deixem-na ir! – pediu Hikari, escondida atrás do pai – Eu não fazer nada!

– Dizes isso. – disse Aion – Mas naquela altura não parecias saber muito bem o que estavas a fazer. Ainda te lembras?

Hikari não se lembrava mas também não queria tentar lembrar-se porque, quando tentava, uma voz na sua cabeça tentava persuádi-la a tomar o comando. Tal como naquele momento, enquanto via a mãe da tia a ser maltratatada por Aion. A voz murmurava “eu tomo conta dele, fecha os olhos por cinco minutos.”

– Tem calma, Hikari. – pediu Sesshomaru, como se soubesse o que ela estava a pensar – Os outros já devem estar a chegar.

– Mas se a mãe chegar enquanto eles estão a aqui, eles vão atacá-la. – disse Hikari, com uma dor de cabeça enorme – E ela vai morrer.

– Ninguém vai morrer. – assegurou Sesshoumaru.

– Não, a pequena tem razão. – disse Chronos – Quando eles chegarem, vamos lutar com eles e provávelmente matar os mais fracos. Tal como faremos a esta humana em breves instantes.

Hikari viu Aion a apertar a garganta da mãe da tia, suspirou e sorriu.

– Vocês não deviam fazer isso a qualquer pessoa. – Hikari puxou o cabelo para trás e saiu de trás do pai – Podem pousá-la? Ela parece estar a ter problemas a respirar.

Aion riu-se e apertou mais um bocado até se aperceber que Hikari tinha trespassado o seu estômago com a mão. Automáticamente, largou a mãe de Kagome, que caiu de joelhos no chão.

Quando tirou a mão de dentro de Aion, Hikari olhou para a sua mão ensanguentada e começou-se a rir.

– Isto é mesmo divertido. – chocando o pai, Hikari lambeu um dedo e fez cara feia – Mas sabe mal. Será que o deus do tempo sabe melhor?

– Pirralha! – Chronos investiu, mas Hikari saltou, agarrou a cabeça dele e mandou-a contra o chão com toda a força.

– Para além de estragarem relógios e saltarem de lugar para lugar, o que é que conseguem fazer. – mais uma vez chocando o pai, Hikari passou um dedo pelo sangue de Chronos, espalhado no chão e lambeu-o – Não sabes melhor.

Hikari espreguiçou-se, virou-se para trás, olhou para trás e sorriu inocentemente.

– Vocês estão bem? – perguntou Hikari, pegando na mão de Aion sem sequer olhar, que a planeava atacar por trás e torcendo-a – Porque é que não desaparecem como fizeram da última vez? – sugeriu ela, virando-se para olhar para ambos. O sorriso desapareceu – Porque, se tocarem na minha mãe, vão morrer.

Chronos levantou-se, com os lábios a sangrar, o nariz partido e um olho vermelho.

– Tu és uma hanyou! – exclamou Chronos, chateado por uma criatura incompleta a ter deitado ao chão.

– Vocês são deuses. – disse Hikari, simplesmente – Já todos sabemos o que é que somos? Agora que a mãe da minha tia está a salvo, a minha outra “eu” está a tentar sair.

– A tua outra “eu”? – Chrono olhou para Sesshomaru – Era isto que estavas a tentar dizer?

– Eu quero mesmo matar-vos. – comentou Hikari, olhando para Aion que estava no chão, com um buraco no estômago e um braço partido – Acho que vai ser dificil fugirem com o teu colega neste estado.

Chronos parou o tempo naquele quarto e limpou o sangue que lhe tinha começado a pingar do nariz partido.

– Quem é que vai matar quem. – murmurou Chronos. No entanto, quando levantou uma mão contra Hikari, sentiu choques a trespassar-lhe o corpo.

Olhou para trás e viu as duas mikus, que tinham erguido barreiras em volta de Sesshomaru, Hikari e a mãe de Kagome.

– Devias ter pensado em parar o tempo na casa toda. – disse Inuyasha com a espada na mão.

Era o que ele ia fazer, até ver Yoru com as sobrancelhas franzidas. Conseguia sentir a ira do míudo de longe.

– Afastem-se do meu pai. – ordenou Yoru, aproximando-se – Desapareçam!

E, tal como os guardas que tinham ido atrás de Hikari, Chronos e Aion desfizeram-se em pó. O que salvou os restantes foi o facto que tinha sido Rin a fazer as barreiras. E, mesmo assim, estas racharam um pouco quando a onda de poder se espalhou.

Sem fôlego, Yoru viu o tempo a começar a andar de novo dentro do quarto, mas a irmã não parecia a mesma. No entanto, quando viu a mãe, sorriu e foi abraçá-la. Sem sorrir, Rin colocou uma mão na cabeça de Hikari, gentilmente e suspirou.

– Volta, Hikari. – ordenou Rin, fazendo a filha desmaiar nos seus braços.

– O que é que se passou aí? – perguntou Kagome, confusa.

– O Yoru contou-me da condição da Hikari, Sesshomaru-sama. – explicou Rin – Não sei porque é que não me disse. Eu sou provávelmente a única capaz de trazer a Hikari de volta quando ela ficar assim.

– Ainda estás em recuperação. – Sesshomaru aproximou-se e pegou na filha – Não devias preocupar-te com pequenas coisas como esta.

– Acha mesmo que é pequena? – perguntou Rin, olhando Sesshomaru nos olhos.

Ele limitou-se a virar costas e a deitar a filha na cama.

Evitar perguntas daquele tipo era a especialidade dele, pensou Rin, vendo-o a cobrir a filha, ainda inconsciênte. Parecia que o poder de Rin era demasiado para ela aguentar.

De volta à sua dimensão, negra e destruída, e às suas formas, Chronos e Aion descansavam num sitio isolado, até as feridas sararem.

–Foi porque ela nos apanhou desprevenídos. – disse Chronos, com queimaduras por todo o lado, graças ao ataque de Yoru. Mal tinham conseguido escapar vivos – Foi porque estávamos naquela forma humana.

– Não te iludas. – disse Aion, sentado no chão, com uma mão na ferida que Hikari lhe tinha infringido no estômago – Aquela criatura…ela passou de zero a cem num piscar de olhos, quando eu ameacei matar aquela humana.

– Não foi o poder que aumentou. Se tivesse aumentado, eu conseguria sentí-lo. – disse Chronos, sentando-se também – Ela ficou mais cruel.

– Preversa. – adicionou Aion, olhando para a sua mão – Como se nos quisesse comer realmente.

– Pelo que sei, os hanyous, costumam limitar-se a seres inferiores. – disse Chronos – Porque é que ela seria diferente?

– Temos de descobrir. – disse Aion – Ela e o irmão…são uma ameaça.

– Mesmo aqui? – perguntou Chronos.

– Se a hanyou ficar daquela maneira outra vez, vai querer vir atrás de nós. – disse Aion – Talvez por vingança…talvez apenas por diversão. Mas não podemos arriscar.

– Matá-la? – sugeriu Chronos.

– Trazê-la para o nosso lado. – corrigiu Aion.

– E o miudo? – perguntou Chronos.

– Matá-lo. – respondeu Aion – Ele está demasiado afeiçoado ao pai para considerar passar para o nosso lado. Vamos focar-nos na hanyou.

Rin acordou um par de horas depois, na cama de Kagome, rodeada pelos pais e pelo irmão, confusa, sem saber o que se tinha passado.

Levantou-se lentamente, chamando a atenção da familia.

– O que é que se passou? – murmurou Hikari – Onde é que estão os deuses?

– O teu pai livrou-se deles. – mentiu Rin – Tu foste atingida e ficaste inconsciente.

– Que grande ajuda que fui. – comentou Hikari, olhando para o pai – Peço desculpa.

– Não peças. – disse Sesshomaru, virando costas – Descansa. Amanhã voltamos à nossa Era. Estou farto desta.

– Tem a certeza que isso é aconselhável, Sesshomaru-sama? – perguntou Rin – O seu clã ainda anda atrás da Hikari.

– Eu vou falar com a minha mãe. – disse Sesshomaru – Amanhã partimos. Preparem-se.


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Notas finais do capítulo

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