Sesshomaru - Luz E Escuridão escrita por Mirytie


Capítulo 31
Capítulo 30 - A Parte Negra


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-.^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/247383/chapter/31

Rin abriu os olhos e viu-se envolvida por um tipo de bola que a protegia do exterior. Ela prórpia tinha feito aquilo, inconsciênte, depois de sentir a presença de Chronos e Aion. O que se só continuava a mostrar o tamanho do seu poder.

Infelizmente, estava entubada e ligada a vários fios, por isso não se conseguia mexer. Quando viu os médicos, pensou que eles não iriam conseguir entrar mas, parecia que aquela protecção escolhia quem entrava ou não por conta própria.

Assim, quando os médicos a viram a lutar para respirar, tiraram o tubo que tinham pela sua garganta abaixo. Rin tossiu violentamente, pensando que óbviamente não conseguiam ver a bola à sua volta.

– Como é que se sente? – perguntou um dos médicos, enquanto escultava o seu peito – Não pode fazer movimentos bruscos enquanto não soubermos se o seu corpo aceitou completamente o novo coração. Mas, por agora, parece estar tudo bem.

Rin sorriu e tentou olhar pela janela, mas estava demasiado fraca para sequer mover a cabeça.

– Onde é que está o resto da minha familia? – perguntou Rin.

– O seu marido e o seu filho mais novo sairam há pouco. – respondeu o médico – A sua filha está no quarto ao lado, a recuperar, rapidamente.

Rin sorriu outra vez e fechou os olhos. Afinal estava tudo bem. Não sabia porque é que o seu subconsciênte tinha criado aquele escudo.

...

Sesshomaru e Yoru pararam em frente a Aion e Chronos, enquanto os deuses do tempo e espaço sorriam para eles.

– Dois estão aqui. – disse Chronos, olhando para Aion – Podes ir buscar os outros dois?

Aion estava pretes a dar um passo, até ver Hikari à porta do hospital, ainda com bata branca.

– Parece que a que estava à janela também está aqui. – informou Aion, fazendo Sesshomaru e Yoru olharem para trás – Devo ir buscar a miko?

– Sim, faz isso. – respondeu Chronos – Apesar de ela parecer estar fraca, deve ser divertido ver como eles reajem se a miko também estiver aqui.

Mais uma vez, Aion ia dar um passo em frente mas, em dois segundos, estava no chão. Com os pés descalços, Hikari estava agora ao lado de Chrnos, depois de deitar Aion ao chão e surpreender toda a gente.

– A minha mãe não pode levantar-se. – disse Hikari numa voz soturna – Não podem ir buscá-la.

Chronos olhos para a rapariga, com os olhos vermelhos e as púpilas estreitas.

– Hikari. – chamou Seshomaru.

Quando o pai a chamou, os olhos de Hikari voltaram ao normal, ela olhou em volta e depois para o pai.

– Onde é que eu estou? – perguntou Hikari – Quem são estes?

– Yoru. – disse Sesshomaru, sem tirar os olhos de Hikari – Vai buscar a tua irmã.

– O quê? – perguntou Yoru, chocado – Porquê eu?

–Vai! – exclamou Sesshomaru, vendo Yoru a ir imediatamente.

Se aqueles “deuses” sabiam quatro deles ali, também sabia o tamanho dos poderes deles. Deviam ter ficado surpreendidos com Hikari mas, tal como previra, Chronos afastou-se um pouco quando Yoru se aproximou.

Os poderes de Yoru eram um ponto de interrogação negro e sombrio que eles ainda não deviam querer confrontar. Aliás, só deviam ter ido ali para os ver e “experimentar as águas”.

Quando Yoru voltou com a irmã pela mão, Chronos ajudou Aion a levantar-se e sussurrou a Aion que tinham de ir.

Sesshomaru não ficou surpreendido quando eles desapareceram simplesmente. Provávelmente, Chronos tinha parado o tempo e Aion tinha-os tirado dali nalguns segundos.

– Vamos ter com a vossa mãe. – disse Sesshomaru – Yoru, trás a tua irmã.

Yoru suspirou, mas continuou a levá-la pela mão, enquanto Hikari olhava para o chão, confusa.

– O que é que achas que aconteceu? – perguntou Yoru, enquanto caminhavam pelos corredores.

– Talvez... – Sesshomaru olhou de lado para a filha – Não, não sei.

– O que é que é que estava a pensar que era? – perguntou Yoru, sabendo que o pai devia ter algum tipo de teoria.

– Não sei. – respondeu Sesshomaru, já que não gostava de dizer nada sem ter certeza – Limita-te a tomar conta da tua irmã e da tua mãe.

– Onde é que vai? – perguntou Yoru, quando chegaram ao quarto de Rin – E se eles voltam?

Sesshomaru olhou para Yoru durante alguns segundos. – Eles não vão voltar.

Yoru queria argumentar mais um bocado, mas o pai virou costas, deixando Yoru a perguntar-se porque é que ele ia deixá-los, depois do que tinham acabado de passar.

Mas Sesshomaru já tinha sentido a presença da mãe e talvez ela soubesse o que tinha acontecido com Hikari. Porque ele não gostava da sua teoria.

Yoru olhou para dentro do quarto e viu a bola protectora em volta de Rin e suspirou. Por momentos, achou que ia ser impossível passar pela protecção, mas, quando viu Hikari, sorriu e prosseguiu mas levou um choque quando tentou entrar, acordando Rin.

– Porque é que eu não posso entrar!? – protestou Yoru.

– Porque o subconsciente da mãe pensa que queres fazer-lhe mal. – disse Hikari, aproximando-se da mãe, que não sabia o que estava a acontecer – Porque é que não ficas aí?

– Peço desculpa. – disse Rin – Eu não sei como desfazer isto.

Yoru cruzou os braços e saiu do quarto para ir esperar na sala-de-espera.

...

Sesshomaru chegou a casa da mãe de Kagome em cinco minutos e viu imediatamente dois dos guardas do seu clã. Depois a mãe saiu da casa porque, óbviamente, também já o tinha sentido.

– Precisamos de falar. – disseram os dois ao mesmo tempo.

– A Hikari. – disse Sesshomaru, antes que a mãe tivesse tempo de falar – Acho que ela não é só um hanyou.

– Sim. – concordou Hana – Eu também senti.

– Como é que ela conseguiu deitar aquele demónio ao chão em dois segundos? – perguntou Sesshomaru.

– Tu já sabes, filho. – disse Hana, confirmando as suspeitas e os medos de Sesshomaru – Já ouviste falar, não já? Dos demónios com dupla personalidade...

...

Demónios com dupla personalidade. Eram demónios demasiado raros para serem conhecidos por pessoas ou outros demónios normais.

Metade dos demónios com dupla personalidade eram, como no caso de Hikari, hanyous. Esses eram os piores porque, para além de não conseguirem controlar o seu sangue de demónio, tinham uma personalidade aterradora.

Existia uma regra silênciosa que ditava que esse tipo raro de demónios deviam ser mortos ou contidos mal fossem encontrados. Já que a maior parte dos demónios com dupla personalidade não eram treinados, não era tão dificil matá-los ou contê-los.

Mas Hikari tinha sido especialmente treinada para ser herdeira, por um daiyoukai que se intitulava o mais poderoso de todos. Para adicionar a isso, ainda não sabiam se ela tinha herdado algum poder da mãe.

Normalmente, os demónios com dupla personalidade, para além de serem extremamente raros, não eram facilmente distinguidos de um demónio ou hanyou normal, porque a segunda personalidade podia nunca se manifestar.

Mas, quando se manifestava, a segunda personalidade era o oposto da primeira. Dependendo da primeira personalidade do demónio, isso podia ser bom ou mau.

No caso de Hikari, era extremamente mau, porque a primeira personalidade dela era mais brilhante do que o sol. O que queria dizer que a segunda seria mais negra do que uma noite de lua nova sem estrelas.

A segunda personalidade era “activada” mal tinha uma oportunidade. Normalmente, quando alguém querido estava em perigo ou quando via um oponente forte com quem gostaria de lutar.

Hikari sentou-se gentilmente ao lado da mãe, sorriu e encostou a cabeça à dela.

– O que é que os médicos disseram? – perguntou Hikari, enquanto Rin fazia-lhe festinhas na cabeça.

– Eles disseram que parece estar tudo bem, até agora. – disse Rin, sorrindo também – E tu?

– Eu estou ótima. – disse Hikari pondo uma mão na barriga dela – Nem uma cicatriz.

...

– É como se fosse dois demónios. – disse Hana, levantando dois dedos – O que quer dizer que também tem o dobro do poder de cura.

– Qual é a diferença entre um hanyou descontrolado e um demónio com dupla personalidade? – perguntou Sesshomaru.

– Um demónio com dupla personalidade nunca se atreverá a atacar aqueles que ama, enquanto um hanyou descontrolado ataca quem estiver no seu caminho. – explicou Hana – O caso da Hikari é muito diferente. Normalmente, os demónios com dupla personalidade ficam bons quando trocam porque já eram maus, para começar. Mas a Hikari...

Ficaram os dois em silêncio. Sesshomaru a pensar no que tinha acontecido com Aion.

– As segundas personalidades costumam ser mais poderosas? – perguntou Sesshomaru.

Hana abanou a cabeça. – Mais poderosas não mas, no caso da Hikari, deve ficar com mais raiva. É mais malvada. Por isso, ao contrário da primeira personalidade dela, que reconhece que não deve lutar contra alguém ou fazer certa coisa, a segunda personalidade lutará e fá-lo-á com um sorriso na cara.

– Porquê agora? – perguntou Sesshomaru, enquanto a mãe de Kagome lhes servia chá – Ela estava bem até agora.

– Porque é que os poderes da Rin se forteleceram agora? – lembrou Hana, pegando numa chavena.

– Yoru?

– Yoru. – confirmou Hana – A personalidade dele deve ter, de alguma maneira, despertado a segunda de Hikari.

– É perigoso? – perguntou Sesshomaru, vendo a mãe a abanar a cabeça.

– Ao contrário de quando o seu sangue de demónio se descontrola, a segunda personalidade dela não é perigosa para a tua familia. – Hana levantou um dedo, quando o filho se ia levantar – A Hikari tem duas personalidades dentro dela a lutarem para serem a principal. A primeira costuma ser sempre a mais forte mas, se o clã souber disto, podem estar abertos a aceitar a segunda personalidade de Hikari como tua sucessora. Toma a segunda personalidade como uma vilã e não digas nada disto à Hikari.

– Porquê? – perguntou Sesshomaru.

– Uma vez, quando conseguimos encontrar um demónio com dupla personalidade, ele cofessou que as noites eram as piores. Porque a segunda personalidade dele controlava os seus sonhos e tentava convencê-lo a desistir da sua posição. – respondeu Hana – Se a Hikari não os tem, não lhe digas nada.

...

Hikari tinha esses sonhos desde criança, mas pensava que aquela voz na sua cabeça era apenas o seu amigo imaginário.

– Não devia estar aqui. – disse um dos médico para Hikari, quando entrou no quarto de Rin – Ainda não sabemos como estão as suas feridas.

– Curadas. – disse Hikari, batendo duas vezes no peito com um sorriso na cara – Como é que está a minha mãe?

– Ela parece estar bem. – respondeu o médico, fascinado com a velocidade com que Hikari se tinha curado – Mas vai ter de ficar aqui mais um bocado.

– Não faz mal. – disse Hikari, levantando-se – Eu vou estar na sala-de-espera com o Yoru, à espera do pai.

– Onde é que está o Sesshomaru-sama? – perguntou Rin.

– Não sei. – respondeu Hikari, tentando lembrar-se do que tinha acontecido.

– Pode pedir as suas roupas à enfermeira. – disse o médico, ao ver Hikari pôr as mãos na cabeça – Sente-se bem?

– Ah! Sim! – disse Hikari, afastando a voz da cabeça – Eu vou buscar as minhas roupas.

Rin esperou que a filha saísse do quarto e olhou para o médico. – Talvez deva falar com ela.

– Não se preocupe. – pediu o médico – Eu vou fazer-lhe mais alguns exames só para prevenir.

– Obrigada. – agradeceu Rin.

...

Sesshomaru foi a pensar no que a mãe lhe tinha dito até ao hospital por isso, já se tinha passado quase uma hora quando chegou lá. E foi confrontado com o médico e uma embalagem de comprimidos.

– Nós fizemos um exame ao cerebro da sua filha que mostra sinais dupla personalidade. – disse o doutor, com uma cara séria – Peço imensas desculpas.

Sesshomaru suspirou e contornou o doutor para ir para a sala-de-espera. Decidira não contar a Rin para que ela não tivesse de se preocupar com mais nada, por enquanto.

Ao ver o pai a entrar, Hikari sorriu e levantou-se.

– Já sabes o que eu tenho? – perguntou Hikari – O médico disse que me ias contar quando chegasses.

– Não tens nada. – mentiu Sesshomaru, sentando-se ao lado de Yoru – Os curandeiros enganaram-se.

– Oh... – Hikari sentou-se – Isso acontece?

– Acontece. – disse simplesmente Sesshomaru.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentários?