Sesshomaru - Luz E Escuridão escrita por Mirytie


Capítulo 29
Capítulo 28 - Aquela Imortal


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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A operação de Rin demorou uma eternidade não só para Sesshomaru, mas também para Yoru, que não estava habituado a esperar por ninguém. No entanto, em vez de estarem na sala-de-espera, uma vez que o médico já lhes tinham dado permissão para visitar o quarto de Hikari, era lá que eles estavam.

– O curandeiro disse que nos avisava quando a Rin saísse. - murmurou Sesshomaru para si mesmo, encostado à porta transparente do quarto de Hikari, olhando para o corredor - Quanto tempo é que já passou?

Uma vez que sabia que o pai não esperava uma resposta, Yoru não lha deu.

– As coisas neste tempo são estranhas. - comentou Yoru, olhando para as máquinas a que a irmã estava ligada - Passaram-se assim tantos anos desde a nossa Era e esta Era?

Sesshomaru olhou para Yoru rapidamente e depois voltou a sua atenção novamente para o corredor.

– A mulher que está com o Inuyasha pode iluminar-te sobre essa parte. - respondeu Sesshomaru - O curandeiro disse quanto tempo é que ia demorar...?

Yoru suspirou. - Porque é que não vai falar com o curandeiro, pai?

– Porque ele está com a Rin. - respondeu Sesshomaru, como se o filho fosse estúpido.

Yoru voltou a olhar para Rin. Por curiosidade, levantou os cobertores para ver a gravidade das feridas dela. Quando os demónios eram feridos como Hikari tinha sido, estes curavam-se completamente em um ou dois dias. No entanto, Hikari era apenas metade demónio.

Ele olhou mas só conseguiu ver cicatrizes. Afastou-se imediatamente. Ela não podia ter a capacidade de curar-se tão rapidamente. Tinha de ser por causa do que o curandeiro tinha-lhe feito, ou do sangue que o pai e a mulher tinham-lhe proporcionado.

– Yoru, o que é que estás a fazer? - perguntou Sesshomaru quando o filho deixou cair a cadeira - As assistentes dos curandeiros disseram que não podemos fazer barulho aqui.

Sem saber por que é que o filho estava tão chocado, olhou para Hikari e quase sorriu quando viu a filha a abrir os olhos. Felizmente, não estava entubada por isso, só teve de tirar a máscara de oxigénio que tinha a tapar a boca e o nariz.

– Onde é que estou? - perguntou Hikari, olhando para Yoru e depois para o pai - Onde está a mãe? O que é que aconteceu?

Sesshomaru aproximou-se e decidiu não responder à terceira pergunta.

– Estás no hospital. Lembras-te quando estivemos aqui com a tua mãe? Depois do Yoru nascer? - Hikari anuiu e Sesshomaru continuou - A tua mãe está com os curandeiros a arranjar o coração.

– Ah, lembro-me. - disse Hikari, referindo-se à mãe - Ela tinha o coração fraco, por isso os curandeiros têm de lhe dar um coração novo.

– Exactamente. - confirmou Sesshomaru, enquanto Yoru observava de longe.

Como é que ela podia estar acordada e a falar? Será que o pai também percebia que aquilo era extremamente estranho, não só para um demónio, mas ainda mais para uma hanyou?

Seria por a mãe ser uma miko? Se assim fosse, por muito que gostasse de ser um demónio completo, como o pai, queria ter um pouco de poder da mãe como a hanyou tinha.

Porque, se não fosse da miko, de onde é que vinham os poderes?

...

Rin saiu três horas depois e foi colocada nos cuidados intensivos, o que significava que Sesshomaru ainda não podia ir visitá-la.

No entanto, o médico tinha ido ter com Sesshomaru para lhe dar algumas informações sobre o que teriam de fazer depois de Rin sair do hospital. O "curandeiro" começou por dizer que a operação tinha corrido lindamente e que Rin tinha agora um novo e poderoso coração. No entanto, teria de ficar no hospital durante um par de semanas para confirmar que o corpo não rejeitava o coração. Depois, teria de tomar algum tipo de drogas durante um par de meses, para que o coração continuasse a bater de maneira saudável.

O curandeiro deu-lhe um papel com o nome das drogas que ele lhe tinha de dar e disse-lhe que podia levantar aquilo em qualquer farmácia. O primeiro pensamento de Sesshomaru foi que tinha de perguntar à humana o que era uma "farmácia".

Depois, a pergunta inevitável: "Porque é que a menina Hikari ficou melhor depois de lhe darem uma junção do sangue do pai e do sangue da mãe?" e "Porque é que o filho deles tinha mencionado demónios?"

Sesshomaru não sabia o que havia de dizer porque não podia dizer nada que soasse real para aquele curandeiro. Por isso, em vez disso, tentou desviar a conversa para a condição de Hikari e a condição de Rin.

O que não devia ter feito porque, quando o médico foi ver como estava Hikari e reparou, tal como Yoru tinha visto, que as feridas dela estavam a cicatrizar muito mais depressa do que deviam, o curandeiro ficou com mais perguntas para fazer a Sesshomaru.

Sesshomaru fingiu-se de impressionado também e olhou para o filho rapidamente para que ele o seguisse e mentisse ao médico. Por isso, Yoru também se fingiu de chocado e até conseguiu que o curandeiro pensasse que ele estava preocupado com a hanyou, quando foi até ao lado dela e começou a comportar-se como um verdadeiro irmão.

– Então vocês não sabem de nada? - perguntou o médico.

– Nada. - confirmou Sesshomaru.

– Muito bem. - disse o médico, franzindo as sobrancelhas - Mas vamos ter de lhe tirar um pouco de sangue.

– Para quê? - perguntou Sesshomaru, mantendo-se calmo.

– Bem, nós conseguimos identificar o tipo de sangue da sua esposa. - explicou o médico - Mas não temos o seu tipo de sangue no nosso banco de informações. Gostávamos de analisar mais um bocado. Com o seu consentimento, claro.

– ...o que é que quer dizer "consentimento"? - perguntou Sesshomaru.

– Ele quer examinar o teu sangue pai. - explicou Hikari - Mas precisa que aceites que ele o faça.

– Não. - foi a resposta imediata de Sesshomaru - E o Yoru também não "consente". O sangue que entrou no corpo da minha filha é o único que vão tirar de mim.

O médico pressionou os lábios um contra o outro, enquanto pensava no que dizer a seguir para obter a cooperação deles. No entanto, uma enfermeira entrou no quarto antes de o médico poder continuar a conversa.

– Senhor Sesshomaru? - perguntou a enfermeira - Você tem uma chamada de uma senhora chamada Kagome.

Sesshomaru olhou outra vez para Hikari.

– Podes ir com a enfermeira, pai. A tia Kagome quer falar contigo. - disse Hikari - Tens de pôr aquilo que a enfermeira te vai dar ao ouvido.

Sesshomaru anuiu e seguiu a enfermeira.

– O seu pai tem alguma doença mental? - perguntou o médico, depois de Sesshomaru ter saído, achando estranho a maneira de como a filha tinha explicado as coisas ao pai.

– Não. - respondeu Hikari, enquanto Yoru tentava não se rir - Mas tem uma audição incrível.

...

Depois de ouvir o médico a perguntar à filha se ele tinha alguma doença mental, Sesshomaru tentou controlar-se e seguiu a enfermeira até ao balcão da entrada, aonde ela lhe deu aquele aparelho que Hikari lhe tinha dito para pôr na orelha.

"Sesshomaru, temos um problema." disse Kagome "O exercito da tua mãe foi à nossa aldeia à vossa procura."

– Mataram alguém? - perguntou Sesshomaru, sentindo-se um pouco culpado.

"Não." respondeu Kagome "Só queriam saber onde é que vocês estavam. Eu saí de lá com o Inuyasha, mas alguém pode ter-nos visto a entrar no poço."

– Mas eles não conseguem atravessar o poço. - disse Sesshomaru.

"Só estou a contar-te para teres cuidado." avisou Kagome "Nunca se sabe o que a tua mãe pode fazer para conseguir atravessar Eras."

...

– Já encontraram alguma coisa? - perguntou Hana, sentada no seu trono.

– Depois de vermos a Kagome-san a atravessar o poço, os soldados começaram à procura de alguma coisa para copiar a magia que eles usaram para atravessar o poço. - disse o soldado.

– E então? - perguntou Hana.

– Encontramos a resposta. - disse o soldado, dando um passo para o lado, mostrando a miko pessoal do clã.

Ela sorriu para Hana, tal e qual tinha sorrido quando lhe dissera que o filho ficaria sozinho durante dezenas de anos. Como se não tivesse envelhecido um dia. O que era estranho, porque a sua outra miko tinha-lhe dito especificamente que as mikos não tinham a permissão para prolongarem a sua vida ou preservar o seu corpo.

– Lembra-se de mim, Hana-sama?


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Notas finais do capítulo

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