Sesshomaru - Luz E Escuridão escrita por Mirytie
Notas iniciais do capítulo
Enjoy ^-^
Tal como Rin lhe tinha implorado, Yoru voltou para trás para ajudar o pai e a hanyou a lutar contra o grande exército da sua avó. Enquanto ia a correr o mais rapidamente possível, pensava num plano para a luta não incluir um banho de sangue e três corpos sem vida.
Tinha quase a certeza do que tinha de fazer para garantir uma "vitória" quase automaticamente. Mas ele teria de ficar para trás, enquanto o pai e a meia-irmã fugiam para ir ter com a humana e passar pelo poço...o que quer que aquilo quisesse dizer.
Afinal, eles iam atirar-se de um poço e era isso que os ia salvar? Bem...eles deviam saber o que estavam a fazer.
Quando chegou ao local, o cenário era horrível. O pai estava com um braço a sangrar e só tinham derrotado cerca de doze guardas. Infelizmente, Hikari não se tinha transformado e estava de momento a lutar contra três guardas ao mesmo tempo, apenas com a sua espada. A razão para não se ter transformado, era porque ainda não tinha sido ferida...o que era uma coisa extraordinária. Provavelmente o pai tinha-a ajudado e era por isso que ele estava ferido.
Quando viu os olhos do pai a ficarem vermelhos e a transformar-se em demónio, Yoru ficou sem respiração. Nunca tinha visto uma coisa mais majestosa.
No entanto, Hikari não ficou a trás quando derrotou os três guardas com um movimento. Depois olhou para trás e reparou na presença do irmão mais novo.
– Yoru. - chamou Hikari, aproximando-se enquanto se desviava de mais guardas que a tentavam atacar - O que é que estás aqui a fazer? Onde está a mãe?
– A mulher disse para eu vir ajudar-vos para que tu pudesses ir até ela mais depressa e passarem pelo poço. - explicou Yoru, mas a atenção de Hikari já tinha ido para outro lugar.
– Pai! - gritou Hikari, correndo para ele quando Sesshomaru levantou a pata para um dos guardas. Surpreendendo Yoru, ela pôs-se em frente dele, levando com o ataque.
Hikari foi mandada para longe com o ataque do pai. A roupa de treino branca começou a ficar vermelha aos poucos. Yoru não sabia mas, se Sesshomaru atacasse nem que fosse um dos guardas, seria considerado um traidor e nunca mais teria hipóteses de recuperar a confiança do seu clã.
Era por isso que Hikari se tinha posto em frente a ele e também tinha sido por isso que não tinha deixado o pai mover-se durante aquele tempo inteiro, excluindo a parte em que ele se pôs à sua frente e magoou o braço.
De resto, Hikari tinha sido a única a atacar. Para começar, Yoru devia ter notado que a irmã parecia extremamente exausta.
Ao ver que tinha atacado Hikari, Sesshomaru voltou à sua forma humana e foi a correr para a filha, agora inconsciente.
– Sesshomaru-sama. - disse um dos guardas - Por favor, entregue a hanyou e a humana.
– Ele não vai entregar a hanyou nem a humana. - disse Yoru, dando um passo em frente - Agora, desapareçam.
– Yoru-sama, por favor. - pediu um dos guardas - Peço que se afaste.
A Hanna-hime tinha-lhes avisado para não se aproximarem muito dele pois não sabia do que ele era capaz.
– Eu disse para desaparecerem! - gritou Yoru.
...
Rin ouviu passos e saiu de cima de Ha-Uh.
Quando viu Yoru sorriu, mas o sorriso desapareceu quando Sesshomaru apareceu atrás dele, com Hikari desmaiada nos seus braços, com a roupa manchada de sangue.
– Temos de ir, agora. - disse Sesshomaru, continuando a andar, como se nada fosse - Jaken.
– Sim senhor. - disse Jaken, começando a seguir o seu mestre.
– O que é que aconteceu!? - perguntou Rin, correndo atrás deles - Porque é que ela está assim!?
– Ela não precisa de estar consciente para a "passagem" funcionar? - perguntou Yoru, sem saber muito bem do que estava a falar.
– Esperemos que não. - disse Sesshomaru, ignorando a pergunta de Rin.
– Sesshomaru-sama! - exclamou Rin, quando chegaram ao poço - Por favor!
– A Hikari precisa de ver um daqueles curandeiros que te ajudaram. - disse Sesshomaru, finalmente. Não lhe queria dizer que quase matara Hikari - Ah-Hu, tu ficas com o rafeiro e a mulher dele até voltarmos.
Com uma expressão preocupada, Rin pegou cuidadosamente na filha e entregou-a a Sesshomaru depois de ele descer ao poço. Depois de estarem todos lá dentro - incluindo Yoru - esperaram e esperaram, mas continuava tudo escuro.
– Ela tem de estar consciente para funcionar. - disse Yoru, quebrando o silêncio - Ela não está morta. Ainda. Alguém tem de acordá-la. Nem que seja por alguns segundos.
– Ela pode descontrolar-se se levantar-se e sentir a dor da ferida. - lembrou Sesshomaru.
– É a nossa única hipótese. - disse Yoru - Podem vir mais guardas quando as notícias dos anteriores chegar aos ouvidos da avó.
– Hikari. - murmurou Rin, antes de Sesshomaru ter tempo de refutar o que Yoru tinha dito - Acorda, querida.
Nada.
Rin tentou outra vez, agora um pouco mais alto. Hikari abriu um pouco os olhos e apareceram lágrimas nos olhos dela.
– Mamã, doí. - murmurou Hikari, desorientada - Onde é que estamos?
– Hikari. - disse Rin, também com as lágrimas nos olhos - Tens de nos tirar daqui.
Hikari olhava à sua volta para tentar perceber onde estava e o que estava a acontecer. Ao ver isso, Yoru aproximou-se.
– Hanyou, precisamos que nos leves até ao tempo da minha suposta "tia"! - gritou Yoru, obtendo a atenção de Hikari - E tu precisas que cheguemos lá rapidamente.
Hikari olhou para o irmão e, de um momento para o outro, o poço encheu-se de luz. Hikari já estava outra vez inconsciente quando chegaram ao outro lado.
– Ela está a perder muito sangue. - disse Sesshomaru para Rin - Eu vou à frente com ela. Tu disfarças o Yoru e vens ter comigo.
Rin anuiu com a cabeça e ficou a ver o marido e a filha a partirem.
– O que é que o pai quis dizer com "disfarçar"? - perguntou Yoru, um pouco assustado.
...
– O que é que aconteceu!? - gritou Hanna, levantando-se do seu trono abruptamente.
– Segundo o que os demónios lá perto viram. - disse um dos guardas - O Yoru-sama apareceu, disse para eles desaparecerem e, quando os guardas não o fizeram, o pequeno mestre gritou e uma onda de pó negro espalhou-se que desfez os guardas completamente. A senhora tinha razão. Não sabemos mesmo a extensão do poder do rapaz.
– A Hikari...
– A hanyou foi atingida com o ataque do Sesshomaru-sama quando este os tentou atacar. - reportou o guarda - Parece que estava em estado critico.
– O meu filho?...
– Estava na sua forma normal quando atacou a hanyou. - respondeu o guarda, sabendo o que Hanna queria saber.
Hanna tapou a boca com uma das mãos e os olhos encheram-se-lhe de lágrimas. Tinha dito ao filho que alguém podia acabar morto se ele não lhe desse ouvidos, mas não esperava que fosse a herdeira do clã. A criança que vira a crescer.
– Senhora.
Hanna olhou para o guarda e tentou não deixar que nenhuma lágrima escorresse pela sua cara abaixo.
– Reportem se souberem alguma coisa. - murmurou Hanna, com a voz trémula - Sobre qualquer um deles. A partir de agora, ninguém tem autorização para mata-los. Estas informações não devem ser passadas ao resto do clã.
Onde é que eles teriam ido com Hikari?, perguntou-se Hanna tapando a cara com as duas mãos.
...
Yoru estava um pouco amuado por lhe terem posto um chapéu a tapar o cabelo branco e, pior, maquilhagem para lhe tapar as marcas que tinha na cara mas, mesmo assim, cumprimentou a mãe de Kagome e depois saiu com Rin, em direcção ao hospital.
– São todos humanos? - perguntou Yoru, a Rin, enquanto caminhavam, por entre as pessoas.
– Todas. - respondeu Rin, anuindo com a cabeça - Que eu saiba. Mas, de vez em quando, aparece um ou dois demónios.
– Este tempo é muito diferente do nosso. - comentou Yoru - O que é que aconteceu entretanto para que os demónios desaparecessem tão depressa?
– Não sei. - confessou Rin - A Kagome-san pode saber, se lhe perguntarmos.
– A sério? - perguntou Yoru, agora um pouco interessado.
– A sério. - confirmou Rin - Mas nada de conversas sobre demónios no hospital. Finge ser um humano.
Yoru amuou outra vez e seguiu a mãe, parando no balcão de atendimento.
– Ah, sim. - disse a enfermeira por trás do balcão - A Hikari-san entrou à pouco tempo e está a ser operada neste momento. É a sua mãe?
– Sim. - respondeu Rin - Como é que ela está?
– Bem, pode esperar um pouco na sala-de-espera? - pediu a enfermeira - O médico já vai ter consigo e actualiza-a sobre o estado da sua filha.
Rin anuiu e levou Yoru até à sala. Poucos minutos depois, tal como a enfermeira tinha dito, o médico veio ter com eles.
– Como é que ela está? - perguntou Rin, levantando-se imediatamente.
– Ela está em estado critico neste momento. Parece que foi esgadanhada por algum tipo de garras enormes. - disse o doutor - O que ela mais precisa neste momento é de sangue, já que ela perdeu bastante. O estranho é que...nunca vimos um tipo de sangue como o dela e, se injectarmos outro, o corpo dela vai rejeitá-lo. Já testamos o pai, mas ele também não é compatível. Precisamos que você faça o teste, urgentemente.
– A Hikari também não é compatível comigo. - murmurou Rin.
– Como assim? - perguntou o doutor, confuso - A Hikari é adoptada?
Ela era uma hanyou, percebeu Yoru. Era uma mistura do sangue do pai e da sua mãe.
– E...se misturar-mos os sangue? - sugeriu Yoru, confundindo o médico outra vez.
– Como assim, misturar? - perguntou o médico - Isso é impensável!
– Sim! - concordou Rin - Misture o meu sangue com o do Sesshomaru-sama!
– Vocês percebem o que estão a dizer? - perguntou o médico, incrédulo - Como é que isso iria funcionar!?
– Porque ela é uma hanyou! - exclamou Yoru, irritado - Meia demónio, meia humana! A mãe é humana e o pai é demónio!
– O quê!? - exclamou o doutor.
– Faça-o doutor! - implorou Rin, esticando o braço - Por favor, faça-o! Antes que a minha filha morra!
...
Depois de terem juntado o sangue da Rin e do Sesshomaru e terem-no injectado em Hikari, ela realmente começou a melhorar, espantando todos os médicos e enfermeiras que estavam no caso dela. As feridas tinham sido tratadas, mas ela ainda estava inconsciente.
O médico tinha dito que era normal, porque ela perdera muito sangue. Não pedira nenhumas explicações, mas Sesshomaru sabia que eles queriam uma.
– Agora é a sua vez. - informou o médico, olhando para Rin - Temos o coração pronto.
– Não pode esperar até a Hikari acordar? - pediu Rin.
– Infelizmente não. - respondeu o médico - Se esperarmos muito mais, o coração pode ser redireccionado para outro doente. Tem de vir comigo, agora. Temos de prepará-la para a cirurgia.
Rin fez cara feia, mas acabou por seguir o médico.
– Não te preocupes. - disse Sesshomaru, quando Rin passou por ele - Eu cuido da Hikari.
Rin anuiu a cabeça e continuou em frente.
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