Sesshomaru - Luz E Escuridão escrita por Mirytie


Capítulo 12
Capítulo 12 - Confronto


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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“O Yoru fugiu” não eram boas notícias mas Sesshomaru continuava tão calmo como o habitual.

- Hikari, os teus tios já devem ter chegado. Quero que leves a tua mãe até lá o mais rápido que conseguires. – disse Sesshomaru – Se eles não estiverem lá, esconde-te na vila ou atravessa o poço.

- O quê? – protestou Hikari – Porque é que não podemos ficar aqui com o papá?

- Porque o Yoru quer matar a tua mãe. – respondeu Sesshomaru, decidindo esconder que também a queria matar a ela – E, mesmo se se escondessem aqui, o Yoru conseguir-vos-ia cheirar.

- Mas os guardas da avó já andam há procura dela. – lembrou Hikari, determinada a ficar e a lutar com o pai – Se ele vier até nós…

- Está decidido, Hikari! – gritou Sesshomaru, surpreendendo toda a gente – Vais levar a tua mãe para a aldeia e fazer o que eu te disse!

Sesshomaru não gostava de gritar, mas a filha não compreendia a seriedade daquela situação. Pelo que sabia, o filho conseguia cheirar que humanos estavam por perto por isso, mesmo que que elas se escondessem, iria ser um problema. Mesmo que dissesse que não tinha relação nenhuma com elas e ele não descobrisse que ela era a sua mãe, era óbvio para quem visse bem, que Hikari era filha dele e era meia humana.

Tinha de ser cuidadoso. Tinha de as mandar para longe dali o mais depressa possi…

- Pai!

Ficando automaticamente branco, Sesshomaru olhou para trás e viu o que parecia ser Yoru. Sim, era definitivamente Youru, pensou Sesshomaru enquanto olhava para a marca na testa do demónio que parecia ter a mesma idade de Hikari.

- És tu, pai? – perguntou Yoru, com um grande sorriso na cara. Tinha pouca roupa no corpo, uma vez que Hanna Hime não tinha conseguido arranjar-lhe roupa à maneira que ele ia crescendo. Por isso, só trazia alguns farrapos a cobrir as partes fundamentais – Eu disse à avó que encontrava-te.

- O que é que lhe fizeste? – perguntou Sesshomaru, pondo-se em frente a Rin e a Hikari.

- Só a deixei inconsciente, mas tive de matar alguns guardas e demónios pelo caminho. – disse Yoru, sem mostrar nenhum arrependimento na cara – No entanto, não consegui consumir nenhum deles, apesar de estar esfomeado. Mas aqui parece haver um cheiro agradável. Fez o meu estômago roncar.

Tinha sentido o cheiro de Rin, pensou Sesshomaru, segurando a mão dela. Teria sido melhor levá-las de volta para o futuro depois de saber que Yoru estava a crescer a uma velocidade impressionante.

Mas agora estavam ali e ele tinha de enfrentar o seu próprio filho.

Não, decidiu Sesshomaru. Se ele queria fazer mal a Rin e a Hikari, não era filho dele e ele não teria problema nenhum em matá-lo. Mesmo que Rin o odiasse depois disso.

- Quem é a humana e a meia-humana que estás a esconder atrás de ti, pai? – perguntou Yoru – Porque é que não ficaste comigo e deixaste-me com a avo?

- Não tens nada a ver com isso. – respondeu Sesshomaru, sem nenhuma expressão – Devias voltar para a mansão. A tua avó deve estar preocupada contigo.

- Mas eu quero devorá-la, pai. – disse Yoru simplesmente, enquanto apontava para Rin – Ela cheira bem. Porque é que estás a proteger uma humana, pai?

- Hikari. – disse Shesshomaru, sem tirar os olhos de Yoru – Leva a Rin para o sitio para onde vos indiquei. Não te preocupes com ele. Eu não vou deixar que ele vos siga.

- O que é que estás a dizer, pai? – perguntou Your, ao ver Hikari a olhar para ele ameaçadoramente – Quem são elas para ti? Porque é que as estás a proteger?

- Se queres devorar alguém, tens ali uma pessoa. – disse Sesshomaru, apontando para a bruxa – Não envolvas estas pessoas.

- Mas aquela pessoa tem ar de saber mal e eu não comi nada desde que nasci. – protestou Yoru – Queria que a minha primeira refeição fosse boa.

- Papá! Eu posso tratar dele! – exclamou Hikari, recebendo um olhar reprovador de Sesshomaru – Eu não vou deixar que ele faça mal à…

- Rin! – exclamou Sesshomaru, interrompendo a filha – Já te disse o que fazer! Porque é que ainda estás aqui!? Será que pretendes desobedecer-me!?

Sem palavras, Hikari amuou e pegou na mão da mãe mas, quando estava prestes a puxá-la, Rin libertou-se.

- Yoru! – exclamou Rin, pondo-se em frente a Sesshomaru, com as lágrimas nos olhos. Era a primeira vez que via o filho desde que ele tinha nascido, afinal – Yoru…

Com as bocas abertas, Hikari, Sesshomaru e Yoru viram Rin a aproximar-se, a ajoelhar-se em frente ao filho e a abraçá-lo enquanto chorava.

- O que é que a humana está a fazer? – perguntou Yoru, surpreendido por sentir as lágrimas a aparecerem nos seus olhos – Porque é que ela me está a agarrar!?

Sesshomaru fechou os olhos quando lágrimas começaram a escorrer pela face de Yoru. Apesar de não estar ciente disso, Yoru tinha sido separado da mãe à nascença e ainda não estava treinado para reprimir os sentimentos.

Hikari tremia de medo, pela segurança da mãe.

Porque é que ela estava a abraçar aquele rapaz!? Ele estava a tentar comê-la!

- Yoru. – repetiu Rin, afastando-se. Com um sorriso na cara, limpou as lágrimas da cara do filho – Estás bem, Yoru?

- Quem és tu!? – exclamou Yoru, empurrando-a. Depois olhou para Sesshomaru – Porque é que esse hanyou te chamou de “papá”!?

- Hikari! – gritou Sesshomaru.

Percebendo a ordem, Hikari correu até à mãe, agarrou o pulso dela e, por alguns segundos olhou para Yoru, como se quisesse lutar com ele.

Antes de ter tempo para respirar, Rin e Hikari já tinham desaparecido na floresta. Yoru tentou ir atrás delas mas foi imediatamente impedido por Sesshomaru.

- Tu vais voltar para a mansão, imediatamente! – ordenou Sesshomaru – Quando a altura certa chegar, eu irei ter contigo.

- Fiz alguma coisa de mal? – perguntou Yoru, levando imediatamente um estalo de Sesshomaru.

- És meu filho. – disse Sesshomaru, calmamente – Como tal, não tens outra opção a não ser obedecer ao que eu te digo. A humana e a hanyou que fugiram agora não têm nada a ver contigo, por enquanto.

- Por enquanto?

Ao ouvir Yoru fazer outra pergunta, Sesshomaru esticou o braço, agarrou-o pela garganta e levantou-o até conseguir olhá-lo nos olhos.

- Será que não percebeste o que eu disse? – perguntou Sesshomaru – Vais voltar à mansão, onde depois a tua avó te levará ao castelo da nossa família. Esperaras lá até o meu retorno. Ou será que não consegues sentir a diferença nos nossos poderes?

Como não conseguia falar, Yoru anuiu a cabeça e foi libertado.

- Se decidires pôr um dedo naquelas duas pessoas que acabaram de sair, deixarei de te considerar meu filho e matar-te-ei. Compreendeste? – perguntou Sesshomaru, novamente – Vai-te embora, agora!

A tremer, Yoru deu dois passos atrás e depois começou a correr, desaparecendo em segundos.

Satisfeito com a mensagem que tinha transmitido, Sesshomaru aproximou-se da bruxa, vendo-a estremecer. Mas, em vez de a matar, limitou-se a desamarrá-la da árvore e a atirá-la para cima de Ah-Hu.

- Jaken, vamos. – disse Sesshomaru para o servo, quando começaram a caminhar.

- Como é que sabes que o teu filho não foi atrás dela agora mesmo? – perguntou a bruxa, com as mãos e os pés amarrados, apesar de estes serem desnecessários. Mesmo que ela tentasse fugir, Sesshomaru apanhá-la-ia imediatamente. Quando Shessomaru não respondeu à sua pergunta, ela suspirou – Como é que pudeste dizer aquilo ao teu próprio filho?

- Não fales assim com o Shessomaru-sama! – gritou Jaken, extremamente chateado com as perguntas constantes da bruxa – Era melhor amordaça-la, Sesshomaru-sama!

- Ele não é meu filho. – respondeu Sesshomaru, surpreendendo Jaken – Desde que deste a poção à Rin, ele deixou de ser meu filho. Agora, ele é apenas um inimigo que tenho de matar.

A bruxa abriu a boca. – Aquelas duas significam assim tanto para ti?

Sesshomaru olhou para trás, de esguelha para a bruxa. – Se não sabes uma maneira de reverter o estado actual do rapaz, és inútil para mim. Qual é a tua resposta?

- Vou fazer o melhor que puder para pensar numa solução. – disse imediatamente a bruxa, decidindo que era melhor ficar calada durante o resto da viagem.

Mas como é que ele era capaz de dizer e de fazer aquilo ao próprio filho? Tinha visto como ele se comportava com Hikari e era o total oposto ao que tinha acontecido com Yoru.

Meia humana, meia demónio não era o suficiente para Sesshomaru há alguns anos atrás, mas agora tratava a filha como se fosse a herdeira definitiva dele, sem dar sequer uma hipótese a Yoru.

“Ele não é meu filho”, dissera ele. Seria mesmo capaz de matar o filho que era um demónio completo apenas porque Yoru queria comer a mãe?

O que é que tinha mudado em Sesshomaru?

“Eu vou à frente”, dissera Sesshomaru a Jaken, poucos minutos depois de responder à bruxa e começara a correr.

Quando chegou à aldeia onde Inuyasha e Kagome viviam, foi directamente à cabana deles e quase suspirou quando viu Rin e Hikari sentadas, a fazer chá.

- O tio e a tia ainda não chegaram. – explicou Hikari, levantando-se ao ver o pai – Mas a mamã disse que podíamos ficar aqui até eles voltarem. Onde é que está aquele rapaz?

- Ele já não é um problema. – respondeu Sesshomaru, vendo Rin a olhar para a chaleira, como se estivesse hipnotizada – Estão bem?

- Papá. – murmurou Hikari – A mamã ainda não disse nada depois de se sentar ali a olhar para a chaleira.

Sesshomaru franziu as sobrancelhas, enquanto se sentava à beira da entrada da cabana.

- O que é que se passa, Rin? – perguntou Sesshomaru, mas não obteve resposta – É por causa do Yoru?

Continuou sem resposta. A energia dela tinha desaparecido, outra vez, pensou Sesshomaru. E o que é que podia fazer?

- Rin… - começou Sesshomaru, mas não conseguiu pensar em nada para dizer. Tinha sido criado para não ter sentimentos e, portanto, não reconhecia os sentimentos dela. Por isso, levantou-se e saiu da cabana. Decidiu ficar a ver se Yoru tinha decidido desobedecer-lhe.

Talvez conseguisse pensar em algo para dizer, enquanto estivesse ali.

Mas, o que viu, não o deixou mais de melhor humor.

- O que é que estás a fazer? – perguntou Inuyasha, com Kagome ao seu lado e um bebé ao colo – Esta é a NOSSA casa, sabias?

- Houveram problemas. – disse ele, simplesmente – Vamos ficar aqui durante algum tempo.

- Achas que é tão fácil!? – exclamou Inuyasha – Dizes e achas que já podes ficar!?

Kagome suspirou, pegou no bebé e começou a caminhar para a cabana. – Não deviam estar a discutir em frente ao bebé. Podem continuar. Eu vou cumprimentar os restantes convidados.

Com um sorriso, Kagome entrou mas a atmosfera apagou-lho da cara.

- O que é que se passar? – perguntou Kagome, vendo a cara deprimida de Rin – Onde é que está o Yoru?

À menção do nome do filho, Rin levou as mãos à cara e começou a chorar. Kagome olhou para Hikari, que levantou-se imediatamente e aproximou-se da tia para dar uma explicação resumida do que tinha acontecido.

- Rin. – murmurou Kagome, sentando ao lado dela – Podem ficar aqui durante o tempo que quiserem.

Rin olhou para Kagome e anuiu. – Como é que tu estás?

- Olha. – pediu ela, mostrando-lhe o pequeno bebé que trazia nos braços – É um rapaz. – Kagome olhou para Hikari – Tens um primo.

Hikari sorriu e aproximou-se.

Tinha um irmão que queria comer a sua mãe e matá-la por ser metade humana.

Mas, por agora, decidiu concentrar-se naquela pequena criatura que segurava o dedo da sua tia.


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Notas finais do capítulo

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