Sesshomaru - Luz E Escuridão escrita por Mirytie


Capítulo 11
Capítulo 11 - Porquês


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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- Então, ele estava bem? – perguntou Rin, enquanto Sesshomaru a ajudava a descer – Saudável?

- Estava. – respondeu Sesshomaru – A minha mãe decidiu ficar com ele durante algum tempo para resolver alguns problemas com o desenvolvimento.

Rin não sabia se devia ficar descasada ou preocupada com o que ele tinha acabado de dizer. Mas confiava nele. Como é que podia dizer-lhe que desconfiava das suas palavras desde que tinham saído da mansão.

- Tem a certeza que a Hikari vai ficar bem? – perguntou Rin, já que a filha que tinha ido caçar alguma coisa para eles comerem – Não está a demorar demais?

- O Jaken está com ela. – Sesshomaru decidiu responder de uma maneira que a descansasse melhor – Eu ensinei-a a caçar.

- Então eu e o Ah-Hu vamos buscar alguma madeira para fazer uma fogueira. – disse Rin, mas foi para por Sesshomaru.

- O médico disse para não fazeres nenhum tipo de esforço físico. – disse Sesshomaru – Tu ficas aqui com o Ah-Hu. Eu vou buscar madeira.

Quando foi deixada sozinha, Rin suspirou e sentou-se à beira de uma árvore. Estavam numa clareira envolvida por árvores, longe de qualquer tipo de civilização. Tinha sido Sesshomaru a escolher aquela localização para que ficassem todos protegidos.

Mas Rin sentia-se miserável. Ninguém a deixava fazer nada e Sesshomaru não lhe contava os detalhes completos da situação de Yoru.

Bem, ela não ia ficar ali sem fazer nada.

- Ah-Hu, tu ficas aí. – disse Rin, apontando-lhe o indicador – Eu vou ver se encontro algumas ervas medicinais que possamos precisar pelo caminho ou algumas que possamos juntar à comida.

O animal fez um ruido em protesto mas levou um olhar reprovador de Rin, por isso nem sequer se mexeu.

Afinal, tinha tido bastantes aventuras sem a ajuda do Sesshomaru-sama (mentira) quando era criança, pensou Rin. Porque é que não haveria de ter agora?

Depois de caminhar durante alguns minutos, Rin finalmente encontrou algumas ervas aromáticas e outras curativas. Com um sorriso brilhante e o sol a bater-lhe na pele que tinha empalidecido no hospital, Rin baixou-se e começou a apanhar ervas.

Quando levantou-se deparou-se com a bruxa.

- Rin. – começou ela, com uma expressão sombria – Estou a ver que estás de boa saúde.

- Sim. Passei por algumas coisas, mas correu tudo pelo melhor. – Rin fez-lhe uma vénia – Obrigada pela poção.

A bruxa rangeu os dentes.

- Rin. – o segundo a chamá-la apareceu por trás dela e olhou para a bruxa com desdém – Não devias estar a agradecer à pessoa que te levou até às portas da morte.

- Sesshomaru-sama! – exclamou Rin, virando-se violentamente.

Aproveitando a oportunidade, a bruxa agarrou Rin e apontou-lhe um punhal ao pescoço.

- O que é que está a fazer? – perguntou Rin à bruxa – Eu pesava que estava a ajudar-me.

- A ajudar-te, querida? – a bruxa riu-se – És uma pessoa tão inocente. Eu queria matar-te.

- O que é que fizeste ao Yoru? – perguntou Sesshomaru, com a maior calma do mundo – Há alguma maneira de reverter os efeitos?

- Porquê? – perguntou a bruxa, pressionando a lâmina contra a pele de Rin – Porque é que escolheste uma humana como mãe dos teus filhos e uma hayou como descendente.

- Larga-a. – disse Sesshomaru.

- Não podes fazer nada, Sesshomaru. – Se me matares, não serás capaz de descobrir a poção para curar o teu bebé. Se te aproximares, eu mato-a. Não tens…

A bruxa foi interrompida quando alguém agarrou-lhe o braço que segurava o punhal e partiu-o, levando a bruxa a gritar.

- Queres que a mate, papá? – perguntou Hikari, quando já tinha a bruxa no chão e um pé por cima das costas dela.

- Não, Hikari. Ela ainda é útil. – respondeu Sesshomaru, certificando-se de que Rin estava bem – Certifica-te que ela não foge. Não te esqueças que ela é uma bruxa.

- Sim. – lembrando-se do que o pai lhe tinha ensinado, revistou-a e depois levou a mãe ao bolso de onde tirou algumas ervas e enfiou-as na boca da bruxa, tapando-lhe o nariz e a boca até ela engolir – Isto vai prevenir que faças magia durante algumas horas. Agora, segue-me sem fazeres nada. Se fizeres, morres.

A bruxa obedeceu sem protestar, humilhada por ter sido derrotada por uma hanyou de sete anos. Para começar, como é que uma hanyou tinha conseguido aproximar-se dela sem que ela notasse.

Quando chegaram ao acampamento, onde Ah-Hu os esperava, Hikari prendeu as mãos e os pés da bruxa e depois amarrou-a a uma árvore.

- Porque é que não a matámos, papá? – perguntou Hikari, sentando-se à beira da fogueira que Jaken tinha acendido – Ela quis fazer mal à mamã.

- Ela já tinha feito mal a ela há mais do que imaginas. – disse Sesshomaru, enquanto Jaken preparava a comida que Hikari caçara, juntando-as às ervas aromáticas que Rin tinha encontrado – Mas ainda é-nos útil. Por isso é que ainda não a matámos.

- Então, quando ela deixar de ser útil, podemos matá-la? – perguntou Hikari, fazendo Sesshomaru sorrir, o que fazia raramente.

- Claro que podemos matá-la. – respondeu ele – Se quiseres, posso deixar que a mates sozinha.

- Hikari! – exclamou Rin, interrompendo a conversa – Já te ensinei que todas as vidas são preciosas e devem ser julgadas cuidadosamente antes de…

- Ela magoou a mamã. – interrompeu Hikari, olhando para Rin com os olhos amarelos que tinha herdados do pai – Aquela mulher foi julgada nessa altura.

Sem saber o que dizer naquela altura, decidiu aceitar a comida que Jaken lhe ofereceu e esquecer o assunto por enquanto. Talvez a filha devesse passar mais tempo com o tio Inuyasha e a tia Kagome para aprender o valor de uma vida.

- Vamos passar a noite aqui e depois resolvemos o que fazer com a bruxa. – decidiu Sesshomaru, adicionando mais madeira à fogueira para que esta não se apagasse durante a noite – Hikari e Rin, vocês vão dormir encostadas ao Ah-Hu. Jaken, tu ficas a vigiar a bruxa.

Dito isso, Sesshomaru sentou-se, encostado a uma árvore a uma árvore e fechou os olhos. Sabiam que ele podia estar a dormir mas estava mais atento do que qualquer um deles.

- Bem, Hikari, também está na hora de irmos dormir. – anunciou Rin, aproximando-se de Ah-Hu, que já estava enrolado no chão, a dormir – Amanhã temos de andar outra vez.

Um pouco contrariada, Hikari fez o que a mãe mandou e foi-se encostar a Ah-Hu, tal como a mãe.

Quando Rin acordou, Sesshomaru e Hikari tinham desaparecido.

- Eles foram procurar algum sítio seguro para ficarmos hoje à noite. – informou Jaken, que ainda se encontrava ao lado da bruxa.

Rin anuiu com a cabeça, levantou-se e enfiou algumas ervas na boca da bruxa para que ela não pudesse fazer feitiços.

- Ontem pedi-lhe para lhe darem alguma comida, mas o Sesshomaru-sama recusou-se. – Rin pegou nalguns restos da noite passada e levou à boca da bruxa que, apesar de parecer chateada, aceitou – Não sei porque é que eles não a deixam ir embora. Afinal, não fez nada de mal.

- Não fez nada de mal, Rin? – impressionado com o que ela tinha dito, Jaken deu um paço em frente – Ela quase te matou!

- Pelo contrário. Fui eu que lhe pedi a poção para transformar o Yoru num demónio completo e ela disse-me na altura quais seriam as consequências. – explicou Rin – Não fez nada para estar aqui amarrada.

- O Sesshomaru-sama discorda disso. – disse Jaken – Você não viu como o Sesshomaru-sama ficou quando tu estavas prestes a morrer.

- Mas eu queria fazer alguma coisa. – disse Rin, tristemente – Eu adoro a Hikari. Mas um demónio como o Sesshomaru-sama não deve ficar muito contente com um hanyou como herdeira.

- O Sesshomaru-sama está muito orgulhoso da Hikari. – garantiu Jaken – Não viu como ela tratou da bruxa ontem. Ou o sorriso que o Sesshomaru-sama…

- Isso preocupa-me. – confessou Rin – O Sesshomaru-sama gosta que a Hikari se esteja a tornar numa assassina que não pensa duas vezes antes de matar um ser humano.

- O Sesshomaru-sama…

- Vão continuar com essa conversa sem fim? – perguntou a bruxa, depois de engolir a última colher de comida que Rin lhe tinha dado – A verdade é que a Hikari não tem os sentimentos de uma humana normal e não é tão forte como um demónio completo. É por isso que se chama hanyou e é por isso que a Rin quis dar um demónio completo ao Sesshomaru. Porque é que o Sesshomaru-sama escolheu uma humana normal em vez de um demónio fêmea que lhe pudesse dar herdeiros mais necessários, é uma pergunta a que não consigo responder.

- Porque é que escolheste a mamã? – perguntou Hikari, surpreendo Sesshomaru – Quer dizer, a mamã é humano. Não preferias acasalar com um demónio?

- Se eu acasalasse com um demónio, tu não tinhas nascido. – foi a resposta de Sesshomaru.

- Isso não é justo, papá! – protestou Hikari, cruzando os braços – Isso não foi uma resposta!

- Hikari, acho que já te disse isto. – disse Sesshomaru parando subitamente – A Rin é especial. Não é como os outros humanos asquerosos que encontrei ao longo das décadas. Foi por isso que a escolhi, e não a outros demónios ou humanas. Não gostas de ter a Rin como mãe?

- Eu gosto da mamã. – respondeu Hikari, anuindo – Mas ela não percebe que os demónios não podem ser “gentis”. Os demónios não podem mostrar sentimentos. O papá só está com a mamã para ter um herdeiro, não é?

- Hikari… - Sesshomaru começou a andar outra vez – Porque é que não vais procurar o almoço?

Obedecendo ao pai, começou a correr numa direcção diferente.

Sesshomaru esperou que a filha se afastasse e parou outra vez.

Como é que podia responder a uma pergunta para a qual ainda não tinha resposta? Porque é que ainda estava com Rin mesmo depois de já ter sucessor? Mais do que um até.

- Porque é que não a deixei casar com aquele rapaz na aldeia?

Rin também não sabia.

Tinha pensado em sair da mansão depois de Hikari nascer, deixar a filha com Sesshomaru-sama e voltar para a vila porque, uma vez que lhe tinha fornecido uma herdeira, ele já não precisaria dela. Pensava que seria apenas um fardo para ele.

No entanto, quando ela estava decidida a ir, Sesshomaru pedira-lhe outra criança.

Agora não poderia partir até descobrir se estava tudo bem com Yoru.

- Eu queria saber quais são os efeitos secundários da poção que me deu. – disse Rin, depois de acabar de dar de comer – Acontece alguma coisa?

- Normalmente não acontece nada. Mas o bebé não teve tempo para se alimentar. – respondeu a bruxa, referindo que Yoru devia ter comido Rin – Ele deve estar a desenvolver-se rapidamente para poder caçar por ele próprio. Mas isso não é só…

- Não sabemos se ela está a mentir! – exclamou Jaken, quando viu que Rin estava a ouvir com atenção – Ela pode estar a enganar-nos!

- Mesmo que esteja, Jaken-sama, não me custa ouvir. – disse Rin, virando-se para a bruxa novamente – Pode continuar.

- Ouvi dizer que o clã do Sesshomaru tem um certo ritual. – disse a bruxa, referindo-se à luta entre os herdeiros para decidir quem era o próximo líder – E a Hikari tem sete anos? Tenho a certeza que o bebé parará de crescer quando chegar aos sete para se tornar no próximo líder o mais rapidamente possível. Aquele é um demónio cruel. Se descobrir que a mãe é humana ou que a irmã é hanyou virá à vossa procura com intenção assassina.

- Não há maneira de parar isso? – perguntou Rin, esperançosamente.

- Não há maneira. – respondeu a bruxa, com um sorriso – A não ser que ele se alimente do que era suposto alimentar-se à nascença.

Rin ficou pálida.

Isso significava que o processo só pararia se ela voltasse à mansão e se sacrificasse por Yoru. Não, nem sequer sabia se Hana Hime e Yoru estariam na mansão. Provavelmente não.

Hana Hime era cuidadosa e não iria querer que Yoru descobrisse a parte humana da família. Teriam ido para o castelo? Seria o mais provável.

Mas não podia pedir a Ah-Hu para levá-la lá sem que Sesshomaru ou Hikari soubessem. E, mesmo que conseguisse, Jaken não ficaria calado.

- Porque é que estás a falar com ela, Rin? – perguntou Sesshomaru, surpreendendo Rin – Já te avisei…

Antes de ele ter tempo de acabar a frase, Hikari apareceu sem folego.

- O que é que aconteceu? – perguntou Rin, apressando-se para a filha.

- Papá! – exclamou Rin, olhando para Sesshomaru – Eu encontrei um dos guardas da avó!? Parece que o Yoru fugiu!


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Notas finais do capítulo

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