Sesshomaru - Luz E Escuridão escrita por Mirytie


Capítulo 10
Capítulo 10 - Partida


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Os dias passaram-se mais depressa do que tinham imaginado e, quando deram por isso, já se tinham passado duas semanas. Kagome já tinha voltado para casa com o pequeno menino a que tinha dado à luz, nos braços e Inuyasha atrás de si com os olhos a brilhar. Tinham decidido que o nome dele seria Kowa, que significava “paz”.

Entre as conversas leves entre Rin e Sesshomaru ainda não se tinha decidido nada. Por isso, já que tinha decidido tornar-se mais forte, Rin pediu para falar com Sesshomaru em privado e juntou toda a coragem que tinha.

- O que é que se passa, Rin? – perguntou Sesshomaru, saindo para o quintal.

- Sesshomaru-sama, eu queria falar-lhe sobre a competição. – respondeu Rin – A Hikari não pode passar por isso.

- Eu sei, mas…

- Se for preciso, eu posso fugir com ela. – interrompeu Rin – Eu sei que um hanyou e uma humana que teve filhos com um daiyokai não são bem recebidos em lugar nenhum. Mas eu consigo sobreviver e caçar. Se fosse preciso, podia pedir à Kagome-san que acolhesse a Hikari.

- Rin, há quanto tempo é que estiveste a pensar nisto? – perguntou Sesshomaru, impressionado com as ideias de Rin.

Por muito tempo, pensou ela. Desde que descobrira o passado e que estava grávida de Yoru.

- Isso não é importante. – disse Rin, olhando para a porta para garantir que ninguém estava a ouvir – Eu não quero que a Hikari…

- Não queres que ela fique como eu. – concluiu Sesshomaru, vendo Rin a abanar a cabeça imediatamente.

- Não quero que ela sofra como você sofreu! – corrigiu Rin – O que é que aconteceria se ela perdesse a luz que tem agora? Eu nunca seria capaz de me perdoar!

Apesar de pensar a princípio que Hikari tinha herdado o espirito alegre dela, Rin sabia agora que tinha sido de ele que ela tinha herdado a bondade e a inocência. Se ela perdesse isso, Rin sabia que Sesshomaru também não conseguiria perdoar-se.

- Na aldeia onde a Kagome-san vive parecem aceitar bem o Inuyasha-san. – lembrou Rin – Tenho a certeza que eles aceitariam a Hikari se a Kagome-san lhes pedisse.

- Então, vamos fugir. – disse Inuyasha, surpreendendo Rin.

- Mas, Sesshomaru-san…

- A minha mãe pode cuidar do Yoru e treiná-lo para ser o próximo líder da família. – explicou Sesshomaru – Para começar, eu afastei-me para não ter nada a ver com eles. Seria uma boa oportunidade para voltar à estrada.

- Mas, o Yoru… - murmurou Rin – Mesmo que estejamos a falar da Hana Hime, eu não poderia deixá-lo sozinho.

- Mas tencionavas fugir com a Hikari e deixá-lo para trás. – disse Sesshomaru, um pouco confuso.

- Mas, mesmo que eu fosse embora, ele teria o Sesshomaru-sama! – exclamou Rin – Se você vier comigo, ele não vai ter ninguém a quem possa chamar de pai!

- Tem calma, Rin. – pediu Sesshomaru, levando uma mão à cabeça dela – Nós não vamos abandoná-lo. Vamos só esperar que as coisas acalmem e que seja decidido que ele será o próximo líder do clã. Depois voltamos. Não deve demorar mais de um ano mortal.

Rin pensou seriamente no assunto durante alguns minutos e depois anuiu a cabeça. – Mas a Hikari ainda não pode saber de nada.

- Conseguimos arranjar uma solução. – tal como Kagome lhe tinha ensinado, Sesshomaru pôs um joelho no chão e, enquanto olhava para Rin, tirou a caixinha com o anel do bolso – Aceitas casar comigo. Apesar de não perceber para que servem este tipo de cerimónias…

- Se não se importar de ficar comigo, eu aceito. – foi a resposta de Rin, enquanto tentava conter as lágrimas.

- Acho que tens de pôr isto no teu dedo, agora. – disse Sesshomaru, entregando-lhe a peça de joelharia, depois de se levantar – Não tenho bem a certeza de que dedo é.

Mas ela sabia. Já tinha visto o anel no dedo da Kagome-san, afinal. Quando o viu a brilhar no seu dedo, ficou sem palavras.

- Devemos marcar a cerimónia para uma data próxima. – avisou Sesshomaru – Não quero perlongar a nossa estadia aqui

- Vou pedir à Kagome-san para chamar um sacerdote o mais rapidamente possível. – concordou Rin – Podemos ter a cerimónia aqui, no templo da família da Kagome-san.

- Assim seja. – disse Sesshomaru – Assim que a cerimónia esteja concluída, partimos.

- Apesar dos anos de diferença, gostava que a Hikari fosse amiga do Kowa um dia. – disse Kagome, enquanto preparava o templo para a cerimónia – Quem sabe se não acabam por ser mais do que amigos. Isso ia ser fantástico! Mas claro que não podemos força-los. Também notei que pareces estar mais confiante em ti mesma.

- Foste tu que me inspiraste, Kagome-san. – disse Rin, com um sorriso – Também espero que o Kowa e a Hikari se possam dar bem. A diferença de idades não é importante. A Hikari é definitivamente uma pessoa que não se importa com tais coisas.

- Ela é uma boa menina. – disse Kagome, com um sorriso na cara – Foi criada bem, apesar de ter um pai como o Sesshomaru.

- Eu sei que pode ser difícil de acreditar que o Sesshomaru-sama é um bom pai. – declarou Rin – Mas a verdade é que ele adora a Hikari e, isto… - Rin mostrou-lhe o anel – Eu sei que foste tu que lhe deste a ideia para ter a cerimónia, mas só o facto de ele ter aceitado fazê-lo é um acto que não é fácil…para ele…fico verdadeiramente feliz que ele pense em mim dessa maneira, nem que seja por alguns momentos.

- És uma pessoa forte, Rin-chan. – disse Kagome – Apesar de ter sido difícil acreditar a principio, tenho a certeza que o Sesshomaru te ama à sua maneira. Afinal, apesar de ele odiar humanos, manteve-te por perto desde pequena. Até te pediu que ficasses com ele.

Rin anuiu com a cabeça. Isso era verdade. Apesar de nunca o ter visto como um acto de amor, mas sim para que ele pudesse ter herdeiros, ele podia muito bem escolher uma fêmea demónio que lhe pudesse dar demónios completos. Haveria certamente muitas que estariam mais do dispostas a fazê-lo.

Mesmo que ele fosse frio e por vezes distante, essa era a sua maneira de mostrar afecto.

- Sabias que ele comprou-te vestidos, enquanto tu estavas no hospital? – perguntou Kagome – Talvez fosse bom se usasses um deles para a cerimónia. Se quiseres, eu posso ajudar-te a escolher.

- Isso seria apreciado. – concordou Rin – Já que eu só usei os kimonos que o Sesshomaru-sama me deu e quando estava na aldeia eras tu que me ajudavas a escolher, até agora, nunca tive de escolher roupa sozinha.

- Então, tenho algumas coisas para te ensinar. – disse Kagome, sorrindo.

A cerimónia aconteceu no dia seguinte, dez horas depois de o sol nascer.

Como o avô não podia fazer a cerimónia, Kagome contratou um sacerdote que era discreto e não levava muito dinheiro. Quando ele chegou, Sesshomaru já estava pronto em frente do sacerdote. Quando Rin entrou, apesar da sua expressão continuar apagada, o seu coração estava a bater depressa.

- Então, vamos começar. – disse o sacerdote, quando Rin chegou ao lado de Sesshomaru – Têm as alianças.

- Sim. – Sesshomaru pegou nas alianças que Kagome tinha comprado no dia anterior.

Trinta minutos depois, o sacerdote acabou com uma simples frase. – Pode beijá-la agora.

- Ah…isso…não é preciso…

Sesshomaru limitou-se a agarrá-la pelos ombros, a vergar-se e a beijá-la. Mais uma vez, um beijo que durou apenas durante alguns segundos, tal como o primeiro beijo que tinha recebido dele mas, para Rin, aquele momento seria revivido para sempre na sua cabeça.

- A partir deste momento, estarão ligados durante toda a eternidade. – disse o sacerdote, fazendo uma leve vénia – Que os laços vermelhos que vos unem nunca se quebrem. Que sejam felizes enquanto viverem e muito depois disso.

E assim acabou a cerimónia.

 Na manhã seguinte, Rin e Sesshomaru despediram-se da família de Kagome e Sesshomaru agradeceu à mãe de Kagome tudo o que ela tinha feito por eles.

- Apareçam sempre que puderem. – disse a mãe de Kagome, fazendo uma vénia quando eles saíram – E, por favor, cuidem da Kagome quando ela voltar para a vossa Era.

- Assim o faremos. – garantiu Rin, antes de entrar no templo e depois no poço.

Hikari foi a última a entrar, uma vez que era ela que conseguia levá-los para a Era deles através do poço. Quando chegaram lá, Rin subiu para as costas de Sesshomaru e, em poucas horas, chegaram à mansão onde, segundo Sesshomaru, não ficariam durante muito tempo.

Quando entraram, Hana ficou surpreendida por ver Rin viva e de boa saúde.

- Tive alguns contratempos. – revelou Rin, depois de sair das costas de Sesshomaru – Mas os curandeiros da Era da Kagome-san são muito bons.

- O papá comprou-me um urso! – exclamou Hikari, mostrando o peluche à avó imediatamente – Não é bonito!? Também comprou alguns vestidos para a mamã!

- Moderem o volume. – pediu Hana – O Yoru está a dormir.

- Como é que está o bebé? – perguntou Sesshomaru.

- Há…alguma coisa estranha com ele. – respondeu Hana – Preciso que venhas vê-lo. Mas a Rin deve permanecer aqui, por enquanto.

- Porquê!? – perguntou Rin, começando a entrar em pânico – O que é que se passa!?

- Não é nada demais. Ele está de perfeita saúde. – disse Hana – Mas preciso da opinião do meu filho antes de te reencontrares com o Yoru. Não demorará muito.

Como pedido, Sesshomaru seguiu Hana até ao quarto onde Yoru descansava. No entanto, quando chegou lá, não viu nenhum bebé, mas sim uma criança com cerca de três anos.

- O que é que se passa? – perguntou Sesshomaru, olhando para Hana – Onde é que está o bebé?

- O bebé é ele. – respondeu Hana – Ele está a crescer a uma velocidade incrível. Eu só vi isto uma vez.

- Com o coração do Naraku. – disse Sesshomaru.

- Exactamente. – disse Hana – Estamos tentar encontrar a bruxa que deu a poção à Rin, mas ainda não tivemos sorte. Sesshomaru, ele não vai aceitar que a mãe é humana e a irmã mais velha é meia-humana. Daqui a duas semanas, ele já terá a idade da Hikari se continuar assim. Tens de tirá-las daqui. Esconde-las. Se não o fizeres tenho medo do que ele seja capaz de fazer

- Eu vou fugir com elas. – revelou Sesshomaru – Vou estar com elas até o Yoru ser declarado sucessor por a Hikari ter desistido. Quando isso acontecer, nós vamos voltar e eu farei com que o clã aceite a Rin como minha companheira, tal como a Hikari como minha herdeira, mesmo que ela não seja a sucessora da família. Até eu voltar, por favor, tome conta do Yoru.

Hana ficou surpreendida quando viu o filho a fazer uma vénia à sua frente.

- Eu, a Rin e a Hikari vamos partir assim que elas tenham reunido as coisas de que precisam. – continuou Sesshomaru, endireitando-se – Por motivos de segurança, é melhor não lhe dizer para onde nos dirigirmos mas, se me deparar com a bruxa e descobrir uma cura, farei com que as noticias cheguem até aqui.

- És um melhor líder de família do que eu poderia imaginar. – murmurou Hana – Por favor, continua a treinar a Hikari. Apesar de o Yoru ter de ficar com o trono, durante algum tempo, farei com que o clã aceite a tua herdeira sem que eles tenham de lutar.

Sesshomaru anuiu. – Muito obrigado. Eu vou cuidar bem delas.

Partiram naquela noite, depois de Hana explicar a condição de Yoru a Rin. Prometeu que cuidaria dele e que o levaria até ao seu clã na manhã seguinte.

- Não vou revelar-lhe que a mãe é uma humana ou que a irmã é um hanyou. – disse Hana, antes de eles saírem – Não têm de se preocupar com nada.

Mesmo que dissesse isso, Rin iria preocupar-se. Sesshomaru conseguia vê-lo na sua cara.

Levaram Ah-Hu com eles, para que Rin pudesse ir montada nele e dirigiram-se para a floresta.

- Há um rio adiante. – disse Jaken que, depois de ter implorado a Sesshomaru, também tinha conseguido permissão para acompanhá-los – Podemos apanhar alguns peixes para o jantar.

- Boa ideia, Jaken-sama. – disse Rin, sorrindo para ele – Ainda bem que vieste connosco.

Aquela viagem, pensou Jaken, seria divertida.


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Notas finais do capítulo

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