You Wanna Be Loved escrita por Kate Simplicio


Capítulo 36
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Não me odeiem, por favor! Me desculpem pela enorme demora para atualizar. Eu estava realmente sem tempo e sem cabeça para escrever. Estava que nem uma louca, mas que nem uma louca mesmo,estudando para a segunda etapa do PAS. Espero que não tenham ficado magoadas comigo :(
Enfim, vamos ao capítulo novo. Aproveitem!



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O dia amanhecera como outro qualquer, o sol aparecera no mesmo horário de sempre, iridescente como nos dias anteriores. A temperatura estava agradável e o vento gelado deixara de existir. Tinha tudo para ser uma típica manhã de segunda-feira, se não fossem os inúmeros planos que a rondavam.

Em um canto do pátio, enquanto os demais alunos entravam, dois insistiam em ficar de fora, se recusando a seguir a multidão e as normas do Holmes Chapel Comprehensive School. Essas duas pessoas eram Harry e Charlie.

-Tem certeza que isso vai dar certo?-tornou Harry a perguntar. Era a terceira vez em menos de um minuto que o menino fazia a mesma pergunta. E era a terceira vez que Charlie lhe dava a mesma resposta.

-Se depender de nós, vai com toda a certeza.

Eles estavam esperando Louis e Carol, que deveriam ter chegado há muito tempo. A garota estava a ponto de reclamar sobre o atraso deles quando avista os dois atravessando o gramado e vindo à direção deles.

-Tudo pronto?-perguntou Louis entusiasmado. Ele era o mais animado com todo aquele plano.

-Tudo- respondeu a menina- Vocês já sabem o que fazer?

-Sim- confirmou Louis- E vocês?

Charlie confirmou com a cabeça.

-Porque temos que fazer isso?- perguntou Carol- Porque não deixemos....

Mas Louis a interrompeu e o discurso sobre “tudo deveria agir naturalmente” acabou não sendo falado.

-Liam chegou- falou o menino- Nós temos que ir, Carol.

E saiu puxando a menina e sem dizer mais nada. Tinha que dar certo.

Charlie suspirou.

-E nós dois?- perguntou Harry que ainda não sabia direito dos pormenores do plano.

-Nós esperaremos por Olivia. Quando ela chegar, inventaremos uma desculpa para que ela possa entrar na sala dos zeladores onde Liam provavelmente já estará lá.

-E depois?

-Depois, trancaremos a porta e vamos assistir as nossas aulas.

-Isso vai dar certo?

-Harry,- falou Charlie segurou o rosto do garoto com as duas mãos. O menino pensou que ela fosse beijá-lo, mas a garota não o fez. Ainda havia muitas pessoas no pátio do colégio, eles não poderiam dar bandeira. Aliás, para todos, eles não tinham nada- Confia em mim.

-Eu confio- respondeu Harry.  Ou talvez nem tanto assim

***

-Charlie, quer parar de andar e me dizer para onde vamos?- Olivia falava enquanto seguia a garota pelos corredores da escola, nesse horário, vazio.

A menina não parou e nem sequer explicou nada. Em vez disso, continuou o seu caminho.

-Harry!- Olivia exclamou tentando conseguir alguma ajuda do menino- Aonde vamos?

Harry, que andava um pouco atrás das duas, abaixou a cabeça e continuou calado.

Olivia entrou em desespero.

Quando Charlie lhe disse que tinha um assunto muito sério a tratar com sua pessoa, Olivia pensou em tudo. Nenhum dos pensamentos fora positivo. O grande medo da garota era que Charlie tomasse parte do partido de Georgina, e acabasse brigando com ela.

Olivia já estava sofrendo por causa da discursão que tivera com Georgina, que talvez não aguentasse ter mais uma com Charlie.

Mal desconfiava que o que a amiga queria não tinha nada a ver com isso.

-Mas o que eles estão fazendo aqui?- Olivia perguntou quando notou Louis e Carol esperando na frente da porta da sala dos zeladores.

-Bem...- começou Charlie sentindo que era hora de explicar alguma coisa, ou inventar algo- A verdade é que você não vai conversar comigo, e sim com Georgina.

Nesse caso, Georgina era um codinome para Liam.

-Mas onde ela está?- perguntou Olivia na maior inocência.

-Aí dentro- falou Louis apontando para sala- Entra, ela já está te esperando.

-Mas porque tinha que ser logo aí?

-Por que... - Charlie não sabia o que dizer.

-Porque vocês precisarão de privacidade- respondeu Louis rápido como sempre.

Olivia arqueou as sobrancelhas em sinal de desconfiança, mas logo elas voltaram ao normal. Qualquer dúvida que pudesse surgir acabou desaparecendo logo. Para Olivia, Charlie não seria capaz de armar um plano.

Engano o seu.

A menina segurou a maçaneta da porta e a girou empurrando para que pudesse entrar.

-Mas que m...

Antes que Olivia pudesse dizer ou reclamar mais alguma coisa, Louis pegou a porta e a empurrou.

Os gritos de Olivia pedindo para a soltarem eram estrondosos. Ela batia na porta e girava a maçanetada porta tentando sair. Mais o corpo de Louis, que estava todo contra porta, impedia qualquer tentativa de fuga.

-Rápido Harry!-gritou o menino

Harry tirou a chave do bolso e desse modo trancou a porta.

Ao ouvir o som da chave virando, Olivia gritou.

-Vocês não podem me deixar aqui com ele! Não podem!

-Não só podemos como iremos- falou Louis rindo.

-Agora é só pelos resultados- falou Carol.

-E garanto que não serão bons- falou Harry.

-Quer parar com isso, Harry!- falou Charlie enquanto se afastavam da porta- Porque você tem que ser tão pessimista?

-Porque ele é um medroso- falou Louis.

-Olha, aqui...- começou Harry tentando se defender.

Mas nesse exato momento, a diretora apareceu e os quatro ficaram parados no corredor congelados.

-Gostaria de saber por que sempre que você chega atrasado, Sr. Tomlinson, o Sr. Styles, sempre está presente?

Louis olhou para o lado e deu um sorrisinho.

-E porque Carol e Charlie estão com vocês?

-Er...

Todos falaram ao mesmo tempo sem que a diretora conseguisse entender uma palavra ou frase sequer.

-Quer saber, dessa vez eu perdoo, mas da próxima...

-Eu falei que a senhora está deslumbrante hoje?

-Sr. Tomlinson! Vão logo para a sala de aula antes que eu mude de ideia.

Essa frase fora decisiva para que os três começassem a andar, apenas Charlie continuou onde estava...

-Algum problema Srta. Harris?- perguntou a diretora.

Charlie, que olhava por sobre o ombro em direção à sala onde Liam e Olivia estavam presos, desviou o olhar e balançou a cabeça em sinal negativo.

-Já que não tem nada, é melhor você andar para a sala de aula.

Charlie concordou e seguiu os três.

Os gritos de Olivia já não ecoavam mais pelo corredor. Isso poderia ser um bom sinal, ou não.

***

-Você vai ficar calada o tempo todo?-perguntou Liam encarando a menina que estava sentada em um canto da parede do lado oposto da sala.

-Vou- respondeu Olivia secamente

-Isso não vai adiantar- falou o menino passando a mão pelo cabelo curto- Se eles chegarem aqui e perceberem que nada mudou, eles voltam a nos trancar.

-E eu continuarei calada- falou Olivia olhando para suas unhas e desejando possuir algo que pudesse lixá-las naquele momento.

-Porque você não quer falar comigo?

-Porque eu não tenho nada para falar com você.

-Como não? E esse ódio todo pela minha pessoa? Você não deveria me explicar isso?

Olivia desviou o olhar de sua mão e se virou para Liam que sustentava o olhar.

-Eu...

Ela começou mas logo depois balançou a cabeça.

-Deixa para lá.

-Não! Eu quero saber- exigiu Liam.

-E pra quê?- gritou Olivia- As coisas entre nós vão mudar? Não, não vão. Eu amo você e você nunca irá me amar.

-Como você pode ter certeza disso?

Olivia permaneceu calada. Como ela poderia saber? As lágrimas começaram a cair assim que a menina se deu conta de que ela poderia estar completamente errada. Na verdade, ela não tinha provas concretas sobre o que Liam achava sobre ela. O que ela pensava ser verdade era tudo baseado em suposições.

-Desde que eu cheguei nesse colégio, sempre fui apaixonada por você- falou Olivia sem conseguir segurar o choro e muito menos as palavras- Vocên chamou minha atenção desde o primeiro dia de aula. Desde então, tudo que venho fazendo é com objetivo de chamar a sua atenção. Eu sou do jeito que sou só por sua causa. Eu não pretendia ser popular, mas pensei que se fosse, você pudesse prestar atenção em mim, pudesse me notar, e pudesse perceber meus verdadeiros sentimentos.

Liam estava com uma expressão de espanto estampada em seu rosto. Em mil e uma possibilidades, ele nunca consideraria essa.

-Mas eu pensei que você me odiasse?- perguntou

-Eu nunca te odiei. Eu fingia te odiar para desse modo poder esconder que te amava. A única pessoa que eu odiei esses anos todos foi eu, por ser estúpida o bastante para não possuir coragem suficiente para me declarar.

-Mas, mas...- Liam não sabia o que dizer- Mas você sempre chamou minha atenção.

Olivia parou de chorar e o encarou. Agora era ela que estava com uma expressão de surpresa.

Liam continuou.

-Você sempre foi tudo para mim. Você era a pessoa com quem eu esperava encontrar nos corredores ou na hora do recreio. Era você que eu queria ter ao meu lado como namorada. Era você e continua sendo você.

-Mas...

-Mas eu pensava que você me odiava, e não tinha coragem para me aproximar por causa disso. Pensava que você não queria nada com um garoto não popular como eu.

-Quer dizer que...- a surpresa ainda era muito grande para que Olivia pudesse se recompor para formular uma frase completa.

-Quer dizer que eu te amo Olivia, sempre te amei.

Liam atravessou o pequeno espaço que continuava a separar os dois para poder ficar cara a cara com a garota. Ele afastou uma mecha de cabelo que cobria o rosto dela parcialmente, e com uma das mãos limpou as lágrimas que ainda não haviam secado.

Ele segurou sua cintura e a puxou para mais perto. Seus corpos estavam colados, como deveria ser desde muito tempo atrás. Liam beijou o pescoço de Olivia e foi beijando todo o caminho até a sua orelha.

-Eu te amo- ele sussurrou no seu ouvido.

Olivia encostou os seus lábios no ouvido dele e também fez o mesmo.

-Eu também te amo.

Essa declaração poderia ser atrasada, mas era totalmente verdadeira.

***

-Eu não escuto nada-falou Louis com o ouvido encostado na porta da na sala dos zeladores esperando ouvir qualquer barulho que viesse de dentro.

Charlie tirou uma de suas mãos do bolso de sua calça jeans e a colocou na boca, começando assim, a roer os restos de esmaltes presentes nas suas unhas.

Já fazia mais de vinte minutos que a campa, anunciando o final das aulas do dia, havia tocado. O colégio estava vazio e eles haviam esperado propositalmente para não terem problemas ao libertarem Liam e Olivia do “castigo”. Mas a garota estava nervosa com essa libertação, aliás, eles não tinham garantias de que havia dado certo, para falar a verdade, existiam grandes chances de tudo ter sido em vão.

-Eu abro ou não abro?- perguntou Harry tirando a chave do bolso e a posicionando em frente a fechadura.

-Abre-respondeu Carol revirando os olhos. Ela não havia concordado com isso desde o princípio, e agora, a única coisa que desejava era que terminasse logo. Para ela, pouco importava se dera resultados ou não. Ela fora a favor de deixar as coisas se ajeitarem do jeito como deveria ser, ela não queria forçá-los a nada. Mas acabou sendo obrigada por Louis e Charlie a entrar naquele plano “diabólico” que te infalível não tinha nada.

-Não!- gritou Charlie fazendo com que os três pulassem com o susto-Não podemos abrir.

-E porque não?-perguntou Carol com as mãos na cintura- Pelo visto, eles não estão brigando.

-Mas isso não significa que se ajeitaram. Eles podem estar calados, apenas se encarando.

-Então, quando iremos abrir?- tornou Harry a perguntar.

-Semana que vem- falou Louis- Só desse modo teremos certeza que eles irão ter se falado pelo menos uma vez- o menino acrescentou essa última parte com um sorrisinho irônico que Charlie e Carol receberam de cara fechada. Apenas Harry havia sorrido com aquilo.

-Porque não abrimos e vemos o que aconteceu para depois decidir se os deixaremos mais tempo ou não?- sugeriu o menino.

Carol e Charlie balançaram a cabeça de forma positiva enquanto que Louis apenas dera de ombros, no fundo sem se importar muito com aquilo tudo.

Harry enfiou a chave na fechadura e a girou duas vezes para a direita com o objetivo de destrancá-la.

-Prontos?-perguntou olhando por sobre o ombro para os três posicionados logo atrás de si.

Harry colocou a mão na maçaneta e a segurou um pouco antes de finalmente virá-la. A porta abriu e ele a empurrou dando espaço para que pudessem entrar.

-Aí meu Deus!- exclamaram Charlie e Carol em uníssono paralisadas na soleira da porta. Harry e Louis também estavam congelados nos seus respectivos lugares.

Liam e Olivia, pelo visto, haviam se reconciliado. Muito mais do que qualquer um poderia ter imaginado.

Olivia estava deitada no sofá com Liam por cima do seu corpo. A garota estava sem a blusa branca com que viera ao colégio, e com o sutiã, também branco, a mostra. Seus cabelos estavam desgrenhados, sua maquiagem borrada, e o botão de sua calça estava aberto.

Liam se encontrava quase que no mesmo estado: cabelos bagunçados e com a roupa toda amarrotada. Mas pelo menos ele mantinha a sua camisa e calça do modo como deveria estar.

Louis tossiu chamando a atenção dos dois.

Eles pararam de se beijar e olharam para os amigos com sorrisos estampados em ambos os rostos.

-Eu falei que eles iriam chegar bem na hora da parte boa- falou Liam se levantando- Está me devendo 10 libras agora.

-Tecnicamente, - começou Olivia recolocando a blusa- Eles chegaram antes da parte boa, ou seja, eu não vou te pagar.

-Não vai?- Liam se aproximou da garota e segurou sua cintura- Eu posso de obrigar, sabia?

-De que maneira?

Antes que Liam pudesse fazer qualquer coisa, Charlie chamou a atenção deles impedindo-os de tentar fazer qualquer coisa, inclusive continuar o que faziam antes.

-Vocês se ajeitaram?- perguntou a garota.

-Não- respondeu Olivia tirando sarro- Nós só estamos nos pegando mesmo. Mas é claro que sim!

-Então...-continuou Charlie tentando uma confirmação.

-Então, eu e o Liam estamos oficialmente namorando.

-Mas já?- perguntou Carol um pouco assustada.

-É.

-Já que vocês já se acertaram- começou Louis- Que tal irmos comer? Eu estou morrendo de fome.

-Seria uma boa ideia- falou Carol concordando com Louis- Podemos ligar para o Zayn, Georgina, Niall e Sophie para ele se juntem a nós.

-Provavelmente, Sophie e Niall não você aceitar- falou Olivia- Eles ainda estão brigados.

-Já que eles não vão estar lá, podemos pensar num plano para reconciliá-los- sugeriu Liam.

-Chega de planos! Vocês não conseguem deixar que as coisas sigam o seu rumo naturalmente?-perguntou Carol

-Não- respondeu Louis

Nesse instante, enquanto todos saiam de dentro a sala ainda discutindo sore Niall e Sophie, Charlie resolvera ficar para arrumar as pequenas coisas que Liam e Olivia tinham tirado do lugar. Harry, que esperava a saída da menina para desse modo trancar a porta, aproveitou o momento para retomar a conversa do dia anterior.

-E nós Charlie?- perguntou o menino.

-Nós o que?- Charlie perguntou de volta.

-Quando assumiremos o namoro?

Charlie levantou a cabeça e o encarou por alguns instantes antes de voltar a abaixar a cabeça. Pela voz de Harry, dava para notar a sua decepção. Mas novamente, o que a menina iria fazer? Ela estava com Carol nesse momento, ela queria que tudo fluísse naturalmente.

-Harry...-começou Charlie, mas o menino não a deixou continuar.

-Quer saber, esquece- falou chamando-a para fora da sala- Vamos comer, eu também estou morrendo de fome.

Quando ela iria assumir que existia algo entre eles? Perguntava-se Harry. Quando?


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Notas finais do capítulo

Mais um casal reconcialiado. Faltam poucos agora :)



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