You Wanna Be Loved escrita por Kate Simplicio


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Era para eu ter postado esse capítulo mais cedo, mas acabei dormindo... Desculpem.
Mas até escritoras necessitam de um cochilo uam vez ou outra.
Espero que gostem do capítulo! :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/246379/chapter/22

Charlie acordou na manhã de domingo com uma forte luz batendo no seu rosto. Eram os raios do sol que entravam pela fresta da cortina que ela não havia fechado direito. A menina foi dormir tão chateada com Harry, com Will e até com ela mesma, que não havia prestado atenção a esse pequeno detalhe.

Rolando na cama, a menina tentava se decidir sobre levantar de vez ou ignorar a luz e continuar dormindo, mas seu sono parecia ter ido embora. E sem outra opção, a menina decidiu que era hora de se levantar.

Ainda de pijamas, Charlie começou a descer as escadas notando o quando a casa estava silenciosa. Quando chegou à cozinha, descobriu o motivo para tanto silêncio.

Pregado na porta da geladeira, a menina notou um bilhete.

“Fomos todos ao supermercado, depois iremos almoçar em algum restaurante. Tem macarrão na geladeira. Qualquer coisa liga! Beijos Mamãe.”

 Ótimo! Todos resolveram sair e nem se importaram em perguntar se ela não queria ir junto.

Apesar disso, Charlie achou que talvez fosse melhor assim, pelo menos não teria que explicar para ninguém o motivo do seu mal humor.

O relógio da cozinha marcava quinze para ás onze, mesmo assim, Charlie não desistiu de tomar café. Quando estava pronta para cortar o pão, a campainha tocou.

O coração de Charlie deu um pulo. Quem poderia ser em uma hora como essa?

Pensando ser Harry, a menina rapidamente correu em direção à porta. Mas ao abri-la, se deparou com outra pessoa.

-Ah, é você- disse a menina visivelmente decepcionada.

Carol não falou nada, em vez disso entrou na casa e se dirigiu rapidamente para cozinha. Ela também não parecia estar muito animada para um domingo.

-Noite passada foi horrível- disse Carol.

-O que foi que o Louis fez?- perguntou Charlie já suspeitando que o insucesso da noite fosse devido ao menino.

-Ele resolveu se declarar.

-E?- perguntou Charlie esperando por mais.

-E aí que isso não é verdade.

Carol pegou o pão que Charlie havia separado e começou a comê-lo.

-Ele só notou isso quando fui embora- continuou a garota entre uma mordida e outra- Antes disso, eu era apenas a babá.

E a menina continuou a falar e a falar, sem que Charlie prestasse muita atenção ao que dizia. Ela estava mais preocupada com o seu relacionamento do que com o dos outros.

Não que Charlie fosse insensível, muito longe disso. Mas porque naquele momento, a briga que tivera com Harry era muito mais séria do que a de Louis e Carol.

Louis sempre gostou de Carol, desde o primeiro dia em que ela havia aparecido na escola.

Charlie lembrava-se muito bem quando, há quase dois anos atrás, Louis havia aparecido na casa dela implorando para que o ajudasse a superar o seu romance platônico. Poucos dias depois acabou descobrindo que o romance platônico de Louis era Carol. Desde esse dia, a menina havia se empenhado em juntar os dois.

Foi Charlie que havia feito Carol aceitar o emprego na casa dele, foi Charlie que aconselhara Louis a deixar de lado alguma de suas manias excêntricas e era Charlie que constantemente fazia diversos elogios acerca do menino.

Ela não queria acreditar que todo aquele trabalho havia, de algum modo, havia sido perdido. Não quando havia brigado com Harry no mesmo dia.

-Charlie você está me ouvindo?- perguntou Carol parando de falar e encarando a menina.

-Para dizer a verdade, não- disse Charlie se desculpando- Eu e Harry tivemos uma briga feia ontem, e eu acho que nós meio que rompemos.

-Desculpa amiga. Eu aqui falando dos meus problemas e você tendo que lidar com os seus.

-Não tem problema. Eu só...Quer assistir um filme?- sugeriu Charlie- Desse modo podemos ambas esquecer tudo por algum tempo.

Carol concordou e ambas foram em direção à sala.

***

-Porque todos os meninos são tão estúpidos?- perguntou Carol entre lágrimas- Por quê?

Se elas não estivessem assistindo a “Um Amor Para Recordar” Charlie teria a certeza de que aquelas lágrimas eram destinadas a Louis.

Charlie deu pausa no filme quando a campainha tocou novamente. Ela se levantou para abrir a porta.

-Vocês já almoçaram?-perguntou Georgina mostrando as duas pizzas que tinha na mão.

A menina deu de ombros. Hoje definitivamente não era um dia apropriado para se preocupar com calorias e tudo o mais.

Logo depois dela, Sophie e Olivia se aproximaram segurando, cada uma, uma garrafa de refrigerante. É, parecia que ninguém estava se importando em engordar.

Depois de pegarem os pratos e os copos, todas foram para sala, local escolhido para o “almoço”.

No começo, ninguém falou nada e um clima estranho se instalou entre elas. Realmente aquilo era algo no mínimo anormal, todas sabiam que quando se juntavam eram conversas e mais conversas acerca de coisas banais da vida. Hoje, porém, parecia que ninguém estava muito no clima de falar.

-Então Olivia, seu castigo já acabou?- perguntou Charlie tentando de alguma forma desfazer aquele silêncio sepulcral que já estava começando a irritá-la.

-Não- respondeu a garota- Mas ninguém estava em casa então não havia motivo de continuar ali.

O silêncio voltou a reinar.

-Mas que droga!- disse Georgina de repente- Eu vim aqui porque pensei que poderiam me ajudar, mas vocês parecem estar em um estado pior que o meu.

-O que foi que aconteceu contigo?- perguntou Charlie.

-Zayn me levou na sorveteria ontem, mas ele não parava de olhar para outras meninas e isso me tirou do sério. Nós acabamos brigando.

-Entra para o nosso clube- disse Carol encarando o seu pedaço de pizza com certo desânimo.

-Por quê?- perguntou surpresa.

-Porque eu briguei com Louis e Charlie com Harry. Nós três estamos no mesmo barco.

-Quatro- corrigiu Sophie.

Charlie olhou surpresa para ela e perguntou o porquê.

-Eu resolvi terminar o que tinha com Niall.

-Mas vocês eram perfeitos.

-É, mas ele não queria nada sério. Disse que não possuía tempo para namorar devido a banda e coisa e tal. Eu não ouvi direito, estava mais preocupada em dar o fora.

Charlie suspirou. Pelo visto nenhuma das meninas tinha sorte no amor. E no jogo também não, como Charlie já havia constatado anteriormente.

-E você Olivia, porque está triste?- perguntou Sophie.

-Por nada não- respondeu a menina com as bochechas começando a ficarem vermelhas.

Se antes ela não tinha a coragem de assumir que gostava de Liam, agora então é que ela não iria assumir nunca.

Todas voltaram a ficar caladas e encararam, cada uma, o seu respectivo prato. A vontade de comer havia desaparecido.

-Quer saber- disse Georgina- A gente deveria superar isso.

-O quê?- perguntou Sophie.

-Oras, os meninos- falou como se fosse o óbvio- Nós deveríamos deixá-los de lado e continuar a viver a nossa vida normalmente. Devíamos voltar a ser o que éramos antes.

-E o que nós éramos?

-Sophie! Não acredito que já esqueceu.

A menina continuou calada.

-A gente ignorava os meninos, a gente os odiava- a menina se levantou e continuou o seu discurso, cada vez mais empolgada- E é isso que deveríamos voltar a fazer. Nós conseguíamos viver tranquilamente antes deles aparecerem e estragarem com tudo. É desse modo que devemos nos comportar de agora em diante.

Carol revirou os olhos.

-E como vamos fazer para simplesmente esquecê-los?-perguntou.

-Vamos fazer o que sempre fizemos: vamos tratá-los mal.

Charlie pensou na proposta.

Harry antes de tudo, antes de ser namorado, antes de ser amigo, não passava de um vizinho qualquer, o filho da melhor amiga de sua mãe. Porque ele não podia voltar ao que era antes?

Antes, ela nem sequer se importava com a sua existência, e consequentemente, não sofria por isso. Era o que Charlie queria, não sofrer.

Ela iria fazer de tudo para não ter o coração quebrado novamente, nem que para isso tivesse que se comportar como uma idiota.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mil perdões por ter que fazer vocês sofreram, mas é que as coisas tem que irem mal para que possam melhorar. E não me matem por isso, prometo que no final tudo isso irá valer a pena.
Qulquer coisa é só comentar! Bjo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "You Wanna Be Loved" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.