Amor Reprimido escrita por Bea Maciel


Capítulo 2
Marcas do Passado


Notas iniciais do capítulo

Ei meus amores, fiquei super feliz com os reviews de vocês e decidi postar o capitulo um pouco mais rápido. Capitulo dedicado as minhas 21 leitoras. Espero que gostem. Enjoy...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/245727/chapter/2

"Aquela noite foi um dos momentos que ambos apagaram de suas memórias, pois Rose e Scorpius prometeram que nunca mais sofreriam por amor."

Alguns meses depois...

Scorpius acabara de receber o profeta diário. Calmamente, retirou a fita que enrolava o jornal e começou a percorrer os olhos nas notícias, até que uma coluna lhe chamou a atenção. Em letras grandes e bem desenhadas, a manchete dizia: “Será este o casamento do século?”

Ele correu os olhos pela notícia, não acreditando no que acabara de ler. O loiro correu até o quarto da irmã e bateu à porta com certa impaciência. Sem esperar resposta, adentrou o local. E, bem, não podemos dizer que ele tinha chegado em um bom momento. Sua irmã, corou rapidamente, estava apenas de lingerie.

— Scorpius! Quantas vezes eu tenho que pedir pra você não entrar no meu quarto sem bater primeiro? — perguntou ela, furiosa, enquanto colocava seu robe de seda rosa.

— Que isso, Cathy, somos irmãos. Não precisa ter vergonha de mim. — falou com um sorriso meio cúmplice — E eu bati, sim, você que não ouviu. — o loiro defendeu-se.

Catherine Astoria Malfoy, irmã gêmea de Scorpius. Não eram nada parecidos, exceto pela cor dos olhos. Catherine possuía cabelos castanho-escuros iguais aos da mãe, e a braveza de uma gryffindor — foi a primeira Malfoy em séculos a pertencer a essa casa. Se as pessoas não os conhecessem, diriam que não eram irmãos, afinal, eram poucas as semelhanças entre os dois.

— Mas, mesmo batendo, tem que esperar que eu responda... Imagine se eu estivesse nua? O que você faria? — ela continuava irritada.

— Calma, ursinha, não se estresse à toa. — ele continuava sorrindo. — Prometo bater e esperar da próxima vez.

— Por favor, já disse pra não me chamar de ursinha. — ela resmungou. — Agora, me diz, o que você veio fazer aqui?

— Você leu o profeta hoje? — Scorpius esperava que Catherine respondesse que sim.

— Não, por quê? — a morena demonstrou curiosidade, como sempre.

— Olha esse monte de bobagens que Rita Skeeter publicou hoje. — apenas jogou o jornal nos braços da irmã, estava longe de ser um perfeito cavalheiro, mas a morena pareceu nem mesmo se importar. Pegou o jornal e apenas o encarou, franzindo o cenho.

— Bem, vejamos... “Será este o casamento do século?”— Catherine leu o título, e continuou. — “Ontem deve ter sido um belo dia para a família Weasley. A primogênita do casal Ronald e Hermione Weasley, de apenas 18 anos, casou-se com ninguém mais, ninguém menos que o famoso Auror John Drew. Parabenizei o casal, que namorava há menos de três meses, que segundo minhas fontes, casaram-se, pois Rose está esperando o primeiro filho. Perguntei à noiva como ela estava se sentindo e ela respondeu que “era a mulher mais feliz do mundo, que aquela noite jamais seria esquecida”Mas perguntas nos vêm à mente quando pensamos em Rose Weasley. Não era ela quem estava namorando o filho do notório Draco Malfoy? Quem diria, não é mesmo? Ela está com mais ou menos cinco meses de gestação. Será que estava traindo Scorpius Malfoy esse tempo todo? Algo me diz que este lado da Weasley nós ainda não conhecíamos." — finalizou a leitura encarando o irmão.

— Você viu a baboseira que ela inventou? — Scorpius perguntou a irmã, mais uma vez sem deixar de sorrir.

—Não li nada que não seja verdade. Sinto muito, Scorpius, mas tudo aqui é verdade. Eu fui ao casamento — confessou. — Não queria te contar, pois sei que você ainda gosta dela. — Catherine tentou um sorriso, que não deu muito certo.

— Você só pode estar de brincadeira, Rose nunca me trairia com um Auror prepotente e idiota. E cinco meses atrás nós estávamos namorando, e ela namorou com Drew durante apenas três meses. Não é possível que ela tenha me traído, ela nunca faria uma coisa dessas! — os olhos dele ardiam. 

— Scorpius entenda: eu também não acredito que Rose tenha te traído. Afinal, nós somos amigas e ela teria me contado se estivesse saindo com outro que não fosse você. Rose gostava de você, dava para ver pelo olhar dela.
— Se ela gostasse de mim, teria casado comigo, e não com esse Auror famosinho e estúpido — o loiro debochou. — Eu ainda não acredito que Rose tenha me trocado por ele... Trocamos juras de amor naquela noite. — involuntariamente, sorriu com a lembrança.

— Scorpius esquece a Rose. — Catherine falou em tom de desistência, mas seu irmão tinha que entender — Ela agora está casada, e está esperando um filho do marido dela. Eu assisti com meus próprios olhos o casamento deles, foi bem simples, mas foi lindo.

— E essa criança que Rose está esperando, não vai me dizer que também é verdade?

— É verdade, sim, ela me contou. — Catherine sorriu de um jeito diferente.

— Não pode ser! Pelo que Skeeter publicou, Rose está quase no quinto mês de gravidez. Cinco meses atrás ainda não tínhamos terminado o namoro, fez quatro meses há uma semana. Vai me dizer que ela dormiu com ele quando ainda estávamos juntos?

Scorpius gostaria de ter evitado isso também, mas uma lágrima escorreu por seu amplo e belo rosto quando ele pensou em uma suposta traição.

— Scorpius, você acha que... — Catherine balançou negativamente a cabeça. — Não. Não pode ser.

— Fale. — ele insistiu.

— Será que existe uma possibilidade de essa criança, que a Rose está esperando seja seu filho? — a morena surpreendeu o irmão.

— Não pode ser Cathy. Se o filho fosse meu, Rose não me esconderia — não conseguiu conter o nervosismo.

— Como pode ter tanta certeza assim? Faz quanto tempo desde que você e a Rose dormiram juntos?

— Faz uns cinco pra seis, e não teria... — o loiro parou de falar.

A expressão de Catherine era séria.

— Entendeu agora, não é? Demorou você não acha?

— Mas... Se eu for o verdadeiro pai do filho da Rose, por que ela não me contaria? — era óbvio que ele estava confuso.

— Não sei maninho... Não sei. — Catherine estava um pouco pensativa, e eles permaneceram calados durante alguns instantes, até Scorpius quebrar o silêncio:

— Eles já foram viajar? Ela mora na mesma casa que morava antes?

— Não, eles só vão viajar amanhã. E, sim, ela continua morando na mesma casa. Por quê? — Cathy respondeu de forma distraída.

Uma ideia começava a se formar na cabeça de Scorpius, estava mais do que evidente que ele precisava tirar essa história toda a limpo e não poderia esperar nem um ou dois minutos.

— Preciso dar uma palavrinha com Rose agora mesmo. — respondeu rapidamente, indo em direção à porta.

— Scorpius espera! Onde você está indo?

— Vou tirar essa história toda a limpo. — disse quase se engasgando com as palavras e logo descendo as escadas da enorme mansão dos Malfoy. — Mãe, não me espere para o almoço! — gritou antes de chegar ao jardim e aparatar.

— Scorpius, pense um pouco... — Catherine ia terminar de falar quando ouviu o som de “crack” e seu irmão sumiu de onde estava.
Astoria logo apareceu na porta do quarto, um tanto confusa.

— Filha, onde seu irmão foi com tanta pressa? — questionou se encostando no batente da porta.

— Resolver uns problemas pendentes. — a morena sorriu para a mãe. — Espero que dê tudo certo, e que Scorpius não saia magoado nessa história.

— Por que não senta e me conta tudo? — a mulher sorriu bondosamente enquanto entrava no quarto da filha, e sentava-se na cama da menina, indicando um lugar ao lado para a mais nova. Assim, Catherine assentiu, sentou-se, e tomando coragem, contou toda a história a mãe, que ouvia tudo atentamente.

**~**~**

Scorpius havia acabado de bater na porta, quando esta foi aberta em seguida.

— Com licença. Rose esta em casa? É que eu preciso... Ter uma conversa particular com ela. — O Malfoy sorriu, tentando controlar o nervosismo.

— Claro que está, espere só um minuto que vou chamá-la. — o cara que o havia recebido devia ser o tal John, marido de Rose. — Querida, tem visita pra você! — gritou para o interior da casa.

— Quem é? — Rose perguntou, se aproximando, e seu semblante logo mudou ao ver Scorpius parado em frente à porta aberta. — O que faz aqui? — perguntou friamente ao loiro.

Sem deixar se abalar pelo tom, ele a encarou, sério.

— Precisamos conversar.

— Não, não precisamos. — ela retrucou.

— Prometo que não falarei muito. — Scorpius endureceu a expressão.

— Ok... Entre — mesmo hesitante, não conseguiria expulsá-lo assim.

— Se não se importa, a conversa é só entre nós dois. — Scorpius continuava sério. — Conversa restrita.

Amor, você se importa em ficar lá em cima só um pouquinho? — Rose questionou bondosamente ao marido, o que deixou Scorpius com um certo nojo e uma vontade absurda de vomitar.

— Não mesmo. — John sorriu. — Se precisar, é só chamar. — ele subiu, desaparecendo nos degraus.

Rose, por fim, virou-se para Scorpius.

— Você tem dez minutos. — disse, encarando-o com uma expressão de quem tinha poucos amigos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deixem reviews com suas opiniões e eu realmente espero que vocês gostem dessa fic o tanto que eu estou gostando de escreve-la. E ai será que Rose esta esperando um filho do Scorpius ou não? Deixem suas apostas.
Beijocas Luna