Amor Reprimido escrita por Bea Maciel


Capítulo 3
Acerto de Contas!?


Notas iniciais do capítulo

Oiee amoras da minha vida, fiquei super feliz com os comentários de vocês, e ai está o novo capitulo. Eu ia dividi-lo em duas partes mas acho que vocês não mereciam isso kk Bem espero que gostem do capitulo e quero dedicar a vocês 29 leitores oficiais do Nyah. E aos meus leitores do twitter. Bem nós vemos lá embaixo com novidades. Enjoy...



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No Capítulo Anterior...

— Precisamos conversar.

— Não, não precisamos. — ela retrucou.

— Prometo que não falarei muito. — Scorpius endureceu a expressão.

— Ok... Entre — mesmo hesitante, não conseguiria expulsá-lo assim.

— Se não se importa, a conversa é só entre nós dois. — Scorpius continuava sério. — Conversa restrita.

— Amor, você se importa em ficar lá em cima só um pouquinho? — Rose questionou bondosamente ao marido, o que deixou Scorpius com um certo nojo e uma vontade absurda de vomitar.

— Não mesmo. — John sorriu. — Se precisar, é só chamar. — ele subiu, desaparecendo nos degraus.

Rose, por fim, virou-se para Scorpius.

— Você tem dez minutos. — disse, encarando-o com uma expressão de quem tinha poucos amigos.

POV Narrador

Scorpius encarou a ruiva e a observou por completo. Ela realmente estava como antes, cabelos cor de fogo, bagunçados, coisa que Scorpius sempre amou — quando estavam juntos, Rose deitava a cabeça no colo de Scorpius enquanto este mexia em suas mexas ruivas. Rose vestia uma blusa verde que não salientava muito sua pequena barriga, uma calça folgada e uma sapatilha branca, para o loiro, Rose estava perfeita, uma verdadeira dama.

— Scorpius estou esperando. Você tem oito minutos. — falou tirando-o de seus devaneios.

— Rose, por que se casou com ele? — foi a primeira coisa que lhe veio a mente.

— Por que eu o amo — respondeu ela como se fosse óbvio, realmente puxara o gênero de sua mãe neste aspecto.

— E como fica nós nessa história? — ele perguntou.

— Scorpius, nós terminamos e, nunca houve nós — respondeu friamente. Sim eles existiram, porém não mais.

— Como nunca houve nós, Rose? Já se esqueceu de todos os momentos que passamos juntos? — Scorpius perguntou alterando o tom de voz e ela não falou nada. — E esse filho que você esta esperando há alguma possibilidade de ser meu? — perguntou esperançoso.

— Scorpius...

— Fale Rose, esse filho é ou não é meu? — perguntou em tom exaltado.

— Não é seu Scorpius. O filho é, e sempre será do John. — Rose foi direta.

— Então quer dizer que me traiu? — perguntou, precisava saber a verdade — Por que pelo que eu li no profeta hoje de manhã, você está com cinco meses de gestação, e há cinco meses nos ainda estávamos juntos. — constatou.

— Você sabe que Rita Skeeter mente, e para a sua informação eu estou com três meses de gestação e não cinco. — falou um pouco exaltada — Eu não me rebaixaria a tal ato de traição e se foi para perguntar isso, por favor, vá embora. — tratou de apontar para a porta.

— Eu não terminei — O Malfoy abaixou a voz.

— Então fale logo, pois não tenho o dia todo — Rose retrucou em tom sério.

— Agora me fale a verdade Rose, eu só peço a verdade. Você estava ou não me traindo? — perguntou em tom calmo, mas algo o incomodava, algo não se encaixava naquela história toda.

— Eu já falei, eu não te trai — a ruiva respondeu de forma exaltada.

— Você me traiu sim, não vou cair nesse seu jogo barato. – Scorpius elevou a voz. — Além de me trair, engravidou e casou com esse seu maridinho ai – estava quase gritando, não era essa a intenção, mas não conseguia ficar muito tempo se passando por um bobo.

— Eu te odeio, Malfoy. E quer saber? Foi um erro eu ter passado aquela noite com você, foi um erro eu ter namorado você, foi um erro eu ter pensado que um dia seriamos uma família feliz e foi um erro eu ter me apaixonado por você – a última frase quase não saiu, mas Rose já não continha mais as lágrimas.

— Agora é um erro não é? – o tom exaltado não saia dele e suas bochechas deveriam estar num tom escarlate, como sempre ficavam quando ele ficava assim – Eu te odeio Weasley, eu te odeio por ter namorado você, eu te odeio por ter passado aquela noite com você, odeio por ter me apaixonado por você, odeio por ter te amado tanto – respirou fundo, antes de continuar. — E eu ainda não acredito que teve a cara de pau, de falar que não me traiu.

— Eu não te trair! — dessa vez a ruiva gritou e lágrimas quentes caiam de seus olhos — Quer saber, Malfoy? Vá à merda, suma da minha vida, suma da minha frente, vá embora! Não quero te ver nunca mais, Scorpius Malfoy! – finalizou, dando um belo tapa na bochecha direita do loiro, que o deixou completamente desnorteado.

— Rose não se estresse pode fazer mal ao bebê — o marido de Rose chegou à sala, logo após ter ouvido os gritos, tinha ficado preocupado.

— E eu digo agora para você — Scorpius apontou para John, com a mão que não estava na bochecha, ainda ardia pelo tapa. — Não pense que ela te ama, Rose Weasley não ama ninguém, Rose Weasley não tem coração. — gritou.

— Vá embora Malfoy, sai agora da minha casa! – a ruiva gritou.

— Agora é Malfoy não é? – o Malfoy debochou — Aquele dia era Scorps, meu amor. — ironizou.

— Saia da minha casa, agora! — Rose gritou novamente — Vai embora, suma da minha frente, suma da minha vida!

— Eu vou, mas lembre-se Weasley, Nunca, ouviu bem, nunca mais me procure. Eu vou te esquecer nem que seja da pior maneira possível. Eu vou te esquecer — deu-se por vencido, mas a verdade era que não aguentava mais olha-la, pois parte de si ainda a desejava, e se estivessem ainda nos tempos da escola, ele com toda certeza, a prenderia na parede e roubaria um beijo, como sempre faziam quando brigavam. Mas não era mais assim, nunca mais seria.

— Eu te acompanho até a porta, Sr. Malfoy — o marido de Rose disse.

— Não — ele o impediu — Eu sei o caminho. Até nunca mais, Weasley. — ele gritou e foi embora, e após andar alguns passos, aparatou.

— Está tudo bem Rose? — John, perguntou.

— Está sim — respondeu enquanto abraçava a si mesma — Só estou um pouco cansada. Acho que vou me deitar. — deu um longo suspiro.

— Tudo bem, querida. Eu preparo nosso almoço. Agora vá descansar. — John sorriu para ela.

— Obrigada. — Rose retribuiu o sorriso e subiu as escadas. Deitou-se em sua cama e ficou pensando o que seria de seu futuro agora.

**~~**~~***

Scorpius caminhava em passos pesados, pelas ruas movimentadas de Hogsmeade. Assim que viu no pub Três Vassouras, entrou e sentou-se à uma mesa, afastada de todos.

— Uma firewhisky, por favor — ele pediu à mulher que veio lhe atender.

Esperou um pouco e logo a garçonete voltou com sua bebida. E, claro, não deixou de perceber que a mulher era bonita, tinha um corpo bem marcado, cabelos loiros, olhos num azul bem intenso. Devia ter por volta de uns dezenove anos e sorria para ele.

— Aqui está — ela lhe entregou fazendo questão de mostrar-lhe o decote de sua blusa.

— Obrigado — agradeceu e, em seguida, ela virou para atender outra mesa, mas Scorpius não a deixou se aproximar muito, pois o instinto o fez puxar-lhe o pulso — Ei que...

— Às sete, é a hora que termina meu expediente — ela sorriu de forma cúmplice.

— Então passo para te pegar às sete em ponto — tratou de retribuir o sorriso.

— Esperarei ansiosamente — dizendo isto deu um sorriso de lado, piscou para o loiro e foi atender a próxima mesa.

As horas se passaram rapidamente e logo Scorpius estava em um hotel, meia boca, completamente bêbado, indo para a cama com uma mulher que acabara de conhecer, e não sabia ao menos seu nome. Mas uma coisa não parecia certa, afinal o Malfoy via o rosto de Rose no da mulher e acreditava que estava fazendo amor com a mesma.

**~~**~~***

O final do dia passou-se rapidamente, e ao que pareceu instantes para o jovem, amanheceu. No momento que abriu os olhos, Scorpius viu a burrada que havia feito. Achava que fosse somente um sonho, mas não, era verdade. Levantou-se e procurou suas roupas espalhadas pelo local, vestiu-se e sem fazer barulho algum escreveu um bilhete para a loira:

Loirinha,

Amei a noite, espero revê-la um dia.

Beijos de seu loiro.

Colocou o bilhete sobre a cômoda com o dinheiro do hotel.

Saiu andando pelas ruas já movimentadas de Hogsmeade, totalmente desgovernado e aparatou nos terrenos da mansão Malfoy. Sua cabeça latejava de tanta dor, estava na cara que era o efeito das bebidas. Entrou em casa e encontrou sua mãe em um estado preocupado, com seu pai ao seu lado, e sua irmã, percebendo que ele havia chegado, o olhou com raiva. Tentou não demonstrar presença, mas foi inevitável.

— Scorpius Hyperion Malfoy, onde estava até agora? — seu pai perguntou.

— Pai, por favor, não enche. Eu sou maior de idade, não devo satisfação da minha vida para você — respondeu, mas logo percebeu que tinha sido um terrível engano.

— Ah, é? E você está pensando que é quem? Não se esqueça que ainda mora sobre o meu teto, e enquanto eu lhe sustentar você deve satisfações para mim, sim senhor. — Draco elevou a voz, mas não chegando a gritar.

— Bem se é assim, estava me divertindo, satisfeito? — ele perguntou.

— Filho nunca mais faça isso! Eu e seu pai ficamos tão preocupados com você depois do que Catherine nos contou, sobre o que houve entre você e Rose! – Astoria disse em um tom nervoso — Achamos que você poderia matar alguém... — ela até ia continuar, mas sentiu a mão de Draco em seu ombro, como se lhe pedisse para não tocar naquele assunto.

— Eu nunca mataria ninguém, não chegaria a esse ponto – Scorpius forçou um sorriso e focou o chão — Agora peço, por gentileza, que nunca mais toquem no nome de Rose Weasley na minha frente e se for possível não mencioná-lo mais. Eu agradeço. — pediu, embora seu coração suplicava para não dizer aquilo. Queria clamar por Rose, queria a amar, mas depois do que tinha visto no dia anterior, era impossível. Ela nunca mais seria sua.

— Com todo prazer — seu pai respondeu tentando esconder um sorriso, e logo percebeu que sua mãe deu um tapa de leve na mão do marido.

— Agora se me dão licença, vou para o meu quarto — forçou um sorriso e subiu as escadas.

Mas, antes que conseguisse entrar em seu quarto uma pessoa o puxou pelo braço. Uma pessoa não, Catherine.

— Eu não contei a mamãe, sabe, sobre o suposto... Filho — Catherine comentou num tom sério.

—Obrigado Cathy, mas agora não faz mais diferença, aquele filho não é meu — respondeu, e bufou. Algo em sua voz mostrava certo... Desapontamento.

— Tem certeza? — perguntou em tom receoso.

— Rose não manteria segredo sobre uma coisa tão grave como essa. — comentou em tom sério.

— Pessoas mudam — rebateu.

— Rose continua a mesma de sempre — embora soubesse que não, aquela Rose, ele não conhecia. Já conhecera um dia, hoje, não mais.

— Se você diz... Só, tente esquecê-la — a irmã sorriu de forma solidária.

— Farei o possível, prometo. — retribuiu o sorriso e fez menção de entrar no quarto novamente.

— Er... Hã... Scorpius? Chegou esta carta pra você hoje pela manhã – Catherine estendeu o envelope para o irmão e ele pegou.

— É do ministério — abriu um enorme sorriso.

— O que diz? — perguntou curiosa, como sempre.

— Bem,

"Sr. Malfoy

Temos o prazer de informar que você foi aceito no curso para preparação de aurores. O seu curso se passará na França com a duração de dois anos e começa dentro de um mês. Aguardamos sua coruja, o mais rápido possível, confirmando sua presença.

Atenciosamente,

Chefe do Quartel General do Aurores,

Harry Potter"

— Isso é brilhante — Catherine sorriu — Você vai aceitar! Não é?

— Mas é claro que vou! — respondeu procurando um pedaço de pergaminho e um tinteiro para escrever a carta. E Escreveu o mais rápido que possível, assim lacrando o envelope. — Cathy se importa de mandar Spark entregá-la?

— Pode deixar que eu mando pra você — sorrindo, pegou o envelope da mão do irmão.

— Obrigado, Cathy, mesmo.

—  Por nada, sabe que não sou de falar não a você, maninho – ajeitou uma mexa do cabelo que caia sobre os olhos e saiu saltitante pelo enorme corredor da mansão Malfoy.

E quando viu Catherine ao final do corredor, Scorpius finalmente entrou em seu quarto e deitou em sua cama. Abriu a gaveta do criado mudo, que se encontrava ao lado de sua cama, e de lá retirou uma foto sua e de Rose, tirada no dia da formatura. Ela estava linda, pensou ele, aquele dia tinha sido, perfeito. Scorpius não pode deixar de sorrir com a lembrança.

— Rose, minha Rosa quem sabe um dia nossos destinos não se cruzam novamente, não é mesmo? Como o velho sábio, Dumbledore diria: “Nos sonhos entramos em um mundo inteiramente nosso. Mergulhamos num profundo oceano e flutuamos na mais alta nuvem”. Por isso eu digo, sonharei com você todas as noites, a minha vida inteira se for necessário e, esperarei o dia em que nossos corpos terão novamente o contato um do outro – dito isso ele virou-se de lado, ainda segurando a foto de Rose e dormiu, sonhando com sua Rosa. Claro que era sua, mesmo ela ainda não desabrochando para o seu amor.


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Notas finais do capítulo

Eu sei a frase do Dumbledore esta diferente, mas eu fiz isso para encaixar na historia. E ai o que acharam do capitulo? O que vocês acharam sobre o que Scorpius fez? E a Rose vcs acham que ela esta falando a verdade? Gostaram da Cathy? Ficou muito ruim? Devo melhorar em algo? Lembre-se essa fic esta no começo. No próximo capitulo teremos noticias não tão divertidas, mas vai ser a partir deste que nosso casal estará "juntos" novamente. Deixem suas opiniões. Desculpe não responder os reviews, mas não tive tempo. Prometo responder a todos. Aceito recomendações, criticas, elogios.
Momento propaganda:
Para quem gosta do JAMES SIRIUS eu postei um fic dele: https://fanfiction.com.br/historia/250003/O_Amor_Nos_Nao_Escolhemos/
Bem é só isso, vejo vocês no próximo capitulo.
Beijocas Luna