The Fourth Quarter Quell escrita por Izzy Figueiredo


Capítulo 24
Templesmith e o Urso Polar


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pessoal! Por favor, depois que terminarem de ler o capíulto vejam as notas finais tá? obg!



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Em meu sonho, eu estava correndo. Estava em uma das ruas de meu Distrito, a que leva a praça principal. Estava de dia, e praticamente todas as pessoas do Distrito estavam na praça.

Cheguei lá, tentei perguntar o que estava acontecendo, mas, como sempre, era como se ninguém me visse. Passei pelas pessoas, empurrando todas, até que vi o que estava acontecendo. No meio da praça, haviam dois postes, e pendurados só com os pulsos em cada um deles, estavam Flinn e Billiam. As blusas de ambos estavam rasgadas. As costas, todas ensanguentadas. Haviam dois Pacificadores com chicotes na mão. Ambos desferiram os golpes com o chicote, e comecei a ficar tonta. Tentei correr para ajudar, mas todas as pessoas ao meu redor me seguravam.

Os Pacificadores não paravam, comecei a ficar sem ar...

_Acorda, menina! - Billiam gritava em meu ouvido, segurando meus ombros. Imediatamente abri os olhos e ele deu um suspiro.'

_Finalmente! Você estava aí, meio que tremendo, aí eu te chamei e você tremeu mais e aí eu ten...

_Foi mal, Bill. É que eu tive um son... pesadelo.

_É, deu pra perceber. - olhei ao redor. Estava começando a amanhecer, e percebi que Billiam estava com todas as nossas coisas amontodas na parte de trás da caverna. Minha perna ainda doía muito, mas percebi que uma nova camada de unguento havia sido passada sobre ela.

_Você... quer ir agora? - perguntei, olhando dele para as nossas provisões.

_É... - ele olhou para baixo. - Está amanhecendo, e acho melhor do que ir a noite. As samambaias agora sumiram, e tem árvores altas e capim. Muito capim. Mais campim do que árvores. Muito mais capim do que árvores, sabe, tip...

_Saquei. Mas... como você quer me... carregar e ainda olhar o lugar, tipo... e se aparecer alguém do nada?

_Aí a gente dá um jeito. Não é o que a gente sempre faz? - ele tentava parecer calmo, mas não estava dando certo.

Eu, do contrário dele, expressava total medo. Bill corria perigo, perigo de ser pego de surpresa por algum tributo e não ter tempo de se proteger porque está ajudando a necessitada aqui.

_Relaxa, tá? Vai dar tudo certo. E não se culpe por sua perna. Foi culpa daquela idiota lá. - ele falou, como se lesse meus pensamentos.

Depois de me olhar com uma cara preocupadíssima (o que não me ajudou muito), Billiam levantou, pegou a nossa mochila, seu machado e uma lança, deixando a espada e uma lança para trás.

Amontoou tudo sobre seu ombro, e veio para me pegar. Antes que ele pudesse me pegar no colo, eu falei:

_Me deixa pegar a mochila. - ele me passou. - E, qual é Bill, você não percisa me carregar, é só eu me apoiar em você.Ele pareceu relutante em me deixar andando, mas insisti que poderia andar. 5 minutos depois, estávamos saindo da caverna.

A Arena agora era um campo com gramas meio altas, e com raras árvores (bem raras). Dava para ver a uns 5, 10 metros a nossa frente, e não parecia haver ninguém. Meu coração acelerou ainda mais.

Me apoiei com mais força no ombro de Bill, com a mochila nas costas, e começamos a andar. Tinha que "saltitar", pois toda vez que tentava por uma força maior na perna esquerda, sentia muita dor.

Tudo estava bem, o sol estava nascendo, estávamos "andando" faziam 15 minutos quando ouvimos um barulho vindo de cima de uma árvore. Meu coração quase parou.

_Shhh. - Bill parou. Eu levantei meu machado.Tudo ficou muito quieto pelo o que me pareceu vários minutos, até que um... coiote saiu da árvore. Billiam imediatamente atirou nele. Conseguiu acertar seu pescoço.

Suspirei, aliviada. Achei que era um "vulto" que jurei ter visto a uns 5 metros a nossa frente alguns minutos atrás. Podia ser um tributo. Ou só eu delirando por causa do ferimento.

Acho que hoje a sorte estava a meu favor, pois continuamos andando por mais ou menos uma hora, sem nenhum sinal de tributos. Com a minha perna, porém, não estava tendo muita sorte. Estava doendo. E muito.

Quando dei um passo em falso e gemi de dor, Bill parou em uma árvore e me deixou lá. Pegou o arco e flecha e a corda de dentro da mochila, e foi direto:

_Você vai escalar.Olhei para ao redor, para ver se ele estava falando comigo mesmo.

_Está brincando, né?

_Não. Essa árvore é meio alta e tem uns galhos para te ajudarem a subir. Não podemos ficar bobeando aqui no chão, Catlyn. Temos que nos esconder. É isso que provavelmente todos estão fazendo.

Suspirei várias vezes, me apoiei na perna boa e peguei a corda, que Billiam havia dividido em dois. Segurei-me em um galho, e com a perna boa, subi no primeiro. Minha perna esquerda queimou.

_Vamos lá, Catlyn. - sussurei para mim mesma, enquanto já estava a uns 5 metros do chão. Estava quase chorando de dor.

Subi mais 2 metros, provavelmente, e parei em um galho grosso. Me apoiei nele, era firme. Olhei para baixo, e vi Billiam, com muita dificuldade, escalar até onde eu estava.

Depois de muito esforço, ele chegou, se estabeleceu em um galho abaixo do meu, e amarrou-se a ele, como eu havia feito.

_Passa mais unguento nisso aí. - ele falou, ofegante.Peguei o pote e passei levemente sobre o machucado, que agora curava-se. Não estava mais sangrando e nem estava tão vermelho assim. Se continuasse a passar, com certeza iria melhorar, e então poderia voltar a andar normalmente. Tentei enfiar isso na minha cabeça.

Depois de espalhar o unguento, peguei uma das garrafas de água, tomei um gole, e dei para Billiam.Fechei os olhos, e não pensei sobre nada... acho que fiquei assim, devaniando, por muito tempo, e poderia até ter ficado mais se Bill não tivesse gritado...

_O que aconteceu? - perguntei, assustada. Olhei para baixo. Tudo parecia normal, a não ser a parte em que Bill segurava o braço direito com muita força.

_Teleguiadas!

Arregalei os olhos. Teleguiadas! Mas... não parecia ter nenhuma ao redor. Então, senti uma picada no pescoço, e outra no braço, e elas começaram a doer... Fiquei tonta, e então as vi. Acho que eram duas, ou cinco, ou quinze... estava tentando contar, quando olhei para o chão e Claudius Templesmith tomando chá com um urso polar dourado, e então não me lembrei de mais nada...

* * *

Acordei com uma dor de cabeça horrível. Estava de dia, mas tudo estava embaçado... Rapidamente, tentei reoganizar meus pensamentos.

Minha perna doía. Eu subi na árvore. Bill também. Alguma coisa me atacou. Claudius Templesmith estava tomando chá com um urso dourado...Olhei para baixo. Billiam estava dormindo. Passei a mão pelo pescoço e estava inchado. Um pouco, mas estava. Peguei o unguento e passei nas duas picadas. Minha cabeça agora parecia funcionar "bem".

_Billiam! - chamei ele, mas não obtive respostas. Chamei umas 5 vezes e ele finalmente acordou.

_O... o que aconteceu? - ele falava devagar, como se houvesse se esquecido de como fazê-lo.

Expliquei o que me lembrei a ele, e então algumas perguntas vieram a minha mente: Quanto tempo dormi? E por que ainda estávamos vivos?'

Pensei... se ontem, pelo final da manhã aconteceu o incidente, então devemos ter dormido só um dia. É, tenho certeza, caso contrário a Arena poderia estar se transformando novamente, eu acho.

Como ninguém nos achou? Estávamos em uma posição escondida na árvore, mas uma pessoa que vasculhasse bem poderia nos achar. Acho que a sorte está mesmo a meu favor.

Dei o unguento para Bill e peguei algo para comer com ele. Foi uma refeição rápida, depois chequei novamente o ferimento. Parecia ter melhorado, bem pouco. Passei unguento novamente, economizando.

Billiam disse que acharia melhor ficarmos só mais um dia aqui, caso aquelas coisas voltassem, e eu concordei, observando minha coxa... quando isso ia terminar?

Perdi as mortes de ontem, por isso não faço mais ideia de quantas pessoas restaram para eu finalmente poder ir para casa.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem... comentem!
* * *
Bom pessoal, eu entrei de férias, por isso, para animar vocês, agora vou tentar postar um cap por semana! Vou tentar postar sexta ou no final de semana, ok? Vou dar o meu máximo, só por vocês!
E... eu queria pedir um favor aos meus leitores... eu me esforço tanto para fazer essa história, e eu sei que vocês gostam, por isso poderiam comentar mais e divulgar? É que eu recebo 2 comentários por cap aí eu fico meio triste... é só um favorzinho, vai!