Adriane adentrou o apartamento de Elliot e Zack e achou completamente estranho estar quase tudo um silencio, era sexta então ela esperava pelo menos um ou dois dos garotos jogados no sofá como sempre faziam depois de uma festa. A TV estava ligada no Disney Chanel, suspirou sozinha levando consigo o paletó de Zack no braço e algumas pastas do cronograma semanal deles na outra mão. Viu que Joseph estava na cozinha, mas Allen raramente deixava de dormir no seu próprio apartamento para dormir em um dos garotos, isso era realmente muito raro.

– Bom dia. – Mason falou fitando o garoto que se servia de cereal com leite. – Onde estão os outros?

– Zack e Elliot foram fazer alguma coisa que eu não entendi o que era, David tá dormindo no apartamento dele, Sam foi com Victória ao médico e eu estou aqui porque acabei chegando com os donos estavam saindo. – ele falou se virando para Adriane e colocando uma grande colherada de cereal na boca, Mason somente deu ombros.

– Vou deixar as pastas na mesa, e a roupa de Zack no quarto dele. – Joseph passou por ela se jogando no sofá depois e a menina foi direto para o quarto de Zack deixando seu paletó pendurado em um dos cabides de seu closet e saiu fechando a porta para a bagunça lá dentro, lembraria mais tarde de pedir para Marly arrumar aquilo rápido. Joseph continuava na mesma posição que foi deixado por Adriane.

– Mason, tem como me falar o que a gente tem na segunda de noite? – Adriane o olhou erguendo uma sobrancelha, aquele não era nem de longe seu trabalho, além de que eles sempre olhavam tudo sozinhos, e Joseph quase nunca pedia favor algum para Adriane. Mesmo a garota rendendo um carinho maior por Allen, tentava o máximo ficar longe dele, sabia que não podia alimentar algum tipo de esperança com ele porque era completamente contra as regras, e os dois já tinham agido de mais até ali.

– Bom, uma sessão de fotos para a sugar, começa ás 15h, não sei que horas vai acabar. A finalização da sessão aqui está ás 20h. – Allen se levantou do sofá e foi em direção a Mason que recuou um passo para trás e quase caiu, fazendo Joseph abrir um pequeno sorriso ao segurar seu braço impedindo ela de cair e por terem ficado mais próximos do que o necessário. Joseph estava com seu peito nu e só agora Adriane notou, também por não querer ficar olhando de mais para o garoto, que vestia somente meias e uma calça de moletom cinza surrado. – Pode me...

– Não estou dizendo o grupo, estou me referindo há eu e você! – Adriane estremeceu ouvindo claramente perto a voz do garoto que se arrepiou um pouco pela respiração que Adriane soltava pela boca fazendo chegar até ele com um halito leve de morango. – Faz um tempo que você vem me adiando um jantar.

– Joseph... – por um momento Adriane queria se soltar e revelar suas reais intenções pelo mesmo, queria dizer que sim e sair com ele finalmente, beijá-lo como sonha quase todas as noites, mas acordou de seu leve devaneio e se lembrou evidentemente que qualquer relação com Joseph deveria ser somente de trabalho, e nada mais que isto. – Não posso! – ela puxou o braço para si, em um momento errado pois pisou com o salto em falso no chão e caiu para o lado, dando sorte de Allen ter sido bem mais rápido que a queda e a segurado pela cintura a trazendo para bem junto de seu peito, Mason escorregou as mãos pelo seu peito nu, perdendo completamente o fôlego que foi roubado pelo perfume que o garoto exalava. Qual era o tipo de pessoa que passava perfume as 10h da manhã? Ela se perguntava.

– Agora você me deve um jantar, por eu ter te salvado duas vezes de não cair ao chão. – O sorriso de Joseph era tão perfeitamente lindo por perto, que Adriane não sabia se iria um dia conseguir falar novamente, estava se sentindo uma idiota, uma idiota completamente apaixonada que levou um pouco mais de tempo do que é preciso para perceber isso. – Vamos lá Adriane, só um jantar e eu não te perturbo mais se não quiser, é claro. Prometo até não contar para ninguém, nem ao menos para os meninos.

– Allen, sabe como vou estar ferrada caso alguém descobrir não é? Sabe que vou ser despedida imediatamente se Simon descobrir que temos qualquer tipo de relação há mais que a de trabalho não é?! – ela perguntou conseguindo por fim recuperar a respiração, que foi inutilmente exalada pela aproximação do rosto do garoto que roçou os lábios no dela e selou os mesmos em um beijo, um selinho longo mais dizendo. Adriane não sabia que Joseph era assim tão... Espontâneo, sempre o via como o mais sério, mais cabeça e o mais responsável, mas claro que nutrir um sentimento por um membro da equipe não é nada responsável.

– Não vou te decepcionar princesa. – ele falou em um tom galanteador e Mason teve que abrir bem os olhos para ver se aquele realmente era Allen, ele a soltou, se virou e pegou uma blusa de frio de moletom que estava sobre uma das poltronas. Olhou para ela antes de sair com um sorriso lindo nos lábios. – Feche a porta antes de sair e coloque a chave por baixo do tapete. – piscou e se foi, deixando Adriane sozinha com seus botões e completamente neurótica com a cena que acabou de presenciar.

– Não adianta explicar Evans, sei muito bem que Zack fugiu da sessão. Como um grande covarde que ele é. Qual é... Mandar o amigo é muita sacanagem. – Victória quase gritava com Sam no estacionamento do hospital regional que eles chegaram bem antes, estavam com medo da neve atrapalhar, mas a mesma não foi um problema. Exceto por Vick que não calava a boca nem por um segundo, e Sam já contara mais de 20 apelidos novos – totalmente fofos e carinhosos – que ela já tinha arrumado para Donovan.

– É sério Vick, ele é Elliot tiveram mesmo que ir até... – ele foi bruscamente cortado quando parou com Victória entrando na sua frente der repente, parou de andar a olhando assustado, ele podia ter a machucado. – Ficou maluca?

– Primeiro; eu conheço garotos como Zack Donovan. Segundo; ele está arrumando um desculpa diferente desde que saí do coma para não frequentar o médico comigo. Terceiro; você mente muito, mas muito mal. – Sam iria começar a falar, mas não emitiu som algum deixando uma Goularth completamente orgulhosa e seguir seu caminho rebolando como se tivesse ganhado uma aposta.

– Hunf! – Sam indagou olhando fixamente para a bunda de Victória.

– Sam, por favor, sou uma mulher grávida, grávida de um de seus amigos. Isso é no mínimo nojento! – ela rolou os olhos o olhando e o garoto apressou o passo para alcançá-la, completamente vermelho.

Ao entrar no prédio, Victória viu na grande encrenca que estava metida. “Merda, merda, merda, mil vezes merda!” ela pensou e negou com a cabeça, a sala estava com pelo menos cinco gestantes já para dar a luz, tendo somente duas adolescentes do outro lado da sala, onde Goularth resolveu sentar, achando que iria ser menos doloroso. Ela era a única dali devidamente acompanhada por um homem, já que algumas estavam com seus outros filhos por perto, e uma ou outra – como a adolescente ao seu lado – acompanhado de uma provável amiga ou parente. Vick se sentou e Sam sentou ao seu lado, observando como aquelas mulheres o olhavam estranhos, ele bufou e viu como Victória estava realmente assustada, sem pensar muito segurou a mão da garota que apertou sua mão imediatamente, não sabia o que estava fazendo ali, e nem porque Zack tinha o colocado naquela roubada, mas estava feliz por pelo menos servir para alguma coisa.

– Primeira vez aqui? – Uma garota ao lado de Vick perguntou, uma das adolescentes, Victória a olhou e assentiu, Sam acompanhou seu olhar e o fixou na bonita garota ou lado de Goularth. – Não fique nervosa, é a minha quinta vez aqui, estou acompanhando minha prima desde o primeiro ultrassom. Pelo menos você trouxe seu namorado.

– Ah não... – Victória olhou para Sam, que estava ocupado demais analisando a garota do outro lado. – Ele é só um amigo, um bom amigo que está me acompanhando. Sabe, um amigo que não quer ver o pescoço do outro amigo arrancado fora por ter me deixado vir sozinha. Longa história. – uma enfermeira chamou a garota que estava com a menina que Victória conversava, e uma delas, que estava com uma barriga incrivelmente grande entrou em uma das portas. – Você não...

– Não, Ammie prefere fazer tudo sozinha. Sou Ana Carolina Marins, mas pode me chamar de Carol.

– Sou Victória Goularth, e este é Sam. – Goularth cutucou Sam que deu um sorriso amarelo para Ana Carolina.

– Eu o conheço, bom, acho que todo mundo do Reino Unido o conhece. The Kryptonite! – ela indagou ficando altamente vermelha e Sam achou aquilo até bonitinho, não que essa fosse uma reação normal de suas fãs, se é que ela era uma fã, mas ele tinha a achada realmente bonita. Depois de um tempo, Vick estava conversando abertamente com Carol, Sam somente observava e concordava em algumas coisas que lhe eram apresentadas, deu dois autógrafos para duas crianças e tirou uma foto com elas que logo o deixou em paz. A amiga de Marins saiu do consultório nem ao menos esperando a mesma, somente foi direto para a saída com uma cara não muito boa.

– Eita, algo deve ter acontecido. – Vick percebeu que Carol tinha um sotaque diferente da maioria que já conhecerá. – Tem meu telefone agora Vick, qualquer coisa me ligue, sabe... Para arrumamos seu chá de bebê, ou sairmos qualquer dia. – Ela deu uma última olhada em Sam enquanto se levantava. – Sam! – a garota acenou e foi em direção à porta.

– Sabe Evans, a gente pelo menos esconde quando está a fim de uma garota que acabou de conhecer. Hospital não é muito bom para essas coisas de paquerar, é nojento. – Sam fez uma careta afirmando mentalmente que naquele dia tudo era nojento para Victória, minutos depois o nome da mesma ocupou pela sala de espera a fazendo respirar mais fundo, Evans a ajudou a levantar mesmo ela não precisando, mas tinha quase certeza de que ela iria cair se levantasse sozinha.

– Olá Victória, certo? – eles entraram no consultório de um médico, era um senhor já, mas tinha um sorriso empolgado no rosto. – A Dr. Staley comentou de você comigo, me passou seu caso e sobre sua gravidez de risco. Vamos fazer alguns pequenos exames, tirar um pouco do seu sangue e eu lhe deixo ir para casa. – ele sorriu para a garota. Sim, Victória agora tinha uma gravidez de risco, pelo fato de não ter se alimentado direito, e beber muito enquanto o feto estava em crescimento. Fora descoberto isso quando ela ficou de coma, Donovan quase teve um ataque, mas foi acalmado por alguns beliscões de Victória no dia, nada que não aumentasse o lindo amor dos dois. Não, eles não tinham se resolvido, talvez as coisas estivessem um pouco melhores, mas eles ainda discutiam e brigavam muito por qualquer coisa. Outro dia, Zack insistia para Victória comer uma maça enquanto a mesma preferia um café da Starbucks, ele soltou a maça que caiu no pé dela e foi embora, vinte minutos depois voltou quase chorando de remorso. Ele não ficava triste por ela, de alguma forma somente em cinco dias o mesmo tinha gerado um amor enorme pela criança que Victória carregava dentro de si, e isso não foi muito diferente com ela, ainda chorando antes de dormir por saber que sua vida se tornaria muito mais difícil dali em diante.

O doutor a deitou em uma maca, levantando sua blusa de seda em seguida e passando algo oleoso e molhado em sua barriga, passou um aparelho por toda sua barriga com o monitor virado para ele. Iria descobrir hoje qual era o maior risco de sua gravidez e de quantos meses e dias estava finalmente, depois do tal aparelho e de tirar seu sangue, Victória e Sam estavam sentados na sala do doutor que analisava papeis atenciosamente.

– Bom Victória, lhe trago noticias realmente boas. – ela suspirou ouvindo o falar. – Temos aqui uma gravidez de não tão risco assim, o risco de toda gravidez normal talvez, mas a sua pode ser alterada com 1/3 por cento se não for cuidada direito. Você está com três meses e nove dias de gestação, e temos uma criança saudável até então lá dentro, mesmo estando muito escondido e eu quase não ter conseguido o achar. Vamos continuar com sua rotina, mas maneirando um pouco no doce e na gordura. Comer mais frutas, e mais produtos light por exemplo. Hoje você passou comigo, mas na próxima consulta daqui a dois meses você passará com a Dr. Staley está bem? Ai talvez nós já possamos ver o sexo do bonitão ou bonitona ai dentro.

– Obrigada doutor. – Victória falou quase muda. – Vou tentar seguir suas recomendações.

– Tenham um bom dia. – ele falou por fim e os dois saíram do consultório em caminho para o carro completamente calados, Sam tinha ouvido tudo atentamente, sem deixar nada passar. Era afinal o que prometerá a Zack.

– Escuta Sam... – Goularth começou assim que entraram no Audi cinza recém-comprado de Evans. – Zack não precisa saber de tudo isso, só que estou bem, quer dizer... Que a criança está bem, não o quero preocupado comigo, mas do que já está. E chato, porque eu sei que ele está fazendo isso não por mim e sim somente pelo o que estou carregando. E como se eu fosse somente uma bolsa, e eu realmente não quero preservar esse tipo de atenção.

– Cale a boca. – Sam falou, rindo em seguida deixando Victória incrédula. – Zack está tentando te ajudar, facilite o lado dele. Ele não estava esperando ser pai agora, ninguém está com 18 anos de idade, e nenhum de nós está realmente preparado para uma criança Goularth. – ele suspirou ligando o carro em seguida, Vick fitava o vidro calada e sem nenhum sinal de que iria opor. – Não complique ainda mais, estamos todos preocupados com você. Sem exceção e Zack ficaria ao seu lado 24 horas por dia se fosse possível. Vou contar tudo o que ouvi há ele, do mesmo jeito que o doutor falou. A relação de vocês pode ser somente por culpa da criança, mas... Não diga que ele está se preocupando somente com ela. Para um marinheiro de primeira viagem, Hazza está se dando muito bem. Eu já teria corrido, qualquer um teria feito.

– Ele nem se quer deixou o filho com outro. – Goularth falou, deixando uma lágrima teimosa rolar em sua bochecha.

– Exatamente. Não o critique, ele está fazendo o que pode, e sei que você também. Vamos estar sempre juntos Vick. – era a primeira vez que Sam falava carinhosamente com Victória aquele dia, quer dizer, de todas as vezes que os dois se falaram ela podia ter certeza que era a primeira vez que ele falava seu apelido de uma forma acolhedora. – Não importa nossas fãs até então, a carreira nem nada. E uma vida que está em jogo, e tenho certeza que qualquer babaca da The Kryptonite, Giovanna ou você daria a vida pela criança. – Goularth sentiu uma vontade imensa de abraçar Evans e assim o fez, depois de segundos limpou seu próprio rosto se recompondo e quebrando o abraço. Evans tinha um sorriso de lado no rosto, era incrivelmente como já se sentia bem perto dele somente pelas suas palavras de apoio. – Agora vamos, temos um garoto quase pai para dar noticia boas.