1968 escrita por laraestrela


Capítulo 3
Capítulo 3 - Back in Time




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- DOC! – tentei gritar porém a mão de Marty abafou o som de minha voz.

- Psiu, Estrela! – Mcfly tentou ser ríspido porém notei lágrimas em seus olhos. Eu já chorava compulsivamente – Olha, no 3 nós pulamos na máquina do Doc, ok? Precisamos fazer isso, ou nós vamos morrer! Vai dar tudo certo, eu prometo.

Marty disse isso com minhas mãos entre as deles e olhando diretamente em meus olhos. Me senti convencida o suficiente e concordei com a cabeça de leve. Mcfly pegou meu rosto entres as mãos e me deu um beijo na bochecha.

Em condições normais, meu estômago estaria explodindo uma hora dessas, mas essa não era uma condição normal. Mataram Doc. Meu Doc.

Isso não ficaria assim.

Ainda entorpecida com o beijo, só percebi que Marty gritou “TRÊS” porque ele também me puxou pela mão.

Corremos em direção ao carro e conseguimos despistar os líbios.

- COMO É QUE SE MEXE NESSA MERDA? – Marty gritou, agarrando o volante cada vez mais forte a cada barulho de tiro.

- PISA NO ACELERADOR E NÃO PARA ATÉ ATINGIR 144KM/H! – gritei de volta e Marty acelerou.

Olhei para o painel que mostrava a data em que você queria ir.

“Merda!”

Nós estávamos indo para MIL NOVECENTOS E SESSENTA E OITO!

Quando ia ajustar a data, o carro atingiu os 144km/h.

E então tudo ficou preto e reapareceu meio segundo depois.

O estacionamento sumiu e deu lugar para uma fazenda. E nós estávamos indo diretamente para o celeiro.

- PARA MARTY!

- NÃO DÁ, PORRA!

BOOOM! Entramos no celeiro com tudo.

- Você ta bem?

- To sim, bati a cabeça mas a super roupa contra radioatividade me protegeu. – Respondi e ele sorriu, quase me derretendo por dentro.

Saímos do carro e demos de cara com uma família assustada na porta do celeiro.

- SAIAM DAQUI SUAS ABERRAÇÕES! – O pai da família gritou e atirou. Pelo amor de Deus, hoje foi o dia internacional de “vamos atirar na Lara”

Entramos no carro de novo e Marty acelerou, deixando a família de fazendeiros para trás.

- Lara, o que a gente faz agora? – Marty perguntou enquanto vagava sem rumo pelas ruas da cidade.

- Como assim o que a gente faz? Vamos procurar o Doc! – Falei como se fosse óbvio.

- Mas ele morreu! – Ai que anta, meu senhor Jesus.

- O Doc de 1985 morreu. Mas o de 1968 ainda está vivo. E é com ele que a gente vai falar.

 *** 

- Ok então, e eu sou o Papai Noel! – Disse o Doc de 1968.

Marty e eu explicamos a ele toda a situação e foi isso que ele disse antes de bater a porta na nossa cara.

- E agora? – Marty olhou para mim desesperado.

- Deixa comigo. EI DOC! – esmurrei a porta e não parei até ver pela janela que ele estava na sala e me ouvindo. – Sabe esse band-aid ai na sua cabeça? Eu sei porque aconteceu! Você estava pendurando um relógio no banheiro quando escorregou e bateu a cabeça na pia, e foi ai que você teve uma visão de como seria o capacitor de fluxo, que torna a viagem no tempo possível! – Gritei a plenos pulmões e rezei para que ele acreditasse.

No próximo segundo um Doc branco de susto abriu a porta e disse:

- Entrem.

Marty foi na frente explicando que a máquina não queria mais pegar, até que eu tive uma idéia.

- Mcfly, você ainda está com a câmera, não está? – o rosto de Marty se iluminou assim que ele percebeu o que eu queria com isso.

- Estou! Brilhante Lara! – E saiu correndo para pegá-la no carro/máquina. Assim que voltou, conectou-a na TV e nós assistimos as explicações do Doc de 1985.

- Espera um pouco, volta essa parte. Eu disse isso mesmo? – Doc disse. Foi a primeira vez que ele se manifestou, parecia até um robô de tão concentrado que estava. Marty voltou o filme e o Doc da TV anunciou:

“(...) O plutônio gera uma força de 1.21 gigawatts, e sem isso, é impossível que haja (...)”

Doc deu um grito tão grande que eu cai da cadeira.

- O QUE? NÃO SEI COMO ERA EM 1985, MAS AQUI EM 1955 NÃO SE VENDE PLUTÔNIO EM FARMÁCIA! É IMPOSSÍVEL GERAR UMA FORÇA DE 1.21 GIGAWATTS! A não ser que...

Terminei a frase por ele:

- UM RAIO! É ISSO! – Doc me olhou com um jeito estranho, com um pouco de admiração.

- Você é muito inteligente Lara.

- Bem, aprendi com você Doc. Sou sua filha adotiva. – disse com o meu melhor sorriso e ele surtou de novo.

- NÃO! NÃO ME CONTEM NADA SOBRE MEU FUTURO! ISSO PODE TRAZER SÉRIAS CONSEQUÊNCIAS!

- Ok, desculpa. Voltando ao assunto principal, como nós vamos conseguir um raio?

E foi a vez de – pasmem – Marty ser brilhante.

Ele simplesmente tirou um panfleto do bolso e estendeu para mim, dizendo que recebeu-o na praça. Falava sobre o relógio da Torre, que não funcionava a mais de 16 anos porque foi atingindo por um raio.

- É ISSO! – gritou Doc – Aqui diz que o raio atinge o relógio no próximo sábado ás 22:04. É só direcionar a energia do raio para o capacitador de fluxo e pronto, vocês voltarão para 1985!


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