1968 escrita por laraestrela


Capítulo 2
Capítulo 2 - Sad Surprise




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- EI! LARA! ACORDA SUA INÚTIL!

Ah não. Não era possível. Aquela voz rouca (e extremamente sexy, diga-se de passagem) era conhecida. E odiada assim como seu dono.

Levantei-me da cama pelo lado errado e quase caí para minha morte. Meu quarto não tinha uma parede, apenas um escorregador e eu pisei fora dele. O susto me acordou e eu desci pelo escorregador amarelo.

Chequei em um dos relógios de Doc e era 1:00 em ponto da manhã. O que aquele desgraçado queria?

- O que foi, Mcfly? – Abri a porta e perguntei logo de cara.

- Uh La La Estrela, quem diria que você era gostosa?

- Hã...? MERDA! – BAM! Fechei a porta com toda minha força.

Eu tinha esquecido que estava de pijama e que o dito cujo era EXTREMAMENTE curto e apertado.

Ah, qual é, eu sinto calor de noite!

Agarrei o roupão de Doc, que ele sempre deixava jogado em qualquer canto, e me enrolei nele. Voltei a abrir a porta e dei de cara com um Marty decepcionado assim que viu o roupão.

- Ah, preferia do outro jeito.

- Vamos fingir que eu me importo com o que você pensa.

- Vamos fingir que isso é verdade. – Onde é que a anta do Mcfly aprendeu a retrucar tão rápido? Balancei a cabeça e dei o assunto por encerrado.

- O que você ta fazendo aqui a essa hora?

- Não sei se você sabe, mas o seu pai está fazendo uma experiência e é claro que ele esqueceu a câmera para filmar. E... eu esqueci as chaves. – Entortei o nariz ao ouvir a palavra “pai”.

Maldito seja. Ele sabe que odeio me referir ao Doc como “meu pai”. Não me levem a mal, eu adoro o Doc. Ok, eu o amo. Mas, mesmo assim, ele não é meu pai. Meu pai é o Sr Estrela que fez o favor de morrer e me abandonar. O Doc é apenas uma pessoa decente que tomou seu lugar.

- Ok, a câmera está na mesa da cozinha. Espera um pouco, vou com você. – Subi para me trocar e Mcfly apenas assentiu com a cabeça.

Coloquei uma calça jeans, tênis da Nike e uma camiseta pólo branca com um cardigã por cima. Desci e segui até a rua com Marty.

- Você ta de skate né? – ele assentiu. – Merda, eu vou a pé e a gente se encontra lá.

Eu disse sem olhá-lo e assustei quando senti sua mão segurando meu braço.

- Não. Já ta de noite e é perigoso você andar sozinha.

Eu tinha três respostas para isso

Resposta número um: QUEM VOCÊ TA ACHANDO QUE É MCFLY? ACHA QUE EU NÃO SEI CUIDAR DE MIM MESMA? ACHA QUE SÓ PORQUE SOU MULHER VOU SER ESTUPRADA NA PRIMEIRA ESQUINA?

Resposta número dois: Quem é você e o que fez com Marty Mcfly?

Resposta número 3: Seus olhos ficam lindos sob a luz do luar.

É claro que eu usei a resposta número 1.

- Primeira e única vez que eu tento ser legal com você. Quer saber?  Vai a pé mesmo. – E assim ele pegou seu skate e saiu.

Ai.Meu.Deus.Como.Eu.Sou.Retardada.

Eu só pensava nisso em todo o trajeto da minha casa até o maldito shopping. Espero que, pelo menos, aquela máquina do tempo não exploda como as outras experiências do Doc.

Quando finalmente cheguei, dei de cara com Marty e Doc usando roupas contra a radioatividade. Ok, isso não ia dar certo.

Entrei na van estacionada, peguei uma roupa para mim e saí bem na hora em que Doc estava explicando sobre o combustível.

- A máquina precisa de dois tipos: gasolina normal e plutônio. Sem o segundo, ela é apenas mais um carro normal.

Ah, esqueci de mencionar.

Doc fez uma máquina do tempo em um carro.

Super chic.

- Como você conseguiu plutônio, Doc? – Mcfly perguntou.

- Roubei de uns terroristas da Líbia. – Doc respondeu como quem diz: “poxa, acho que vai chover hoje” e eu quase morri do coração.

- Você o que?!?! Doc, isso é muito perigoso, e se... – Não terminei minha frase pois fui atrapalhada pelo som de um tiro. Olhei para trás e vi 6 líbios com metralhadoras em uma Kombi. A cena seria engraçada, se eu não fosse morrer. – ELES TE ACHARAM! CORRE!

Pulei atrás da van e Marty também, porém Doc foi mais lento. Quando consegui ver o que havia acontecido, ele jazia morto no chão com cinco tiros no peito.


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