I Wont Let You Go escrita por Jessie Austen
Notas iniciais do capítulo
"Talvez sua sorte tenha mudado,
Acalmado
Talvez eu seja apenas um desordenado
Em todos os ressaltos
Talvez o amor fosse a coisa
Me segurando pra trás
Talvez eu seja simplesmente a coisa
Para causar minha própria queda
Pegue a corda para o meu coração e caia
Você deve ser o ultimo, antes de
Ver o coração negro enjaulado cair
Talvez a partida seja boa
Deixe espaço para mais
Comece a super-produzir
Por uma chance de ignorar
Talvez você se mate
Antes de eu chegar
Talvez eu me apaixone
E nunca aprenda
Pegue a corda para o meu coração e caia
Você deve ser o ultimo antes de
Ver o coração negro enjaulado cair
Pegue a corda para o meu coração e caia
Você deve ser o ultimo antes de você
Ver o coração negro enjaulado cair"
[Silverchair *_*]
Laufey x Odin
O jovem Odin olhava para além do abismo de gelo onde se encontrava. Via a imensidão do universo acima dele e isso o assustava. Sentimentos tão fortes logo seriam calados e nem ao menos sabia o que seria dele. O que pensar de outros reinos, outros povos?
Seus pensamentos iam além quando Laufey chegou e observou a cena antes de se aproximar e o abraçar, dizendo em seu ouvido:
– Você está pronto?
Odin se virou e os dois ficaram de frente um para o outro. Tão jovens, inexperientes. Numa época perdida a muito tempo atrás e esquecida por quem as viveu.
– Eu...eu pensei e acho que devíamos pensar melhor. – respondeu abaixando a cabeça.
O jovem gigante de gelo segurou seus ombros e disse:
– Você tem dúvidas do que sente por mim ou do que quer fazer?
– Eu te amo, Laufey. Mas isso...fugirmos. Não é certo. Não é justo.
– Não é para ser mesmo! Mas será a única forma de ficarmos juntos. Nossos pais jamais nos aceitariam...já tínhamos tudo certo.
– Eu sei, mas...e os nossos reinos? Está no nosso sangue...seremos reis um dia.
– Eu não ligo! Odin, você foi a única coisa boa que aconteceu em toda a minha existência.
O asgardiano sorriu de maneira triste e o beijou levemente. Laufey, apesar de gigante, possuía a estatura de um asgardiano, com olhos muito vermelhos, pele azulada e fria com marcas que mais pareciam tatuagens e traços fortes muito belos.
Este o segurou pelo pescoço e respondeu ao beijo urgentemente. Ele precisava mostrar, lutar, aquela seria sua única chance de ser feliz.
– Ninguém nunca poderia imaginar que um asgardiano pudesse se apaixonar por um gigante de gelo. – comentou o futuro Pai de todos.
– Já disse. Eu não me importo com ninguém. Odin, diga-me que está tudo certo para amanhã. Que partiremos e que nunca mais lembraremos, nos arrependeremos...sequer olharemos para o passado.
– Eu prometo. – após alguns instantes, respondeu abraçando o gigante de maneira urgente.
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Loki entregou a bebê gigante para a ama e saiu apressadamente para procurar um mensageiro. Tinha medo, precisava ver Thor, tocá-lo, ver que estava bem. Antes de morrer, Mya havia falado sobre o conselheiro, sobre feitiço e sobre ganhar a guerra. Tentava encaixar as peças em sua mente.
– Majestade, o senhor precisa de algo? – perguntou um jovem gigante se aproximando.
– Sim, vá até Asgard e diga ao Thor que preciso vê-lo imediatamente.
– Mas não me deixarão entrar...
– As coisas mudaram um pouco agora, meu jovem. Diga à Heimdall que a mensagem é minha diretamente ao rei e ele terá que no mínimo avisar que você está lá. Vá, rápido. Por favor.
– Sim.
O jovem saiu correndo enquanto Loki tentava respirar por um segundo, raciocinar o que estava acontecendo.
– Senhor? O funeral já está sendo preparado. Usaremos o cemitério do palácio? – questionou uma gigante mais velha se aproximando, que trabalhava ali.
– Sim, Mya merece. Obrigado. Quando estiver tudo pronto...me procure.
– Sim.
Loki precisava ficar sozinho e decidiu ir para a sua sala. Imensa, escura, feita de pedra e esculturas assustadoras de gelo. Sentando-se ao seu trono por um instante se sentiu imensamente cansado. Levou as mãos ao rosto e quando abriu os olhos novamente pode perceber a pele de suas mãos levemente claras, asgardianas.
Se sobressaltou e levando-as perto da janela pode perceber que elas agora voltavam no seu estado natural: azul.
Seu coração se acalmou, se aquietou. Devia. Não podia ter esperanças, não agora que tudo parecia fora do seu controle.
Um bom tempo se passou e Loki agora imaginava onde estaria Laufey quando a porta se abriu e Thor entrou correndo.
– Meu amor, obrigado por vir. – disse ele se aproximando e abraçando fortemente o rei de Asgard. Thor o beijou levemente e perguntou:
– O que houve? Você está bem?
– Sim, venha comigo.
Loki pegou sua mão e no caminho até o quarto, contou sobre o que havia acontecido assim que chegou de Asgard. Contou sobre Mya e o que ela tinha dito.
– Loki, não é seguro. Temos que sair daqui.
– Mas eu não posso...não posso simplesmente fugir. E tem mais um detalhe.
Os dois chegaram ao quarto e viram a pequena bebê dormindo enquanto a ama lia um livro numa cadeira próxima do berço.
– Você poderia nos deixar a sós por um instante? Obrigado. – Loki disse enquanto a ama saiu e ele pegou cuidadosamente o bebê que dormia calmamente.
– O bebê da Mya. Tão pequena. Posso pegá-la?
Loki sorriu e a entregou a Thor que a segurou como se fosse a pedra mais preciosa de todas.
– Eu te amo, sabia? – declarou enquanto o loiro a observava – Thor, a Mya antes de morrer pediu que eu ficasse com ela. Que cuidasse dela. E eu ficarei...
Thor o encarou por alguns instantes e voltou sua atenção ao bebê, concordando com a cabeça. Loki continuou:
– Ela merece, Mya merecia. Eu preciso fazer isso.
– Qual é o nome dela? – perguntou o mais velho distraidamente.
– Ela ainda não tem. Mya não havia escolhido, ela queria que fosse especial e não teve tempo de escolher...
– Pois eu gosto muito de Mya. E é muito especial, não acha? – questionou o mais velho enquanto segurava com cuidado a pequena mãozinha dela.
Loki sorriu levemente emocionado. Era tão uma cena tão triste e ao mesmo tempo tão linda, perfeita e impossível de se imaginar.
– Eu acho perfeito. Será Mya o nome dela então.
– Mya...olá Mya. Nós cuidaremos de você, não se preocupe. Loki, ela sempre saberá a verdade. E terá orgulho de ser quem ela é. Será uma ótima rainha.
– Rainha? Thor, você está pensando um pouco longe demais, não acha?
O loiro deu um sorriso bobo e continuou a observando-a. Loki se aproximou dos dois e o puxou pelo queixo, beijando-o docemente.
– Por um momento eu achei que você não quisesse ficar com ela. Ficar conosco...- confessou completamente envergonhado.
– E por quê eu não ficaria? Veja...ela é igual a você! Eu tenho apenas razões para amá-la. Loki, entenda que eu desejo cada parte de você, eu te amo.
O rei dos Gigantes chorava silenciosamente agora. Thor deixou a pequena no berço e o abraçou carinhosamente.
– Me desculpe, Thor. Eu disse que não iria desistir de nós, mas isso foi a primeira coisa que eu fiz quando me senti fraco, pressionado. Eu tenho sido sempre tão distante, orgulhoso. Me perdoe. Eu nunca mais vou duvidar de nós.
– Eu sempre vou te perdoar. Loki, eu nunca vou deixá-lo. Mesmo se houver distância, eu sempre vou ser seu.
Loki segurou seu rosto carinhosamente e Thor enxugou a lágrima que escorria por seu rosto.
– E agora temos uma filha...- comentou o rei de Jotunheim enquanto os dois se voltavam sua atenção para a pequena Mya.
– Verdade. É a consequência de qualquer relacionamento, certo? De qualquer maneira, eu quero ter mais três.
Loki sorriu e o beijou novamente. Thor o encarou por alguns instantes antes de dizer:
– Sua pele...ela está como antigamente. Veja.
O mais novo se olhou no espelho e viu o seu reflexo, metade asgardiano, metade jotun.
– Eu acho que sei o que esta acontecendo. Thor, venha comigo.
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