I Wont Let You Go escrita por Jessie Austen


Capítulo 16
Black Tangled Heart


Notas iniciais do capítulo

"Talvez sua sorte tenha mudado,
Acalmado
Talvez eu seja apenas um desordenado
Em todos os ressaltos
Talvez o amor fosse a coisa
Me segurando pra trás
Talvez eu seja simplesmente a coisa
Para causar minha própria queda
Pegue a corda para o meu coração e caia
Você deve ser o ultimo, antes de
Ver o coração negro enjaulado cair
Talvez a partida seja boa
Deixe espaço para mais
Comece a super-produzir
Por uma chance de ignorar
Talvez você se mate
Antes de eu chegar
Talvez eu me apaixone
E nunca aprenda
Pegue a corda para o meu coração e caia
Você deve ser o ultimo antes de
Ver o coração negro enjaulado cair
Pegue a corda para o meu coração e caia
Você deve ser o ultimo antes de você
Ver o coração negro enjaulado cair"
[Silverchair *_*]



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Laufey x Odin


O jovem Odin olhava para além do abismo de gelo onde se encontrava. Via a imensidão do universo acima dele e isso o assustava. Sentimentos tão fortes logo seriam calados e nem ao menos sabia o que seria dele. O que pensar de outros reinos, outros povos?

Seus pensamentos iam além quando Laufey chegou e observou a cena antes de se aproximar e o abraçar, dizendo em seu ouvido:

– Você está pronto?

Odin se virou e os dois ficaram de frente um para o outro. Tão jovens, inexperientes. Numa época perdida a muito tempo atrás e esquecida por quem as viveu.

– Eu...eu pensei e acho que devíamos pensar melhor. – respondeu abaixando a cabeça.

O jovem gigante de gelo segurou seus ombros e disse:

– Você tem dúvidas do que sente por mim ou do que quer fazer?

– Eu te amo, Laufey. Mas isso...fugirmos. Não é certo. Não é justo.

– Não é para ser mesmo! Mas será a única forma de ficarmos juntos. Nossos pais jamais nos aceitariam...já tínhamos tudo certo.

– Eu sei, mas...e os nossos reinos? Está no nosso sangue...seremos reis um dia.

– Eu não ligo! Odin, você foi a única coisa boa que aconteceu em toda a minha existência.

O asgardiano sorriu de maneira triste e o beijou levemente. Laufey, apesar de gigante, possuía a estatura de um asgardiano, com olhos muito vermelhos, pele azulada e fria com marcas que mais pareciam tatuagens e traços fortes muito belos.

Este o segurou pelo pescoço e respondeu ao beijo urgentemente. Ele precisava mostrar, lutar, aquela seria sua única chance de ser feliz.

– Ninguém nunca poderia imaginar que um asgardiano pudesse se apaixonar por um gigante de gelo. – comentou o futuro Pai de todos.

– Já disse. Eu não me importo com ninguém. Odin, diga-me que está tudo certo para amanhã. Que partiremos e que nunca mais lembraremos, nos arrependeremos...sequer olharemos para o passado.

– Eu prometo. – após alguns instantes, respondeu abraçando o gigante de maneira urgente.






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Loki entregou a bebê gigante para a ama e saiu apressadamente para procurar um mensageiro. Tinha medo, precisava ver Thor, tocá-lo, ver que estava bem. Antes de morrer, Mya havia falado sobre o conselheiro, sobre feitiço e sobre ganhar a guerra. Tentava encaixar as peças em sua mente.

– Majestade, o senhor precisa de algo? – perguntou um jovem gigante se aproximando.

– Sim, vá até Asgard e diga ao Thor que preciso vê-lo imediatamente.

– Mas não me deixarão entrar...

– As coisas mudaram um pouco agora, meu jovem. Diga à Heimdall que a mensagem é minha diretamente ao rei e ele terá que no mínimo avisar que você está lá. Vá, rápido. Por favor.

– Sim.

O jovem saiu correndo enquanto Loki tentava respirar por um segundo, raciocinar o que estava acontecendo.

– Senhor? O funeral já está sendo preparado. Usaremos o cemitério do palácio? – questionou uma gigante mais velha se aproximando, que trabalhava ali.

– Sim, Mya merece. Obrigado. Quando estiver tudo pronto...me procure.

– Sim.

Loki precisava ficar sozinho e decidiu ir para a sua sala. Imensa, escura, feita de pedra e esculturas assustadoras de gelo. Sentando-se ao seu trono por um instante se sentiu imensamente cansado. Levou as mãos ao rosto e quando abriu os olhos novamente pode perceber a pele de suas mãos levemente claras, asgardianas.

Se sobressaltou e levando-as perto da janela pode perceber que elas agora voltavam no seu estado natural: azul.

Seu coração se acalmou, se aquietou. Devia. Não podia ter esperanças, não agora que tudo parecia fora do seu controle.

Um bom tempo se passou e Loki agora imaginava onde estaria Laufey quando a porta se abriu e Thor entrou correndo.

– Meu amor, obrigado por vir. – disse ele se aproximando e abraçando fortemente o rei de Asgard. Thor o beijou levemente e perguntou:

– O que houve? Você está bem?

– Sim, venha comigo.

Loki pegou sua mão e no caminho até o quarto, contou sobre o que havia acontecido assim que chegou de Asgard. Contou sobre Mya e o que ela tinha dito.

– Loki, não é seguro. Temos que sair daqui.

– Mas eu não posso...não posso simplesmente fugir. E tem mais um detalhe.

Os dois chegaram ao quarto e viram a pequena bebê dormindo enquanto a ama lia um livro numa cadeira próxima do berço.

– Você poderia nos deixar a sós por um instante? Obrigado. – Loki disse enquanto a ama saiu e ele pegou cuidadosamente o bebê que dormia calmamente.

– O bebê da Mya. Tão pequena. Posso pegá-la?

Loki sorriu e a entregou a Thor que a segurou como se fosse a pedra mais preciosa de todas.

– Eu te amo, sabia? – declarou enquanto o loiro a observava – Thor, a Mya antes de morrer pediu que eu ficasse com ela. Que cuidasse dela. E eu ficarei...

Thor o encarou por alguns instantes e voltou sua atenção ao bebê, concordando com a cabeça. Loki continuou:

– Ela merece, Mya merecia. Eu preciso fazer isso.

– Qual é o nome dela? – perguntou o mais velho distraidamente.

– Ela ainda não tem. Mya não havia escolhido, ela queria que fosse especial e não teve tempo de escolher...

– Pois eu gosto muito de Mya. E é muito especial, não acha? – questionou o mais velho enquanto segurava com cuidado a pequena mãozinha dela.

Loki sorriu levemente emocionado. Era tão uma cena tão triste e ao mesmo tempo tão linda, perfeita e impossível de se imaginar.

– Eu acho perfeito. Será Mya o nome dela então.

– Mya...olá Mya. Nós cuidaremos de você, não se preocupe. Loki, ela sempre saberá a verdade. E terá orgulho de ser quem ela é. Será uma ótima rainha.

– Rainha? Thor, você está pensando um pouco longe demais, não acha?

O loiro deu um sorriso bobo e continuou a observando-a. Loki se aproximou dos dois e o puxou pelo queixo, beijando-o docemente.

– Por um momento eu achei que você não quisesse ficar com ela. Ficar conosco...- confessou completamente envergonhado.

– E por quê eu não ficaria? Veja...ela é igual a você! Eu tenho apenas razões para amá-la. Loki, entenda que eu desejo cada parte de você, eu te amo.

O rei dos Gigantes chorava silenciosamente agora. Thor deixou a pequena no berço e o abraçou carinhosamente.

– Me desculpe, Thor. Eu disse que não iria desistir de nós, mas isso foi a primeira coisa que eu fiz quando me senti fraco, pressionado. Eu tenho sido sempre tão distante, orgulhoso. Me perdoe. Eu nunca mais vou duvidar de nós.

– Eu sempre vou te perdoar. Loki, eu nunca vou deixá-lo. Mesmo se houver distância, eu sempre vou ser seu.

Loki segurou seu rosto carinhosamente e Thor enxugou a lágrima que escorria por seu rosto.

– E agora temos uma filha...- comentou o rei de Jotunheim enquanto os dois se voltavam sua atenção para a pequena Mya.

– Verdade. É a consequência de qualquer relacionamento, certo? De qualquer maneira, eu quero ter mais três.

Loki sorriu e o beijou novamente. Thor o encarou por alguns instantes antes de dizer:

– Sua pele...ela está como antigamente. Veja.

O mais novo se olhou no espelho e viu o seu reflexo, metade asgardiano, metade jotun.

– Eu acho que sei o que esta acontecendo. Thor, venha comigo.



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