I Wont Let You Go escrita por Jessie Austen


Capítulo 10
White Flag


Notas iniciais do capítulo

"Eu sei que você acha que
eu não deveria continuar te amando, ou te dizer isso
Mas se eu não dissesse, bem, eu continuaria sentindo...
Onde está o sentido nisso?
Eu prometo que não estou tentando dificultar sua vida
Ou retornar para onde estávamos
Mas eu irei naufragar com esse navio
E não vou levantar minhas mãos e me render
Não haverá bandeira branca acima da minha porta
Eu estou apaixonado e sempre estarei
Eu sei que deixei muita bagunça
E destruição para voltar de novo
E eu não causei nada além de problemas
Eu entendo se você não pode falar comigo novamente
E se você vive pela regra do "Acabou"
Então tenho certeza de que faz sentido
Bem, eu irei naufragar com esse navio
E não vou levantar minhas mãos e me render
Não haverá bandeira branca acima da minha porta
Eu estou apaixonado e sempre estarei
E quando nos encontramos
Como tenho certeza que iremos
Tudo o que era antes
Ainda estará lá
Eu deixarei passar
E ficarei de boca fechada
E você vai pensar
que eu parti pra outra...
eu irei naufragar com esse navio
E não vou levantar minhas mãos e me render
Não haverá bandeira branca acima da minha porta
Eu estou apaixonado e sempre estarei"
[DIDO *_*]



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Os dois permaneceram por um bom tempo em silêncio enquanto Loki voltava à sua forma de gigante.

Thor, sentado próximo dele não dizia nada, apenas olhava as montanhas de gelo que cortavam toda a paisagem e davam um contraste triste com o céu azul marinho.

Loki pegou então a capa e abraçando-o, colocou de volta delicadamente.

– O que você está pensando? – questionou ele procurando seus olhos.

A feição de Loki era misterioso, impossível de se decifrar. Após um tempo ele respondeu:

– É assim que terminamos, Thor.

– O QUÊ?

Os dois se encararam. Os olhos do mais velho começavam a arder.

– Eu não posso fazer isso. – respondeu Loki, como se tal frase respondesse ou solucionasse tudo.

– O quê? Não pode lutar por nós? Não pode acreditar em mim e aceitar que eu te amo e que não me importo com nada disso?

– Eu não posso desistir do reino de Jotunheim. Eles de certa maneira, precisam de mim...

– Loki, não! Isso não tem nada a ver com nós dois...pense. Eu...

– Essa é a coisa mais altruísta que eu já fiz em toda a minha vida. Se é que altruísmo existe mesmo... mas não voltarei atrás.

– E nós? Você quer se esquecer de tudo o que vivemos...do que sentimos um pelo outro? Você está abrindo mão da única coisa certa que temos...e a troco do quê? Reinos? Poder? Podíamos muito bem lidar da mesma forma possível...eu...

– Não, Thor. Não poderíamos. Nossos pais se odeiam, nossos mundos são completamente diferentes...

– Lá vem você com essa idéia de aceitação...Eu não me importo com o que pensam! Eu não me importo com ninguém além de você. O que fará? Ficará aqui, distante de mim...de sua família, do seu lar...

– Você sabe que eu nunca me senti em casa...de certa forma nunca fiz parte da família.

– Mas e nós?! – berrou Thor fazendo algumas rochas de gelo estremecerem próximos dele.

– Precisamos ser adultos...encarar os fatos.

Thor riu, mas em seus olhos haviam lágrimas que ele insistia em não deixar cair. Os dois se olharam novamente até que ele disse:

– Você desistiu. De nada adianta eu lutar sozinho. Você sempre foge, sempre tem desculpas, sempre tem razão. Eu cansei.

Loki continuava com seu olhar misterioso. Na verdade, agora ele agradecia por ser um gigante. Com aparência impassível e imponente. Por dentro ele gritava, implorando que tudo aquilo acabasse o mais rápido possível. “Por que eu ainda tenho sentimentos?” perguntava-se a todo instante.

– Eu já havia dito a você antes. Não quero mais vê-lo. Existem outras coisas envolvidas e não podemos negar e só fingir que amor é tudo, Thor.

– Para mim é. – respondeu Thor se levantando.

– Eu sinto muito...

– Você fugiu. Eu vim atrás. Você me rejeitou. Eu voltei. Você disse que talvez eu não te amasse, e eu te mostrei o quanto eu amo. Você desiste...o que eu devo fazer agora, Loki?

Loki agora desviava seu olhar. Os dois ficaram em silêncio até que o mais novo respondeu com uma voz fraca:

– Eu tentei fazê-lo entender da primeira vez, Thor. Eu não voltarei atrás e...

– É, eu já entendi. – interrompeu o loiro de maneira rude.

– Eu não quero que me odeie, digo, você tem esse direito agora. Mas nós sempre teremos isso...e...

– Nós? E de que adianta? Olhe para mim e responda, Loki! Viver de lembranças...eu não quero. As coisas que eu anseio...eu luto por elas, não desisto. Mas sabe, isso cansa. E eu me sinto derrotado. Acho que é necessário admitir quando se perde uma luta. Eu admito. Você quer distância? Eu vou ficar o mais longe possível.

Thor então se virou então começou a andar em direção do portal que o levaria para Asgard. Loki sentia-se morto. Tudo o que ele conhecia de vivo, bom, alegre agora estava partindo e levando consigo uma raiva e mágoa que ele havia causado.

O mais velho agora chorava. Não se importava mais, Loki não estava vendo. Sentia um vazio no estômago, um buraco que o deixava de certa forma incapaz de ser ele mesmo. Andando a passos rápidos, Thor sentia vontade de acabar com Jotunheim. De matar o que sentia.

Ele realmente estava exausto de tudo aquilo. Loki sempre dizia de alguma maneira que se sentia sozinho. Pois bem, Thor também sempre foi.

Sempre Loki. Sempre ele. Ele pedia, Thor fazia. Isso agora tinha que acabar.

– A partir de agora, Thor...pense só em você.

Ao chegar no portal encontrou seus amigos aguardando por ele, escondidos.

– Thor. Tivemos que ficar...tínhamos receio de abandoná-lo e Laufey atacar. Desculpe se foi errado. Eu me responsabilizo. – disse Sif.

– Está tudo bem, Sif. Frandal, Volstagg, Hogun...obrigado. Vocês são ótimos amigos.

– O que houve, Thor? Onde está Loki? – questionou Hogun.

– Eu só quero voltar para casa. – respondeu o filho de Odin.





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Loki ficou ainda um tempo sentado no mesmo lugar. Aquilo só podia ser um pesadelo.

Sentiu uma lágrima quente escorrer o seu rosto.

Passou seus dedos finos e longos por sua face e depois olhou para eles.

“Apesar de todas as histórias e lendas, os gigantes de gelo podem chorar, então” pensou.

E foi o que ele fez ao ver um clarão cortar o céu e partir para longe, para aquele lugar que agora era o seu paraíso.



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