Fate escrita por NandaC


Capítulo 23
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Finalmente não é mesmo!! Não me matem ok, postando com todo o amooor!! ainda vai ter mais um extra, se eu arrumar um tempo do CTI eu escrevo!! Aproveitem!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/243830/chapter/23

Fate

CAPITULO EXTRA 25

            Rukia estava apenas com a lingerie branca, a pele clara e impecável arrepiava-se com frequência. Estava mais nervosa do que deveria. Respirou uma ou duas vezes fundo para se acalmar, mas na terceira vez bufou.

– Fala sério! Pra que toda essa demora, Rangiku?! Meu cabelo é curto, e segundo, é só uma trança, pelo amor de Deus!!

– Não é uma trança! E não precisa descontar o nervosismo em mim, vai dar tudo certo! – ouviu a amiga suspirar, sim, daria tudo certo, sempre dava. – E eu já acabei de fazer, senhorita estressadinha. Quem quer ajudar a Kia a por o vestido?

           

As quatro amigas sorriram e gritaram um sim bem alto. Rukia caminhou devagar até o outro cômodo, com um espelho maior que o anterior. Olhou a peça pendurada, impecável.

As amigas a pegaram e exclamavam a beleza daquele branco puro, colocaram na garota, pois é, ninguém acreditava que aquela peça poderia ser mais perfeita, era no corpo da garota, ele acentuava as curvas harmônicas da pequena de olhos violáceos, que estavam estrategicamente maquiados,  nada muito chamativo e sim apenas destacado com o preto, deixando os olhos ainda mais encantadores e profundos. Sedutores.

Yoruichi levou até ela os saltos, lindos sapatos, porém saltos enormes. A moreninha engoliu em seco.

– Não posso ir com o meu All Star? É branco... – Ela soltou tentando se salvar.

– Nem pensar! – quase todas disseram em coro, já Tatsuki riu pensando em como a amiga nunca mudaria.

            A contra gosto Rukia colocou os saltos, e não achou assim tão terrível, conseguia ficar em pé, as amigas riram no começo, agora admiravam o andar da amiga. Apesar do nervosismo, ela ainda parecia a mulher mais confiante do mundo naquele vestido. Perfeita.

X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X

            Ichigo afrouxava um pouco a gravata, parecia querer sufocál-lo. O amigo riu ao lado dele, ele bufou.

– Do que está rindo?! – ele exclamou andando de um lado pro outro, Ishida se levantou e segurou os ombros dele, o fazendo parar.

– Desse seu nervosismo irrefreável. Calma ai! Vai dar tudo certo, vai lá pra fora, respira um pouco.

            O ruivo assentiu e foi andar, viu a decoração do lugar, os confortáveis bancos de madeira estavam postados de frente para o púlpito . A decoração era leve, por todo lado pequenos globos com muitas flores de tons rosa claro, violeta e verde estavam pendurados por todos os lados, um longo tapete branco se estendia pela grama, vinha de um portão de madeira até o púlpito. Estava tudo perfeito, arrumado, mas isso não o impedia de suar um pouco.

            Viu, um pouco longe dali, o cunhado arrumar as abotoaduras da camisa branca e terminar de se arrumar. Ichigo sorriu matreiro, seu lado moleque vindo a tona, afinal, precisava desestressar.

– Em pensar que daqui a algumas horar vai entregá-la de mão beijada pra mim. – O ruivo provocou Byakuya que respondeu num rosnado:

– Nem pense que eu gosto desta história, Kurosaki ichigo.

– Ah, para! Você adora ser meu cunhado! Eu sou inteligente, responsável, divertido, lindo, e super sexy! – Ele irritou ainda mais.

– Com quem pretende se casar mesmo? – Provocou o moreno, percebendo a pouca distância entre eles. A qual Ichigo diminuiu ao falar suas qualidades.

– Hum, não, sei... Estou em dúvida agora. – Ichigo  não ia deixar barato. – Você parece tão frio, Byakuya. – sussurrou sedutoramente mirando o fundo dos olhos acinzentados. – Gostaria de ver que fogo tem aí dentro...

            O moreno cerrou os punhos a ponto de acabar com a vida do Kurosaki ali mesmo, assim ele não poderia contar do rubor que estava na sua face. Viu o rapaz sair rindo dali. Maldito Kurosaki.

X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X

            As garotas se dirigiram ao carro, cada uma delas entrou deslumbrante tentando deixar o maior espaço possível para Rukia, porém, não funcionou, não caberia nem um fio de cabelo dela ali. Yoruichi conseguiu balbuciar descrente “Não tem espaço.”

– Vocês são loucas?! Como assim?! Tem que ter espaço pra mim nesse carro! Alguém desce e vai na minha moto! - Rukia gritou depois de um minuto de choque total.

– Ninguém aqui dirige moto! Calma ai, a gente dá um jeito! - Falou Tatsuki.

– Dá um jeito nada! - Ela tirou o sapato prateado - Segura ai, vão na frente, eu vou com a Harley!

– Vai estragar todo o cabelo que eu fiz! - Gritou Matsumoto.

– E amassar o vestido!! - Nell gritou com raiva, o vestido não!

– Pensassem nisso antes de pegar um carro no qual eu! A principal, não entra!

            A discussão continuou por mais uns 15 minutos, Rukia sempre tinha os melhores argumentos. No final ela simplesmente as mandou calar a boca e saiu andando, as amigas se culparam.

Rukia correu até a moto, as meninas saiam no carro e ela acelerou, a Harley roncou o motor potente e assim ela partiu, pra um dia que ela sequer pensou que ocorreria. O vento batia nela com uma força um pouco forte demais, mataria elas assim que fosse possível, rezou todo o caminho para que o vestido continuasse intacto.

Ela continuou, sem parar, até passou o carro em que as amigas estavam, sentia o penteado de Matsumoto ir pro ralo, olhou o vestido, que ela prendera nas pernas com o maior cuidado para que o estrago não fosse tão grande. Mirou um relógio em uma esquina qualquer, já estavam atrasadas. Soltou um grunhido alto de raiva e acelerou, obrigando o carro a acompanhá-la.

X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X—X

Ichigo suspirava mais uma vez, atrasada, ela estava atrasada, cerca de 25 minutos atrasada. Seu pai colocou a mão em seu ombro para acalmá-lo, ele assentiu devagar. Foi quando ele ouviu vindo de longe aquele ronco alto e estrondoso, e com mais medo ainda pensou: “Mas que merda é essa?! Sabia que devia ter deixado ela com as minhas irmãs.”

~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~

Rukia desceu da moto e abriu a porta do carro como se quisesse arrancá-la, o irmão apareceu e lançou um olhar mortal as garotas, Yoruichi tinha comunicado a ele o ocorrido. Ele foi até a irmã, que estava calçando os sapatos. A ajudou.

– Rukia, ainda dá tempo de refazer o cabelo---

– Não, obrigado, vocês já fizeram demais... – havia uma gota venenosa de ironia ali. – Vão me compensar depois, vão pros seus lugares, estamos atrasadíssimas!

Ela pediu um espelho, que logo foi trazido até ela. Precisaria dar um jeito no cabelo, apesar de seu irmão dizer que ele estava perfeito, não acreditou, mas quando mirou o próprio reflexo viu que ele tinha razão, ele estava natural, e as pontas delicadamente viradas. Foi quando de surpresa o portão se abriu, todos os presentes estava li sentados mirando ela, apoiada na moto, com um vestido, quase, impecável e com movimento e o cabelo harmônico. Ninguém acharia que ela tinha alcançado algumas, muitas, multas de trânsito com aquela moto.

~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~

Ichigo mirou o portão se abrir e viu Rukia com um espelho em mãos, encostada na Harley Davidson, num minuto ela jogara o espelho e recebera o buquê, com flores nos mesmos tons da decoração, porém com muito mais beleza no arranjo. Ichigo mal conseguiu respirar ao reparar o longo vestido branco, era um modelo cinturado logo abaixo do busto com uma faixa perolada, pequenas manguinhas pendiam nos leves ombros, o vestido era aberto atrás, com apenas uma faixa também perolada prendendo os dois ombros logo abaixo do seu cabelo. A saia do vestido era reta, longa e impecavelmente plissada, podia se ver um leve movimento contrário, algumas marcas, mas nada muito aparente, o decote quadrado estava acentuando os seios pequenos da morena. Ichigo só pensou em ‘perfeita’. Era o que vinha na cabeça dele, além de ‘minha’.

As irmãs entraram jogando pétalas por todo o caminho, as duas estavam lindas com vestidos amarelinhos, Yuzu usava um sapatinho branco e Karin um All Star. Rukia morreu de inveja. Depois de espalharem as pétalas por todo o caminho, correram beijar o irmão e então voltaram para Rukia a abraçando. A morena sorriu e uma doce lágrima escorreu pela face desta, a qual Karin limpou com delicadeza, e foi para seu lugar.

Rukia agarrou o braço do irmão, confiava que ele não a deixaria cair, andou pelo tapete até chegar perto do púlpito, o irmão a beijou na testa enquanto essa sussurrava um “Te amo” e se agarrava ao irmão. Byakuya se dirigiu a Ichigo, apesar de “odiá-lo” profundamente o abraçou, Ichigo retribuiu, ouviu-o murmurar:

– Cuide muito bem dela, ou sabe que o matarei sem piedade, Ichigo.

O ruivo sorriu e recebeu a noiva, finalmente o dia do casamento chegara, resistiu à vontade de beijá-la naquele momento, o melhor estava guardado pro final.

Depois de um tempo, a mais esperada hora chegou.

Eu, Kurosaki Ichigo/Kuchiki Rukia, recebo por minha esposa/meu esposo
a ti Kuchiki Rukia/Kurosaki Ichigo, e prometo ser fiel,
amar-te, respeitar-te,
e te deixar vencer,
na alegria e na tristeza,
na saúde e na doença,
no player 1 ou  no player 2,
todos os dias da nossa vida,
nas fases fáceis ou difíceis,
no boss ou não,
eternamente.
Porque nem a morte será capaz de nos separar.

            A maioria deu uma boa gargalhada, incluindo o padre e os noivos. Foi então que Ichigo surpreendeu à todos tomando a palavra.

– Kuchiki Rukia. Eu vou agora te dizer algumas palavras, palavras que saem do fundo do meu coração, profundas e verdadeiras, tais que eu talvez tenha as ocultado apenas para poder dizer-te hoje, no dia que nos unirá para sempre. Se lembra daquele dia em que você foi, fatídica e acidentalmente atingida pelo meu Audi R8?

– Como eu poderia esquecer?! Você despedaçou a Harley! – Ela se fez de indignada.

–Me desculpe Harley. – Ele disse para a moto parada próxima aos portões de madeira. – Retomando. Apesar de ter te atropelado, de você ter me ameaçado, de eu ter levado uma bronca do meu melhor amigo, eu pensei: Porque é que eu atropelei você? O que tinha me levado a isso? Minha pressa? Minha falta de inspiração? Meu stress ou qualquer outra razão? Tinha qualquer uma dessas coisas, me levado a acidentalmente te atropelar? Ou fora apenas uma coincidência?

            Por muito tempo eu não tive resposta nenhuma. E você, bom, você não facilitava, era muito teimosa, chata, encrenqueira, e sabe-se lá como resistia ao meu charme. – todos riram – E por todo esse tempo, a única coisa que eu percebi, é que você não era apenas uma guria de 17 anos que eu atropelei. Você era alguém que por alguma razão entrara na minha vida! Entrara na minha vida pra me fazer esquecer os fantasmas do passado e acreditar em amar de novo. E eu tentei, por muito tempo eu tentei mostrar isso pra você. Queria mostrar que por baixo do meu lado chato que não gostava de te ver com os pés no banco do meu precioso carro, tinha uma paixão por você. E então você entrou de vez na minha vida. Quando eu te beijei eu soube, que pra sempre, ou até mais do que isso, se é que existe algo assim, que você era a única mulher com quem eu dividiria tudo, a única mulher que eu deixaria ser o player 1 e que é melhor que eu no vídeo game. – Rukia fez uma pose de vitória e risos de novo – E foi assim, eu vivi com você cada momento finito como se fosse o último, mas um erro te tirou de mim! E juro que até hoje eu desejo nunca ter abrido aquela porta.

           

            Um som de desapontamento soou pela plateia.

– É, isso ai. Eu, pela primeira, e última, vez perdi Kuchiki Rukia. E até hoje me lembro da dor daqueles dias, de como as palavras dela só reforçavam meu erro e cravavam ainda mais em mim uma grande lâmina, que parecia me partir ao meio. Foi aí que uma luz apareceu pra mim, não é cunhado? – Rukia olhou com surpresa. Uma luz? Cunhado? Ela se voltou confusa para Ichigo, e alternava o olhar para o irmão. – Isso mesmo. – o ruivo continuou – Byakuya me ajudou a reconquistar Rukia.

– E porque eu não sabia disso? – A morena disse com raiva. – Então você, senhorito meu irmão, mentia dizendo que tinha reuniões só pra eu voltar com essa abóbora ambulante?! Muito bonito!

            Os risos ecoaram mais uma vez, e Byakuya pediu perdão, o ruivo prosseguiu.

– Acho que vocês entenderam que eu tive que aturar uma garota teimosa que só vendo, que de vez em quando andava até a casa se recusando persistentemente a entrar no carro, isso só mudava em dia de educação física, ou quando uma bendita chuva chegava. E foi assim, até que ela não resistiu ao meu charme e sensualidade.

            Rukia não pode deixar.

– Não, não! Não foi bem assim! Tampem os ouvidos das crianças porque esse cara aqui fez de tudo, de tudo, pra abusar de mim e tirar minha pureza! – Todos riram, esses dois só podiam ser loucos – É isso mesmo, senhor Kurosaki Ichigo!

– Então porque é que – ele tomou o microfone – foi você quem se ofereceu pra mim? Jogando-me na cama e dizendo que me amava. – Ele riu superior, e Rukia bufou admitindo a derrota. – Mas isso não importa, porque eu provei que era inocente, e Ruki deu um soco no nosso problema, tem coisa melhor do que essa? Bom, tem sim. E isso é me casar com você, Ruki... – Ele sorriu pra ela, que tinha pequenas lágrimas nos olhos – Eu te amo, e esse amor não vai passar nem em milhões de anos!

            Rukia abraçou Ichigo com força, o beijou nos lábios com tanta paixão que poderiam se afogar. Mas um lampejo devolveu a Ichigo as palavras.

– Ah! E Se lembram daquelas perguntas sobre o que tinha posto essa linda anã na minha vida? Bom, a resposta é: O inevitável, infalível, e certeiro destino. Obrigado...

            Aplausos foram ouvidos por todos os lados, os parentes e amigos sorriam para o casal. Sim, o destino os guiara até ali. Mas por quê? Ah, nunca saberemos, o destino tem suas razões, sejam elas conhecidas ou não, agradáveis ou não, aceitáveis ou não, o que importa, é que ele sempre está certo.

            Ichigo pegou a pequena no colo com um pouco de pressa, tanta que ele atropelou certas etapas, disse bem alto, para todos ouvirem: “Lua de mel!” 

            Todos olharam com um certo humor.

– Não atropele as coisas! – Rukia disse saindo de seu colo. – Ainda temos uma longa festa pela frente!

            Ichigo a viu andar até os parentes para cumprimenta-los e pensou: “É melhor me recompensar, baixinha!”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!