Fate escrita por NandaC


Capítulo 22
Capítulo 23/24


Notas iniciais do capítulo

OI gente, olha me perdoem pela demora, mesmo, mas é que teve o vestibulinho, aí problemas emocionais, um castigo e tudo isso me tirou muito a vontade de continuar essa história, queria deixar ela sem fim, mas ai pensei em vocês e decidi que eu tinha que continuar por vocês! Que me deram força quando na verdade ninguém aqui se importa! Então obrigado por serem minha motivação e perdão pela demora e caso o caputilo duplo não agrade peçam que eu refaço!! Espero que gostem!!!!



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Fate

CAPITULO 23

            Foram quase duas semanas de algumas voltas pra casa com Ichigo, e de ignorar Byakuya todos os dias possíveis. A garota estava começando a se derreter de novo, mas não o daria uma chance, por isso tinha a mania de andar para a casa com o carro a acompanhando, não entraria lá, a não ser que fosse extremamente tentador, como quando está chovendo, ou depois da aula de Educação Física. Mas não daria a ele o gostinho de uma rendição, o faria sofrer, e nunca voltaria pra ele, nem que se coração gritava contra isso.

Mas Ichigo via um lado bom nisso, ele podia vê-la e ouvi-la, o que ele sentia falta durante o tempo afastados e também podia trocar algumas palavras com Rukia, o que era ótimo, mesmo que ela relutasse e as vezes respondesse com uma bela falta de educação, ele não ligava, muito, sabia que tinha dado motivos a ela. Sem contar que ele tinha belos planos para a reconciliação, não sabia qual usar, mas preferia os ofensivos do que os defensivos, típico. Nesse momento ele estava vibrando internamente, estava chovendo e era sexta-feira, Educação Física + Chuva = Rukia! A garota entrou emburrada e com os ombros um pouco molhados no carro, porém a mochila jogou um jato de água por onde ela a balançou, Ichigo estremeceu com a água gelada na camisa, volante, bancos, alavanca do câmbio, etc...

– Me... Desculpe. A mochila... Eu não sabia... Foi sem que---

– Tudo bem. – Ichigo colocou o dedo indicador sobre os lábios dela. Plano 1. Os lábios dela. A garota rebateu a mão dele como se joga um inseto longe, bufou e se virou pro outro lado. – Rukia... – Ele disse iniciando a segunda fase. Plano 2. Os olhos dela.

Ichigo os encarou tão fundo, tão fundo, que podia até mesmo ver a alma da garota. Ela não desviava o olhar e ele também não, a segunda etapa estava indo bem. O ruivo se lembrou da primeira vez que encarou tão fundo aqueles olhos, se lembrou do que acontecia se nenhum dos dois cedesse e esperou que acontecesse. Parecia que toda a realidade tinha se vertido num borrão, algo irreconhecível, algo que sequer com tudo o que Rukia dissera a si mesma: “Não vou ceder!” “Não dou uma segunda chance!” “Não confio mais nele!” “Não vou voltar atrás!”, coseguia alcançá-la naquele momento.

– Eu me pergunto... Quando você vai voltar pra mim. – Ichigo soltou baixo e bem próximo dela.

– Eu planejo... Planejava... Nunca voltar. – Ela disse franzindo o cenho.

– Palnejava, isso é bom. Vai voltar agora?

– Não sei se você merece... Mas também não sei se eu resisto. Tanto tempo assim sem você. Fingindo te odiar, fingindo querer que você sumisse da minha vida. Mas eu não consigo viver sem você, apesar de você ter sido um canalha! – Ela disse a última parte alto.

– Não foi culpa minha, eu não queria que ela voltasse pra minha vida, não queria que ela atrapalhasse a nossa vida!

– E daí?! Mandasse ela pro inferno e fechasse a porta na cara dela, se ela ficasse lá de plantão era só me esperar e explicar. Eu dava uns tapas nela. Mas não! Você foi idiota! – Houve um minuto de silêncio e Rukia desviou o olhar.

– Vai voltar? – Não obteve uma resposta.

Ichigo se inclinou para os lábios dela, porém, foi empurrado. Ela murmurou:

            – Me leve pra casa!

            – Não!

            O Audi acelerou cantando pneu e costurando os outros carros, Rukia tinha soltado um grito agudo e agora havia apenas sua respiração descontrolada, sua mão esquerda apertava a perna de Ichigo implorando para que ele parasse aquele carro. O ruivo por outro lado dirigia confiante e com um sorriso nos lábios. Foram apenas dois ou três minutos de direção alucinada da parte de Ichigo até que ele estacionasse em frente a própria casa. Ele desceu e ordenou o mesmo a Rukia, ela nem se moveu.

            – Desça. – Ele disse mais suave.

            – Não! Você me sequestrou, vou ligar pro meu irmão, ele me busca. – Ichigo rui irônico. – Ou pra polícia.

            – Você realmente acha... – ele riu, sustentou o olhar dela por um tempo, deu  a volta no carro e parou do lado dela, abriu a porta e chegou mais perto. – Você realmente acha que vai querer sair daqui depois que eu começar? Você acha que vai implorar pra que eu pare? Ou pra que eu te deixe ir? Não, Ru-ki-a. As coisas não vão ser assim. – Ele passou a sussurrar próximo ao ouvido dela. – Quando eu começar, você vai implorar pra que eu nunca pare, vai implorar pra eu nunca te deixar ir, e não vai querer, de jeinto nenhum, sair daqui. Se é que você me entende. – Ele riu de novo.

            – O que acha que vai ganhar com isso?

            – Ah, Rukia. Como você é inocente. Eu não quero ganhar nada com isso. Só quero que você admita. Só quero que me diga que vai voltar. Só quero que você volte. Só isso... – Ele beijou o canto da  boca de Rukia, a morena arfou, mas fingiu resisitir. – Ah, e não vou te forçar a fazer nada, então, fique tranquila. Eu vou entrar, você pode esperar seu irmão, mas vai ser aqui fora, enquanto eu tomo um Whisky pra aliviar a deprê. Ou você entra, e não se arrepende depois.

            O ruivo entrou. A morena parou, a chuva batia forte em seus ombros. Ela olhou o celular, a porta entreaberta. Alternou entre os dois e entrou rápida na casa.

            – Preciso de roupas! Estou encharcada! Culpa sua! – Ela estava ali, parada na porta de entrada, olhou o ambiente familiar e quase sorriu.

            – Não tenho roupas de mulher!

– Como assim?! Aquela vadia deve ter deixado algumas quando foi embora, você deve estar com elas!

– Ela deixou. Mas eu joquei fora. Tenho isso. – Ele estendeu uma camiseta de mangas compridas e branca para ela. Rukia corou ao ver o torso nu dele em total exposição para ela. Nunca tinha visto. O maxímo que chegara a ver dele eram os braços e pernas, e na casa só ficava na cozinha, sala, ou o quarto de desenhos. Era tudo um pouco estranho. – O banheiro é ali, você sabe. – ele apontou a primeira porta do corredor – a não ser que queira ajuda, toda essa roupa... Pode ser difícil sozinha.

A garota andou em passos rápidos para o banheiro e trancou a porta, ichigo deu de ombros e foi para a cozinha. A garota se despiu, nenhuma de suas roupas se salvou, colocou a camiseta masculina e por baixo havia apenas sua calcinha, motivo de total desespero da garota. Ichigo ali, de peito nu, ela ali, só com aquela camiseta, os dois ali, sozinhos na casa dele. Era um clima que ela não podia evitar. Saiu dali um pouco nervosa.

– Onde tem uma secadora?

Ichigo apontou, Rukia foi. Voltou a cozinha e pegou algo para comer, fingiu estar à vontade. Mas, quem seria Ichigo se ela conseguisse mentir pra ele. E claro, quem seria ele se não se aproveitasse da situação. Ele se aproximada muito dela, com propósitos como pegar um copo, um pão, ou qualquer outra coisa, só pra ver os espasmos de susto dela, ou a pele se arrepiar, ele estava adorando. Fez mais algumas vezes, e as reações pareciam piores.

– Pelo amor de Deus, Rukia. Pare de reagir como se eu fosse te estuprar a qualquer momento. Não sei se você lembra, mas eu disse que não vou te forçar a fazer nada.  – Por um momento, só por um momento aquilo a decepcionou. – Se você quer algo, tenha iniciativa, ou me peça. Não custa nada. E não é ruim se render. Qualquer coisa, eu estou no quarto.

Rukia tinha os olhos baixos. Ela sentiu ele se afastar. Sentiu que sinceramente, seria mais fácil com uma tentativa de estupro dele, pelo menos ela não teria que admitir que não resistia, que precisava dele. Mas, afinal. Pra que serve todo esse orgulho? Aonde ele vai levá-la? Se ela não admitir que precisa dele, quem fará isso por ela, se é que se faz isso por alguém que sequer admite as coisas para si mesmo! Rukia terminou seu café filosófico, literalmente, tinha pensado muito. A garota foi em passos decididos para o quarto de Ichigo, se encantou com a arrumação, o guarda roupa enorme, a cama, mas não tinha tempo pra isso.

– Me leve pra casa! Agora! – Ela ordenou, parecia falar sério demais. Ichigo suspirou. Levantou e parou em frente a ela.

– Pegue suas roupas... – Ela não se moveu. – Rukia, isso é sério?

– ... – não houve nada além de um sorriso malicioso. – Claro que não!

Ela empurrou Ichigo, este caiu de costas na cama, Rukia subiu sobre ele e lhe deu um beijo. A partir daí só houveram beijos, abraços, caricías, suor, gemidos e duas confissões: “ Eu te amo...” ela disse entre suspiros. “ Serei seu pra sempre, e você, minha.” Ele disse depois dela. Naquela tarde o encaixe mais sublime e perfeito que poderia existir foi realizado. Era como se um nascessem apenas para encontrar o outro. Eram como duas estrelas, uma orbitando a outra, uma sendo atraída pela outra. Eram como o destino, certo e inevitável.

Fate

CAPITULO 23

            Rukia tinha a barriga pressionada, Ichigo era um pouco pesado de mais para ficar em cima dela. Ela o rolou para o lado e ele a olhou e sorriu.

            – Você é pesado.

            – Você é linda.

            Rukia percebeu que estava totalmente descoberta, uma presa inofensiva totalmente ali para o caçador. Puchou imediatamente qualquer coisa para cobrir-se.

            – Pelo amor de Deus, como se eu já não tivesse visto isso... – Ele apoiou a cabeça sobre a mão, fitando os olhos dela, a morena corou. – E acostume-se, você está totalmente sem roupas, provavelmente a secadora parou, não sei se você percebeu, mas a luz acabou há alguns minutos. E eu rasguei a camiseta branca, era uma das minhas favoritas.

            – Você pode me emprestar outra...

            – Acha mesmo que vou te emprestar roupas?! – Os dois riram. – Melhor não, gosto de você com minhas roupas... Demais, gosto tanto que quero tirá-las.

            A garota foi, enrolada no lençol, até a sala pegar o celular, voltou para o quarto, se sentou na cama e discou o número do irmão.

            – Oi Nii-sama!... – Ichigo estava atento a cada palavra. – Estou na casa do Ichigo... Sim... Voltamos... Pode me trazer roupas?... N-N-Não, é q-que---Nós n-não... – Ela tirou rápido o celular da orelha e estendou para Ichigo.

            – “Eu concordei em te ajudar, mas nunca te dei permissão para chegar a esse ponto, Kurosaki Ichigo.”

            – Ela pediu, eu não pude negar... pode trazer as roupas? Sim... Não... Talvez... Byakuya, você sabe que não vou pisar na bola de novo... Sim... Até.

            – E as roupas?

            – Ele vai trazer, não se preocupe. Que tal tomarmos um banho? – Ele disse sedutor.

            –... – Ela considerou –Não. Ah! Ainda tem uma coisa que quero fazer...

            – Comigo?

            – Não!

            Sem uma maneira de negar, Rukia e Ichigo tomaram banho, ela recebeu as roupas e se despediu do irmão, eram cerca de sete horas, o céu ainda estava um pouco nublado e trovões ameaçavam derramar chuva mais uma vez. Ichigo acelerava suavemente levando Rukia a um destino inevitável.

            – Tem certeza que quer ir?

            – Porque não? Você vai gostar. É um cavalheiro, não poderia fazer o que eu vou, mas não me considero uma dama, então tenho permissão pra isso.

            Ele estacionou numa casa de muros beges, não tão longe da própria casa, Rukia desceu saltitante, ele viu que ela estava, realmente, empolgada. Ele tocou a campainha e parou em frente a porta. A ruiva abriu a porta e sorriu loucamente ao ver o ruivo, porém uma moreninha saiu de trás dele parando em frente à ela.

            – Olá! – Rukia disse sorrindo, porém não demonstrava felicidade.

            – O que essa vadia está fazendo aqui, Ichi? – Não houve sequer um segundo depois da frase e Rukia desferiu um belo soco no rosto da maior.

            – Ela começou... – Ichigo sorriu orgulhoso. – Olha só, mulher. Acho bom você nunca mais pensar em atrapalhar nossa vida, ok? O Ichigo é meu agora. Entendido? Ótimo, tchau tchau, vaca peituda!

            Rukia foi até o carro lentamente, como se estivesse num desfile dedicado a sua vitória. Ichigo foi junto, e não podia deixar de gargalhar ao ver a ruiva limpando o sangue do nariz.

            – Você é um monstrinho...

            – E você me ama, laranjão! Todo mundo tem uma chance...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e caso não: me dêm uma bronca, me mandem pro inferno e me tirem de lá pra reescrever o cap.
Pretendo terminar a fic por aqui, mas ainda vou escrever um ou dois extras dela. Reviews se eu merecer!