Capitulo 17 – Lilly’s POV

-Aline, tente se acalmar o que aconteceu, conta. – Ana me fazia sentar no sofá as lágrimas estavam começando a parar, meu coração já batia mais fraco e eu finalmente parecia respirar novamente.

Zayn foi correndo até a cozinha e me trouxe um copo de água, eu estendi meu braço para pega-lo e minha mão tremiam de medo e de tanta dor.

-O que você fez com ela? – eu conseguia ver de relance Harry brigando com Nathan que tentava explicar o ocorrido, mas nem ele sabia ao certo, eu estava tão nervosa nem conseguia falar com ele e Emma tentava evitar uma briga.

-Parem de brigar. – eu disse respirando aos poucos todos os olhares foram redirecionados a mim quando disse isso, entreguei o copo Zayn sem tomar um gole, Zayn insistia que eu tomasse, mas eu precisava contar o ocorrido, era agora ou nunca.

FLASHBACK ON

-Nathan… - eu tentei dizer enquanto caminhávamos até o seu carro os paparazzis já estavam distantes, o único barulho que se tinha presente, era de uma luz que falhava, o meu clássico barulho de saltos batendo ao chão e nossas vozes.

-Sim? – ele disse, Nathan não precisava de muito para me encarar para ele bastava virar o rosto, e estávamos frente a frente.

-O que foi aquilo ali a trás? – disse.

A alguns minutos, várias pessoas perguntavam quem eu era, Nathan respondeu a todas elas de quem eu era com um beijo e até agora eu não sabia como reagir ao que ele havia feito, lembrava da sensação de tê-lo beijado, parecia como se estivesse beijando uma pedra, não que ele beijasse mal, mas sim que era sem vida sem sentimento.

-A resposta que eles queriam e a prévia de uma nova pergunta. – ele disse e logo depois segurando em minha mão, por mais que o beijo não tivesse sido com sentimentos ao lado dele eu me sentia segura e amada, diferente de Harry.

Encostei minha cabeça em seu ombro e ali eu senti como se pudesse esquecer-se de todos os meus problemas, soltei um longo suspiro e permiti fechar os olhos quando os abri, bem, tinha em mente que as poucas doses de bebida estavam me afetando, era isso que eu queria que fosse.

Do outro lado da rua, um pouco mais adiante estava encostado a um poste, Wayne. Passei a mão pelos meus olhos e ele continuava lá, eu não estava sonhando, será que eu estava imaginando ele ali?

-Nath... Ali, tem um homem? – disse apontando com a cabeça para a direção do poste.

-Tem. – ele disse, então eu não estava sonhando, ele foi para a frente de um carro e começou a procurar a chave, do outro lado da sua o homem sorriu.

-Eu já volto. – disse.

-A onde você vai? – perguntou Nathan e decidi ignorar a sua pergunta, atravessei a rua sem muito me preocupar além do mais era de madrugada não havia vários carros, na medida em que eu me aproximava, ele fugia.

Decidi aumentar a velocidade do passo, e quando eu aumentava ele aumenta, virou uma esquina, eu pensei em virar também, mas hesitei por um tempo, da uma última que estive em uma esquina com Wayne, bem, acho que todos lembram o episódio ocorrido.

Pensei em recuar e voltar para Nathan, esquecer-me daquela história toda esquecer que eu o vi, mas algo havia me obrigado a continuar, por quê?

-DAISY! – gritei e as lágrimas rolavam pelo meu rosto, como? Quem poderia ter sido tão cruel ao ponto?

Cai em meus joelhos, estava ao lado de seu corpo sua pele já tão pálida, as lágrimas de meu rosto caiam em seus e escorria lentamente sem efeito nenhum, eu não conseguia fazer nada eu só tremia, mas eu precisava sair dali.

Andei com as pernas bambas até a parte da esquina novamente, senti uma pontada nas costas olhei para trás e ali estava ele agora com um grande sorriso em seu rosto, as marcas de seu rosto não estavam tão visíveis, mas não tinha como ser outra pessoa só poderia ser Wayne.

Naquele momento olhando para aquele sorriso frio e totalmente sarcástico e maléfico foi quando eu decidi que eu tomaria uma atitude agora e não iria atrás dele, mas que tudo que ele estava fazendo a mim, teria volta.

-Você vai me ver de novo. – disse.

-Você não precisa me procurar Lilly, eu estarei sempre por perto. – ele disse e então não esperei mais uma reação, eu fui andando até Nathan atravessei a rua e entrei no carro.

-Para onde? – disse Nathan sem olhar para mim.

-Complexo One Direction, eu preciso falar com a Ana. – disse e então as lágrimas rolavam do meu rosto e mais nada saia de minha boca além de grandes suspiros de dor.

FLASHBACK OFF

-Aline, isso não faz sentido, Wayne está preso. – disse Niall que chegava perto de mim e me abraçava de lado pedindo para que eu me acalmasse enquanto Pay passava a mão em meu cabelo.

-Se acalma. – dizia Pay, mas ambos trocavam olhares, eles sabiam de algo e não queriam falar, novamente, eu já estava cansada disso.

-Falem, agora. – disse.

-Falar o que? – disse Niall se afastando de mim para poder me olhar.

-O que está acontecendo, o que vocês sabem que a gente não sabe? – disse, os dois arregalaram os olhos e logo depois se entreolharam, Niall abaixou a cabeça me virei a Pay.

-Eu já disse Aline, não é nada. – disse Pay.

-Como não é nada?! Você acha que sou trouxa?! – disse já alterando meu tom de voz.

-Eu sei o que é. – disse Ana olhou para Pay e Niall, e depois  me encarou. – Aline, Wayne tem um irmão gêmeos, chamado John.

Pera existiam dois daquela peste no mundo?

-Como assim? – disse, dessa vez revezando meu olhar entre Ana, Pay e Niall.

-Eu não sei de muita coisa, eu sei que John era uma senhora, ele era uma mulher, mais especificamente a que sempre vai à doceira. – disse Pay, e então Anne arregalou os olhos.

-ISSO QUER DIZER QUE ELA FICOU INTIMA DE VOCÊ? – disse Anne ainda com os olhos arregalados, Pay apenas fez que sim com a cabeça.

-Qual é o problema de ela ter intimidade com uma cliente? – perguntei.

-Aline, a cliente é o John, John mata seus íntimos. – disse Pay, ah, achei o problema.

-Pera, isso não faz sentido, quer dizer fazia, mas agora não faz. – disse tentando me controlar para não parecer desesperada no fato de ter alguém tentando matar Pay.

-O que? – perguntou Anne.

-Por que ele matou... – respirei fundo, eu não conseguia esquecer-se do rosto de Daisy em minha mente aquele rosto sorridente sumiu – Daisy?

-Bem, isso é um mistério... – disse Anne – Vou ligar para o departamento, avisar sobre a morte e ver o que podemos fazer.

Todos já haviam se separado cada um fora para um canto, Niall e Pay conversavam reservadamente, Emma estava se despedindo de Harry, Liam e Mika estavam na varanda, Louis e Bianca estavam na mesa de jantar jogando algum jogo que não conseguia definir de longe.

-Eu preciso ir. – Nathan se apoiou no sofá e me encarou.

-Tudo bem. – disse dando de ombros, eu gostava da companhia dela.

-Tem amo ok, fique calma e qualquer coisa, me liga. – ele disse e me deu um beijo, que para a maior normalidade das pessoas poderia se chamar romântico.

-Por que tanto romance em um beijo, a gente vai se vir de novo amanha.  – disse e ele riu.

-Eu vou fazer alguns shows, só vou voltar daqui alguns dias. – ele disse, eu sentiria saudades dele.

-Eu te amo muito tá? – eu disse, por que eu havia dito isso? Não era o que sentia, ou era?

-Eu também te amo. – ele disse e me deu um ultimo selinho e saiu juntamente com Emma, me afundei no sofá e bufei, fechei os olhos e senti um leve peso sobre minhas pernas, olhei um controle de joguinho olhei para o lado, Harry.

-Vamos jogar? – disse Harry abrindo um grande sorriso, automaticamente sorri também.

-Vamos, mas se você perder, não reclame. – disse me arrumando no sofá tomando uma postura adequada para jogar.

Jogamos um futebol, que eu ganhei, ele ficou meio bravo, mas depois aceitou a derrota, quando íamos começar outra partida Anne entra na sala.

-Meninas, nós vamos viajar. – disse Anne.

-Pera, viajar? – disse.

Acho que Ana não estava batendo muito bem da cabeça, faziam algumas semanas que eu e as meninas havíamos chego em Londres e já teríamos que viajar?

-Nós também vamos. – disse Zayn.

Ótimo, além de ter que ir para outro lugar do qual eu não faço a mínima ideia de onde é ainda vou ter que aturar o Harry, nesse lugar?

-Pera, mas eu não posso deixar a Emma aqui! – protestou Harry, ótimo, além de ter que aturar ele ainda vai ter que aturar ele e a namorada.

-Então você leva a Emma, e Aline se quiser levar o Nathan... – disse Zayn olhando para mim, ele era o único que tinha visto eu e Nathan nos beijando na sala.

-Por que ela levaria o Nathan? – disse Harry.

-Você pode levar a namorada, mas eu não posso levar o namorado? – disse e então todos os olhos se viraram para mim.

-O que foi? – perguntei.

-NAMORADO? – disse Bianca se sentando ao meu lado logo depois Louis empurrou Harry para se sentar ao meu lado também.

-Ele está cuidando bem de você? – disseram Bianca e Louis ao mesmo tempo, o que fizeram todos na sala rir.

-Gente, concentração nós vamos para lá para dar uma fugida desse clima de Wayne e John ok? – disse Anne, bem, Anne não estava tão louca ela tinha razão precisávamos “fugir” um pouco daquilo.

-E quando vamos? – perguntei.

-Hoje, agora para ser mais preciso Lilly. – disse Zayn o que me fez arregalar os olhos.

Precisávamos arrumar tudo para nossa viagem, fizemos tudo que era necessário compramos as passagens mais rápidas que tinham, pois precisávamos chegar lá o mais rápido possível, como dizia Ana: “Quanto mais rápido, melhor”.

Depois de compradas nossas passagens pegamos um dos poucos transportes que tinham na madrugada, fomos ao nosso apartamento, arrumamos roupas para dois dias e três noites que seria  tempo que passaríamos lá, nossas malas não eram grandes, eu achei até que tinha exagerado, mas então vi a mala de Emma e percebi que eu estava levando praticamente uma troca de roupa comparada a ela.

“Uma mulher tem que estar preparada para tudo” – dizia ela, mas sinceramente, acho que ali ela já estava preparada para mais que tudo.

Entrando no avião, eu estava com muito sono, ao meu lado estavam, Ana e Zayn que aparentavam aflitos e nervosos, eu não suportava aquele clima então fiz a melhor coisa que se poderia fazer, peguei os headphones da Anne e comecei a escutar  a voz rouca de Nickelback em um volume nem muito baixo e nem muito alto, alto suficiente para suficiente para se ouvir e baixo suficiente para que conseguisse dormir.

~

-Aline, acorda. – disse Anne e acordei de supetão. – Nossa você acordou fácil normalmente demora em acordar.

-Me lembre de nunca mais dormir em um voo, por favor. – disse e tentei estralar minhas costas, mas sem sucesso.

Fomos para o lado de fora e o dia estava lindo, não havia uma fã se quer no aeroporto, como não se foi avisado sobre o voo, não havia ninguém por ali era quase como umas “férias”.

-Chegamos a Paris! – disse Pay sorrindo e pulando de um lado para o outro e eu ria da cena, além do mais tem como não rir de uma cena dessas?

-No momento eu só queria chegar a uma cama. – disse me espreguiçando e tirando risadas de todos menos de Emma.

-Tem um hotel aqui na frente. – disse Zayn, e então assim acompanhamos o moreno até o outro lado da rua, até o hotel cinco estrelas.

Os meninos pagaram a hospedagem eu teria que ficar em um lugar com cama de casal, porém ficaria sozinha, triste não? Por sorte, pegamos todos em um mesmo andar, chegando ao andar cada um foi para o seu quarto, quando me joguei na cama rolei para um lado e depois para o outro e infelizmente o sono não chegava, já estava de manhã provavelmente ninguém tinha dormido, mas eu tinha conseguido e não estava com sono.

-Droga, odeio estar sem sono. – disse e comecei a pensar em algo para fazer e então me toquei, eu estava em Paris, eu poderia fazer tudo.

Peguei uma roupa qualquer das quais eu tinha colocado em minha mala e sai do meu quarto com câmera em mãos e sorriso no rosto, eu estava indo conhecer Paris. Tirei fotos de vários lugares e devo admitir que Paris é linda.

A Torre Eiffel, é simplesmente linda, peguei minha câmera estava em um ângulo perfeito, bati a foto, dei uma olhada, havia uma claridade em uma das partes superiores, decidi ignorar algum turista deve ter feito reflexo na minha foto.

-Bem a foto continua bonita. – indaguei, olhei para o relógio já era praticamente tarde decidi voltar para o hotel e ver se encontrava alguém acordado, ao chegar ao andar escuto gritos vindos de um dos quartos, minha curiosidade sempre sendo alta acabei encostando meu ouvido na porta para poder ouvir.

-COMO VOCÊ PODE PROTEGER ELA! – eu reconhecia essa voz, era Emma.

-Mas eu não estava protegendo! – ele disse, eu sabia quem era além do mais para estar com Emma só poderia ser ele.

-“O que você fez com ela, Nathan?” Isso não é proteger?! – eu ouvia dizer, eu já sabia porque Emma me odiava, ela tinha ciúmes.

Deslizei pela porta e me sentei ali no chão, o que eu estava fazendo da minha vida? Eu planejava vir para Londres ter uma vida normal com minhas cinco amigas, agora eu já fui perseguida por um serial killer que tem um irmão gêmeo que está atrás da gente, sou amiga de uma das bandas mais famosas e ainda namoro outro cara de uma banda famosa, essa não era a vida que eu tinha planejado para Londres.

Levantei-me do chão com todos esses pensamentos em mente, e ouvi várias vozes vindas do quarto ao lado, bati na porta, estavam todos lá.

-Dormiram bem? – disse.

-E quem dorme com uma gritaria dessas? Esses ai são piores que novela mexicana. –disse Niall fazendo todos rirem.

-Eles estão brigando por causa de mim? – disse, e todos eles fizeram que sim com a cabeça.

-Estamos na parte da conversa que Harry tenta dar algo em troca a ela por ela ter se sentido trocada por você. – disse Louis.

-Como assim parte da conversa? Eles brigam sempre? – disse.

-Des do primeiro dia de relacionamento, se é que você pode chamar isso de relacionamento – disse Liam pegando uma maça e dando uma grande mordida, se ouviram batidas na porta e Harry a abriu.

-Estou levando Emma na Torre Eiffel. – disse Harry e todos concordaram.

-Nossa, ele esta melhorando nos pedidos de desculpas, Torre Eiffel é a melhor coisa que ela poderia ganhar. – disse Zayn.

Quando eles começaram a falar sobre a Eiffel eu me lembrei de minha foto que havia ganhado um brilho misterioso, talvez se eu tirasse o brilho à foto ficaria melhor.

-Gente quem tem um computador? – disse, Niall levantou a mão.

-Tem photoshop? – perguntei.

-E você acha que eu sendo o ser humano perfeito que nasci para ser preciso de photoshop? – disse Niall com uma das sobrancelhas levantadas.

-Acho. – disse.

-Então achou certo, a senha para entrar é “palomalinda”. – disse Niall com um grande sorriso no rosto olhando para Pay que olhou para ele estranho. – OK, não é isso é “anjinha”.

-Em minha homenagem? – disse

-Sim. – ele disse e eu sorri.

Liguei o computador e escrevi “anjinha”e não funcionou escrevi a primeira senha que havia sido dedicada a Pay e havia entrado olhei para Niall que fazia um gesto para que eu não falasse nada, eu apenas ri.

Abri o photoshop, peguei minha câmera e a passei para o programa a edição demorou um pouco, mas eu consegui tirar todo o brilho que tinha na foto, dei um zoom na foto para ver o que era, não poderia ser, ele estava lá, John sorrindo.