Amuleto Da Sorte escrita por Luísa Rios


Capítulo 7
Agora Todo Mundo Sabe


Notas iniciais do capítulo

Ta aí gente. Espero que curtam!



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–Cato. – falei empurrando-o. Ele não ligou e continuou. Eu insisti – Cato, para. – ele se afastou incrédulo.

–Que foi, Clovinha?

–Isso vai ser ruim. Não vai dar certo se a gente... Ficar agora.

–Quer ser minha namorada?

–Cato, to falando sério.

–Eu também. Quer ser minha namorada?

–To dizendo que não vai dar certo. Alguém vai ficar mal depois.

–Vamos aproveitar enquanto da, Clove! – ele explodiu.

–Calma Cato!

–Você não gosta de mim. – ele falou baixo – Como pude ser tão estúpido. – ai que drama, meu deus. Nem levei a sério. Afinal, desde quando Cato é sentimental? Comecei a me preocupar quando ele se levantou da cama e foi em direção à porta. Corri em sua frente e bloqueei a passagem. Eu sei que se ele quisesse me tirava da frente na marra, mas ele não faria isso.

–Deixa de ser besta.

–Vai dizer que é mentira? - ele pausou e completou em um sussurro – Se gostasse não faria isso. – era só um draminha pra eu me sentir mal. Pior que ele conseguiu.

–Jogo sujo, Cato. – o puxei pra perto e ele sorriu antes de me beijar. De novo. Isso não vai fazer bem, isso não vai fazer bem. Repeti em minha cabeça. Alguém bateu na porta atrás de mim. Cato não ouvira. Empurrei-o pra longe e abri a porta. Espero que meus lábios não estejam muito inchados e corados. Era o homem azul. Acho que já está na minha hora de aprender seu nome.

–É, senhor, - fui educada – como é seu nome mesmo?

–Na verdade, eu não me apresentei formalmente a você, Clove. Sou Rick. – o que eu deveria dizer? Prazer? Ele facilitou pra mim – O Cato está... – abri um pouco mais a porta para que ele pudesse vê-lo.

–Seus estilistas já estão aqui para vesti-los. Venha logo, Cato. – assim que eles saíram Tory chegou. Com um cabide coberto por um pano preto, para que não pudesse ver o que está dentro.

–Você ainda não me disse como serão os trajes. – falei a ela.

–Eu sei. Está aqui. Vou fazer a maquiagem e o cabelo primeiro, as unhas já estão prontas né. Pé e mão?

–Sim.

–O que eu esperava. – ela disse feliz – Vamos, vamos. Se não chegaremos atrasadas.

Ela foi até o banheiro comigo e lavou meu cabelo. O secou, e depois o prendeu deixando um rabo baixo atrás de minha cabeça. Depois começou com uma base da cor de minha pele, uma mais escura para fazer sobras: tipo afinar o nariz. Ela foi me explicando os truques enquanto aplicava cada um deles. Não lembrei de nenhum em especial. Passou um delineador dourado escuro e outro logo acima desse, só que de um tom mais claro. Deduzi que minha roupa fosse dourada. Unhas douradas, maquiagem dourada.

Quando ela terminou olhou pra mim, admirando seu trabalho. Depois de alguns segundos me observando ela foi até o cabide – até então intocado desde que ela o colocara em cima da cama – e o desencapou. Era uma armadura dourada em forma de vestido, muito bonita. Os sapatos que a acompanhavam também estavam dentro do embrulho. Uma adaptação de uma bota de armadura antiga para um salto alto dourado e reluzente.

–É de ouro. Meio pesado, mas nada impossível para um carreirista, certo?

–Claro. – concordei com ela.

Ela tirou a pesada armadura com dificuldade do cabide e me ajudou a vestir. Não era tão pesado como ela fazia parecer, mas não podia ser comparada a seda dos pijamas nas gavetas desse mesmo quarto. Coloquei os saltos. Não foi difícil, julgando que achei que este fosse mais pesado do que realmente era. Ela colocou um acessório de ouro em minha cabeça, como um capacete, por isso o rabo de cavalo tão baixo, para que ficasse preso abaixo dos limites do capacete. Quando finalmente pronta, ela me posicionou na frente do espelho. Eu estava maravilhosa.

–Você está perfeita, Clove.

–Obrigada, seu trabalho era me deixar bonita certo? Ultrapassou nossas expectativas. – ela sorriu.

–Apenas estou mostrando seu melhor, Clove. – eu sorri – Vamos. Todos já devem estar prontos.

Ela estava certa. Todos estavam a minha espera. Cheguei na sala e todos ficavam me olhando. Principalmente Cato. Que a propósito estava com uma roupa quase idêntica a minha. Também era uma armadura dourada, mas era bem mais original e masculina. Apenas o capacete. O capacete dele era aberto em cima, deixando a mostra seu cabelo loiro. Bom, todos me olhavam. Jonh foi o primeiro a se manifestar.

–Você está maravilhosa, Clove.

–Concordo plenamente. – disse Rick. Cato ficou vermelho de raiva (ou ciúmes) e me abraçou por trás. Assim mesmo na frente de todo mundo, o que me deixou meio constrangida. Ele sussurrou em meu ouvido.

–Está perfeita.

Tory e Aria se entreolharam. Jonh e Rick observavam incrédulos.

–Esta havendo alguma coisa que não sabemos meninos? – disse Aria. Eu corei e Cato sorriu.

–Nada disso. Atrapalha muito nos jogos. Vocês terão pena de matar uns aos outros.

–Como se eu fosse mata-la. – disse Cato – Eu não sei se você tem consciência disso Jonh, - ele disse o nome com certo nojo – mas eu e Clove somos amigos desde crianças. Eu não a mataria nem que só sobrássemos nós dois na arena.

–Eu disse que atrapalhava. Então ta. Aproveitem o que sobrou de suas vidas curtas se amando, mas, por favor, sejam silenciosos. Não deixem os outros tributos – ele diminuiu a voz até ficar quase inaudível – e os gamemakers – voltou ao normal – saberem disso ou podem explorar vocês. Entenderam? – eu revirei os olhos e Cato mal olhou – Entenderam? – ele repetiu. Que idiota ele tentar “disfarçar” dos gamemakers. Tem câmeras nos quartos e eles já viram tudo mesmo.

–Entendemos Jonh. Podemos ir agora? Nós somos os segundos está lembrado? – eu disse.

–Vamos. – ele falou, meio contrariando a si mesmo. Aria e Tory passaram por mim e Cato sorrindo e cochichando. – Se desagarrem os dois! Nós temos que chegar lá com cara de quem vai matar. – Jonh completou. To começando a pegar raiva dele.



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Notas finais do capítulo

Mandem reviews, sabem q eu amo né? uashuash Digam oq acharam!